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Ingressar no ensino superior pode ser o momento de contribuir com a sociedade. Entre as diversas atividades acadêmicas que podem ser exploradas para auxiliar a população, os projetos de extensão universitária são algumas das ações que trazem resultados significativos. Tais iniciativas são caracterizadas por serem um “conjunto de ações processuais contínuas, de caráter educativo, social, cultural ou tecnológico, com objetivo específico e prazo determinado”. A definição consta no edital de abertura de captação de novos projetos divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2015.

Segundo a pró-reitora em Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maria Christina de Medeiros Nunes, a produção de conhecimento, principalmente em uma universidade pública, deve ser disponibilizada para a sociedade. Porém, também é papel do ensino superior privado promover ações que, de diversas maneiras, contribuam com serviços em prol da população. “A extensão tem esse papel em que o aluno tem uma prática daqueles conhecimentos que estão sendo aprendidos enquanto ele está fazendo a formação e isso deve ser passado para a sociedade”, ressalta.

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Maria Christina ainda comenta que os alunos participantes de projetos de extensão saem da universidade com uma visão diferente daqueles que não se predispõem às ações. “O fato de eles terem contato com a realidade e não só com conteúdos teóricos, em que devem vivenciar e experimentar o conhecimento na prática, é o maior ganho que os estudantes podem ter, pois eles se formam com olhares diferenciados”, opina a docente.

Apesar da atividade de extensão ser considerada um complemento da carga horária das graduações, a pró-reitora Maria Christina garante que existe um trabalho junto à Pró-Reitoria Acadêmica da UFPE e com outras instituições de ensino, para que todos os projetos sejam inclusos como atividades obrigatórias dentro da grade curricular estudantil. Nesse caso, de toda a carga horária de um determinado curso, 10% seriam destinados à extensão, como está previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014. “Não é um caminho fácil. Os planos pedagógicos de muitos cursos já estão prontos e isso requer uma rediscussão conceitual sobre a estrutura dorsal [do curso] para incluir a extensão dentro dela”, comenta.

Maria Christina ainda detalha que características básicas são essenciais aos projetos de extensão. “Em primeiro lugar, deve ser aplicado fora de sala de aula, prioritariamente. Tem que ter uma relação com a sociedade, necessariamente, porque extensão não se entende endogâmica (sic). A extensão tem que ter relação social e a missão de um curso ou de uma universidade é formar o aluno para a sociedade”, salienta.

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O pró-reitor de extensão da Universidade de Pernambuco (UPE), Renato Medeiros, ressalta que a função da entidade de ensino superior privada ou pública, enquanto agente de transformação social, não é fazer algo de caráter estatal. “Os projetos de extensão dentro da universidade, a nível nacional, tem o objetivo de desenvolvimento da instituição junto à sociedade para melhorar a qualidade de vida dela. A função dessas ações não é substituir o Estado, mas fazer parte desta melhoria ao lado dele”, afirma.

Renato Medeiros ainda ratifica que a principal função das atividades é mostrar a realidade social e aplicar a prática do conteúdo programático aos discentes extensionistas. “O objetivo não é mostrar a desgraça ou uma situação ruim que aquela sociedade ou comunidade esteja passando. O ideal é que ele sinta, enquanto profissional, o que vai encontrar na sociedade e como ele pode ajudar aquele grupo de trabalhadores que ali se encontra”, explica.

A curricularização do projeto de extensão não é exclusividade das universidades, faculdades e centro universitários de Pernambuco. O Plano Nacional de Extensão Universitária, inclusive, propõe a inclusão das ações que envolvem a universidade e a sociedade na grade curricular dos cursos.  Na prática, devem ocorrer contato e troca de conhecimento entre as esferas.

Submissão de projetos

Quem deseja ingressar em um projeto de extensão universitária deve submeter as ações aos editais anualmente divulgados pelas universidades, com suporte do MEC. Segundo o Ministério, as instituições de ensino superior públicas e privadas têm autonomia de realização das práticas extensionistas, portanto, não existe uma contabilidade oficial de quantos projetos existem no Brasil. “Os professores submetem projetos e podem também ganhar bolsistas, que passam por uma seleção feita pelo próprio docente”, explica Maria Christina. No caso da UFPE, os estudantes que são bolsistas em extensão não recebem a carga horária complementar. No áudio a seguir, a docente traz mais detalhes sobre os registros de projetos de extensão:

Após a submissão dos projetos, o MEC realiza o repasse das verbas para cada instituição. De acordo com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), levando em consideração o último edital de atividades de extensão supervisionadas pelo Ministério da Educação, cada entidade de ensino superior pode concorrer com até 81 propostas, divididas entre 41 projetos e 40 programas de extensão (conjunto de projetos extensionistas). As escolhidas receberão um financiamento de até R$ 100 mil por projeto e até R$ 300 mil por programa.

Ainda segundo o pró-reitor de extensão da UPE, Renato Medeiros, os recursos disponibilizados pelo MEC não são direcionados à universidade. “A verba vai diretamente para o pesquisador e para o extensionista. O dinheiro não vem para a universidade, pois segue direto para o projeto deles”, ressalta. Além disso, a aprovação dos recursos pode, até mesmo, não ser completa, ou seja, do valor total requisitado, podem ser liberadas apenas porcentagens para a manutenção da ação.

Em 2015, no que diz respeito ao investimento em projetos de extensão, por meio do programa de Educação Superior – Graduação, Pós-Graduação, Ensino, Pesquisa e Extensão, o corte orçamentário foi de R$ 35,5 milhões (dos R$ 301,1 milhões, de 2014, o valor caiu para R$ 265,6 milhões no ano passado). Em um dos exemplos de investimentos, de acordo com Renato Medeiros, neste ano, a UPE aplicou quantia própria de R$ 280 mil, conseguindo financiar 86 projetos, enquanto 120 propostas não foram patrocinadas. “Os projetos não financiados foram aprovados, mas não tínhamos recursos”, admite. 

O que o estudante ganha academicamente

Como os projetos de extensão universitária são propostas para os universitários em forma de atividades fora da grade curricular do curso de graduação, os discentes podem contar com as horas extraclasses oriundas do tempo de prática extensionista. Nas instituições de ensino superior, para que o discente conclua a graduação, são necessárias horas de atividades extracurriculares, que variam entre os cursos.

Edital do MEC

Segundo o MEC, entende-se como extensão o “processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre a universidade e outros setores da sociedade, mediado por alunos de graduação orientados por um ou mais professores, dentro do princípio constitucional da indissociabilidade com o ensino e a pesquisa". O conjunto das atividades extensionistas é caracterizado como “programas” e têm caráter orgânico-institucional, de integração em grupos populacionais e/ou em territórios. Isso significa que as pesquisas feitas pelos estudantes devem ser realizadas em contato com a sociedade.

