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Um empréstimo concedido à trading de soja AFG em fevereiro de 2020 pelo Banco Industrial do Brasil (BIB), especializado em agronegócio, transformou-se em um caso investigado pela polícia. Apesar de o empréstimo ter sido feito à AFG, a denúncia recai sobre uma gigante suíça, que foi contratada pela instituição financeira para monitorar a soja que era dada em garantia pelos créditos concedidos, segundo documentos obtidos pelo Estadão.

O caso segue sob investigação, depois de expedido um pedido de busca e apreensão para identificar provas sobre o caso - o que já foi realizado na sede da empresa que foi a responsável pelo monitoramento da soja, a SGS no Brasil. Isso porque o produto teria sumido do silo do porto antes de efetuada a exportação. O caso corre em sigilo de Justiça.

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O empréstimo foi de cerca de R$ 20 milhões (US$ 3,93 milhões), por meio de um título de crédito comum para exportadores, chamado de Adiantamento para Contrato de Câmbio (ACC), no início de 2020.

Os recursos tinham como objetivo tornar viável a venda de 20 mil toneladas de soja para uma empresa com sede em Cingapura, a CJ International Asia. Como é comum nesse tipo de transação, a mesma soja foi dada como garantia do crédito. Em caso de inadimplência, os grãos mudam de mãos e vão para o banco, como pagamento do débito.

A AFG, distribuidora de grãos com sede em Cuiabá (MT), está em recuperação judicial desde 2020, com dívidas de R$ 650 milhões.

DESAPARECIMENTO

Antes da ida da soja ao comprador, o produto foi armazenado em um silo no Porto de Paranaguá (PR), onde deveria ficar até o embarque para Cingapura, marcado para 17 de agosto de 2020.

A SGS do Brasil, por sua vez, foi contratada pelo BIB para atestar e monitorar a manutenção da soja no local, além de sua boa qualidade, conforme contrato fechado em 2019. O acordo estabelecia que era obrigação da SGS comunicar o BIB sobre qualquer alteração da soja dada em garantia.

Mas o que o BIB alega ter descoberto foi que a soja havia desaparecido - o que foi confirmado pelo órgão geral responsável pela gestão do Porto Paranaguá. A informação repassada foi de que a soja não estava mais no silo desde julho. Isso motivou a abertura do inquérito policial. À Justiça, a AFG disse que o embarque da soja foi feita por engano e que, por conta de um bloqueio judicial, seus estoques não puderam ser recompostos.

A SGS Brasil, informou, por meio de nota, que em cumprimento ao contrato firmado com o BIB, recebeu da Transgolf , depositária da operação, o registro diário do armazenamento e presença da carga até 1/10/2020. "A partir de 2/10/2020, segundo a Transgolf, a AFG determinou que os relatórios diários do armazenamento e presença da carga de soja não fossem mais enviados à SGS. Suspeitando do fato, a SGS comunicou-o formalmente ao BIB para adoção das providências cabíveis", frisou. Procuradas, AFG, Transgolf e BIB não comentaram.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em discurso para uma plateia de apoiadores durante visita à Feira Nacional de Soja, em Santa Rosa (RS), neste sábado, 7, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a negar que existam casos de corrupção no seu governo. Segundo ele, diversas acusações são feitas sem que as provas sejam apresentadas. "Hoje nós temos um governo que cada vez mais ganha respeito da sua população, porque a verdade para nós está em primeiro lugar. Temos um governo que acusam, mas nada provam sobre corrupção", disse.

Apesar das afirmações de Bolsonaro, como mostrou o Estadão, o Ministério da Educação (MEC) viveu seis escândalos simultâneos, incluindo o sobrepreço de mais de R$ 700 milhões para compra de ônibus escolares e a atuação de religiosos como lobistas, decidindo, inclusive, a destinação dos recursos da pasta.

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No fim de março, o então ministro Milton Ribeiro foi obrigado a deixar o cargo após o Estadão noticiar um esquema de cobrança de propina na pasta em troca de liberação de recursos públicos para creches e escolas. O caso é investigado pela Polícia Federal e passou a tramitar no Tribunal Regional Federal da 1ª Região após decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal.

O presidente também tem trabalhado para barrar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso. Em outra investigação, a PF apura o possível desvio de emendas parlamentares por parte de congressistas maranhenses da base bolsonarista.

