Tópicos | Sindicato dos Professores de Pernambuco

Nesta sexta-feira (30), o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro) emitiu uma nota, em seu site, criticando a decisão do Governo do Estado de Pernambuco, autorizando o retorno às aulas presenciais nas escolas privadas de educação infantil. Para a entidade sindical, a decisão do governo é irresponsável por possibilitar o aumento dos casos de Covid-19 e motivada por pressão dos donos das escolas. Uma das razões apontadas pelo sindicato para criticar a volta às salas de aula é o aparecimento de casos da doença em alunos de escolas do ensino médio. 

“Um verdadeiro equívoco e desrespeito à vida e ao povo pernambucano. Ora, se com o retorno das aulas presenciais para o ensino médio, já percebemos evidências de contágios da Covid-19, mesmo diante de tamanhos protocolos e cuidados, imaginem agora, como ficará no mês de novembro, que as escolas voltarão com todo seu público? Um risco que foi ignorado, em virtude da pressão econômica”, diz trecho da nota. 

##RECOMENDA##

O sindicato também reafirmou sua posição contrária à autorização das aulas na rede privada de ensino, além de afirmar que tomará “providências, a fim de garantir o direito e a integridade dos professores e professoras em todo Estado de Pernambuco”.

LeiaJá também

--> PE: educação infantil já tem data para volta às aulas

--> Prefeito de Belém suspende aulas presenciais por 30 dias

Na próxima quarta-feira, 15 de março, educadores das redes municipal e estadual de Pernambuco vão aderir à Greve Geral da Educação Pública. De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado (Sinpro), 19 cidades confirmaram a participação na mobilização. Entre elas estão Garanhuns, Palmares, Catende, Paudalho, Passira, Buenos Aires, Bezerros, Caetés, Ibirajuba, São Caetano, Sairé, Pombos, Lagoa dos Gatos, Palmeirinha, Agrestina, Jatobá, Custódia, Betânia e Petrolândia. 

A greve, também confirmada em outros estados e municípios do país, foi convocada pelas centrais sindicais e movimentos populares contra a reforma da previdência e em defesa do piso salarial dos professores. Ainda segundo o Sinpro, as escolas públicas deverão suspender as aulas.

##RECOMENDA##

Os professores pretendem realizar na quarta-feira pela manhã um ato com concentração às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, no Recife, para a grande assembléia que deflagrará a greve nacional da educação. Para o presidente do Sinpro Pernambuco, Helmilton Beserra, é importante que não só os educadores, mas todos os trabalhadores se juntem à mobilização. "Precisamos união, força e mobilização para lutar contra as ameaças de retirada de conquistas trabalhistas e previdenciárias, bem como, ir contra o desserviço de propostas do governo Temer que tem consequências negativas para área de Educação”. 

Atos nas cidades do estado: 

Recife - Assembleia unificada, dia 15, às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, com a participação de professores da regionais e dos diretores. 

Paudalho - Dia 16, às 8h, ato público saindo do Colégio Municipal de Paudalho pelas principais ruas da cidade. 

Passira - Assembleia dos professores, dia 16, na Câmara Municipal tendo como pauta a greve nacional e outros assuntos pertinentes a categoria. 

Buenos Aires - Assembleia dos professores, dia 17, às 8h, também como pauta a greve nacional. 

Palmares - Assembleia dos professores, na Escola Ginásio Municipal José Eugênio Cavalcanti, às 10h.

Garanhuns - No dia 15, a partir das 9h, acontecerá uma mobilização no Centro da Cidade.

Os dois sindicatos de base do ensino médio público e particular de Pernambuco são contra a reforma na fase do ensino básico, anunciada nesta quinta-feira (22). O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE) afirmaram, em entrevista ao Portal LeiaJá, que a medida provisória (MP) apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) é um “atentado ao ensino médio”.

A medida, que pegou de surpresa a sociedade pela falta de debate prévio, prevê um currículo chamado de “mais flexível” aos estudantes que estão no ensino médio. De acordo com a mudança, os jovens irão escolher a possibilidade de cursar as disciplinas de acordo com suas afinidades, a partir da segunda metade do segundo ano do ensino médio. Segundo o documento apresentado nesta quinta (22), artes, educação física, filosofia e sociologia estariam fora da obrigatoriedade de ensino, mas o MEC voltou atrás no mesmo dia, afirmando que nenhuma matéria seria dispensada.