De acordo com o edital disponibilizado pelo MEC, podem participar da seleção os projetos fomentados em universidades públicas federais, estaduais e municipais; institutos federais de educação, ciência e tecnologia (IFs), além de Centros de Educação Tecnológica (Cefets). Além disso, as instituições de ensino superior reconhecidas pelo MEC também podem concorrer, desde que apresentem o Certificado de Qualificação.

Entre as condições de participação, está definido que as propostas devem apresentar, necessariamente, “programas ou projetos afins com atuais políticas públicas, em especial com as políticas sociais”. O edital ainda salienta que as atividades estudantis de extensão devem, obrigatoriamente, ser vinculadas a um curso específico, acompanhadas por, pelo menos, um professor. Além disso, as extensões devem contar créditos para os alunos e constar em seus currículos acadêmicos.

Estudantes de instituições diferentes daquelas em que o projeto seja oriundo também podem participar das atividades extensionistas. Porém, apenas os alunos da instituição proponente poderão estar na condição de bolsistas. Além disso, “as equipes responsáveis pelo desenvolvimento dos programas e projetos deverão ter na sua composição, necessariamente, professores e estudantes da graduação da própria instituição”.

Por fim, o edital também reitera ser necessário que o projeto cumpra a ideia de indissociabilidade entre ensino, extensão e pesquisa, bem como haja impacto na formação do estudante. É especificado na publicação que a iniciativa deve apresentar impacto social, pela ação de superação de problemas sociais; relação multilateral com os outros setores da sociedade; contribuição na formulação, implementação e acompanhamento de políticas públicas, como também atendimento à comunidade. Na edição 2016 do edital, o MEC informa que os projetos e os programas poderão ter vigência estabelecida até 31 de dezembro de 2017, sendo que este último com duração mínima de 18 meses. 

Saiba mais

Os projetos de extensão universitária devem ser submetidos a algumas grandes áreas. São elas: Educação; Cultura e Arte; Pesca e Aquicultura; Promoção da saúde; Desenvolvimento urbano; Desenvolvimento rural; Estágios interdisciplinares de vivência; Redução das desigualdades sociais e combate à extrema pobreza; Geração de trabalho e renda por meio do apoio e fortalecimento de empreendimentos econômicos solidários; Preservação do patrimônio cultural Brasileiro; Direitos humanos; Promoção de igualdade racial; Mulheres de relações de gêneros; Esporte e lazer; Comunicação; Desenvolvimento regional: inclusão produtiva, defesa civil e acesso à água; Justiça e direito do indivíduo privado de liberdade; Ciência, tecnologia e inovação para a inclusão social; Ciência, tecnologia e inovação para a inclusão social; Meio ambiente e recursos naturais; Relação entre Estado e Sociedade, Promoção da participação social e políticas para a Juventude; além de Modernização da gestão pública.

Balanço - Em 2015, o edital do MEC buscou disponibilizar verba para, no máximo, 39 projetos de extensão e 38 programas por instituição. Já para as propostas deste ano, a expectativa é que 41 recebam aporte financeiro, bem como 40 programas poderão ganhar recursos.

Para descrever a essência dos projetos universitários de extensão, o LeiaJá foi atrás de histórias nascidas dentro das instituições de ensino, que revelam o quanto a sociedade é beneficiada a partir do momento que a academia ultrapassa os muros e chega ao povo. Com atuações nas mais diversas áreas do conhecimento, os estudantes e professores que vivenciam a função social da universidade são os personagens do especial “Universidade na rua”. As próximas reportagens revelam como as extensões ocorrem na prática e de que forma elas levam bem estar para a populão, além de enriquecer a formação superior dos universitários.

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Longo, difícil e concorrido, o caminho até à universidade exige dedicação. O contato com os livros, muito mais do que um simples prazer pela leitura, se torna obrigatório para quem sonha em chegar ao ensino superior, assim como as aulas e resolução de questionários. Em todo o Brasil, jovens enfrentam a rotina dos estudos e focam na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerado hoje o principal meio de ingresso na academia e nos principais programas públicos voltados para a educação. Todo esse é contexto é o combustível de um projeto de extensão formado por estudantes de licenciaturas que, relembrando seus passados, compartilham conhecimento com alunos do ensino médio que também sonham estampar em suas vidas o status de universitários.

Criado em 2005 pelo professor Valteir Silva, o Projeto Interação é realizado por alunos de licenciatura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e também conta com voluntários e professores formados de outras instituições de ensino. No Campus Recife da UFPE, a iniciativa prepara jovens carentes que sonham em chegar à universidade através do Enem. A grande maioria dos beneficiados não reúne condições financeiras para arcar com um cursinho privado, mas encontraram no Interação a chance de ouvir histórias de professores que, assim como eles, um dia sonharam em alcançar o ensino superior. Todas as aulas são promovidas de forma gratuita e os docentes participantes não recebem nenhum salário.

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Com aulas de segunda a sábado, sempre no período da tarde ou em alguns casos no turno da manhã, o projeto de extensão oferece, anualmente, cerca de 80 vagas. Neste ano, o processo seleção recebeu mais de 300 inscrições. O que justifica o sucesso do número de inscritos, segundo a coordenadora do projeto, Natacha Freire, é o trabalho bem feito dos professores e alunos envolvidos, assim como a “propaganda” promovida pelos centenas de feras que chegaram ao ensino superior graças ao apoio do interação. Por mais que as aprovações sejam importantes, entretanto, a formação do cidadão enquanto futuro universitário é um dos principais objetivos da extensão. De acordo com Natacha, além de estudarem para o Enem, os alunos são preparados para a vida acadêmica que vão enfrentar entre os muros da universidade. O combate ao preconceito é um dos grandes desafios dos jovens.

“O aluno de universidade tem um papel diferente do estudante do ensino médio. Existe também o fato que a maioria dos nossos estudantes é carente e, quanto a gente fala do ensino não só para a prova, é que também buscamos preparar o aluno para a vivência universitária. Há o risco de alguns encontrarem preconceito por serem carentes ou cotistas. Não consideramos cotas um privilégio, porque elas têm uma função de inclusão, e por isso tentamos fazer com que eles reflitam e saibam se posicionar se de repente forem vítimas de olhares preconceituosos”, explica Natacha Freire.

Antes de ser coordenadora do Interação, Natacha, que é formada em geografia, também atuou como professora. E mesmo antes de ser docente da extensão, ela sentou nas mesmas cadeiras onde os feras se acomodam para assistir às aulas. Com 27 anos, Natacha é um dos exemplos de luta pelo ingresso na universidade e faz questão de mostrar aos alunos que eles também são capazes. 

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Aluno professor

Em uma das salas do Campus Recife da UFPE, alunos e professores mergulham no universo da educação e trocam conhecimentos. Não existe ensino unilateral, pois no Interação, o estudante aprende com o professor e o docente conhece novas histórias contadas pelos seus alunos. Os benefícios também são inúmeros, tanto para quem conduz a aula, como para quem assiste.

Ao todo, o Interação conta com 32 professores, boa parte ainda cursando licenciatura. Para a maioria deles, o projeto de extensão é a primeira experiência no contato com a sala de aula, como no caso de Renato Ribeiro. Ele foi aluno do projeto em 2005, depois conseguiu chegar à graduação, se formou em história e voltou ao preparatório, agora como professor. As justificativas para o retorno são inúmeras. Confira no vídeo a seguir:

O amor pela educação, na ótica dos integrantes do Interação, sempre tem lugar cativo. É esse sentimento que inspira muitos professores a deixarem de lado alguns compromissos, até mesmo profissionais, para se dedicar de forma voluntária ao projeto. André Luiz Barbosa da Silva, formado em química, viu um anúncio do Interação convocando candidatos para a seleção de ingresso. O professor procurou o projeto, mas não para se inscrever: “Em 2014, mandei um e-mail para o coordenador da época, demonstrei interesse e encontrei as portas abertas para ter minha primeira experiência como professor”, conta o docente. No áudio a seguir, André Luiz descreve como é o seu dia a dia no projeto:

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Personagens fundamentais no Interação, os alunos, mesmo jovens, começam a construir uma responsabilidade de dedicação e ao mesmo tempo cobrança pelo ingresso na universidade – muitas vezes vinda dos próprios pais -. Horas de lazer e brincadeiras são trocadas pelos rostos colados nos livros e abdicações de finais de semana e feriados, por causa do compromisso de compreender os conteúdos trabalhados em sala de aula. Ainda há peso da concorrência.

Com 18 anos de idade, Ramon Rodrigues, morador do bairro de Cavaleiro, município de Jaboatão dos Guararapes, não troca suas tardes no Interação por qualquer outro programa. Esforço, segundo ele, alimentado pela vontade de chegar à universidade. O sonho é compartilhado com sua companheira de classe, Debora da Silva, 17 anos, moradora de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Os feras almejam aprovação nos cursos fisioterapia e gastronomia, respectivamente. Pensando em uma graduação bem mais concorrida, Jecislayne Hellen Freitas, de 17 anos, dedica horas do seu dia ao estudo com o objetivo de passar em medicina. Mas o que os três estudantes têm em comum é a coragem para disputar de igual para igual com outros candidatos, além do sentimento de agradecimento ao Interação. 

O Projeto Interação conta com o apoio físico da sala da UFPE, mas não recebe incentivo financeiro oriundo da Universidade. No período de abertura das inscrições para novos alunos, geralmente no começo do ano, são recolhidas taxas de participação no valor de R$ 10, que segundo a coordenação da extensão servem para manter os custos da iniciativa durante todo o ano. Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas no site do Interação

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Sobre os tons predominantemente cinzas do setor de oncologia do Hospital Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, as roupas coloridas, extravagantes e fora dos padrões de vestimenta de três jovens se destoam. As estudantes de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE), Maria Eduarda Bizarro, 19, Thatyana Maranhão, 24, e Lia Schmitt, 21, são três dos 25 discentes do curso que participam do projeto “Entrelaçados”, que promove a chamada “palhaçoterapia” em setores hospitalares.

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Pelos corredores das recepções do setor de oncologia, o Portal LeiaJá acompanhou o que, na prática, é o projeto de extensão em palhaçoterapia da UPE. Com brincadeiras entre si e com os pacientes que esperam atendimento, as palhaças “colorem” o ambiente onde circulam. Os olhares curiosos observam as três jovens que caminham, em tom de brincadeira, pela unidade hospitalar.

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Os ‘Palhaçopacientes’

A contribuição da palhaçoterapia para a vida de quem aguarda nos leitos e nas filas de espera de hospitais vai além do que os olhos podem enxergar. Diagnosticada com um câncer de mama em 2013, a dona de casa Maria José da Silva, de 62 anos, lembrava-se dos tempos de juventude e da persistência em continuar a seguir uma vida feliz. “Vendo as meninas aqui, eu me lembrei do que eu faço. Eu sou cirandeira, brinco, faço festa e gosto dessa animação”, conta a paciente.

Maria José ainda diz que a participação das “palhaças” na recepção é uma forma de tirar o peso da doença. “Os palhaços chegam aqui e veem os ‘doentinhos’ todos tristes, então eles vêm conversar e fazer uma graça. Imagine... A pessoa doente, triste, se anima e fica pensando, refletindo: ‘tem muita gente pior do que eu’”, diz a senhora.

Acompanhando a mãe, dona Conceição, em uma consulta, Judite da Silva, 59, veio de São Paulo para o Recife em busca de tratamento médico e aprova o projeto. “Elas trazem alegria para as pessoas que estão doente! Quando eu vejo a cena dos pacientes sorrindo, por conta delas, fico muito feliz por elas estarem transmitindo felicidade para os doentes”, relata.

Benefícios

Coordenadora do projeto Entrelaçados, a médica Patrícia Moura explica que os benefícios trazidos pela Palhaçoterapia vão além do alívio do momento de tensão nos hospitais. “Pesquisas mostram que esse tipo de projeto proporciona vários benefícios, como para a condição respiratória, ou até mesmo para o estresse que existe entre os enfermeiros e médicos do local que recebe o serviço”, afirma.

Uma pesquisa realizada por universidades federais brasileiras para a revista digital argentina EFDeportes, com crianças internadas em hospitais, identificou que atividades lúdicas com caracterização de palhaços contribuem para amenizar o sofrimento dos pequenos. De acordo com os dados, 57,5% das crianças que fizeram parte do estudo identificaram melhoras na dor. A pesquisa utilizou a escala de Wong-Baker Faces Pain Scale.

Em 2005, o estudo “Clown Doctors as a Treatment for Preoperative Anxiety in Children: A Randomized, Prospective Study” observou os níveis de ansiedade em crianças que iriam fazer cirurgia. O resultado da pesquisa concluiu que a presença de palhaços durante a aplicação da anestesia reduzia os níveis de estresse tanto da criança quanto da família.

Como funciona

Originária dos Estados Unidos e com fortalecimento após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a palhaçoterapia (ou clowntherapy) tem a função de auxiliar no tratamento de pessoas que frequentam hospitais. “A Clown Therapy foi desenvolvida como uma ação para melhorar o ambiente hospitalar, que é muito pesado e difícil muitas vezes”, comenta a coordenadora do projeto Entrelaçados, Patrícia Moura.

O projeto de extensão Entrelaçados existe desde 2008 e funciona como uma formação artística para os alunos de medicina da UPE atuarem como palhaços em hospitais. “A gente trabalha tanto vendo que isso é um benefício para quem está recebendo a ação como também para os alunos”, explica Patrícia.

Os 25 estudantes que fazem parte da equipe de palhaços da UPE atuam, diariamente, nos leitos e recepções do Hospital Oswaldo Cruz, dentro do campus Santo Amaro na Universidade. Os discentes trabalham fora do horário de aulas teóricas, por se tratar de um projeto de extensão, e percorrem os corredores hospitalares com o objetivo de levar alegria aos pacientes e acompanhantes.  Diariamente, segundo informações dadas pela coordenação do Entrelaçados, em média, 30 leitos são atendidos. 

Os alunos praticam a extensão em grupos e todos os dias, um trio diferente é formado para incorporar a atuação de palhaço. Os estudantes se juntam levando em consideração o período acadêmico: o aluno de um período inicial visita os pacientes ao lado de universitários mais próximos da formação.

Para Patrícia Moura, o projeto de extensão é uma forma de substituir, em suas medidas, a ausência de disciplinas específicas no curso de medicina da UPE. “A Faculdade de Ciências Médicas não tem no currículo uma disciplina que fale sobre comunicação com o paciente, e o projeto traz essa parte da troca de informações, como também procura trabalhar a humanização”, declara.

Formação 

Além do claro benefício do projeto para os pacientes, a palhaçoterapia também pode trazer benefícios para a formação do graduando. Aline Gomes, aluna do oitavo período do curso de medicina da UPE, concorda que o projeto traz algo essencial para o futuro médico: a humanização. “Eu acredito que participar de qualquer trabalho de humanização dentro da universidade vai ser melhor para o profissional médico, porque a gente vivencia diversos momentos de toque, de sentir, de querer estar presente ao lado do paciente”, conta a estudante.

Porém, para ingressar na palhaçoterapia é necessário um processo de admissão. O universitário é submetido a uma seleção artística, bem como investe em um curso de clown coordenado por um instrutor artístico. Só depois desses procedimentos ele está apto para iniciar a extensão. Os grupos do projeto recebem novos integrantes todos os anos.

A estudante Aline Gomes ainda explica que o processo de ingresso é composto por três etapas. Primeiro, o estudante realiza uma entrevista, em que envia material de intenção na participação, seja através de carta, áudio, vídeo ou até mesmo mensagem de texto, explicando o porquê do interesse em atuar no projeto. “Na segunda parte, que é a entrevista, cerca de 30 pessoas são selecionadas para a ‘vivência’, que é onde a gente passa um dia inteiro fazendo atividades, jogos, se conhecendo melhor. A partir daí, são selecionadas aproximadamente 25 pessoas para a oficina [curso de clown], que é a terceira etapa”, explica.

Aline também explica que os estudantes, assim como ela, podem ocupar outras atividades do projeto, como no setor administrativo. Também é possível alternar o tempo de realização do projeto. “No primeiro ano, atuamos em duplas ou trios dentro dos hospitais. No segundo ano, como o tempo de atuação da palhaçoterapia é equivalente ao número de atividades acadêmicas que a gente vai recebendo na faculdade, as atuações da extensão são diminuídas pela metade”, diz a universitária. 

Verba

As verbas recebidas pelo projeto são oriundas de editais exclusivos para extensão, promovidos pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo a coordenação do Entrelaçados, há dois anos o projeto não recebe verbas para novas bolsas. “Ficamos vivendo de doações dos próprios alunos e de outros estudantes que já participaram do projeto e que hoje já são médicos, porque precisamos comprar maquiagem e alugar local para realização das nossas atividades, bem como necessitamos auxiliar alguns alunos que não têm condições financeiras de pagar pela oficina de orientação artística”, finaliza a estudante. 

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A produção e a troca do conhecimento são alguns dos pilares do ensino superior. Mas a universidade também deve seguir o rumo da função social, em que a partir dos ensinamentos em sala de aula e da prática da graduação, a sociedade recebe contribuições graças ao trabalho conjunto de alunos e professores. É nesse contexto que os projetos de extensão mostram seu valor e nos fazem refletir sobre o verdadeiro papel das instituições de ensino.

O novo especial produzido pelo Portal LeiaJá, “Universidade para o povo”, destrincha os benefícios para a sociedade dos projetos de extensão realizados em universidades públicas e privadas. Neles, além do desejo dos universitários de alcançar espaço no mercado de trabalho, a busca pelo bem estar social também está na pauta universitária. Estudantes e docentes saem dos muros das salas de aula e se lançam entre o povo para minimizar problemas sociais, bem como a população retribui enriquecendo de maneira prática a formação acadêmica dos discentes. Clique nos links a seguir e confira as reportagens:

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“Projetos de extensão: ensino superior aliado ao benefício social” faz um ‘raio-x’ da essência e das características das atividades extensionistas desenvolvidas nas universidades, tanto públicas, quanto privadas. Existem regras e objetivos para que os trabalhos ocorram com a participação de estudantes e professores.

Na reportagem “Palhaçoterapia em busca da humanização de futuros médicos”, estudantes de medicina saem das salas de aula e ganham os corredores e alas dos hospitais, compartilhando alegria e humanizando o tratamento dos pacientes. Pesquisas apontam que o método é eficaz nas busca pela cura das doenças.

Quebrando barreiras e preconceitos, universitários de direito usam o conhecimento adquirido para lutar pelos direitos das pessoas privadas de liberdade. Na matéria "A universidade chegou ao sistema carcerário", conheça o projeto “Além das grades”.

O ensino básico brasileiro ainda sofre com baixo desempenho. Despertar o desejo pelos estudos entre as crianças é um passo importante para mudar essa situação. Veja como isso é possível na reportagem “Educação para crianças carentes dentro da universidade”.

Por muito tempo, pessoas diagnosticadas com hanseníase viveram isoladas compulsoriamente do restante da sociedade. Um projeto de extensão desenvolvido em Pernambuco luta pelos direitos dos ex-pacientes segregados nos leprosários. Saiba mais na matéria “União pelas vítimas de hanseníase”

Nem sempre o sistema público de saúde disponibiliza tratamento adequado para o povo. Por isso, a própria universidade pode ser um refúgio em prol de quem precisa de cuidados. No Recife, uma atividade de extensão exemplifica a função social da graduação: “Quando a prática vai além da formação”.

Ter o controle da própria situação financeira é fundamental para cada cidadão, principalmente em um período de crise econômica. Por meio da universidade, muita gente ganha consultorias contábeis sem precisar botar a mão no bolso. Confira: “Gratuita e útil: prática contábil para auxiliar a população”.

O próprio ensino superior pode traçar o caminho de quem sonha chegar à graduação. Todos os anos, milhões de candidatos dedicam suas vidas aos livros em busca de um lugar na formação dos seus sonhos. Na reportagem “O caminho até a universidade”, veja como um projeto gratuito alimenta os objetivos de estudantes carentes.

As reportagens são de Nathan Santos e Camilla de Assis, com edição de Thiago Graf. Os registros fotográficos e vídeos são de Líbia Florentino, Paulo Uchôa e Chico Peixoto. As edições de vídeo são de Bruno Araújo, Jr Oliveira, Paulo Guimarães e Caio César; enquanto as artes informativas ficam por conta de Raphael Sagatio.

        

Acompanhar o noticiário nacional e internacional produz a sensação de um pesadelo. Pesadelo distinto do sono agitado e assustador que se apaga quando a gente acorda. Na vida real, repetem-se, ao vivo e em cores, cenas chocantes: a fria decapitação de pessoas, hordas famintas de refugiados, sangrentas "limpezas étnicas", maus tratos infligidos às criaturas vulneráveis (pobres, crianças, mulheres, idosos) e, para culminar, eis que surge a crudelíssima modalidade do estupro coletivo. Para completar o cenário de horror, recorrentes e escandalosas imagens expõem a monumental crise brasileira.

O impacto me leva à seguinte indagação: onde começam e onde terminam  civilização e barbárie? Segundo Freud, a civilização humana significa tudo aquilo em que a vida humana se elevou acima de sua condição animal e difere da vida dos animais, e exemplifica: o primeiro humano que insultou seu inimigo, em vez de atirar-lhe uma pedra, inaugurou a civilização.

Percebo que não hádicotomia entre civilização e barbárie: a barbárie habita o interior da civilização o que impõe uma luta constante para vencê-la. São polos de um mesmo processo. E neste sentido, invoco o grande historiadorToynbee: uma civilização éum movimento. Não uma condição; uma viagem, não um porto. Para Ortega Y Gasset; civilização é, antes de tudo, vontade de convivência.

Ao se mover, a civilização produz um tecido valioso, de complexa conceituação, a cultura, que revela a dinâmica de valores e contravalores agregando ou dilacerando  o seu destino. Percebê-la, vale mais do que a discussão sobre a existência ou extinção de um ministério.

No ponto em que chegou a política brasileira, o padrão dos valores republicanos decência no trato da coisa pública em contexto democrático parece ameaçado pela força de uma contracultura que se desdobra em duas vertentes: a cultura da transgressão e a cultura da razão cínica.

Apesar da profundidade das crises, emerge a esperança que não se esgota na discussão sobre a extensão da operação Lava-Jato. O cidadão brasileiro anseia pelo permanente combate àdelinquência dos agentes públicos e que, do episódio, seja extraída a institucionalidade capaz de aperfeiçoar o sistema político e deitar raízes de uma civilização democrática.

Ditadura, monarquia, democracia, socialismo, entre outros. Cada nação adota seu modelo de governo, alguns com mais e outros com menos influência sobre a sociedade, e essa diversidade de modelos de Estados sempre foi alvo de inúmeros debates.

Juridicamente, é papel do Estado garantir a segurança, saúde e educação de seu povo, viabilizando que a sociedade se mantenha em ordem. Essa tese é defendida por vários e reforçada na teoria que o Estado deve exercer seu poder em todos os setores. Entretanto, há uma parte da população que defende que a influência do Estado deve ser reduzida ou até mesmo não existir.

Pensando de forma extrema, se tivermos um Estado que controla todos os setores, haverá a configuração de uma ditadura, com grandes restrições à liberdade individual e à iniciativa privada. Em contrapartida, um país sem governo e sem leis resultaria em uma anarquia, o que levaria ao caos. Assim, é preciso trabalhar com um meio termo.

O papel ideal para o Estado é o de regulador e incentivador do desenvolvimento, atuando, fortemente, para oferecer serviço adequado à população, que paga, através de impostos, por serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. No entanto, é preciso estabelecer parcerias com a iniciativa privada, possibilitando o acesso e a oportunidade para todos.

A ordem econômica, por exemplo, se dá quando há livre iniciativa e concorrência. Educação, saúde e segurança pública são os três pilares de uma sociedade. Entretanto, atualmente, se o cidadão precisa de qualidade, em qualquer um destes serviços, precisa recorrer à iniciativa privada, o que comprova a ineficiência do Estado em relação aos péssimos serviços que são prestados, mesmo com uma carga tributária elevadíssima como a que temos.

Para caminharmos na direção de um Estado justo para todos, é necessário que o Estado seja mínimo e intervenha minimamente  apenas  naquilo que  é de  sua competência,  como na condução da economia,  de modo a não haver monopólios, dentre eles, do próprio Estado, bem como na garantia do total cumprimento das lei  e da  Constituição.

A manhã desta quarta-feira (16) foi de comemoração na Escola Municipal Manoel Domingos, em Vitória de Santo Antão, no interior pernambucano. Isso porque a instituição foi nomeada como o segundo laboratório no Brasil do projeto Escolas Rurais Conectadas, que implementa novas plataformas de interação no ambiente escolar, através do investimento na tecnologia. Após a cerimônia que oficializou essa nova fase na história da instituição, foram mostradas ao público presente as oficinas que funcionam no local, divididas entre as salas de aula. E o destaque ficou por conta da Oficina de Robótica, que, além de mostrar as funcionalidades dos protótipos, provoca os estudantes a utilizarem seus aprendizados na busca por soluções criativas para problemas identificados na comunidade.

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A oficina é dividida em duas salas de aula. Somente na primeira, foram contabilizados 19 alunos, de em média 10 anos de idade, entretidos com os segredos da disciplina. Os responsáveis pela instituição de ensino explicaram que pretendem, em breve, finalizar uma ilha de robótica e utilizá-la a serviço da sociedade. Como? Buscando problemas na comunidade que rodeia a escola e selecionando aqueles que podem ser resolvidos através da tecnologia.

Depois das salas destinadas à robótica, a visitação foi finalizada com o terceiro ‘cômodo’ da escola. Lá, as crianças participavam da oficina Pixalation. Nela, os alunos são orientados a produzirem fotos com seus tablets – recebidos através do projeto Escolas Rurais Conectadas – e, a partir delas, montarem animações, sempre sob as observações dos professores da casa.

Entre uma oficina e outra, o que chamou atenção foi a empolgação de uma das estudantes, Marcela Santos, de sete anos, que parava os jornalistas, com o seu tablet em mãos, pedindo para tirar fotos. Em conversa com a reportagem do Portal LeiaJá, a garota contou como tem sido a experiência de ter acesso diário à conectividade. “Mudou muito pra mim. Agora, é mais fácil fazer os trabalhos e o dever de casa. Estou gostando muito de pesquisar pela internet”, resumiu a pequena estudante, exibindo largo sorriso.

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Mais da metade dos brasileiros de 15 a 17 anos que se autodeclaram pretos ou pardos estavam no ensino médio (51%) em 2014, segundo levantamento feito pelo Instituto Unibanco com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada na semana passada. Em 2001, esse percentual era de 25%. No mesmo período, a proporção de jovens brancos no ensino médio cresceu 14 pontos percentuais – chegando a 65%.

Em 2001, mais da metade (53%) dos alunos negros de 15 a 17 anos ainda estava estudando na primeira etapa da educação básica, ou seja, estavam atrasados em relação ao que era esperado para a sua faixa etária. Na última Pnad, o percentual caiu 21 pontos e hoje a proporção de jovens negros ainda atrasados no fundamental é de um terço (32%) - entre os brancos, esse percentual é de 22%.

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No total da população de 15 a 17 anos sem estudar, 19% já completaram o ensino médio. Na população branca, esse percentual é de 28%, superior ao verificado entre os negros (15%).

Ainda de acordo com o levantamento, 57% dos negros que estão fora da escola não completaram o ensino fundamental. Entre os brancos, o percentual de jovens de 15 a 17 anos fora da escola é de 43%.

A economia brasileira ganhou mais uma data de incentivo ao consumo. Assim como acontece em épocas comemorativas - como o Dia das Mães e o período natalino -, os pequenos empreendimentos, aqueles que faturam até R$ 3,6 milhões anualmente, agora terão o dia 5 de outubro como data oficial do Movimento Compre do Pequeno Negócio. Iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a ação pretende estimular a população a consumir produtos e serviços oriundos das micro e pequenas empresas.

Saiba mais: Por que 5 de outubro? Esse foi o dia que se instituiu o Estatuto da Micro e Pequena Empresa.

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O Movimento foi lançado em Pernambuco nesta quarta-feira (5), na sede do Sebrae no bairro da Ilha do Retiro, no Recife. De hoje até 5 de outubro, a instituição colocará equipes nos bairros de todas as cidades pernambucanas e usará as principais mídias de comunicação para divulgar o Movimento. De acordo com o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Oswaldo Ramos, a ideia é que a sociedade entenda a importância dos pequenos negócios para o desenvolvimento e manutenção da renda dentro das próprias comunidades. “É a primeira experiência do Sebrae na massificação da importância dos pequenos negócios para a sociedade. A marca do Movimento não é do Sebrae, é da sociedade. Queremos mostrar a importância dos pequenos negócios nos aspectos sociais. Eles valorizam os bairros e valorizam também os bens dos próprios moradores”, declarou Ramos.

A ação acontecerá em quatro fases. A primeira já teve início e diz respeito à articulação do Sebrae junto a outras instituições. Segundo o superintendente, várias federações empresariais foram convidadas para aderir ao Movimento, entre eles a Fiepe e a Facepe. Só essa última já garantiu a participação de 2 mil empresas. A segunda etapa começou hoje com a divulgação da iniciativa, a partir da disseminação da imprensa e das inserções de vídeos e propagandas nos veículos e redes sociais. Já de 21 a 26 de setembro, como atividade integrante da terceira etapa, serão realizadas diversas capacitações que vão qualificar os empresários para receber os clientes. Por último, justamente no dia 5 de outubro, o Movimento pretende consolidar a data e despertar na sociedade a importância de adquirir produtos oriundos dos negócios pequenos.

Para a diretora técnica do Sebrae em Pernambuco, Ana Cláudia Dias, o envolvimento da sociedade como os pequenos negócios será essencial para a consolidação do Movimento. “O parente, familiar, morador ou o próprio cliente tem que olhar para o empresário como agente transformador. O dinheiro fica na comunidade e gera desenvolvimento. Nosso objetivo não é apenas que aconteça um impacto nas vendas, mas que a sociedade entenda a necessidade de se fortalecer a pequena empresa. Isso melhora a autoestima do empresário”, disse Ana Cláudia.

Segundo o Sebrae, ainda não existe uma estimativa de quanto será movimento, em termos financeiros, durante o Movimento Compre do Pequeno Negócio. Esse levantamento apenas será possível após a realização desta primeira edição, uma vez que a instituição já adiantou novas edições serão realizadas.

Um hotsite do Movimento já está disponível para que a população e os empreendedores conheçam mais a fundo como tudo vai funcionar. Na página virtual também será possível cadastrar as empresas para que os consumidores encontrem produtos e serviços. Entre as razões definidas pelo Sebrae para que o povo compre dos pequenos negócios estão “é perto da sua casa”, “é responsável por 52% dos empregos formais em todo o Brasil” e “o dinheiro fica nos eu bairro”.

Números

De acordo com dados do Sebrae, o Brasil conta atualmente com 10 milhões de micro e pequenas empresas, responsáveis por mais de 50% dos empregos formais em todo o País. A nível nacional, os pequenos negócios correspondem a 27% do PIB.

Em Pernambuco, o número de MEI e micro e pequenas empresas passam de 312 mil. Desse total, em torno de 180 mil são considerados pequenos negócios. Eles também correspondem a quase 99% do total de empresas do Estado.

Seguem até o dia 20 de junho as inscrições para o Prêmio Construindo a Nação A Vez dos Grêmio – A Vez dos Estudantes. O projeto tem o objetivo de privilegiar práticas desenvolvidas por estudantes de instituições públicas e privadas, com ideias voltadas para o princípio de melhoria ou resolução de problemas nas comunidades onde se inserem essas escolas. Os interessados podem se inscrever pela internet

Competirão escolas de todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal. As agremiações escolares disputarão entre si, independentemente do estado de origem. Este ano, uma única escola será vencedora e ganhará R$ 10 mil para serem revertidos em equipamentos eletrônicos. O projeto terá duração até dezembro deste ano.

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Durante o discurso que fez nesta quarta-feira (5), no plenário do Senado, o líder do PT na Casa, Humberto Costa pediu um diálogo maior com a sociedade. O parlamentar também afirmou que o partido vai continuar insistindo na aprovação do decreto da presidente Dilma Rousseff (PT) para regulamentação dos conselhos populares.  

“Nossa proposta é conversar com os movimentos sociais, sindicatos, jovens, universitários, intelectuais, meio cultural, minorias, partidos políticos, enfim, com todos os segmentos progressistas possíveis para que formemos uma larga frente de defesa contra qualquer tipo de retrocesso institucional”, pontuou Humberto.

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O senador petista pediu para a oposição se abrir ao diálogo pelo bem do Brasil e sejam responsáveis com o país. O petista disse que a derrota nas urnas deve ser reconhecida. 

"Cobraremos que eles se desarmem, que deixem de lado o discurso beligerante, que a ninguém ajuda e, ao contrário, estimula grupelhos fascistas, que sujam as ruas e as redes sociais com seus pedidos ilegítimos de impeachment e de intervenção militar”, ressaltou. “A hora é de dialogarmos para o Brasil, com o Brasil e pelo Brasil”, finalizou.

 

Foram abertas as inscrições para o TEDxRecife, que será realizado no dia 16 de dezembro no Teatro Luiz Mendonça do Parque Dona Lindu, localizado no bairro de Boa Viagem. As inscrições devem ser feitas através do site www.tedxrecife.com.br. A taxa custa 50 reais.

O TEDxRecife é um evento independente, sem fins lucrativos e tem o objetivo de discutir ideias e soluções práticas nas mais variadas áreas do conhecimento, como cultura, tecnologia, ciência e empreendedorismo.

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De acordo com a organização do evento, neste ano o foco será dado a pequenos projetos, estimulando cada vez mais as revoluções pessoais que primeiro mudam o indivíduo para depois influenciar a sociedade à sua volta.

Já compartilharam suas ideias, no palco do evento, ícones de diferentes áreas como Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox, Al Gore, Michelle Obama e Philippe Starck.

Esta edição traz o tema “Revoluções Silenciosas”, mudanças sutis mas com potencial de provocar grande impacto em diversas áreas da sociedade.

Baseado em dados socioeconômicos, demográficos, geográficos, comportamentais, de consumo e estilo de vida, o Mosaic Brasil, estudo realizado pela Serasa Experian, concluiu que a divisão das classes sociais brasileiras não pode ser somente atrelada às classes A, B, C e D. Segundo a pesquisa, o controle da inflação e o crescimento e a estabilidade política e econômica do país levaram ao surgimento do cenário encontrado. A diminuição da pobreza e o fortalecimento da “Nova Classe Média” também influenciaram no surgimento do novo quadro social do Brasil.

Além da divisão de onze grupos, a pesquisa também delimita 40 pequenos segmentos, resultado de estudos matemáticos e estatísticos que levam em conta mais de 400 variáveis e que agrupam setores da sociedade com características semelhantes. A discriminação dos segmentos considera estilo de vida, localização e comportamento financeiro e de consumo.

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Elites Brasileiras (A), Experientes Urbanos de Vida Confortável (B), Juventude Trabalhadora Urbana(C), Jovens da Periferia (D) e Adultos Urbanos Estabelecidos (E) são somente cinco dos 11 segmentos nos quais a população brasileira está dividida. Envelhecendo no Século XXI, Donos de Negócio, Massa Trabalhadora Urbana, Moradores de Áreas Empobrecidas do Sul e Sudeste também são segmentos que compõem o cenário do país, seguidos de Habitantes de Zonas Precárias e Habitantes de Áreas Rurais, os últimos grupos da lista.

O levantamento, pensado para auxiliar empreendedores, estudiosos e gestores de políticas públicas a delinear os setores da sociedade,  ainda faz pequenas descrições de cada grupo, além de apontar características e arquétipos para cada uma das onze novas classes. 

A edição do Na Social dessa semana está de dar água na boca. Você vai conferir todos os detalhes da inauguração do restaurante Camarada Camarão. Presente na cidade há oito anos, o restaurante especializado em frutos do mar abriu a terceira unidade na capital pernambucana. São três estabelecimentos, na Zona Sul, Zona Norte, e mais um no Rio de Janeiro. Para a noite de abertura, o grupo Secom, que comanda o restaurante, organizou um coquetel apenas para convidados e imprensa.

Na matéria você confere todos os detalhes do novo espaço, além de entrevistas com Ricardo Campos, arquiteto responsável por toda a decoração do novo ambiente, com François Schmitt, chefe francês que cuidou de todo o cardápio da casa e com Sylvio Drummond, diretor do Camarada Camarão. "Existia um demanda reprimida para esse tipo de projeto, com uma localização bacana. Sem falar do horário independente, já que não vamos funcionar no mesmo horário do shopping. Isso é muito importante", comentou o diretor.

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Também no programa você vai acompanhar tudo o que rolou no famoso cozido que o senador Jarbas Vasconcelos oferece aos amigos mais próximos. A festa aconteceu na casa de praia que Jarbas tem na praia do Janga, litoral norte do estado. Dessa vez, o grande homenageado foi o músico pernambucano Cezzinha, que também levou convidados e amigos ao local.

Além de Cezzinha, os músicos Nando Cordel e Alcymar Monteiro também marcaram presença. "Jarbas é um grande amigo. Venho sempre que ele me chamar. Sempre", comentou Alcymar. O empresário e ex-BBB, Daniel Rolim, também marcou presença na comemoração, que contou com muita música pernambucana.

O programa Na Social é apresentado por Madá Freitas e exibido toda semana aqui, no Portal LeiaJá.

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O Programa Na Social desta semana foi conferir o show do astro da música eletrônica David Guetta. O DJ francês veio a Pernambuco para um show na área externa do Centro de Convenções, em Olinda, Região Metropolitana do Recife. Considerada como a Festa do Verão, o balada teve à frente a produtora Juliana Cavalcanti. "Nem a chuva está atrapalhando a animação", comemorou.

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Além de Guetta, a festa, considerada a primeira grande festa de 2014, também recebeu os DJ's Bruno V. e Bruno César, responsável por abrir a noite de apresentações. A festa ainda contou com dois espaços bastantes concorridos, um deles, inclusive, com a presença dos atores Marcelo Serrado e Fernanda Rodrigues, que também conversaram com o Na Social. Personalidades importantes da sociedade pernambucana também marcaram presença no evento, como Janguiê e Sandra Diniz, Marcus Travassos, Carla e Cátia bensoussan, Luciana Hazin, Anna Sarah, Eduardo Trajano, Carol Sá Leitão, Vanessa Pontual, Rodrigo Carvalheira, Thiago Figlioulo, além de Juliana Fernandes.

O DJ Francês entrou no palco ao som do hit Play Hard e levantou todo o público com um show vibrante, que teve direito a fogos e telões de Led no palco. Com muito carisma, David falou no microfone e demostrou seu amor pelo Brasil, dizendo que trata-se de um país maravilhoso. "I Love you, Brasil", foi uma das frases do artista. Os atores Marcelo Serrado e Fernanda Rodrigues chegaram logo no comecinho do show para curtir o som de Guetta. Em conversa informal com nossa equipe, Fernanda também comentou da vinda dela com a peça "Tô Grávida", que está rodando o país, para a capital pernambucana. A desejo da atriz é trazer a peça para o Recife no mês de março.