Armas - No discurso para os ruralistas, Bolsonaro também voltou a afirmar que a segurança do País é garantida pelas Forças Armadas e por aqueles que compram suas próprias armas. "Sempre digo que o povo armado jamais será escravizado. Esse governo não teme, pelo contrário, fica feliz quando cidadãos de bem buscam comprar arma de fogo", disse.

A Petrobras também voltou a ser alvo das críticas de do presidente. Bolsonaro afirmou que a empresa fatura dezenas de bilhões de reais por ano, "a custo do povo brasileiro". Ele também disse que os brasileiros não aguentam mais reajustes nos preços dos combustíveis.

"Essa semana vocês estão conhecendo um pouco mais do que é a Petrobras no Brasil. Temos redutos ainda em nosso governo, espalhados por todo o País, que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco. Eles sabem que o Brasil não aguenta mais reajuste de combustível em uma empresa que fatura dezenas de bilhões de reais por ano, a custo do nosso povo brasileiro", disse.

Após o discurso, a visita ao evento tomou ares de ato de campanha. O presidente visitou estandes, tirou fotos com participantes e foi ovacionado com um buzinaço de tratores, colheitadeiras e caminhões.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar há pouco, durante visita à Feira Nacional da Soja em Santa Rosa (RS), que os brasileiros não aguentam mais reajustes nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras.

"Essa semana vocês estão conhecendo um pouco mais do que é a Petrobras no Brasil. Temos redutos ainda em nosso governo que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco. Eles sabem que o Brasil não aguenta mais reajuste de combustível em uma empresa que fatura dezenas de bilhões por ano", disse.

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Bolsonaro também declarou que entregará o comando do governo em uma situação melhor do que recebeu em 2019. O presidente voltou a afirmar que acredita em Deus e na família.

"Não é fácil ser presidente, mas entendo que é uma missão de Deus. Hoje, podemos dizer que temos um presidente e governo que acredita em Deus. Tenho certeza que entregarei no futuro o comando do Brasil numa situação bem melhor do que recebi em 2019", disse.

Além de elogiar seu governo, Bolsonaro afirmou que os brasileiros são resilientes, têm fé e podem vencer qualquer obstáculos.

"Aqueles que duvidam do nosso governo se enganam, ninguém enfrentou o que nós enfrentamos. Vocês e nosso governo conheceram os poderes da República", disse.

Forças Armadas - O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar que a segurança do País é garantida pelas Forças Armadas e por aqueles que compram suas próprias armas. "Sempre digo que o povo armado jamais será escravizado. Esse governo não teme, pelo contrário, fica feliz quando cidadãos de bem buscam comprar arma de fogo", disse.

Bolsonaro também voltou a afirmar que como chefe do Executivo tem a obrigação de zelar pela Constituição, democracia, e liberdade do povo.

Com os preços da soja e do milho em alta no mercado brasileiro, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deverá zerar a tarifa de importação dos dois produtos. Em agosto, o Estadão/Broadcast antecipou que a medida estava em discussão.

A ideia é ter mais oferta dos grãos internamente para aumentar a competição e puxar os preços para baixo. Com o real desvalorizado favorecendo os preços no mercado externo, os produtores de soja e milho destinaram a produção para a exportação, o que aumentou o preço dos produtos vendidos no Brasil.

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O pedido para zerar a tarifa partiu de produtores de proteína animal, que usam os insumos em ração. Representantes dos Ministérios da Economia, Relações Exteriores, Agricultura, além da Presidência da República, se reuniram virtualmente ontem para discutir a situação.

De acordo com fontes que acompanharam a reunião, apesar de haver consenso na câmara sobre a necessidade de zerar a tarifa, ainda se debate por quanto tempo poderá valer a isenção: até janeiro, março ou junho. A votação sobre o tema era esperada até as 20h. O Ministério da Economia deve divulgar uma nota sobre a decisão após esse horário.

Arroz

No mês passado, a câmara já havia zerado a tarifa de importação do arroz. O governo estabeleceu uma cota de 400 mil toneladas até o fim do ano que podem entrar no País sem a taxa, montante vale para o arroz com casca e o beneficiado. Na época, a decisão visava a conter a disparada do preço do arroz - o pacote de cinco quilos, que era vendido por cerca de R$ 15, chegou a custar R$ 40 em alguns sites.

A isenção fez disparar as compras de arroz no exterior. De acordo com dados do Ministério da Economia, houve aumento de 1.295% na importação de arroz com casca, quando foram compradas 51,3 mil toneladas, e de 55,9% nas compras de arroz sem casca, com importação de 73,9 mil toneladas. Atualmente, o pacote de cinco quilos é encontrado por cerca de R$ 20 a R$ 25 nos supermercados.

A soja e o milho não chegam a faltar no mercado brasileiro, mas o preço alto preocupa o governo e os produtores de carne. No caso da soja, depois de embarques recordes para o exterior, o País passa por entressafra e a nova produção só chega ao consumidor no final de fevereiro. Já o milho, apesar de o País estar colhendo a segunda safra, boa parte da colheita já foi vendida e uma nova safra só chega em janeiro.

Segundo dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou US$ 27,162 bilhões de soja de janeiro a setembro, 27,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. Mais de 70% das vendas foram para a China. No mesmo período, as importações somaram US$ 160 milhões, alta de 314,7%, quase a totalidade vindo do Paraguai.

Já as vendas de milho recuaram em relação a 2019, quando o Brasil teve safra recorde, caindo 32,1%, para US$ 3,308 bilhões. Os principais destinos no período foram Japão, Vietnã e Taiwan. As importações somaram US$ 109 milhões, recuo de 7,3%, e vêm principalmente do Paraguai e Argentina.

Uma empresa exportadora com sede no Recife está sendo alvo, nesta segunda-feira (22), da Operação Ephestia, da Polícia Federal (PF), que investiga tráfico internacional de drogas. A Ephestia é uma continuidade das investigações que resultaram na apreensão de mais de duas toneladas de cocaína entre carga de soja no Porto de Ilhéus, na Bahia, entre os dias 19 e 20 de junho.

 Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços vinculados à empresa exportadora, tanto em Recife, onde se localiza a sede, quanto no extremo oeste da Bahia, em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, onde a carga de soja teria sido carregada.

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 A PF busca colher provas que levem à identificação dos responsáveis pela carga ilícita. Cerca de 30 policiais federais cumprem os mandados expedidos pela 13ª Vara da Seção Judiciária da Bahia. Na sede localizada em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi apreendido um notebook e um celular.

 De acordo com a PF, a ocultação de drogas em cargas de grãos tem se disseminado nos portos brasileiros, utilizados como rota pelo tráfico internacional. Em 2020, a corporação já apreendeu mais de 9,5 toneladas de cocaína em território baiano.

A carga de soja que continha a cocaína seria levada para o porto de Roterdã, na Holanda. A ação no Porto de Ilhéus contou com participação da Guarda Portuária, Companhia das Docas do Estado da Bahia, Receita Federal e Polícia Militar.

Em fevereiro deste ano, quando o epicentro da epidemia do coronavírus ainda estava na China, o agricultor Valdir Fries, de Itambé, no Paraná, viu as exportações da soja brasileira despencarem e os preços caírem. "A saca baixou para R$ 80 na região, uma perda de R$ 5 por saca, devido à incerteza sobre o que poderia acontecer. Acreditamos que não era hora de se apavorar, esperávamos que fosse melhorar em abril ou maio, afinal o mundo precisa da soja brasileira. E foi o que aconteceu", disse.

Naquele mês, ele conta que havia comercializado pouco mais de um terço da produção no mercado futuro. "Diante dos preços da época, o que fizemos de melhor foi aguardar a melhora dos preços internos e felizmente acabamos acertando", disse. Puxado pelas importações asiáticas, o preço da soja subiu e o produtor não esconde a animação. "Vendemos agora acima de R$ 95, chegando a R$ 100 a saca na região. Não só eu, outros produtores também aproveitaram e venderam grande parte da soja disponível. O que nos resta da safra passada é muito pouco."

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Aproveitando o momento de boa cotação, Fries já vendeu 40% da soja que vai produzir na safra 2020/21 no mercado futuro. "Na relação da troca com os insumos, o preço atual nos beneficiou. Com todo esse mercado favorável, grande parte da soja foi para incrementar a exportação que cresceu bastante. Com a desvalorização do real, os asiáticos estão aproveitando para comprar volumes maiores", disse. O produtor lembra que o ganho se deve à valorização do dólar frente ao real. "Não fosse isso, estaríamos em situação difícil. O dólar caiu um pouco nos últimos dias, mas ainda está em um patamar bom para quem exporta."

