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Um novo vírus no Windows ameaça o sistema financeiro da América Latina e pode ter sido criado no Brasil. Desenvolvido com códigos em português, o JanelaRAT é considerado extremamente complexo e vem roubando senhas de bancos desde junho.  

A empresa de cibersegurança Zscaler identificou que os códigos, metadados e outros elementos de programação do vírus estão em português. O vetor de disseminação ainda é desconhecido, mas as amostras em dados formato ZIP dão indícios de que ele começou a se propagar por phishing, através de e-mails.  

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O vírus possui semelhanças com o BX RAT, o trojan de acesso remoto que circula desde 2014. O JanelaRAT também usa scripts VBS e arquivos BAT para contaminar os sistemas. 

Seu maior risco é a capacidade de se esconder das ferramentas de segurança e só agir em momento oportuno. A cada cinco segundos, o víris verifica o tempo em que fez a última interação e interrompe suas atividades caso exceda 10 minutos. Assim, garante que suas ações apareçam em meio à utilização da máquina e que sua detecção fique mais difícil. 

Os especialistas em cibersegurança estão em alerta para o começo de uma nova cepa de malwares contra o sistema bancário, carteiras de criptomoeda e fintechs. Aos usuários, o único meio de se proteger é evitar clicar em links suspeitos e executar arquivos anexos de fontes desconhecidas. Outra prevenção é ativar e sempre atualizar os programas que ajudem a identicar ameaças. 

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (9) a segunda fase da Operação Aqua. O alvo é a recuperação de ativos obtidos ilicitamente por doleiros do Recife, que foram indiciados por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (exercício de atividades clandestinas em operações de câmbio e evasão de divisas ao exterior).

 Os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Recife, em endereços de pessoas e empresas, nos bairros do Pina e Ibura, no Recife. "As equipes estão apreendendo veículos de luxo obtidos pelos investigados a partir da prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional", informou a PF.

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Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens imóveis e de contas dos indiciados e de empresas relacionadas aos criminosos, para buscar a recomposição do prejuízo causado com as atividades ilícitas constatadas na investigação.

Segundo a Polícia Federal, pelo menos R$ 7 milhões foram enviados ilicitamente entre 2014 e 2020 para os Estados Unidos.

Cooperação internacional

Os investigados atuavam há décadas como doleiros na capital pernambucana. Parte dos dados que constam no inquérito instaurado foi alcançada por meio de cooperação internacional com os Estados Unidos.

Se condenados por todos os crimes investigados, os suspeitos podem cumprir penas de até 10 anos de reclusão. A Polícia Federal continua investigando se os envolvidos praticaram também lavagem de dinheiro no Brasil através de suas empresas. Novos dados obtidos na investigação estão sendo remetidos aos Estados Unidos, com pedido de bloqueio de bens dos envolvidos naquele país.

O nome da operação é uma alusão a empresas de distribuição de água mineral pertencentes a indivíduos sob investigação, em nome das quais teriam sido abertas contas bancárias para realização de movimentações financeiras ilícitas.

Os novos hábitos adquiridos pela população durante o isolamento social aceleraram a participação dos bancos digitais no Brasil. Apesar do poder financeiro e da ainda alta concentração das instituições tradicionais, esses novos personagens estão dando cara nova ao sistema financeiro nacional, que aos poucos ganha mais competição. Sem tarifas nem agências bancárias, alguns conseguiram dobrar a carteira de clientes durante a pandemia e ganharam, pelo menos, três anos na corrida por maior presença no setor.

Um levantamento do UBS Evidence Lab mostra que em 2020, pela primeira vez, a parcela de downloads de aplicativos dos novos players ultrapassou a de instituições tradicionais. Em 2019, a participação dos maiores bancos era de 52% e dos novos, 48%. No ano passado, essa posição se inverteu, com os bancos digitais alcançando uma fatia de 52%.

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"Calculamos que atualmente o País tenha mais de 60 milhões de contas digitais, sem considerar os números do Caixa Tem (usado para o pagamento do auxílio emergencial)", diz o analista do UBS Thiago Batista. Na avaliação dele, a pandemia levou muitas pessoas que não tinham confiança nos sistemas digitais - como pessoas mais velhas - a usar esses bancos pela internet. "Hoje, vejo esse movimento sem volta. Quem começa a usar, não para."

O movimento tem sido tão intenso que, na Neon, o hábito digital da população antecipou, no mínimo, em três anos a escalada de crescimento. "Foi um ano em que crescemos muito além do imaginável", diz Pedro Conrade, fundador da instituição. Entre março e agora, a empresa cresceu três vezes em receita e número de clientes (hoje, somam 12 milhões). "Cerca de 65% dos clientes ativos usam a conta da Neon como sua conta principal."

Para Conrade, apesar do forte crescimento em 2020, ainda há espaço para ampliar a participação no mercado. Atualmente, diz, quase 50% das transações são feitas em dinheiro. "Só nesse aspecto, temos o dobro de mercado a ser conquistado. A nossa brecha é evoluir mais rápido antes que os grandes bancos cheguem." Com as novas medidas do Banco Central, como os pagamentos instantâneos e o open banking (sistema que permite o compartilhamento dos dados do cliente entre instituições), a competição deverá ser estimulada no setor.

Uma das estratégias dos bancos para manter o ritmo de crescimento em 2021 será ampliar a oferta de produtos e tentar fidelizar os clientes, diz o sócio-líder de serviços financeiros da consultoria KPMG, Cláudio Sertório. Ele explica que, normalmente, os mais jovens têm contas em mais de dois bancos digitais ao mesmo tempo e podem desativá-las a qualquer momento, dependendo da experiência positiva ou negativa.

Alvo

Para atender a essa demanda, o banco Inter quer ampliar o conceito de marketplace dentro do banco, com oferta de produtos financeiros e não financeiros. Hoje, o cliente do Inter pode adquirir na plataforma produtos da Via Varejo, Casas Bahia e Magazine Luiza, entre outros. Os clientes têm cashback (recebem parte do dinheiro de volta) nas compras e também podem ter acesso a crédito, diz a diretora financeira do banco, Helena Lopes Caldeira.

Com 8 milhões de clientes, a instituição dobrou o número de contas desde 2019 e espera alcançar 15 milhões ao final de 2021. "Nosso desafio é continuar crescendo com a mesma qualidade dos serviços", diz a executiva. Hoje, o Inter tem à disposição dos clientes, além da conta corrente, cartão de crédito, seguros e crédito.

Essa diversificação é vista como essencial pela maioria dos bancos digitais para convencer os clientes a continuarem ativos. Boa parte dos correntistas que buscam essas instituições querem menos burocracia e, sobretudo, fugir das tarifas bancárias. "Temos tudo o que eles querem com uma estrutura mais barata e melhor", diz Maxnaun Gutierrez, chefe de produtos e pessoa física do C6 Bank.

Criado em 2018 por um grupo de 25 executivos do mercado financeiro e de tecnologia, o banco só começou a operar, de fato, em agosto de 2019. Hoje, pouco mais de um ano depois, já conta com 4 milhões de contas abertas. Gutierrez afirma que, com a retomada econômica prevista para 2021 e a estreia do open banking, o crescimento dos bancos digitais vai continuar acelerado. Com a economia melhorando, diz ele, mais dinheiro circula e isso é positivo para o setor. Ele não descarta até a entrada de novos players no mercado.

Em estudo publicado em meados de 2020, a consultoria Mckinsey destaca que uma potencial consequência da atual pandemia é justamente a universalização do acesso a canais digitais bancários. Isso porque "cada vez mais usuários estão experimentando a conveniência da utilização desses canais, muitos deles pela primeira vez". A popularização de pagamentos por meios eletrônicos, destaca o relatório, também deve reduzir significativamente a circulação de dinheiro físico na sociedade brasileira, tendência já verificada em outros países.

Segundo Sertório, da KPMG, para continuarem crescendo os bancos digitais precisam alimentar cada vez mais a sensação de novidade e inovação. Além da qualidade dos serviços em alta, eles também terão de contar com capacidade financeira para o lançamento de novos produtos. Na área de crédito, essencial nos dias atuais e uma grande carência no País, há a necessidade de ter um balanço que sustente possíveis perdas decorrentes da inadimplência, diz Sertório.

Outra armadilha da qual os bancos precisam escapar é a do próprio crescimento. Essas instituições nascem pequenas, mas, para crescer, terão de investir em marcas e marketing e podem aumentar demais a estrutura a ponto de ficar muito custosa, dizem especialistas.

Instituições tradicionais reagem

Atentos à rápida evolução e ao apelo dos digitais, os chamados "bancões" também decidiram criar seus próprios canais para não perder espaço no mercado. O Bradesco foi mais rápido nessa estratégia e há três anos criou o Next, que hoje conta com 4 milhões de contas - em janeiro de 2020, esse número estava na casa de 1,8 milhão. "Antes, nossos clientes estavam na faixa de 18 a 35 anos. Mas, em 2020, vimos pessoas de 50, 60 anos fazendo adesão ao nosso sistema", diz o presidente da instituição, Jeferson Honorato.

Ele conta que o trabalho do Next é de inclusão bancária - e não de canibalização. Cerca de 35% dos clientes têm conta corrente pela primeira vez e 76% não eram da base do Bradesco. "É um complemento. Ao mesmo tempo que o banco tem presença física, o Next é um caminho para aquelas pessoas que querem experimentar um banco digital", diz Honorato, que também aposta em mimos para conquistar os clientes, como crédito mensal de R$ 20 do Über.

O concorrente Itaú também entrou no mercado. Em novembro do ano passado, criou o iti e já conta com 3 milhões de contas. "Temos como foco o cliente que precisa de uma relação bancária, seja a população de mais baixa renda ou os desbancarizados", diz o diretor do iti Itaú, João Araújo. Segundo ele, o mercado ficou muito aquecido com a pandemia e o novo comportamento da população. "Certamente, estamos entre os que mais cresceram no primeiro ano de operação; isso sem nenhuma campanha massiva de publicidade."

Cadeia de negócios

O avanço dos bancos digitais também tem criado uma cadeia de negócios importante. É o caso da plataforma de serviços bancários BBNK, criada em 2018. A empresa permite que qualquer companhia ofereça a seus clientes uma conta digital própria, sem precisar de autorização do Banco Central. "A companhia fecha o contrato comigo e eu ofereço tudo: tecnologia e autorização da autoridade monetária. O cliente só coloca a marca dele", diz o presidente e fundador da BBNK, Yan Tironi.

Até o momento, afirma ele, 40 marcas fecharam contrato com a plataforma. Dessas, três já lançaram suas contas no mercado. As demais ainda aguardam o melhor momento para adotar uma estratégia de lançamento. Segundo Tironi, a pandemia atrasou os planos das companhias para levar adiante a abertura das contas, mas o interesse continua. "Tem muita gente experimentando para lançar da forma mais apropriada."

Tironi afirma que a BBNK faz todo o plano de negócios para as empresas. A plataforma tem mais de 70 mil contas abertas, sendo 50 mil nos últimos três meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário Francisco Deusmar de Queirós, sócio e fundador da rede de farmácias cearense Pague Menos, uma das maiores do País, foi preso na noite de sábado (8), em Fortaleza, por crime contra o sistema financeiro. Os advogados de Queirós destacam que ele se apresentou voluntariamente à Polícia Federal após decisão judicial determinando sua prisão.

"O objeto do processo que gerou a apresentação se refere à sua atuação à frente da Renda Corretora de Valores entre 2000 e 2006. A ação ainda está em curso e a condenação não é definitiva. A defesa continua acreditando na Justiça e na sua absolvição", disse, em nota divulgada nesta domingo (9), o escritório Rocha, Marinho e Sales Advogados e Marcelo Leal Advogados Associados.

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Atualmente em fase de expansão para o Sudeste, a rede cearense tem 168 unidades e faturou R$ 6,3 bilhões no ano passado. A previsão é encerrar este ano com 1,2 mil lojas e vendas de R$ 7 bilhões. Com esse porte, a companhia tem uma atuação equivalente à cerca da metade da Raia Drogasil, líder do setor e presente em 22 Estados.

A rede Pague Menos chegou a cogitar uma abertura de capital em 2012, mas acabou desistindo do projeto de chegar à Bolsa paulista em 2013. Dois anos mais tarde, o fundo de private equity (que compra participações em empresas) General Atlantic comprou 17% do capital da companhia, em uma operação de R$ 600 milhões. A empresa ainda tem intenção de chegar à B3, mas somente a partir de 2020.

Fora do conselho. Diante da prisão de seu fundador, a Pague Menos nomeou o atual diretor-presidente, Mário Henrique Alves de Queirós, para o cargo de presidente do conselho de administração, que ainda era exercido por Deusmar Queirós.

"O processo judicial ao qual o fundador da companhia, Deusmar Queirós, responde não possui qualquer relação com a rede. Todas as informações sobre o processo foram prestadas de maneira transparente pela Pague Menos em seus formulários de referência", disse a companhia, em nota.

Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas cresceram 1,1% de julho para agosto, somando um total de R$ 546,288 bilhões, conforme dados do Banco Central apresentados hoje. No ano até agosto, a expansão está em 6,2% e, em 12 meses, em 10,4%.

Em agosto sobre julho, houve avanço de 0,2% nas linhas de capital de giro (R$ 20,392 bilhões), de 1,0% no financiamento ao investimento (R$ 516,058 bilhões) e alta de 7,6% nas modalidades para o setor rural (R$ 9,838 bilhões) por parte do banco de desenvolvimento.

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Estoque de crédito

O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1% em agosto ante julho e chegou a R$ 2,864 trilhões. No acumulado do ano até o mês passado, houve alta de 5,5% e, em 12 meses, de 11,1%.

Houve aumento de 0,8% para pessoas jurídicas e alta de 1,2% para o consumidor no mês. No ano, a alta até julho está em 3,5% para as empresas e em 7,8% para a pessoa física. No caso do período de 12 meses encerrados no mês passado, as taxas são de crescimento são, respectivamente, de 9,1% e de 13,4%.

