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A noite de quinta-feira (20) foi de derrotas para os jogadores do Sesc-RJ. Batidos dentro de quadra, no Rio, pelo Sada Cruzeiro por 3 sets a 1, em partida da Superliga Masculina, foram comunicados de algo bem pior: o time será extinto ao fim do torneio nacional. A equipe feminina, comandada por Bernardinho, seguirá em atividade.

"O Sesc-RJ comunica a conclusão do projeto do time masculino de vôlei após o término da Superliga 19-20. Ao desejar sorte aos jogadores e comissão técnica, a instituição agradece o empenho e dedicação de todos na defesa dos valores do Sesc-RJ, tanto dentro, como fora de quadra", afirma o comunicado divulgado pelo Sesc-RJ.

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A equipe carioca será dissolvida, com a liberação de jogadores e membros da comissão técnica, mas há uma exceção. O técnico Giovane Gavio continuará vinculado à instituição, participando de projetos socioeducativos ao lado de alunos, assim como de palestras para seus pais.

"O técnico Giovane Gavio permanece no Sesc-RJ com o objetivo de dedicar esforços ao esporte de cunho socioeducativo. Na nova fase, ele participará ainda mais de vivências com os alunos de vôlei da instituição, ministrará palestras para pais e familiares das crianças sobre o esporte como fonte de educação e transformação social e, para os instrutores, o objetivo é alinhar tecnicamente a metodologia do ensino de vôlei com base nos valores educacionais do esporte. Haverá também a maior participação em capacitações, bate papos e vivências para alunos e professores de instituições parcerias do Sesc-RJ e escolas públicas", acrescentou o Sesc no seu comunicado.

O Sesc-RJ é o terceiro colocado na Superliga Masculina, com 38 pontos somados em 13 vitórias e cinco derrotas. É, inclusive, a mesma posição da equipe feminina. "O time de vôlei feminino será mantido e segue seu trabalho nas quadras e nas ações de estimulo à pratica esportiva", conclui a nota.

RESULTADOS - No dia de jogos da Superliga, além do triunfo cruzeirense, o Minas derrotou o Sesi-SP por 3 a 0, o América fez 3 a 2 no Blumenau, mesmo placar do triunfo do Ponta Grossa sobre o Maringá. E o Taubaté bateu o Vôlei Renata, de Campinas, por 3 a 1.

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Bernardinho se envolveu na noite de terça-feira em uma polêmica com a atacante Tiffany, primeira jogadora transexual a atuar na Superliga Feminina de Vôlei, no jogo em que seu time, o Sesc-RJ, foi eliminado pelo Sesi-Bauru nas quartas de final da competição. No Rio de Janeiro, a equipe carioca perdeu por 3 sets a 1 e ficou de fora das semifinais pela primeira vez desde que o treinador começou o projeto há 22 anos, sendo que vinha de 14 finais consecutivas. Mas foi uma frase que disse após um ponto de Tiffany que chamou mais a atenção: "Um homem, é foda!".

A imagem de Bernardinho pronunciando a frase em tom de desabafo foi flagrada por uma câmera da transmissão ao vivo da TV e reproduzida algumas horas depois, já na madrugada desta quarta-feira, em uma postagem no Instagram do time Angels Volley Brazil, equipe LGBT criada há 11 anos. "Transfóbicos e homofóbicos não vão passar sem serem apontados na nossa página! Pode ser o papa do vôlei… Vamos desmascarar todos! Parabéns para o time feminino do Vôlei Bauru, mulheres incríveis que ganharam jogando por merecimento e sem nenhuma vantagem", postou a equipe.

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Após uma enxurrada de críticas, logo pela manhã o ex-treinador das seleções feminina e masculina de vôlei se desculpou na mesma postagem do Angels Volley Brazil.

"Peço desculpas a todos. Não foi minha intenção de forma alguma ofendê-la. Me referia ao gesto técnico e ao controle físico que ela tem, comum aos jogadores do masculino e que a maior parte das jogadoras não tem. Sempre trabalhei e tentei ajudar com meu trabalho diversos jogadores e jogadoras sem qualquer tipo de preconceito. À Tiffany dou meus parabéns pela grande atuação e conquista e a todos que se sentiram ofendidos reitero minhas desculpas, pois jamais foi minha intenção", escreveu Bernardinho.

Em quadra, Tiffany foi a principal pontuadora da partida com 28 pontos. O Sesi-Bauru passou pelo Sesc-RJ por 2 a 1 na série melhor-de-três das quartas de final e agora terá pela frente o Praia Clube, de Uberlândia (MG), atual campeão da Superliga Feminina.

Na tentativa de quebrar a hegemonia do técnico Bernardinho na Superliga Feminina de vôlei, o Dentil/Praia Clube-MG enfrenta neste domingo o Sesc-RJ na primeira partida da final do torneio, embalado pela melhor campanha na competição. O time de Uberlândia (MG), comandado pelo treinador Paulo Coco, quer mostrar a sua força mesmo fora de casa, na partida que começa às 10 horas na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro.

A equipe do Rio de Janeiro é a atual pentacampeã e já venceu o Praia Clube na decisão em 2016. Por isso, as jogadoras sabem da difícil missão. "Vamos jogar a decisão contra um time com muitos títulos, atual campeão e acostumado a jogar finais. Do nosso lado chegamos fortalecidos depois de uma série semifinal muito difícil contra o Vôlei Nestlé. Acredito que serão partidas muito equilibradas e com muita emoção", afirmou Fernanda Garay.

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Do outro lado, a ponteira Gabi prefere jogar a pressão para as rivais. "Vivemos momentos difíceis nessa temporada e acredito que o Dentil/Praia Clube é o favorito. Disputei cinco finais de Superliga decididas em um único jogo. Com a final disputada em duas partidas, o cenário muda um pouco. A equipe pode jogar muito bem, vencer primeira partida e depois perder a segunda levando a decisão para o super set. Então temos que aproveitar essa oportunidade de jogar com o apoio da nossa torcida", comentou.

O segundo jogo da decisão será no domingo que vem, também às 10 horas, no ginásio Sabiázinho, em Uberlândia. Caso cada uma das equipes vença um jogo por qualquer placar, o título será decidido no "Golden Set".

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