Tópicos | Série de reportagens

Viajar é uma das atividades favoritas para muitas pessoas. Descobrir novos lugares, culturas diferentes, aprender sobre vivências e costumes distintos dos nossos sempre são bons motivos para arrumar as malas e embarcar para o próximo destino. O que muitas pessoas também fazem é aproveitar a experiência cultural para estudar um idioma novo, fazendo um intercâmbio.

Um dos destinos mais buscados, tanto pela riqueza cultural quanto pelo custo-benefício, é a África do Sul, que, neste domingo (18), é o quarto país da série ‘Pós-pandemia: planejando a viagem dos sonhos', do LeiaJá. A África do Sul fica localizada no extremo sul do continente africano e tem uma população de mais de 58 milhões de habitantes, segundo dados do World Bank (2019).

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O país de Nelson Mandela conta com 11 idiomas oficiais, sendo o inglês o mais comum, seguido do africâner, zulu, xhosa, e outras sete línguas. Além dos vários idiomas, a nação conta com três capitais oficiais: Pretória, capital executiva, onde ficam situadas as embaixadas, Cidade do Cabo, capital legislativa, e também a segunda cidade mais populosa do país, e Bloemfontein, capital judiciária. No entanto, a cidade mais populosa do país é Johannesburg, sendo o maior centro urbano, industrial, comercial e cultural.

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Com tantas particularidades, o País se destaca economicamente no continente e no mundo. Em 2010, o bloco dos países emergentes, união entre Brasil, Rússia, Índia e China, o chamado BRICS, integrou a África do Sul à sua sigla (o ‘S’ representando South Africa, nome do país em inglês). Outros dois aspectos que também chamam atenção em relação ao País são sua história e sua diversidade cultural. A nação passou por longos processos de lutas pelas liberdades individuais, desde o processo de colonização, até conquistas em sua história recente, ainda no século passado, após ter superado o Apartheid, regime segregacionista que foi instaurado no País por mais de 40 anos.

A liderança de Nelson Mandela foi fundamental, e mesmo após sua morte, em 2013, ele ainda é um forte símbolo de liberdade e identidade nacional em todo o território. Já pela diversidade cultural, existem vários cenários que podem ser explorados. Os visitantes costumam passear nos safáris, onde é possível ver de perto os ‘big five’ (grandes cinco, em inglês), que são os principais animais da savana africana: leão, leopardo, rinoceronte, búfalo e elefante. Também é possível conhecer mais sobre as culturas aborígenes, dos povos originários da região.

E mesmo com a pandemia da Covid-19, e as consequentes restrições para estrangeiros, ainda há uma alta procura pelos locais que o país oferece. É como conta Isabella Tizziani, consultora de marketing da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), que relata apenas uma pequena oscilação no índice de procura pelos destinos sul-africanos, mas que não chega a ser considerada uma rejeição. “Antes da pandemia, o país ocupava a sexta posição, junto a Malta, na Pesquisa de Mercado Selo Belta 2020. De acordo com a pesquisa Impacto do Covid-19 no setor de intercâmbio, a África do Sul ocupa a 9ª posição como destino de interesse para a realização de um futuro intercâmbio (pós Covid)”, ela explica.

Tizziani ainda afirma que outro fator positivo para os brasileiros escolherem ir para o país que foi sede da Copa do Mundo de 2010 são os preços. “É um país que está em evidência há alguns anos por conta de ser um destino barato para os brasileiros", ressalta.

De acordo com a Belta, a África do Sul é uma das escolhas mais rentáveis na hora de planejar uma estadia confortável. Levando para a ponta do lápis, 1 rand, moeda vigente na nação, equivale a R$ 2,54, fazendo os custos de uma viagem para lá serem bem mais em conta. Um curso de inglês com quatro semanas de duração, por exemplo, custa em média R$ 7 mil, com acomodação inclusa, oferta comum entre as agências de intercâmbio.

Experiências 

Apesar dos cursos de idioma serem bastante ofertados, também é possível fazer intercâmbio voluntário, trabalhando em organizações não-governamentais (ONGs) com crianças, animais, ou plantação. Tizziani explica que “muitos escolhem realizar um intercâmbio voluntário, pois é a única forma de brasileiros trabalharem no país legalmente”.

A organização Good Hope Studies tem como objetivo oferecer experiências de intercâmbio na África do Sul, entre outros países do continente africano, recebendo voluntários do mundo todo, com projetos voltados para trabalho social, preservação e cuidados com animais. Para se inscrever em um curso de inglês ou para fazer trabalho voluntário, não há pré-requisitos além da curiosidade e vontade de aprender coisas novas.

A organização também fornece curso de formação para professores de inglês, com certificado da Universidade de Cambridge. Além do baixo custo para embarcar em algum programa internacional, a burocracia não é tanta, principalmente se o objetivo for apenas estudar no País.

De acordo com o Itamaraty, não é preciso que brasileiros tirem visto para a África do Sul, se a estadia for de até 90 dias com fins turísticos ou comerciais. A Embaixada da África do Sul no Brasil ainda informa que é necessário apresentar passaporte com validade de até um mês da data de retorno ao Brasil, e o certificado internacional de vacina (CIV) contra febre amarela, que deve ser tomada pelo menos dez dias antes do embarque.

Com as novas regras de restrições internacionais impostas por conta da pandemia do novo coronavírus, também é necessário apresentar o comprovante do exame RT-PCR negativo para a Covid-19, efetuado até 72 horas antes da saída do Brasil. Caso não apresente, será obrigatória uma quarentena de 14 dias ao chegar em solo africado.

Intercâmbio de estudos

A paulista Thais Luz, de 31 anos, teve a oportunidade de passar um mês na Cidade do Cabo estudando inglês, além de ter morado com uma família local. Ela pôde viver diferentes aspectos da cultura sul-africana. “Eu gostei muito de lá, as pessoas são bem receptivas, a comida é bem mais apimentada que aqui [no Brasil], lá eles usam pimenta para tudo. Mas gostei da culinária deles, eu tive algumas experiências sensacionais como jantar em uma comunidade para conhecer a culinária [local] e amei. Também fui em um restaurante que fazia um festival de comidas locais maravilhoso, e como o real é valorizado lá achei super barato”, relata a criadora de conteúdo digital.

Thais também teve oportunidade de conhecer pessoas de diferentes países, inclusive, claro, de outras partes do Brasil. “Tinham muitos brasileiros por lá na escola onde eu estudei. Porém só podiam ficar até três brasileiros por sala. Conheci gente do mundo todo, pessoas que nunca imaginei conhecer e conversar na vida. Tínhamos um grupo no WhatsApp com mais de 100 brasileiros que era um grupo de apoio nosso, onde um dava dicas para o outro. Até marcamos um encontro em um dos dias para nos conhecermos, foi bem legal", ela relembra.

A paulista também aproveitou a estadia na capital legislativa para fazer um passeio de maior duração pela costa. Foi um pacote de cinco dias que incluía trilhas, visitas a parques nacionais, fazenda de avestruz, safaris, rota do vinho, entre outras atividades. Mas para ela, uma das coisas que mais gostou foi ter curtido a própria companhia. “Uma evolução interna que acredito que só um intercâmbio faz com a gente”, confessa.

E apesar das quatro semanas, ela já pensa em ir novamente, com o inglês mais afiado, para viver novas aventuras. “Quero muito voltar lá e fazer um voluntariado. Eu tive a oportunidade de visitar alguns lugares que têm programas de voluntários, e passar o dia, mas com o meu inglês, não tinha nível ainda para atuar e ficar o mês todo”, ela conclui.

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Série de reportagens explica a expansão do segmento farmacêutico no Brasil. (Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens).

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Considerado um dos mais fortes setores da economia brasileira, o segmento farmacêutico continua apresentando resultados que vão de encontro aos efeitos da crise econômica que castiga o País. Enquanto empresas de diferentes ramos sentem o peso da retração financeira, as grandes redes de farmácias registram aumentos em seus percentuais de faturamento.

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o faturamento das grandes farmácias passou de R$ 42,58 bilhões em julho de 2017 para R$ 50,94 bilhões no mesmo período deste ano. Em outro recorte que descreve a expansão do setor, o número de pontos de vendas passou de 6.533 para 7.782 unidades.

Para entender a evolução das grandes redes de farmácias brasileiras, o LeiaJá publica, nesta nesta segunda-feoira (28), a série de reportagens ‘Expansão farmacêutica: dos primórdios ao futuro’. Além de comercializar medicamentos e produtos do dia a dia, as marcas passaram a investir em serviços de saúde e já planejam ações que prometem estreitar a relação com os consumidores. Saiba mais nas matérias da nossa série:

Na reportagem ‘Após boticas, ondas farmacêuticas formam expansão do setor’, o LeiaJá mostra a origem das farmácias no Brasil. Relembramos da época dos boticários até o modelo farmacêutico inspirado nos Estados Unidos, detalhando todas as fases da expansão do segmento.

Em ‘Redes de farmácias combatem crise com aumento de vendas’, são detalhados os dados que justificam os bons resultados das grandes redes de farmácias, além de análises econômicas. Já na reportagem ‘Novo farmacêutico está transformando clientes em pacientes’, traçamos o perfil dos trabalhadores da área, que passaram a realizar serviços de saúde nas próprias lojas em prol dos clientes.

Por fim, na reportagem 'As projeções do segmento farmacêutico', especialistas e representantes de empresas revelam suas previsões para o setor, além das expectativas de faturamento.

As reportagens da série são assinadas pelos jornalistas Nathan Santos e Marília Parente, com imagens dos repórteres fotográficos Chico Peixoto e Rafael Bandeira. As artes são do designer João de Lima e a montagem a cargo de Danillo Campelo. A edição de vídeos é de Caio Lima. Confira, a seguir, os links de todas as matérias:

Após boticas, ondas farmacêuticas formam expansão do setor

Redes de farmácias combatem crise com aumento de vendas

Novo farmacêutico está transformando clientes em pacientes

As projeções do segmento farmacêutico

No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem de rejeitos de mineração do Córrego do Feijão, localizada na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, se rompeu. A mineradora Vale é a responsável pela barragem que despejou 13 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos em grande parte da zona rural de Brumadinho.

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Mais de um mês após a tragédia, ainda não se sabe, de forma oficial, o que teria causado o rompimento da barragem I, que liberou o mar de lama de rejeito se deixou 186 pessoas mortas e outras 122 desaparecidas, de acordo com o último balanço do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

No percurso, a lama destruiu instalações da mineradora, casas, plantações, riachos e rodovias e muitas vidas foram ceifadas.

Na série de reportagens "Brumadinho - O que restou depois da lama", o LeiaJá viajou pela cidade de Brumadinho ouvindo relatos de pessoas afetadas pelo rompimento da barragem. Em capítulos, as matérias mostram as consequências econômicas, ambientais e sociais do maior desastre que caminha para ser o maior acidente de trabalho da história do país. 

Confira as reportagens clicando nas fotografias abaixo:

Valiosos mestres, responsáveis por nos guiar da nostalgia escolar aos braços da universidade. Com horas de trabalho quase que intermináveis, extraem o melhor dos livros e compartilham conosco todo o aprendizado na esperança de que sejamos grandes profissionais e integrantes de uma sociedade menos desigual e com mais educação. Na empreitada de quem teve a oportunidade de estudar desde o ensino básico ao ensino superior, eles sempre serão primordiais. Salve os professores! No entanto, os salvem também de tantos problemas.

Nesta sexta-feira (28), o LeiaJa.com publica a série de reportagens “Profissão professor: desafios dos educadores brasileiros”, que mostra em detalhes os desafios, virtudes e problemas de uma das categorias mais importantes para a formação educacional e social dos brasileiros. Mesmo tão importantes para as escolas e universidades, os docentes ainda amargam dificuldades em um país que sofre com uma educação ferida, mas que ainda é, sem rodeios, a principal ferramenta de ascensão social.

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Baixos salários que resultam em jovens cada vez mais distantes da formação docente no ensino superior. Educadores marcados por uma remuneração que, em muitos momentos, não chega nem perto do seu real valor profissional. Violência, falta de estrutura principalmente nas escolas públicas. Escassos investimentos nas universidades. É longa a lista de problemas que marcam os professores brasileiros.

Problemas esses, no entanto, que não ofuscam o brilho de muitos mestres. Seja no empreendedorismo, no esforço dobrado da docência e pesquisa, ou na missão honrosa de quem abre mão de dinheiro por uma sociedade mais justa graças à educação, professores do Brasil inteiro superam as mazelas com muito raça para levar o melhor do aprendizado aos seus alunos.