##RECOMENDA##

Mesmo com todo o cenário ainda confuso sobre a nova maneira de ensinar a e aprender, o presidente do Sintepe, Fernando Melo, afirma que a categoria tem observado com preocupação essa reformulação. “Um dos aspectos considerados é a falta de discussão com os setores que vivem a educação. Não se trata a educação como medida provisória, então o governo que trata dessa forma nos faz atentar para o descaso com a educação brasileira”, aponta Melo.

Segundo o presidente do Sintepe, a categoria quer, sim, uma mudança na educação, mas de maneira discutida. “Não defendemos o processo educacional atual e queremos uma mudança, mas algo que mude de forma discutida”, afirma Fernando Melo. Além disso, ele conta que as escolas da rede estadual de Pernambuco não suportam essa reformulação. “Não somos contra o aumento da carga horária, mas as escolas não têm estrutura física para suportar alunos o dia todo, muito menos os professores conseguem acompanhar essa rotina”, salienta.

Quando questionado pelo Portal LeiaJá se o resultado de Pernambuco no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) alavancou a reformulação, Fernando Melo afirmou que o Estado não está nas condições apresentadas ao país. “Pernambuco têm exportado alguns elementos que são colocados na vitrine, mas a situação da maioria das escolas é de problemas na estrutura física e de falta de professores”, revela Melo.

Os professores da rede privada de Pernambuco também estão desgostosos com decisão de reformulação do ensino médio. Segundo o professor e secretário de Comunicação do Sinpro, Wallace Gonçalves, as mudanças podem trazer ainda mais dificuldade de acesso ao ensino superior. “A escola pública vai formar mão de obra, já a escola privada vai levar o aluno à universidade, isso por conta da mais liberdade de aplicação das disciplinas. E isso vai criar uma educação bancária para corroborar para o fenômeno da terceirização”, afirma Wallace.

Além disso, o professor também atenta para a possibilidade de haver uma maior evasão escolar, em contradição à argumentação do governo de que o ensino médio seria mais atrativo. “O aluno vai receber certificados por módulo, então, principalmente aqueles de baixa renda, podem trancar o ensino médio. E quando vão voltar?”, questiona Wallace Gonçalves.

Não somente os alunos podem ser prejudicados, que terão uma preparação para o mercado de trabalho e não para a sociedade, como salienta Wallace, mas os professores também sofrerão com as mudanças. “A escola privada vai ter que passar por uma reformulação muito grande que, inclusive, implica em demissões”, prevê o docente. 

LeiaJá também

--> Novo ensino médio terá mais aulas e currículo flexível

--> Só Português, Matemática e Inglês serão obrigatórios

--> Meta é ter aluno 7 horas/dia na escola

O Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro) vai participar da greve nacional da educação pública, marcada para os próximos dias 17, 18 e 19. A ação quer fazer valer o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada de trabalho, além da exigência de 10% do PIB para a educação.

Segundo o Sinpro, a adesão à paralisação fortalece a pauta reivindicatória dos professores. “Estamos juntos com todas as entidades que lutam pela educação pública na busca pela efetiva implementação do piso e das bandeiras defendidas pelos movimentos sociais”, informou o Sindicato, em nota enviada à imprensa.

##RECOMENDA##

Depois de mais uma assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (12), no Recife, os professores da rede privada de ensino de Pernambuco aceitaram o reajuste salarial proposto pelo Ministério Público do Trabalho de Pernambuco. As sugestões da instituição judicial apontam reajustes de 12% para docentes de nível I e de 9% para os de nível II. Os valores da hora/aula para esses grupos são de R$ 7,60 e R$ 7,40, respectivamente. Os educadores que ganham acima do piso terão reajuste de 8,2%.

De acordo com o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE), com a aceitação, a greve dos professores está próxima de acabar. Porém, para que isso ocorra, os patrões também têm que aceitar a proposta de mediação do Ministério. Logo mais, às 15h, o patronato se reúne também no Recife, para discutir o reajuste.

##RECOMENDA##

Ainda nesta tarde, às 17h, os professores realizam mais uma assembleia, para decidirem continuar ou não com a greve. A categoria aguarda a decisão dos patrões para decidir o futuro da paralisação.  















Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando