Tópicos | Síndrome de Down

O juiz José Eduardo de Mello Leitão Salmon, da 4ª Vara Cível de Curitiba, acolheu pedido da Defensoria Pública do Paraná e mandou o TikTok tirar do ar vídeo do comediante 'Mr Hugo Soares', de Portugal, com discriminação contra pessoas com Síndrome de Down. A plataforma tem cinco dias para tornar o link indisponível.

O vídeo questionado foi divulgado em maio, com o título 'Barbie Trissomia 21 #humornegro #standupcomedy #comedia'. Nele, o humorista português afirma: "Mattel lançou uma Barbie com trimossia 21. Uma edição especial. Não é uma ideia original, toda gente sabe que os chineses já vendem bonecas com defeito".

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Após se depararem com a gravação nas redes sociais, 12 famílias de crianças curitibanas com Síndrome de Down classificaram o vídeo como 'discriminatório e cruel', e procuraram a Defensoria Pública para denunciar o caso. Antes de acionar a Justiça, a Defensoria enviou um pedido para que o TikTok derrubasse o vídeo. Segundo a Defensoria, a empresa respondeu que não poderia retirar o vídeo do ar.

Ao analisar o caso, o juiz José Eduardo de Mello Leitão Salmon entendeu que o vídeo 'extrapola a liberdade de expressão, uma vez que configura discurso discriminatório que ofende aos direitos das pessoas portadoras da Síndrome de Down e, consequentemente, pode ser caracterizado como ato de natureza ilícito'.

"Por certo, a Síndrome de Down não pode e não deve ser conceituada ou compreendida como um defeito, haja vista que se trata de uma condição genética que determina aos seres humanos portadores dessa genética necessidades específicas para o seu pleno desenvolvimento, condição essa que em nada diminui ou altera a sua condição de ser humano pleno e capaz de viver de acordo com toda a construção cultural e civilizatória para toda a humanidade", ressaltou.

A defensora pública Camille Vieira da Costa, autora da ação, argumentou que os direitos das pessoas com Síndrome de Down 'estavam sendo incessantemente violados'. " É preciso ressaltar que o uso do humor como subterfúgio para propagar preconceito, discriminação, violando direitos de outros, é um abuso que não é acolhido pela legislação brasileira, e com muito acerto. A decisão da Justiça mostra isso e lembra que o humor tem limites quando atinge o direito de outras pessoas", afirmou.

COM A PALAVRA, O TIK TOK

A reportagem do Estadão busca contato com o Tik Tok. O espaço está aberto para manifestação da empresa.

A fabricante de brinquedos americana Mattel apresentou, nesta terça-feira (25), uma nova Barbie que representa uma pessoa com síndrome de Down, em uma tentativa de que mais crianças vejam a si próprias representadas na boneca popular.

O novo modelo foi lançado no mercado graças a uma colaboração com a Sociedade Nacional da Síndrome de Down (NDSS, na sigla em inglês), para garantir que a boneca represente com precisão alguém com essa condição, informou a empresa.

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"A Barbie tem um papel importante nas experiências de uma criança e estamos dedicados a fazer a nossa parte para contrabalançar o estigma social através da brincadeira", disse Lisa McKnight, vice-presidente-executiva e diretora global da Barbie e de bonecas da Mattel.

A nova Barbie já está disponível na internet e estará à venda nas lojas no verão no hemisfério norte.

A boneca é menor que a Barbie média, tem o tronco mais longo que o resto do corpo, as orelhas menores, o arco do nariz chato e os olhos amendoados, traços habituais nas pessoas com síndrome de Down.

Além disso, a estampa de seu vestido tem borboletas e flores amarelas e azuis, símbolos associados à conscientização sobre esta síndrome.

"Esta Barbie serve de recordatório de que nunca devemos subestimar o poder da representação", afirmou Kandi Pickard, presidenta da NDSS. "É um grande passo à frente para a inclusão e um momento que estamos comemorando".

A trissomia 21, também conhecida como síndrome de Down, é uma condição cromossômica congênita que consiste na presença de um cromossomo a mais no par 21 (de um total de 23).

Além das características físicas, provoca deficiência intelectual geralmente de leve a moderada.

Após décadas apresentando a Barbie branca e loira, nos últimos anos a Mattel tem intensificado seus esforços para diversificar o perfil da famosa boneca.

No começo de 2016, a empresa californiana lançou versões "redondas", "pequenas" e "altas" da Barbie; agora, tem 175 modelos diferentes.

O lançamento da nova boneca ocorre enquanto se espera a chegada aos cinemas, em julho, de um filme sobre a Barbie, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling.

No mês de março, em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, a Universidade Guarulhos (UNG) promoveu o evento “Cromossomos do Amor” - uma atividade educativa com oficinas para crianças e jovens com Síndrome de Down nesta semana. O objetivo é a inclusão e conscientização sobre a síndrome para as pessoas que possuem ou não convivência com elas. 

“Dentro das nossas diferenças, temos sentimento, inteligência e com isso, podemos atuar na sociedade. (...) e pedagogia tem tudo a ver com a diversidade. Ela ajuda principalmente a incluir disciplinas que tratam sobre as diversidades religiosas e de nascimento. Então ela pode ajudar educando novos professores e formando-os para transformar a cultura”, afirma a professora Magda Gardelli, do curso de Pedagogia.

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“Eu achei o evento bem importante para as crianças com Síndrome de Down. O que eu mais gostei é a interação e a disponibilidade de tudo para conhecer e ajudar a história que está por trás da Síndrome de Down. Que tenham mais crianças assim para eles se conhecerem e as mães terem uma pauta”, comenta Adileia Neto, mãe do Fernando – com Síndrome de Down. 

De acordo com dados do sistema do governo brasileiro, foram notificados 1.978 casos de Síndrome de Down de 2020 a 2021. A prevalência geral da doença no Brasil, neste período, foi de 4,16 por dez mil nascidos vivos. Em relação às regiões com maiores com maiores prevalências, destacam-se o Sul e o Sudeste. 

 

O Dia Mundial da Síndrome de Down é celebrado nesta terça-feira (21). Tradicionalmente, a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza um evento em Genebra, na Suíça, para falar sobre as possibilidades e espaço que as pessoas com a síndrome podem alcançar na sociedade. No encerramento do evento, o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) discursou e homenageou seu irmão caçula, Miguel.

“O convívio com as diferenças nos engrandece”, disse Campos em sua fala, quando contou a história da sua família. Seu irmão mais velho, e prefeito do Recife, João Campos (PSB), também homenageou Miguel em seu perfil no Instagram. Em seu breve texto, o prefeito mencionou a importância de uma sociedade mais inclusiva.

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No Senado Federal, um evento foi organizado nesta terça pelo senador Romário (PL-RJ), cuja filha, Ivy Faria, tem a Síndrome. Ela também esteve presente no evento, que teve como tema “Conosco, não por nós”.

“Para deixar marcado que são eles que devem guiar esse caminho, nos dizendo o que eles querem, afinal, eles têm voz e merecem ser ouvidos”, disse o parlamentar em seu perfil oficial nas redes sociais.

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No dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) por ser a simbologia da condição genética de quem tem trissomia 21 (21). Entre diversas homenagens, como as feitas por políticos no Brasil, pessoas nascidas com Síndrome de Down ganham espaço nesta terça-feira para dar algumas dicas de como combater o capacitismo (preconceito contra pessoas com deficiência ou outro tipo de condição que pode ser lida como uma deficiência).

A influenciadora e humorista Ivy Faria, filha do senador Romário (PL-RJ), publicou em seu perfil no instagram uma pequena lista do que todos devem saber sobre quem tem a síndrome. Confira:

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- Quando precisar perguntar alguma coisa para uma pessoa com síndrome de Down, dirija-se diretamente a ela e não a pessoa que está acompanhando-a.

- Não fale com ela como se estivesse falando com uma criança se ela não for mais criança.

- Não tome a frente e faça as coisas por ela como se ela não fosse capaz de fazer sozinha, mas faça junto com ela.

- Não fale dela na sua frente para outra pessoa ignorando a sua presença.

- Não sinta pena e nem trate-a como “coitadinha”.

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Ivy participou hoje de um evento organizado por seu pai no Senado. Com o lema “Conosco, não por nós”, diversas pessoas com Síndrome de Down estiveram presentes, para debater e celebrar os direitos alcançados ao longo dos anos.

O Home Center Ferreira Costa, localizado na Tamarineira, zona norte do Recife, recebe entre os dias 21 de março ao dia 02 de abril, a Exposição Fotográfica de Síndrome de Down, que acontece dentro da loja no L1.

A Exposição é assinada pela fotógrafa Carol Mayer, em parceria com o grupo inclusivo FAZENDO ACONTECER, e contará com fotos e filmes, que propõem uma maior interação e diálogo com o público, tem como objetivo proporcionar reflexões pertinentes, abordando situações do cotidiano, direitos, informações e dicas onde todos que vivenciarem essa experiência possam ganhar e contribuir sendo grandes em suas ações para uma sociedade mais inclusiva.

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O sonho de Jéssica Pereira da Silva, de 31 anos, era abrir um restaurante. A ideia, no entanto, se consolidou com o Bellatucci Café, localizado em Pinheiros, na capital paulista. Dessa forma, ela se tornou a primeira empreendedora com síndrome de Down a se formalizar no Brasil. Nesta terça-feira (21) é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2012 e faz referência aos três cromossomos no par 21, que caracterizam a condição genética. 

“Meu sonho era abrir um restaurante, mas minha irmã e minha mãe disseram que restaurante era muito difícil e resolvemos abrir um café. O café mudou minha vida. Ficava muito em casa, assistia muita televisão. Agora chego em casa 7h da noite, trabalho de segunda a sábado”, contou Jéssica.

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O gosto por cozinhar veio ao observar a própria mãe e se tornou profissão com o curso de Técnico em Gastronomia no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Já formada, Jéssica teve a certeza de que queria ter um empreendimento na área de alimentação. Nas redes sociais, Jéssica conta sua rotina no café

“Gostava de ver a minha mãe mexendo com as panelas, as facas e comecei a ajudar a arrumar a mesa, fazer suco, sobremesa, salada e aí apaixonei”, disse. Na cafeteria, Jéssica serve doces, tortas e cafés. “Faço bolo de pote, brigadeiro, pão de mel, crepe. Cozinhamos todos os dias, vendemos tudo fresco e trabalhamos juntos, minha família toda me ajuda com o café”.

No local, trabalham outras pessoas com síndrome de Down, inclusive Philippe Tavares, de 31 anos, o barista. “Ele era meu amigo e é barista aqui. E agora, meu namorado”, revelou Jéssica.

O jovem fez curso de barista e de garçom. “Eu amo estar aqui. Sou barista e faço cafés, cappuccino, café mocha. Sou um barista show. Conheci a Jéssica na Apae, aos 6 anos. Agora, ela é minha namorada”, contou orgulhoso.

Confiança

A mãe da Jéssica, Ivânia Della Bella da Silva, é uma das facilitadoras do empreendimento e está diariamente com os trabalhadores do café. Ela faz o treinamento e os acompanha, além de driblar os contratempos e a desconfiança dos clientes.

“Os obstáculos que a gente encontra, como passar para as pessoas a confiança que eles devem ter em contratar o serviço é árduo. É um trabalho de persistência, mas verdadeiro”.

Além de servir o café no local, a cafeteria também realiza eventos empresarias, oferecendo coffee breaks e coquetéis.

“Desde pequena, a Jéssica mostrou sinais de que queria trabalhar com comidas. Ela fez curso de técnica em gastronomia e começou a gostar muito, a procurar receitas, então quis abrir um restaurante. Sugerimos abrir um café e ela ficou super feliz”, contou.

A irmã de Jéssica, Priscila, junto do marido, Douglas Batetucci, investiram no espaço. Com a pandemia, o Café mudou de lugar. Agora, funciona anexo ao Restaurante Como Assim?!, cujo o dono, um investidor social, apoiou o empreendimento de impacto social da Jéssica. “A família toda ajuda e a gente não quer parar, queremos ver o resultado dela que está sendo muito bacana”.

Ivânia aconselha pais e mães a incentivar e a estimular filhos com síndrome de Down. Sua expectativa é que, assim, a sociedade se torne mais acolhedora e aprenda a conviver melhor com pessoas diferentes.

“Os nossos filhos jovens estão abrindo caminho para esses bebês [pessoas com Down] com um leque de possibilidades. Desejo que as mães estimulem seus filhos e deixem eles serem o que eles quiserem porque eles podem, basta você confiar. Se ele gosta de uma coisa, trabalhe em cima disso que ele vai dar certo e acreditar. Tenho a experiência viva e espero que um dia a sociedade deixe de falar inclusão e fale apenas em convivência, que a gente saiba conviver com os diferentes”, argumentou Ivânia.

Barreiras

O empreendimento da Jéssica é um exemplo da capacidade das pessoas com síndrome de Down. No entanto, a inserção no mercado de trabalho ainda enfrenta dificuldades, explicou a psicóloga Paula Cardoso Tedeschi, que atua na Fundação Síndrome de Down, com sede em Campinas (SP).

“As barreiras são alguns estigmas e preconceitos, uma superinfantilização das pessoas. Então há barreiras físicas, atitudinais e comunicacionais que dificultam a inclusão. São esses preconceitos de imaginar que [a pessoa com Down] não pode fazer e que não tem capacidade”, disse.

Para a psicóloga, mudanças nas posturas dos colegas e dos líderes de organizações podem melhorar a inclusão das pessoas com Down no mercado de trabalho.

“É preciso mudar esse olhar muito infantilizado, de imaginar que o colega de trabalho é uma criança, de não visualizá-lo como uma pessoa adulta que tem os seus direitos e os seus deveres. É uma pessoa que está lá para fazer um tipo de serviço e a postura do colega ou do líder deve ser de apoiá-lo como a todos os funcionários. Há questões em que são necessárias de adaptações, mas essas questões não impedem que essa pessoa seja tratada como um trabalhador, que tem horários, deveres e direitos, assim como os demais”, afirmou.

A Fundação Síndrome de Down oferece, desde 1999, o Serviço de Formação e Inclusão no Mercado de Trabalho. O curso é composto por quatro programas: Iniciação ao Trabalho, Vivência Prática Profissional, Contratação CLT e Sócio Laboral.

“Esse serviço é oferecido a população com síndrome de Down e deficiência intelectual, através do Serviço Único de Saúde (SUS). As famílias podem procurar os centros de saúde, que encaminham para a fundação”, explica a psicóloga.

Legislação

A contratação desse público está prevista na Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (8.213/91). A legislação determina que a empresa com 100 e 200 empregados está obrigada a preencher 2% dos seus cargos com pessoas com deficiência. Empresas com 201 a 500, são 3%; de 501 a 1000, são 4% e de 1001 em diante são 5%. A multa para o descumprimento pode chegar a mais de R$ 200 mil.

Já o Estatuto da Pessoa com Deficiência veda a restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão plena.

Na opinião da psicóloga, é necessário que a sociedade e as empresas sejam mais inclusivas para que de fato as pessoas com Down tenham oportunidades.

“Desde a questão arquitetônica para uma adaptação e locomoção até as questões das informações para as mudanças nas barreiras atitudinais. As empresas também precisam estar mais dispostas a conhecer, a ter vivências, para que tenhamos mais possibilidades de inclusão, inclusive com planos de carreira nas empresas. É preciso uma série de mudanças para que um trabalho de fato inclusivo”, afirmou Paula.

Inclusão

Na visão da fundadora da ONG Nosso Olhar, Thaissa Alvarenga, a socialização e inclusão desses indivíduos deve ser trabalhada desde o berço familiar até a vida adulta. E quem convive também deve aprender mais sobre as pessoas com Down.

“No Brasil, temos a Lei de Cotas. Porém, para várias pessoas, essa realidade ainda é distante. Pessoas sem deficiência também devem ter a disposição de aprenderem para que a diversidade seja colocada em prática, assim a inclusão pode ser de fato trabalhada em todos os ambientes. Devemos promover e orientar. Para inclusão acontecer, devemos mobilizar o setor público e privado, unido com o terceiro setor”, avaliou. Thaissa atua pela garantia da capacitação, inserção no mercado de trabalho, independência financeira e autonomia das pessoas com deficiência e responsável pelo portal de conteúdos Chico e Suas Marias e Espaço Rede T21.

No dia 21 de março, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down e na cidade de São Paulo haverá uma programação especial na Praça das Artes, a partir das 10h. A data foi escolhida porque o número “21” representa o cromossomo de alteração genética, que caracteriza a síndrome. Enquanto março, o mês “3”, indica a trissomia — característico de quem nasce com a síndrome, com três cromossomos.

A abertura será realizada com a exposição “A beleza de cada olhar’’, composta por 14 obras desenvolvidas por pessoas com deficiência no Instituto Olga Kos - através da leitura de artistas contemporâneos. Além de uma homenagem a Francisco Bombini (2017-2023), o “Super Chico”, que faleceu em fevereiro deste ano. O menino possuía Síndrome de Down e venceu a covid-19 duas vezes.

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Está programada também uma mesa redonda às 10h20, com diversos temas, como inclusão, autonomia, invisibilidade e acolhimento. Os convidados serão: a fundadora da Turma do Jiló, Carolina Videira; a colaboradora do Instituto Jô Clemente (IJC), Stephanie Lima; Valéria Beatriz, que foi acompanhada pela equipe de Qualificação de Inclusão do IJC; a coordenadora do Instituto Serendipidade, Deise Campos; o presidente do Instituto Olga Kos, Wolf Kos; e o fundador Invisibilidown, Thiago Ribeiro.

Às 11h, a ONG Cia Experimental de Dança Movimentarte se apresentará com dançarinos que possuem síndrome de Down. No final, às 12h30 o Instituto Olga Kos realizará uma roda de capoeira com jogos e uma apresentação de karatê, na área externa da Praça das Artes.

O evento será transmitido no canal do Youtube da Secretaria da Pessoa com Deficiência

Programação

10h - Abertura do evento e exposição ‘’A beleza de cada olhar’’

10h20 - Mesa redonda

-Turma do Jiló (inclusão)

-Instituto Jô Clemente (autonomia)

-Serendipidade (acolhimento)

-Instituto Olga Kos (o S de ESG)

-Invisibilidown (invisibilidade)

11h - Cia Experimental de Dança Movimentarte

11h30 - Agradecimentos

11h40 - Área externa

12h30 - Apresentação de capoeira e karatê e capoeira - Fim do Evento

Iluminação em monumentos

A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo (SP Regula) iluminará seis monumentos da capital paulista para celebrar ao Dia Internacional da Síndrome de Down: a Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira,

Viaduto do Chá, Biblioteca Mário De Andrade, Edifício Matarazzo, Pateo do Collegio e o Monumento das Bandeiras.

Além disso, os relógios da cidade também receberão mensagens, que ficarão expostas até o dia 26 de março.

Serviço 

Data: 21 de março de 2023

Horário: 10h às 12h30 

Local: Praça das Artes

Endereço: Avenida São João, número 281 - Centro Histórico de São Paulo/SP

Na madrugada desta segunda-feira (6), morreu, aos seis anos, Francisco Bombini, o Super Chico. Depois de nascer com síndrome de Down, ele chamou a atenção por resistir a outras complicações e superar dois diagnósticos de Covid-19.

A família informou que o menino foi vítima de uma parada cardíaca e teve a morte confirmada em Bauru, no Interior de São Paulo. Nascido prematuro, Chico ficou seis meses no hospital após o nascimento e passou por sete cirurgias - uma delas ainda no útero - para reverter quadros cardíacos, problemas renais e de hipotireoidismo.

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O menino ficou conhecido depois de vencer o coronavírus duas vezes. Na primeira, ele ficou 18 dias internado, sendo 13 nas UTI. Com mais de 272 mil seguidores nas redes sociais, o perfil usado para compartilhar a rotina do pequeno foi usado para prestar homenagens. 

"Tenho certo pra mim que todos temos uma missão nessa vida e a do Chico foi a de plantar sementes de amor no coração das pessoas!", escreveu a mãe Daniela Guedes.

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“O que significa a inclusão?” é o tema escolhido este ano pela organização Down Syndrome International (DSI), do Reino Unido, para marcar o Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado hoje (21). A data foi criada pela instituição em 2006, com o objetivo de celebrar a vida das pessoas com a síndrome e garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades das demais.

Neste dia, os portadores da síndrome e aqueles que vivem e trabalham com eles em todo o mundo organizam e participam de atividades para aumentar a conscientização pública e defender os direitos, inclusão e bem-estar dessas pessoas. A data foi escolhida em alusão à presença de três cópias do cromossomo 21 nas pessoas com a síndrome, em vez de duas, existentes nas demais.

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Isso significa que a síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo, o que ocorre no momento da concepção. Cromossomos são estruturas biológicas que contêm a informação genética. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Trissomia significa, portanto, a existência de um cromossomo extra.

A alteração genética conhecida como síndrome de Down está presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita assim há 150 anos, quando o médico inglês John Langdon Down se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria, em 1866. Em 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram, de maneira independente, a origem cromossômica da síndrome. Foi quando ela passou a ser considerada síndrome genética.

Genética

A neurologista pediátrica Karly Lagreca, pós-graduada em autismo e psiquiatria infantil, disse que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. “É uma condição genética. Se houver o aconselhamento genético, os pais podem saber a chance de gerar um segundo filho portador da síndrome”. Ela explicou que, ao ter o primeiro filho, o casal pode estudar a genética dele para ver se a síndrome pode ser herdada.

A médica alertou que a síndrome de Down não é uma doença e nem deve ser tratada como tal. “Devemos apenas saber os cuidados mais necessários para oferecer a essas crianças e adultos fisioterapia para fortalecer o tônus e a investigação de doenças no coração e na tireoide, por exemplo”. Apesar de apresentarem, em sua maioria, deficiência intelectual de gravidade variável, os portadores podem ter vida normal, estudar, trabalhar, casar, ter filhos, afirmou a médica. Para isso, garantiu que “o grau da deficiência, a quantidade de terapias e estimulação recebidas ao longo da vida e o suporte familiar e social serão fundamentais”.

Conscientização

O Dia Mundial da Síndrome de Down visa a conscientizar a sociedade global sobre essa alteração genética que acomete uma em cada 700 crianças nascidas vivas no Brasil. Em termos mundiais, a incidência estimada é de uma em mil nascidas vivos, o que sinaliza que, a cada ano, cerca de 3 mil a 5 mil crianças nascem com síndrome de Down. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que cerca de 300 mil pessoas têm síndrome de Down no país. De modo geral, os portadores apresentam olhos amendoados, rosto arredondado, além de alguns problemas, como cardiopatia congênita e deficiência intelectual de gravidade variável.

A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (Fbasd), associada à Down Syndrome International, está exibindo em suas redes sociais, em alusão à data, lives (transmissões ao vivo na internet) e vídeos mostrando o que é inclusão no entendimento dos jovens com trissomia 21. Os vídeos foram feitos com portadores da síndrome no Brasil e na Espanha, por meio da Federação Iberoamericana de Síndrome de Down (Fiadown), com tradução para o português.

“É um tema muito importante para que as pessoas possam ter interpretação correta da própria Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU)”, disse o presidente da FBASD, Antonio Sestaro.

Um desses jovens é Bruno Ribeiro, do Recife, que faz parte do Grupo Nacional de Autodefensoria da FBASD. Para Bruno, inclusão significa “reconhecimento de capacidades, garantia de direitos, respeito, igualdade de oportunidades, amor”.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), da ONU, estabelece a “participação e inclusão plena e efetiva na sociedade” de todos os portadores de deficiência e das pessoas com síndrome de Down. A realidade, porém, mostra que essas pessoas ainda hoje não se beneficiam de uma participação e inclusão plenas na sociedade.

Invisibilidade

Antonio Sestaro informou que algumas filiadas da federação vão realizar hoje (21) caminhadas para chamar a atenção da população sobre o papel das pessoas com síndrome de Down como cidadãos. “E sair da invisibilidade. Esse é um dos principais objetivos do dia”, destacou.

“O mundo todo se une neste dia para poder fazer a divulgação do que é a síndrome, dos avanços, da educação inclusiva, que é uma bandeira da federação e, mais do que isso, o respeito à Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência. A sociedade precisa quebrar barreiras para que possam ter espaço na sociedade”, afirmou Sestaro.

O presidente da FBASD lembrou que ainda há muito preconceito, não só no Brasil, mas no mundo, em relação às pessoas com síndrome de Down. “Mas avançamos muito. Nos últimos 30 anos, principalmente depois da Convenção da ONU, e mais recentemente, a partir de uma educação que permite que as crianças com Down estejam junto com as demais, a sociedade avançou”.

No último dia 4 de março, foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 377/2011, que institui o Dia Nacional da Síndrome de Down. A data já constava na agenda da ONU desde 2006, mas ainda não fazia parte do calendário brasileiro.

Na Associação Afeto, localizada na Encruzilhada, Zona Norte do Recife, Maria Antônia de Oliveira, de 11 anos, que tem Síndrome de Down, foi a primeira criança pernambucana vacinada contra a Covid-19. A imunização aconteceu na tarde desta sexta-feira (14).

Depois de Maria Antônia, também foram vacinados: Laura Leite, de 9 anos, que tem Síndrome de Down; Bella Carvalho, 7 anos (Síndrome de Down); Luan Azevedo, 11 anos (paralisia cerebral); Arthur Melo, 8 anos (autismo); Lucas Silva, 8 anos (Síndrome de Down); e Rafaela Maia, 8 anos; nessa ordem.

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O agendamento já está disponível no Conecta Recife e a vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos começa no sábado (15). Nesse primeiro momento podem ser vacinadas as crianças com doenças neurológicas crônicas e com distúrbios do desenvolvimento neurológico, com prioridade para Síndrome de Down e Autismo.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), acompanhou a vacinação das crianças e revelou estar "extremamente emocionado". 

"Lembrando que toda criança vacinada vai receber um livro e é responsabilidade dos pais e das mães e dos responsáveis fazer esse agendamento. Vamos juntos imunizar as crianças e garantir que uma dose de esperança, como eu vi agora há pouco, possa chegar a 150 mil crianças recifenses”, declarou.

De acordo com Samuel de Oliveira, 44, técnico em manutenção e pai de Maria Antônia Oliveira, a primeira beneficiada com a vacina, o momento é de gratidão. "Estou feliz porque chegou a vez dela e graças a Deus todos nós já estamos vacinados, eu já estou com a terceira dose. A expectativa era muito grande, a ansiedade era enorme, então eu vim o mais rápido possível, não me importei com o tempo. Eu costumo dizer que o melhor para ela é o melhor para nós”, salientou.

A partir de agora, a vacinação das crianças acontecerá de domingo a domingo, das 7h30 às 18h30, sendo necessário o agendamento. O imunizante usado é o da Pfizer, único autorizado pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) para ser aplicado no público infantil. A prefeitura lembra que não será exigida a prescrição médica. 

Para comprovar a condição de comorbidade, é obrigatório anexar, durante o agendamento, um laudo ou declaração informando a comorbidade. Nesse primeiro momento, será aceita - como documento comprobatório de comorbidade ou transtornos do desenvolvimento - uma declaração, em modelo fornecido pela Secretaria de Saúde do Recife (disponível no Conecta Recife), que deve ser preenchida e assinada por médico, ou laudo médico que contenha uma das comorbidades e/ou transtornos elencados com o respectivo CID (Classificação Internacional de Doenças) da doença/condição.

 Os documentos anexados no Conecta Recife também devem ser levados no dia agendado para vacinação. A declaração ou o laudo precisam ser originais e ficarão retidos no local. Apenas as crianças com Síndrome de Down estão isentas da declaração, tendo em vista que a informação poderá ser autorreferida.

"Quando você cresce sendo julgada, alvo de piadas e comentários cruéis, eventualmente pode se entristecer. É difícil crescer em meio a tanta maldade e ignorância. Mas eu tenho potenciais e limitações, eu sou diferente, mas não sou menos capaz que as outras pessoas. Até hoje, muita gente tenta me diminuir e afirmar que eu não mereço estar onde estou, mas sei que isso não é verdade."

Maria Júlia de Araújo, a Maju de Araújo, passou por muitos desafios ao longo de seus 19 anos. Descoberta em setembro de 2018 pelo grupo MGT, ela conta que houve muito estudo para conseguir o reconhecimento "Eu e minha família investimos intensamente, buscando sobretudo uma formação profissional e de qualidade na área", afirma. "Me descobrir, não pela beleza exterior, mas pelo poder de influência e exemplo que o cargo traz, impactou a minha vida. Me tornei uma pessoa mais autoconfiante. E mais importante que uma sociedade reconhecendo uma pessoa com síndrome de Down ocupando um cargo profissional, é o próprio autorreconhecimento", conta.

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De lá para cá, a modelo já cruzou a passarela em três Fashion Weeks, incluindo a de Milão, na Itália, onde esteve no final do mês passado pelas marcas NCC e Libertees. "Tem coisas que é impossível de explicar. A sensação de pisar em uma passarela, na maior semana de moda do mundo, ser fotografada e observada e dividir espaço com outras grandes modelos poderia ser amedrontador. Mas nada se compara à sensação de gratidão, realização e felicidade que sinto fazendo o que amo. Basta dar o primeiro passo que a preocupação some. Me sinto gigante! É uma sensação de plenitude, é indescritível!"

Outro marco de sua carreira aconteceu em maio passado, quando Maju passou a fazer parte do time de embaixadoras da L’Oréal Paris, sendo a primeira brasileira com síndrome de Down a compor a equipe. "Sei que tenho limitações, mas elas não me impedem de viver uma vida plena. O que impede é o preconceito. E quando ele é presente na sua vida desde criança, há um risco de se crescer acreditando no que ele diz: ‘não existe lugar pra você aqui’. Mas desde que comecei a lutar pelo meu sonho percebi que existe um lugar sim pra mim, existe pra todo mundo", diz. "Nada pode me limitar ou definir."

Maju lembra que, quando era pequena, não havia a mesma representatividade. "Raramente encontrávamos pessoas como eu estampando matérias, revistas, cruzando passarelas. Pessoas comuns precisam saber que o mundo está cheio de lugares para elas, para nós. Eu sou uma pessoa comum."

O sonho de ser modelo, ela relata, começou aos 16 anos, quando foi internada com meningite bacteriana e ficou dez dias em coma. Os médicos chegaram a cogitar a amputação de membros para conter a infecção, mas deu tudo certo. Assim que acordou, ela revelou para a mãe: "Eu vou ser modelo".

"Eu já sentia esse desejo (de ser modelo), mas em alguns momentos foi difícil acreditar que iria realizá-lo. Depois que você recebe um diagnóstico como o que eu recebi - com risco de óbito ou de sequelas graves como perda da audição, da visão -, você tem algumas opções: ser tomada pelo medo ou lutar pela vida", ressalta. "Eu sentia que ainda tinha muito pela frente e que Deus estaria cuidando do meu destino. Mas também sabia que, se recebesse uma nova oportunidade, deveria agarrar essa chance. Foi isso que fiz."

A empresária paulista Maitê Martinelli Silva compartilhou um desabafo nas suas redes sociais, após perder a filha Juliana Martinelli Silva, de 46 anos, para a Covid-19. A vítima era portadora da síndrome de Down e foi intubada em um hospital na Baixada Santista, em São Paulo, na primeira semana de maio, sendo conduzida à UTI especializada na doença. No último dia 2 de junho, Juliana veio a óbito. A internação ocorreu a apenas cinco dias da vacinação da mulher, que estava agendada para o dia 10 de maio. Nas redes, a mãe publicou relato emocionado e pede consciência da população ao dizer que seu coração “está sangrando”.

A mãe alega que todas as moradoras da casa estavam tomando os cuidados necessários e que apenas a filha mais nova, Ana Carolina, precisa sair de casa regularmente, pois vai trabalhar. Essa é a rotina das Martinelli desde março de 2020. Apesar das medidas, todas foram infectadas de forma leve, no dia 28 de abril, mas apenas a filha mais velha precisou ser hospitalizada. Juliana fazia parte do grupo prioritário da síndrome de Down, mas não teve tempo de ser vacinada.

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“Me sinto traída pela minha pátria, pelo presidente que não comprou as vacinas em tempo para já estarmos em maioria vacinados. E estou com verdadeira aversão a tantos ‘cidadãos brasileiros’ que levam vida normal e esnobam tal vírus traiçoeiro, lastimável. As pessoas nas ruas, em festas, sem máscaras. Não sei mais o que sentir, está tudo misturado entre indignação, raiva, revolta. Coração sangrando. Será que só sofre quem perdeu alguém que ama?”, escreveu Maitê em depoimento aberto no Facebook.

Por fim, a santista ainda pede que as pessoas levem a sério o vírus: "Quem acha que esse vírus não passa de uma 'gripezinha', coloque o amor no coração e mude os seus conceitos. Pensem na quantidade de pessoas que estão sofrendo e perdendo seus amores", desabafa.

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Começa nesta segunda-feira (10) na cidade de São Paulo a vacinação das pessoas com Síndrome de Down, os pacientes renais em terapia substitutiva e as pessoas transplantadas imunossuprimidas. Serão imunizadas pessoas com 18 anos ou mais que se enquadrem nos três grupos.

Para receber a dose da vacina é necessário comparecer em um ponto de vacinação com um documento de identificação com preferência com o número do CPF. No caso dos pacientes renais e os transplantados imunossuprimidos é preciso uma declaração médica que comprove a condição.

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Também estão sendo vacinadas as pessoas de 60 a 62 anos de idade.

Em toda a cidade há vacinas disponíveis nas 468 unidades básicas de saúde, em 17 Serviços de Atenção Especializada (SAEs) em três centros-escola.

As listas com endereços dos pontos de vacinação pode ser acessadas na página da Secrettaria Municipal de Saúde.

Atual campeã da mundial de Futsal Down, a seleção brasileira criou uma vaquinha virtual para tentar defender o título da modalidade este ano, na Turquia, como parte do Trisome Games, os Jogos Olímpicos para atletas com Síndrome de Down. Sem grandes patrocinadores, a equipe tem até o dia 5 de fevereiro para arrecadar os R$ 256 mil reais necessários para cobrir as taxas de inscrição e os custos da viagem.

"Na verdade, o prazo havia se encerrado em 31/12, mas conseguimos uma prorrogação com os organizadores, que querem ter o Brasil no torneio, até por sermos os atuais campeões", explicou o técnico da equipe, Cleiton Monteiro, ao site da Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI).

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O comandante disse que duas empresas estiveram perto de apoiar a seleção, mas acabaram recuando. "Duas grandes empresas se interessaram em nos apoiar, mas não bateram o martelo", disse. A CBF também foi procurada, mas foi outra que não contribuiu. "Estive ano passado prestando assessoria para o Futsal Down do Peru, em uma semana conseguimos o apoio da Federação Peruana de Futebol, algo que não conseguimos com a CBF desde 2005", lamentou.

Apesar da CBDI ser filiada ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), os recursos para o futsal são limitadores. Por não ser um esporte paralímpico, a modalidade não recebe repasses do Governo Federal.

"O sonho dos nossos atletas de buscar o bicampeonato no exterior agora depende exclusivamente da solidariedade do brasileiro. O prazo é curto, mas acreditamos neste milagre! O esporte é um dos principais meios de socialização dessas crianças e muito importante para seus desenvolvimentos", concluiu Cleiton.

As doações para a seleção de Futsal Down ainda podem ser feitas. As contribuições variam entre R$ 25 e R$ 20 mil, via cartão de crédito ou boleto bancário.

Uma mulher acusa um motorista de Uber de ter se recusado a realizar uma corrida com ela acompanhada da filha que tem Síndrome de Down. O caso aconteceu na cidade de São Paulo-SP.

Conforme o relato no Facebook da produtora de eventos Luana Watanabe, de 33 anos, o motorista de aplicativo teria dito "Me desculpe, mas não vou levar essa criança" e deixado o local. Ana Clara, a filha da produtora, tem sete anos.

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"Absurdo que me destruiu hoje... mas só hoje... amanhã eu estou de pé de novo!", a mulher escreveu na rede social. Ela também salientou que a criança já não tem tamanho para usar cadeirinha, portanto a ausência do equipamento no carro não seria justificativa para a recusa da corrida.

De imediato, Watanabe fez uma reclamação à Uber, que respondeu lamentando o episódio. Segundo o G1, a mulher também decidiu registrar um boletim de ocorrência, mas foi informada pela delegada que não se tratava de um caso criminal.

A produtora de eventos conta que esta não é a primeira vez que ela percebe preconceito contra a filha em transporte por aplicativo, mas nenhum motorista havia verbalizado antes. A Uber informou ter desativado o motorista do aplicativo. 

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Emocionante. Em uma noite fria de terça-feira, dia 4 de junho, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, uma final que esquentou o ginásio do Complexo Esportivo “Elba de Pádua Lima – Tim” – Cava do Bosque e fez muitas pessoas chorarem, torcerem, se emocionarem e segurarem o grito “É campeão!” até o último segundo do jogo. Brasil e Argentina protagonizaram o que se esperava das duas melhores seleções do II Campeonato Mundial de Futsal Down 2019, uma final que ficará para a história.

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Com 3,5 mil pessoas na Cava do Bosque apoiando os atletas, a Seleção Brasileira dominou o primeiro tempo. Com a pontaria certeira do artilheiro Renato Gregório (que fez quatro gols), o Brasil dominou a Argentina em quadra.

Quando a seleção argentina partia para cima do Brasil e conseguia finalizar, a estrela do goleiro Rafael brilhava. Com defesas espetaculares, o arqueiro fechou o gol e deu ao Brasil a vantagem de terminar o primeiro tempo vencendo por 5 a 2. O quinto gol do Brasil foi marcado por Caio Batista e o tento da Argentina, por Lucas Unhold.

Mesmo com toda a emoção vivida no primeiro tempo, as torcidas brasileira e argentina não esperavam que o segundo tempo seria ainda mais eletrizante, tendo sido considerado o mais emocionante de todos os jogos.

O Brasil estava com os atletas visivelmente mais cansados em quadra e ainda assim conseguiu aumentar a vantagem no placar, com o gol do Júlio Silva. Mas o que ninguém esperava aconteceu. Em uma espetacular reação, a Argentina, de gol em gol, foi encostando no placar. Mesmo com as defesas impressionantes do goleiro Rafael, a seleção argentina fez 6 a 4, com gols de Ignacio de Luca e Gaston Torche (2).

A reação da argentina parecia ser irreversível e o Brasil, que já estava com uma mão na taça, não mais tinha a certeza de que seria campeão diante da marcação de um tiro livre direto para a Argentina. Frente a frente com o craque argentino Gaston Torche, o goleiro brasileiro mostrou frieza e defendeu o chute, levantando a torcida no ginásio.

O jogo seguiu bastante disputado, com chances para as duas equipes marcarem, mas a Argentina, com outro tiro livre direto, teve nova chance de encostar no placar. Novamente o craque Gaston pegou a bola, colocou na marca e bateu. A torcida brasileira só gritava um nome, Rafael. Em outra sensacional defesa, evitou que a seleção argentina encostasse no marcador.

Mas como tem que ser sofrido, aos 19 minutos, faltando apenas 60 segundos para o término da partida, Ignacio de Luca marcou de cabeça para a Argentina, que deixou a Cava do Bosque em silêncio e apreensiva. Foram momentos de agonia até que, em uma jogada perfeita, o craque do mundial, artilheiro com 21 gols, chutou. Acompanhando em silêncio a bola, em um só coro, todos no ginásio levantaram e gritaram gol. A partir daí, só se ouvia o grito da torcida brasileira: “É campeão!”.

Aos 20 minutos cravados, o árbitro encerrou o jogo. Com uma vitória de 7 a 5, o Brasil conquistou de forma invicta o II Campeonato Mundial de Futsal Down 2019. Festa verde e amarela na Cava do Bosque. O choro dos jogadores e da comissão técnica era de alegria pela vitória sobre a Argentina na final de um mundial, que não poderia ser diferente, sofrida, difícil, com emoção do começo ao fim, mas os atletas conseguiram o tão sonhado título.

Após a conquista, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, disse que o título é de todas as delegações que estiveram na cidade. “O Brasil conseguiu ser vitorioso na disputa, mas pela forma como todos comemoraram, os atletas, a comissão técnica, é como se todos os sete países tivessem vencido. Então, a alegria é mais que redobrada. É um carinho enorme, um amor que se dedica em tudo que eles fazem e a gente só tem o que comemorar e agradecer”, disse o prefeito.

“Realizar em casa [o mundial] é orgulho e honra para todo mundo. Poder entregar uma festa maravilhosa para nossa cidade, com o Brasil sendo campeão mundial em Ribeirão, mostra que a cidade é pé quente em um monte de coisa, e agora no futsal down. Ribeirão Preto está de parabéns, a Prefeitura e toda a equipe da Secretaria de Esportes, todos estão de parabéns”, afirmou o secretário de Esportes Ricardo Aguiar.

O técnico do Brasil, Cleiton Maurício, destacou que todos tinham razão em acreditar que os atletas seriam capazes de fazer esse belo espetáculo. “Esse grande futebol que foi apresentado, essa grande final, vai estimular ainda mais a Seleção. Agora ninguém pode falar que não somos capazes, fomos capazes e somos campeões mundiais”, emocionou-se o técnico.

Da Prefeitura de Ribeirão Preto

A Univeritas/UNG realizará uma série de atividades para jovens com Síndrome de Down. As atividades vão de 25 a 29 de março, das 13h às 17h, no campus Centro, localizado na Praça Tereza Cristina, 88.

A expectativa é que 150 jovens com Síndrome de Down, supervisionados pelos professores e apoio dos estudantes, possam aprender de forma prática e, consequentemente, desenvolver um trabalho em uma empresa ou mesmo no seu próprio negócio. Serão oferecidas oficinas de nutrição, fisioterapia, gastronomia, educação física e informática nas quais os participantes terão aula de alimentação balanceada, preparação de massas, pilates, aulas de lutas e scratch.

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De acordo com o reitor da Univeritas/UNG, Eloi Lago, o objetivo é oferecer cursos de qualificação para que os jovens possam crescer no mercado de trabalho. "Tanto os conteúdos, quanto os materiais utilizados no projeto, foram planejados de acordo com o perfil de aprendizagem", explica.

As inscrições são através do email extensao@ung.br. Para mais informações, interessados podem ligar para o (11) 2464-1151.

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Por fora uma residência simples, mas não se engane, dentro dessas instalações existe um nascedouro de esperança. Localizada em Casa Amarela, a Associação Novo Rumo semeia desde 2006 o futuro através do amor e do acolhimento. Para construir uma sociedade amplamente inclusiva, 400 crianças com suas peculiaridades participam do projeto recebendo acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos e até capoeira, para desenvolver a fala, sociabilização e coordenação motora. Todos se divertem, todos são iguais.

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Aqui, a expectativa de um destino promissor é minimizada por um presente de acessibilidade e qualidade de vida. Antes de profissionais renomados, o propósito do projeto é criar cidadãos com valores e independentes. Sorrisos, carinho e empatia rodeia a casa, entre as mães, os profissionais e, sobretudo, das grandes estrelas, que facilmente fazem amizade com quem esteja disposto a receber um abraço sincero. Mas quem disse que profissionais de referência não estão sendo preparados na associação? Cheios de energia e aptidão, basta os visitantes observarem por alguns minutos para enxergar os diversos talentos difundidos pelos corredores da Novo Rumo.

Miguelzinho, o fotografo

Não se espante se daqui uns anos o pequeno Miguel Luiz, de 5 anos, figure os principais editoriais do país ou exponha seu trabalho nas maiores galerias ao redor do mundo. "Beijoqueiro e amável", como contou a mãe Drieli Cristina, ela citou o zelo do filho, e revelou que o pequeno desenvolve direitinho, desde os quatro meses, as atividades propostas pelas 'tias', tanto na associação, quanto nas atividades de estímulo realizadas em casa. Risonho, Miguelzinho mostra aptidão com a câmera nas mãos. Muito além da curiosidade, o menino se diverte a cada enquadramento e solta uma sonora gargalhada aos sons emitidos com os disparos da câmera. Antes da técnica, o dom; antes do dom, a diversão em registrar o que está diante dos seus olhos. Atento e bem posicionado para cada flash, ele só solta a câmera ao ouvir a palavra 'mágica': trufa de chocolate. Aí os olhos de Miguel brilham, e ele larga tudo. Afinal, que criança resiste a um bom doce?

A futura medalhista olímpica, Yasmim

Enérgica como habitual para uma criança de 10 anos. Yasmim dança, canta, corre e pula, ela só pode funcionar à bateria. Mesmo tímida, adora puxar uma conversa e perguntada sobre o esporte que vai escolher no futuro, a resposta não podia ser outra: "gosto muito de futebol. Eu quero jogar bola". Alguns até podem confundir com excesso de agitação, mas a Yasmim sem sombra de dúvidas é uma atleta em potencial. "Ela gosta muito de praia. A gente geralmente vai pra Mangue Seco porque lá é mais calmo. Acredita que ela vai lá pro meio?", revelou a mãe Maria José, sobre o ímpeto e coragem da menina. Além dos esportes, ela também dá seus primeiros passos na música. Inspirada nos hits das rádios e nos louvores que tocam em casa, a mãe percebeu que a filha tem um bom ritmo e acompanhava a cadência melodias. Por isso, Yasmim ganhou um violão infantil e já arrisca suas primeiras notas, sempre acompanhando de forma ritmada os sons que lhe rodeia. No pódio, as duas estariam em primeiro lugar, dividindo a medalha de ouro, uma grande atleta conduzida por uma grande protetora.

A arte abstrata da Tatá

Mesmo com pouca idade, um primor ao pegar no lápis. Thaís, de apenas três anos, gosta de se expressar nas folhas e nas cores. "Espevitada", como confirma a mãe Taciana Torres, além de interpretar o amor que recebe, Tatá simplesmente emite simpatia. Ela faz parte daquele seleto grupo de artistas que você quer comprar a obra, e ainda espera horas na fila só para receber um autografo e um abraço caloroso. Sem preço, o valor da expressividade dela facilmente invadiria museus e o mercado de leilões de arte. Não é em toda esquina que artistas produzem sinceridade e amor, mas nas mãos da pequena Tatá essa é a única tradução de arte.

 

Gigi, a personificação da multiculturalidade

O futuro sempre será incerto, mas no presente já é perceptível que a pequena Giovanna, de apenas um ano e três meses, ama uma folia. Esse ano frequentou assiduamente as agremiações de Pernambuco; em meio aos confetes e serpentinas, Gigi participou de vários blocos. A todo vapor, não arredou o pé e só sossegou depois de frevar os cinco dias de Carnaval, não à toa que encerrou os festejos no tradicional Bacalhau do Batata, comemorado na quarta-feira de Cinzas. Animada que só ela, Giovanna herdou todo esse fôlego e amor pelo Carnaval da mamãe Marcela Lubambo, que antes mesmo da gravidez, participava da Escola de Frevo do Recife, e revelou em tom de riso que "com cinco anos, vou botar ela na escola de frevo também. O que a mamãe não consegue mais fazer, ela vai”. Talento ela tem, fica em pé, se expressa com toques e risos, e provavelmente rode o mundo divulgando a cultura do nosso Estado. Marcela não esconde o orgulho da pequena, mas pra que esconder um sentimento tão louvável? Não vai ser difícil encontrar Giovanna com uma sombrinha multicolorida, rindo ao executar uma tesoura ou um parafuso.

Dia Internacional da Síndrome de Down

Talvez você não tenha percebido, mas todas essas potencialidades são de crianças com Síndrome de Down e, nesta quinta-feira (21) é comemorado o dia internacional delas. Com um carinho acima da média, essas crianças apenas representam até onde - qualquer pessoa - pode chegar, através do esforço. A síndrome, ou trissomia do cromossomo 21, é causada no momento da fecundação, resultado da presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células. Com isso, pessoas com Down têm 47 cromossomos em suas células, em vez de 46, como a maioria da população. O dia 21 de março foi marcado justamente por essa relação genética. Além de respeito e compreensão, o espaço para o preconceito não cabe mais, até porque ele é um mero fruto da desinformação. Então, te desafio a conhecer uma pessoa, seja ela adulta ou criança, e não se apaixonar pelo olhar singelo e afabilidade característico de cada um.

 Príncipe Harry e Meghan Markle, que anunciaram a primeira gravidez no início desta semana, estão em viagem oficial pela Europa. Nesta quinta-feira (18), uma cena inusitada envolvendo o casal percorreu o mundo. Um garoto com síndrome de down rompeu o protocolo real e fez carinho na barba do Príncipe Harry.

O menino de 6 anos, chamado Luke Vincent, ficou impressionado com a barba ruiva do príncipe e não se conteve. Além de fazer carinho, o garoto deu um forte abraço no príncipe e em Meghan, que também ganhou um buquê de flores de Luke e ficou emocionada com a cena.

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O garoto é aluno de uma escola pública, que ficou responsável pela recepção do casal no País. Em entrevista à People, a diretora do colégio infantil, Anne van Dartel, explicou porque o garoto ficou tão deslumbrado. Luke é encantado pelo Papai Noel. Ele só acha que se encontrou com um homem legal que tinha uma barba incrível. Luke é uma pessoa de poucas palavras, mas de grandes ações”, disse.

Veja o vídeo:

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Por Lídia Dias

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