De acordo com a autoridade monetária, o crédito livre cresceu em 0,5% no mês, 1,0% no ano e 5,0% em 12 meses até agosto. Já no caso do direcionado, aumentou 1,5% em agosto ante julho, 11% em 2014 até o mês passado e 19% em 12 meses.

No crédito livre, houve crescimento de 0,5% para pessoas físicas no mês, de 2,5% no acumulado do ano e de 5,0% em 12 meses. Para as empresas, no crédito livre, houve aumento de 0,4% em agosto e queda de 0,4% em 2014 até agora. No acumulado de 12 meses encerrados em agosto, houve alta de 5%.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 56,6% em julho para 56,8% no mês passado.

Bancos públicos

Os bancos públicos continuam a puxar o aumento do estoque de crédito em 2014 até agosto, ainda que em um ritmo mais brando do que o visto no ano passado. De acordo com o Banco Central, houve avanço de 9,2% no ano até agora nesse segmento, para um total de R$ 1,517 trilhão. Apenas em agosto, o crescimento foi de 1,1% e, em 12 meses, de 16,2%.

Nos bancos privados nacionais, o avanço foi de 2,6% no ano até o mês passado, para R$ 925,9 bilhões. Em agosto houve avanço de 0,7% e, em 12 meses encerrados no mês passado, alta de 6,3%. Já nos bancos estrangeiros, houve queda de 0,4% no acumulado do ano, para R$ 420,2 bilhões. No mês, no entanto, houve alta de 1,0% e, em 12 meses, o segmento registra alta de 5,2%.

A inadimplência apresentou ligeira alta nas instituições oficiais, passou de 2,1% para 2,2%em agosto. Nas privadas nacionais, a taxa recuou de 4,3% para 4,2%, nas estrangeiras, o calote ficou estável em 4,0%.

As provisões ficaram estáveis em 3,7% nos bancos públicos; nos nacionais privados subiram de 6,4% para 6,6%; já nos estrangeiros subiram de 5,6% para 5,7%.

Com o recuo de 1,8% do PIB Mensal Itaú Unibanco (PIBIU) no mês de junho ante maio, o Itaú Unibanco prevê que o PIB do Brasil, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tenha recuado 0,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre. O banco não leva em consideração uma revisão do PIB e trabalha com a alta de 0,2% da economia no primeiro trimestre informada originalmente. O PIB mensal do Itaú baixou 1,3% entre abril e junho, na comparação com os três meses anteriores.

Devido ao fraco nível de atividade econômica, o Itaú projeta que o crescimento do Brasil em 2014 ficará em 0,6% e deverá acelerar para 1,3% em 2015. De acordo com o banco, as condições fiscais não são favoráveis e estão diminuindo as chances de o governo cumprir a meta de um superávit primário de 1,9% do PIB este ano. Segundo a instituição, o superávit deverá alcançar 1,3% em 2014 e 1,5% em 2015.

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Em relação ao balanço de pagamentos, o Itaú espera que o câmbio chegue ao fim do ano a R$ 2,40 e atinja no encerramento de 2015 R$ 2,50. Esse fator deverá colaborar para uma redução do déficit de transações correntes, cuja previsão do banco é de 3,7% do PIB este ano e 3,2% em 2015.

1º trimestre

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, disse, nesta terça-feira, 19, que o PIB no primeiro trimestre deve ser revisado pelo IBGE de uma alta de 0,2% para uma marca entre zero e recuo de 0,1%. O banco estima que a economia no segundo trimestre apresentou uma queda de 0,4%, na margem. "Isso caracterizaria uma estagnação do PIB no primeiro semestre", avaliou.

"A economia deve apresentar recuperação no segundo semestre. Mas não vemos sinais ainda disso", destacou Goldfajn. Ele projeta uma alta do PIB de 0,6% para 2014. Para o próximo ano, o banco espera um incremento de 1,3%. "Em meados de 2015, o consumo deve começar a puxar o crescimento novamente, especialmente com redução do endividamento das famílias e um desempenho mais favorável da inflação", disse o economista Caio Megale.

Gasolina

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, estima um aumento dos preços da gasolina de 8% na refinaria no fim deste ano, o que representaria uma alta de 5% na bomba dos postos de combustíveis. Com essa previsão, ele estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 6,3% em 2014. Para 2015, a projeção de alta do índice de inflação é de 6,4%, que considera uma elevação de 8% na refinaria daquele derivado de petróleo, sendo novamente 5% na bomba.

"Nossa estimativa é de que a defasagem média da gasolina na refinaria em relação a preços internacionais é de 15%. Portanto, é viável que em dois anos ela seja corrigida", comentou Goldfajn. Segundo ele, a estimativa para o IPCA em 2014 mostra a inflação alta, mas mais bem comportada, em função de alguns fatores, como o recuo dos preços de alimentação e os efeitos do nível de atividade mais fraco sobre os preços livres.