Na nossa série “Profissão professor: desafios dos educadores brasileiros”, sete reportagens multimídia abordam a rotina de docentes brasileiros e suas relações com os estudantes. Apesar de não ser valorizada como verdadeiramente merecia, a carreira docente ainda representa uma ponte firme e forte entre a escola e a tão sonhada chegada à universidade. O LeiaJa.com convida os nossos leitores a analisarem o universo profissional dos professores do Brasil e compreenderem de que forma é possível reverter um quadro ainda muito distante do ideal. Confira, a seguir, um resumo das matérias e os links que direcionam para os textos multimídia na íntegra: 

Primeira reportagem: Baixa procura por licenciaturas exige sérias medidas –Diante de um cenário repleto de problemas como baixos salários e desvalorização profissional, os cursos de licenciatura sentem, cada vez mais, a baixa procura dos estudantes brasileiros. Nas universidades, os poucos jovens que resolvem iniciar uma graduação para ser professores acabam desistindo da carreira. Especialistas chegam a cogitar que há o risco de colapso de educadores no futuro. Acompanhe os detalhes da problemática na reportagem, assim como ações que podem mudar esse panorama.

Segunda reportagem: Remuneração adequada do professor ainda é desafio diário – É praticamente unanimidade. Nos protestos dos professores realizados Brasil afora, a pauta salarial sempre tem força, guiando as reclamações da categoria e travando as negociações com os gestores nos âmbitos municipais, estudais e federais. O problema, inclusive, tem relação direta com os investimentos que o Brasil faz em educação. Investimentos esses muito aquém dos aplicados nos países desenvolvidos. Confira os detalhes na reportagem. 

Terceira reportagem: Professores por vocação – Mais que voluntários, realizadores de sonhos. As dificuldades salariais de muitos professores não encobrem a vontade de quem entende que a educação é fundamental o fim da desigualdade social no Brasil. Nesta reportagem, contamos histórias de professores que dedicam-se ao voluntariado na esperança de ver seus alunos, muitos deles pobres e à margem de uma educação igualitária, ostentando um diploma de nível superior. Um cursinho para pessoas transexuais. Um preparatório para jovens pobres. Duas inciativas que somam milhões de sonhos.  

Quarta reportagem: Professor empreendedor, entre a sala de aula e o negócio – Nesta matéria, mostramos com a visão empreendedora dos professores resultam em que a educação é a alma do negócio. Detalhamos o mercado de preparatórios para as principais universidades do Brasil, em que há docentes que, além de dedicarem suas horas de trabalho às salas de aulas, se lançam em meio às contas e funções administrativas para manterem seus empreendimentos de pé diante de um cenário cercado por concorrentes. No final de tudo, a aprovação no ensino superior vira sinônimo de lucro.

Quinta reportagem: Professores encaram desafios e cobrança no ensino superior - Além dos ambientes escolares e preparatórios para cursos superiores, o ambiente acadêmico é desafiador para os educadores brasileiros. Na universidade pública, a rotina da sala de aula divide espaço com o universo da pesquisa científica. As faculdades privadas também exigem docentes com experiência de sala, mas não abre mão das habilidades aprendidas no mercado de trabalho. Saiba mais na reportagem. 

Sexta reportagem: Aprendendo a ensinar a distância, o desafio do professor. O espaço físico de uma escola ou universidade não é mais o intocável local de aprendizado. O ensino a distância é mais que uma realidade no Brasil e, consequentemente, passou a exigir dos docentes uma nova forma de compartilhar conteúdo. A relação da tecnologia EAD com o mercado profissional dos professores você vê em detalhes nesta matéria. 

Sétima reportagem: Da escola à universidade: análises sobre o futuro docente – O que podemos esperar das novas formas de aprendizado? Como será a relação dos professores com as novas ferramentas tecnológicas? E o estudante universitário, de maneira vai encarar a graduação e o mercado de trabalho? As respostas para essas e outras perguntas integram as análises de especialistas em educação entrevistados nesta reportagem. Eles traçam as tendências que configuram o que deve ser o professor do futuro, tanto no âmbito universitário quanto no escolar.

Reforçamos o convite, caro leitor! Acompanhe a nossa série e compartilhe. Nossos professores não podem ser esquecidos. Não existe profissional sem o trabalho do professor. Boa leitura!

Expediente da série:

Reportagens: Nathan Santos; Eduarda Esteves e Marília Parente.

Edição de textos: Nathan Santos

Repórteres fotográficos: Chico Peixoto, Rafael Bandeira e Júlio Gomes. 

Edição de vídeos: Danilo Campello 

Artes e pós-produção: Raphael Sagatio 

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