Ainda nesta edição do Na Social, o público vai conferir uma entrevista exclusiva com Fernando Torquatto, maquiador mais badalado no Brasil. Torquatto, responsável por embelezar artistas com seu toque de luxo, veio ao Recife no fim de 2013. Em entrevista exclusiva, ele conta a trajetória de sua carreira, o momento mais marcante, além de comentar qual é a principal característica do trabalho que desenvolve. Ele também deixou uma dica para os espectadores do Portal LeiaJá.

O Programa Na Social tem a apresentação de Madá Freitas e exibido toda semana no portal LeiaJá

As necessidades de pessoas portadoras de deficiências serão discutidas nesta quarta-feira (11), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, durante o I Encontro Municipal da Pessoa com Deficiência. O encontro acontece na Estação Governo Presente, para lançamento do Plano Nacional “Viver sem Limites” no município.

Pessoas com deficiência e familiares, estudantes e organizações ligadas à temática são esperadas para discutirem os avanços e os desafios para 2014, visando a qualidade de vida atual das pessoas com deficiência na cidade.

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A Estação Governo Presente fica na avenida Nossa Senhora de Fátima, nº 400, bairro Mauricio de Nassau, Caruaru.

Com informações da assessoria.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a fusão entre os grupos de comunicação Omnicom e Publicis. A sociedade resultará em uma companhia a ser denominada Publicis Omnicom Group, e ocorrerá por meio de troca de ações entre as empresas. Com o aval do Cade, cada uma das partes deterá 50% das ações da nova empresa.

Tanto a americana Omnicom quanto a francesa Publicis são empresas globais de serviços de publicidade, propaganda e comunicação com atividades no Brasil. Para o Cade, embora haja sobreposição das atividades das duas empresas no País, sua participação conjunta no mercado é limitada. "Além disso, a dinâmica altamente competitiva da indústria de publicidade, propaganda e comunicação assegura que a operação proposta não gerará qualquer efeito negativo à concorrência no Brasil ou em qualquer outro lugar", argumenta o órgão. A aprovação do negócio está em despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 26.

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“A Copa 2014 e a Cidade do Recife” foi o tema abordado na sétima edição do ciclo de debates Pelejas Urbanas, na noite desta terça-feira (29), no auditório da Livraria Cultura, no Bairro do Recife. A ideia principal do encontro foi discutir os ganhos que o evento esportivo trará para a capital pernambucana e os impactos negativos, a partir do olhar da sociedade civil e dos governantes locais. Participaram do debate o secretário de esportes do Recife e da Copa do Mundo, George Braga, e a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ana Maria Filgueira.

Questões turísticas, de mobilidade urbana, segurança, urbanização, entre outros assuntos, esquentaram as discussões entre os debatedores e o público que compareceu ao auditório. Ana Maria, que é coordenadora da pesquisa local “Metropolização e Mega Eventos dos Impactos da Copa de 2014”, da UFPE, levantou um aspecto polêmico. “Um dos sérios impactos é a remoção da moradia de pessoas para a construção de obras. Elas moravam em suas residências há muitos anos e tiveram que sair desses locais. Parte da cidade já foi estourada e não tem como reverter”, criticou a professora.

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A professora também destacou a importância de se debater a realização da Copa no Recife. “É imprescindível que se faça um debate. A sociedade precisa mostrar sua visão sobre tudo o que está acontecendo”, comentou.

O secretário George Braga falou sobre as ações realizadas pela Prefeitura da capital pernambucana. Braga enfatizou iniciativa de infraestrutura e focadas no esporte. “Costumo dizer que o Recife aproveitou bem. Existem várias importantes obras, como a Via Mangue, corredores de mobilidade, porém, pensamos também em deixar outros legados para a cidade. Criamos o programa Bom de Bola, que vai recuperar 138 campos de várzea, por meio da construção de alambrados, recuperação de iluminação e ajuste de piso. Esse é o olhar do Recife. Trazer o esporte para as pessoas”, disse o secretário, frisando também outras ações.

Como representante da Prefeitura, Braga foi questionado por alguns participantes. Como exemplo, a escolha da cidade de São Lourenço da Mata para a construção da Cidade da Copa.O secretário argumentou que uma das justificativas foi o fato de o terreno já pertencer ao Governo do Estado e que tinha menos “burocracia” para o início das obras. A questão da receptividade do povo recifense foi outro ponto conversado. Entretanto, as críticas feitas contra as obras locais de mobilidade foram as mais comentadas pelos participantes.

“A gente pegou a Copa do Mundo pra Cristo. A gente pegou a Copa para culpá-la por todos os problemas do mundo. Esses problemas já existiam antes do evento. A Copa pode sim trazer coisas boas para nós”, rebateu as críticas, Braga. O Pelejas Urbanas é uma iniciativa do Centro Vivo Recife. A ação ocorre por meio de uma parceria entre a Livraria Cultura, UNINASSAU, Instituto Ser Educacional e o Portal LeiaJá. Confira abaixo ainda a matéria produzida pela TV LeiaJá sobre o evento:

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Seja na internet, nas conversas entre amigos ou nas aulas escolares, o tema “direitos humanos” é sempre corriqueiro e divide opiniões. O assunto, além de fazer parte das discussões sociais, também é alvo de estudo. Para quem tem interesse na área, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio do seu Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos, está com inscrições abertas até o próximo dia 27. No total, 15 vagas estão disponíveis.

Candidatos graduados em qualquer área do conhecimento podem ingressar no mestrado do ano letivo de 2014. As inscrições devem ser feitas na secretaria do programa, situada no Centro de Artes e Comunicação (CAC) do Campus Recife da UFPE, nos horários das 9h às 12h e das 13h às 15h. A unidade educacional fica no endereço da Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.





Durante a abertura do 41° Seminário Nacional de TIC para a Gestão Pública (Secop), nesta quarta-feira (11), no Espírito Santo, a Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI) recebeu a premiação do XII Prêmio Excelência em Governo Eletrônico. A companhia foi criadora do projeto Portal da Lei de Acesso à Informação (Lai), e venceu na categoria de E-Serviços Públicos para a Sociedade.

O presidente da ATI, Jamil Matos, destacou os benefícios que o portal vai trazer tanto para a sociedade, quanto para o governo. “O Prêmio E-Gov é o reconhecimento de um trabalho bastante útil, que garante o direito de acesso a informações pela sociedade de forma rápida, clara e objetiva. Para a população interagir com qualquer tipo de mídia, existem dois quesitos fundamentais: achar o que está procurando e ter rapidez na resposta daquilo que está tentando buscar. Então, com certeza, a sociedade só tem a ganhar com esse projeto”, disse Jamil.

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O principal objetivo do cadastro centralizado é possibilitar o acompanhamento da disponibilização das informações por parte dos órgãos, além da redução do esforço gasto no cadastro.

 

 

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