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (21) que "aprimora" as condições para emissão, liquidação e devolução das Ordens de Transferência Eletrônica Disponível (TED). A partir de agora, o prazo de devolução de TED com erro passa a ser de até 60 minutos após liquidação. Até então, não havia prazo específico para a devolução, sendo que a regulação mandava apenas que fosse feita "tempestivamente", o que, segundo o BC, dava margem para diversas interpretações e gerava reclamações de clientes. Essa regra passa a valer a partir de maio de 2015.

Essa circular também mudou a forma como algumas instituições fazem transferências eletrônicas. Antes, dependendo da instituição, ela tinha de pedir autorização ao BC para fazer TED, sendo um pedido para cada transferência. Agora, se ela já está cadastrada para fazer esse tipo de operação, vai poder operar sem a burocracia que existia anteriormente. Essa alteração entra em vigor imediatamente.

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"Essas medidas visam conceder maior eficiência a esse importante instrumento de pagamento, beneficiando os clientes do sistema financeiro nacional, que passam a contar com maiores possibilidades de transferências e maior segurança, em caso de envio de recursos para destino e finalidades incorretos", disse o BC em comunicado divulgado hoje.

A União Europeia fechou um acordo nesta quinta-feira sobre a etapa final da sua união bancária após conversas que duraram a noite inteira, encerrando um capítulo sobre um projeto crucial que deve evitar que crises bancárias da zona do euro levem à falência de países inteiros.

"Acordos políticos sobre a união bancária agora estão completos", disse o comissário de mercado interno da UE, Michel Barnier, em um comunicado. A autoridade disse que o acordo "vai colocar um fim à era dos resgates maciços".

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O mecanismo único de resolução (SRM, na sigla em inglês) será responsável por fechar ou reestruturar os 130 maiores bancos da zona do euro se tiverem problemas, assim como cerca de 200 bancos transfronteiros. A ferramenta também terá o direito de intervir em qualquer um dos cerca de 6.000 credores da zona do euro se tiver necessidade.

O acordo finaliza um mês de duras negociações entre os legisladores europeus e os governos nacionais sobre a forma do mecanismo único resolução, que irá centralizar o controle de falência de bancos da zona do euro.

Ainda há uma chance de o acordo ser desfeito porque foi concluído pela presidência grega da União Europeia, que negocia em nome dos governos nacionais, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Mas isso é improvável porque Berlim foi consultado durante as negociações de ontem à noite, disseram as fontes.

Os governos da UE e legisladores europeus tinham debatido sobre como financiar o novo mecanismo, especialmente em seus primeiros anos, e como garantir que as decisões sobre resolução de bancos pudessem ser feitas rapidamente. Desde o início, a Alemanha, em particular, lutou muito para evitar que o mecanismo explorasse um montante comum de dinheiro europeu.

Ambos os lados haviam ameaçado deixar as negociações em um impasse até depois das eleições europeias de maio, a menos que suas exigências fossem atendidas, o que teria atrasado consideravelmente o projeto.

Mas o Banco Central Europeu (BCE) - que se tornará único supervisor bancário da zona do euro em novembro - aumentou a pressão por um acordo. Na semana passada, o membro do conselho executivo do BCE Yves Mersch advertiu que se um acordo não fosse fechado isso seria um ato "perto do suicídio".

Sob o acordo da quinta-feira, o fundo único de resolução bancária vai ser alimentado mais rapidamente do que no âmbito do plano acordado em dezembro pelos ministros das Finanças da UE, em oito anos, em vez de 10 anos, disse uma pessoa familiarizada com o assunto. Os fundos nacionais também serão mutualizados mais rapidamente, com 40% compartilhado no primeiro ano e mais 20% no segundo.

No entanto, os legisladores, em grande parte, cederam às preocupações da Alemanha sobre o uso do dinheiro do contribuinte, sendo este o último recurso quando os fundos de resolução ficarem sem dinheiro, afirmou uma fonte. Não haverá garantias governamentais para o fundo comum, mas será permitido securitizar o seu fluxo de caixa futuro. Fonte: Dow Jones Newswires.

Enquanto as empresas de telefonia celular foram rapidamente ocupando todos os cantos do País, a ponto de já existir mais telefones que brasileiros, as instituições financeiras ainda não conseguiram alcançar cerca de 30% das famílias brasileiras. Ou seja, praticamente uma em cada três famílias está à margem do sistema financeiro. Número que afeta diretamente o crédito e faz com que 17% dos brasileiros ainda comprem "fiado", ou "na caderneta" em estabelecimentos Brasil afora.

Os números fazem parte de uma pesquisa inédita feita no Brasil pela Fundação Bill & Melinda Gates e a Bankable Frontier Associates, e que foi analisada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa conclui que a exclusão está diretamente ligada à renda e à falta de contracheques. A lacuna tão grande parece se originar de desconfiança mútua.

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Se de um lado estão os bancos, que não emprestam para quem não tem contracheque, temendo calotes, de outro estão clientes como Maria Cristina Santos, 38 anos, moradora da favela de Heliópolis, que tem a sensação de que a estão roubando no banco e prefere deixar o dinheiro que ganha em casa.

Maria se vira de todos os jeitos. Faz limpeza em um hospital da capital paulista e vende produtos da Avon, O Boticário, Natura e, em breve, Jequiti. Na 25 de Março, famosa rua de compras de produtos a preços de atacado de São Paulo, só usa cartão de crédito American Express, coisa chique e exigência dos lojistas. Tem ainda cartão Mastercard da Magazine Luiza e Lojas Pernambucanas.

Mas e conta no banco? Só para sacar o dinheiro do salário que recebe do hospital. Investimentos? Apenas em produtos das marcas que vende ou guarda o dinheiro numa bolsinha, que fica dentro do armário, quase como se fosse no colchão. Poupança? Nem pensar, não rende nada, segundo ela. "Coloquei R$ 50 há uns meses e agora fui olhar a conta e tem R$ 51. Banco rouba muito."

O hábito de poupança financeira de fato ainda é muito pequeno no Brasil. A conta poupança atinge apenas 34% da população, enquanto a previdência chega a 26%. O professor da FGV que liderou as análises da pesquisa, Lauro Gonzalez, diz que a população ainda sente mais segurança investindo em cabras ou deixando o dinheiro no colchão. "As pessoas esquecem que as cabras morrem, a traça corrói o colchão e, nas crises, a cabra vale menos", diz.

Faixa

E essas crises afetam diretamente a capacidade de pagamento das pessoas. Uma pesquisa realizada pela consultoria Plano CDE, especializada em baixa renda, mostra que é comum as pessoas mudarem de faixa de renda com a diferença de poucos meses. Se em janeiro estão na classe C, podem facilmente cair para a E em março.

Mesmo o governo federal sabe do risco que é financiar a base da pirâmide, tanto que na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida o risco de calote é assumido pelo Tesouro.

Os bancos, mesmo os públicos, apesar de terem agregado uma boa parcela da população nos últimos anos à sua rede, só agora começam a ter programas que podem levar trabalhadores informais de forma mais massificada para o sistema financeiro. E depois dos correspondentes bancários - que em boa parte serviram apenas para desafogar as agências bancárias do fluxo de pessoas realizando pagamentos - os telefones celulares podem ser a nova fronteira da inclusão financeira.

Duarte Carvalho, da consultoria Roland Berger, diz que essa tecnologia pode baratear os custos dando escala. O Banco do Brasil, por exemplo, está testando um produto em que seus clientes, que são patrões, podem em vez de sacar o dinheiro transferir o pagamento para o celular de seu prestador de serviço, que por sua vez passa a ter uma conta no BB e ainda poderá usar o celular para fazer saques. O próximo passo é usar o celular para pagar contas e ainda ganhar créditos para ligações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa Econômica Federal anunciou, por meio de nota, que interrompeu a prática de cessar contas de poupança de clientes com Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) irregular e transferir o saldo dessas cadernetas para o balanço do banco. Seguindo determinação de novembro do Banco Central (BC), órgão responsável pela regulação do sistema financeiro, a Caixa descontou do resultado de 2012, aproximadamente, R$ 420 milhões, o que representa em torno de 7% do lucro líquido da instituição financeira.

A prática foi revelada pela revista IstoÉ desta semana, que divulgou documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) e do BC que apontavam o fechamento de mais de 525 mil contas de depósito de forma "irregular". No conjunto, essas contas de poupança detinham R$ 719 milhões, que descontados dos impostos, aumentaram o lucro líquido da Caixa em R$ 420 milhões.

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Em nota, a Caixa afirmou que encerrou 496.776 contas cujos CPF tinham sido cancelados, suspensos ou pendentes de regularização com a Receita Federal. De acordo com o banco, o procedimento foi feito em 2012, depois de tentar entrar em contato com esses clientes nos seis anos anteriores, por meio de correspondência ou telefone e cruzamento de informações com outras bases de dados cadastrais. A Caixa diz que conseguiu regularizar outras 346 mil contas dessa forma.

Cerca de 98% das contas encerradas não tinham sido movimentadas, no mínimo, nos cinco anos anteriores. No entanto, o cancelamento, segundo a Caixa, foi feito por conta de irregularidades cadastrais com a Receita e não por estar sem movimentação. Sobre a incorporação do saldo das contas encerradas ao balanço do banco, a Caixa diz que o procedimento foi respaldado por auditorias independentes. Primeiro, conforme a instituição, os recursos foram alocados na rubrica de passivo. No entanto, como contabilmente não representavam uma saída provável, o banco transferiu os recursos para o resultado. A Caixa diz que a prática não tem impacto significativo no resultado do banco estatal. Também, de acordo com o banco, não houve descumprimento de normativos do BC.

No entanto, a autoridade reguladora, depois do pedido de consulta pela CGU, exigiu que o banco estatal desfizesse o lançamento desses recursos como ativo e os retornasse a passivo do banco. "Mesmo convicta da correção nos procedimentos adotados, a Caixa acatou de imediato a determinação do BC e mudou sua política de contabilização, com reflexos nas demonstrações contábeis de 2013", diz a nota.

A Caixa diz que, mesmo com o encerramento das contas, os clientes podem, em qualquer momento, pedir a retirada do dinheiro, que será devidamente corrigido. Até novembro, de acordo com o banco, 6.483 clientes procuraram a instituição para reativar as contas e ter acesso ao dinheiro que tinha sido depositado. Desses, 1,4 mil abriram uma nova conta e o restante resgatou os recursos.

O Itaú Unibanco anunciou lucro líquido de R$ 7,055 bilhões no primeiro semestre deste ano, cifra 4,8% superior à vista em igual intervalo do ano passado. A carteira de crédito do banco foi a R$ 445,113 bilhões no período, expansão de 7,6%, na mesma base de comparação.

O patrimônio líquido do Itaú encerrou os seis primeiros meses de 2013 em R$ 75,781 bilhões. A cifra é praticamente estável (+0,19%) ante os R$ 75,635 bilhões registrados um ano antes.

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Ao final de junho, os ativos totais do Itaú Unibanco chegaram a R$ 1,057 trilhão, montante 19% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2012.

O saldo de provisões para devedores duvidosos do Itaú encerrou o primeiro semestre em R$ 21,677 bilhões, queda de 15,6% em um ano.

LUCRO LÍQUIDO RECORRENTE - O Itaú Unibanco reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,622 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 1% superior à vista em igual intervalo do ano passado. A instituição também divulgou lucro líquido de R$ 3,583 bilhões no período, aumento de 8,4%, na mesma base de comparação. No critério lucro consolidado, atribuível aos acionistas controladores e não controladores em IFRS, o resultado do banco foi de R$ 3,767 bilhões de abril a junho, aumento de 13% em um ano.

A instituição também divulgou os números referentes ao primeiro semestre de 2013. No período, o lucro líquido do Itaú Unibanco totalizou R$ 7,055 bilhões, cifra 4,8% superior à vista em igual intervalo do ano passado.

A carteira total de crédito do Itaú encerrou junho em R$ 445,114 bilhões, crescimento de 2,5% ante a cifra de março, de R$ 434,239 bilhões. Em 12 meses, a expansão foi de 7,6%, segundo relatório que acompanha as demonstrações financeiras da instituição.

Ao final de junho, os ativos totais do Itaú somaram R$ 1,057 trilhão, montante 19% maior que o registrado no mesmo mês de 2012, de R$ 888,809 bilhões. Ante março, o avanço foi de 2,82%.

O Itaú encerrou o segundo trimestre deste ano com patrimônio líquido de R$ 75,781 bilhões, praticamente estável (+0,19%) ante os R$ 75,635 bilhões registrados um ano antes. Na comparação com a cifra de março, foi identificado crescimento de 1,81%.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) do Itaú Unibanco foi de 19,1% no segundo trimestre de 2013 contra 17,9% em 12 meses. Na comparação com o indicador fechado ao final de março último, de 18,9%, houve elevação de 0,2 ponto porcentual. No critério recorrente, o ROE do banco foi de 19,3% ao final de

junho, maior que o visto um ano antes, de 19,4%, e também do registrado no primeiro trimestre, de 19,1%.

O alemão Deutsche Bank anunciou que o lucro líquido recuou 49,7% no segundo trimestre de 2013, para 335 milhões de euros, de 666 milhões de euros no mesmo período de 2012. No mesmo sentido, o lucro antes das taxas recuou 20,8%, de 1 bilhão de euros entre abril e junho de 2012 para 792 milhões de euros no segundo trimestre de 2013. A receita do Deutsche Bank alemão cresceu 2% para 8,2 bilhões de euros, de 8 bilhões de euros. As provisões contra empréstimos ruins subiu para 473 milhões de euros, 13% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

O banco norte-americano Lehman Brothers Holdings informou nesta quarta-feira que chegou a um acordo com sua ex-subsidiária de derivativos na Suíça, a Lehman Brothers Finance (LBF). Sob os termos do acordo, revelado em um relatório enviado para um tribunal de falências, a holding vai receber uma indenização de 9,5 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 10,1 bilhões) e mais US$ 7,7 bilhões em queixas que a LBF fez contra outras subsidiárias do Lehman.

Em troca, a unidade suíça vai receber uma indenização de US$ 942 milhões e a holding concordou que suas dívidas com a LBF sejam parcialmente subordinadas a dívidas de credores sem seguro da ex-subsidiária, que inicialmente vão receber US$ 1,275 bilhão.

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A LBF argumentava que o Lehman lhe devia US$ 15,4 bilhões, o que os advogados do grupo consideravam muito exagerado. Já a holding afirmava que a unidade suíça lhe devia US$ 14,2 bilhões.

O pedido de concordata do Lehman em setembro de 2008 desencadeou processos de falências em mais de 80 afiliadas estrangeiras. A holding chegou a acordos com praticamente todas as unidades, incluindo subsidiárias no Reino Unido, Japão e Hong Kong. O banco saiu oficialmente da proteção do Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA em março do ano passado e começou a pagar seus credores no mês seguinte. As informações são da Dow Jones.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal inauguram, nesta quarta-feira (20) o Complexo Datacenter, conjunto de prédios destinados a abrigar os equipamentos de tecnologia da informação das duas instituições financeiras. Segundo o BB, trata-se da primeira Parceria Público Privada (PPP) na modalidade de concessão administrativa do governo federal.

A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) negou provimento a recurso movido pela defesa de Márcia de Maria Ferreira, Renello Parrini e Ruy Ramazini contra uma das sentenças condenatórias do chamado caso Banco Santos, segundo nota publicada pelo Ministério Público Federal (MPF).

Os réus integravam uma quadrilha voltada à prática de lavagem de dinheiro e foram condenados a pena de cinco anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, além do pagamento de multa - em valor não divulgado.

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Márcia, Parrini e Ramazini foram alguns dos responsáveis pela ocultação da propriedade de bens e da origem de valores provenientes da gestão fraudulenta do Banco Santos, instituição financeira de Edemar Cid Ferreira. Conforme a nota, os réus se utilizavam de empresas nacionais e estrangeiras, além de trustes sediados em paraísos fiscais. Eles usavam ainda seus próprios nomes e dados pessoais, com o intuito de integrarem como sócios, procuradores ou beneficiários dessas empresas.

A denúncia do Ministério Público Federal foi oferecida em maio de 2006.

Para a Procuradoria Regional da República da 3ª Região (PRR-3) a sentença "expôs de maneira sólida e fundamentada os motivos pelos quais os recorrentes devem ser condenados pela prática do delito de lavagem de ativos", lê-se na nota.

O MPF pediu também a condenação de Edna Ferreira de Souza e Silva, absolvida em 1ª instância por ocultar e dissimular propriedade de bens e origem de valores - lavagem de dinheiro. Porém, o TRF-3 julgou improcedente esse pedido, segundo o comunicado.

Centenas de pessoas foram presas em Nova York e outras partes do mundo ao longo dos atos globais do movimento de Ocupação de Wall Street durante o fim de semana. Em Roma, os protestos foram violentos, com alguns manifestantes ateando fogo em prédios e veículos. A polícia de Nova York prendeu 92 pessoas que desrespeitaram os limites e os horários para os protestos, em mais dia de embate entre os dois lados.

No Times Square, onde foi realizada uma grande concentração com algumas milhares de pessoas, incluindo turistas e curiosos, houve um enfrentamento entre manifestantes e policiais, sem feridos graves. A tensão também atingiu uma assembleia do movimento na Washington Square, que é uma praça no meio do campus da Universidade de Nova York.

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"Cerca de 20 ocupantes foram presos em uma agência do Citibank ao tentarem retirar dinheiro de suas contas no gigante das finanças globais", afirma o site oficial da Ocupação de Wall Street, ao se referir às prisões ao redor da Washington Square. No domingo pela manhã, os protestos estavam concentrados apenas no Zuccotti Park, apelidado de praça da liberdade pelo movimento de Ocupação de Wall Street.

O local se transformou em uma espécie de comunidade anarquista no meio do distrito financeiro de Manhattan, com algumas centenas de pessoas acampadas. Conforme o Estado verificou ao passar um dia no local, a maior parte dos integrantes é composta por jovens estudantes e recém graduados, ao lado de ex-hippies. Até agora, em Nova York, as manifestações não são partidárias.

Os organizadores, em seu site oficial, celebravam os protestos ao redor do mundo, dizendo que atingiram mais de 1.500 cidades, incluindo São Paulo. No Reino Unido, o movimento ganhou força e os manifestantes acamparam diante da Bolsa de Valores de Londres. Não há uma mensagem clara no movimento, que tampouco conta com líderes.

Segundo eles, os protestos são dos 99% da população que sofrem as consequências de um sistema "controlado pela corrupção e a cobiça de 1%". A inspiração seria a praça Tahrir, no Egito, e os indignados, da Espanha. Na imprensa americana, começaram a surgir especulações não confirmadas de que o mega investidor George Soros estaria por trás do financiamento das manifestações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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