Fries cultiva 220 hectares de soja por safra no sítio Rancho da Mata, na região de Maringá, noroeste do Estado. Ele já prepara o próximo plantio. "Estamos com os insumos comprados para a próxima safra e vamos plantar mais soja. Há uma necessidade no mundo e principalmente dos asiáticos pela soja do Brasil. Com certeza, com a previsão de bom clima, vamos ter uma boa produção. A boa notícia de hoje (ontem), é que as chuvas estão chegando por aqui. O cenário é animador", disse.

Carne

O crescimento nas exportações de carne evitou que os preços internos do boi sofressem desvalorização, como era a expectativa dos produtores no início da pandemia. Mas o criador precisa ficar atento à desvalorização do real frente ao dólar, alerta o pecuarista Higino Hernandes Neto, de Camapuã, no centro-oeste de Mato Grosso do Sul. "O frigorífico está pagando hoje R$ 172,50 por arroba, com o dólar a R$ 5,56, o que dá média de US$ 31 por arroba. Em maio do ano passado, a gente vendia nesse mesmo preço, mas com o dólar a R$ 3,80, o que fazia a mesma arroba valer US$ 45 dólares", exemplificou.

O criador lembra que os insumos do gado são dolarizados, o que também aumenta os custos da produção. O custo alto fez com que Hernandes Neto desistisse de engordar bois em confinamento. "Colocar todo o insumo na boca do boi fica muito caro. Soja, milho e outros grãos também tiveram os preços puxados pela exportação e o custo do gado no cocho ficou muito alto." O cenário incerto fez com que os frigoríficos deixassem de comprar boi no mercado a termo, com preço fixo para agosto ou setembro, o que deixa o mercado interno vagaroso, segundo ele.

Para melhorar a margem, o pecuarista investe na formação e venda de bois jovens para terminação, que saem a até R$ 250 a arroba. "Prefiro trabalhar com as duas coisas, mas ganho mais vendendo bezerros do que boi." Ele produz em Camapuã e Rio Verde(MT).

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Policiais rodoviários apreenderam mais de 11 toneladas de maconha escondidas sob um carregamento de soja a granel, no final da noite desta quinta-feira, 5, em Mirante do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo. Foi a maior apreensão da droga este ano no Estado, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). O motorista de 40 anos que conduzia a carreta foi preso em flagrante.

Conforme a SSP, o flagrante aconteceu durante a Operação São Paulo Mais Seguro. Uma equipe do Tático Ostensivo Rodoviário do 2º Batalhão de Policiamento Rodoviário fazia um bloqueio na rodovia Olímpio Ferreira da Silva (SP-272), quando abordou o caminhão carregado de soja. Como o motorista demonstrou nervosismo, os policiais examinaram a carga e encontraram a droga acondicionada em fardos, sob uma camada de soja. No total, foram apreendidos 11.307 quilos de maconha.

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O condutor contou aos policiais que havia recebido a droga em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. Ele havia sido orientado para deixar o caminhão carregado em um posto de abastecimento da rodovia Castelo Branco, próximo da capital. Com ele foram apreendidos dois celulares, um cheque no valor de R$ 3 mil e R$ 149. Como havia indício de tráfico internacional, já que possivelmente a maconha provém do Paraguai, a ocorrência foi apresentada à Delegacia da Polícia Federal de Presidente Prudente. O homem passou por audiência de custódia nesta sexta-feira, 6, e foi mantido preso.

O grupo suíço de alimentação Nestlé anunciou nesta terça-feira o lançamento de um hambúrguer vegano na Europa e nos Estados Unidos, seguindo uma nova tendência por parte dos consumidores que buscam reduzir o consumo de carne.

Este novo hambúrguer é produzido 100% com vegetais, a base de proteínas de soja e de trigo e extrato de beterraba, cenoura e pimentões.

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O produto começa a ser comercializado em abril na Europa, segundo comunicado.

Mais tarde também será lançado nos Estados Unidos, sob a marca Sweet Earth, que comercializa produtos veganos na Califórnia.

A colheita da safra 2018/19 de soja atingiu 52% da área cultivada no Brasil até quinta-feira (28), informou a consultoria AgRural, nessa segunda-feira (4), em levantamento semanal.

Os trabalhos avançaram sete pontos porcentuais ante a semana anterior e continuam adiantados quando comparados com os 35% observados em igual período do ano passado e os 37% da média de cinco anos. Segundo a consultoria, o resultado poderia ter sido ainda melhor, se não fosse afetado pelas chuvas em diversos pontos do País.

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"Por conta das chuvas, lotes têm chegado aos armazéns com umidade entre 18% e 22% em alguns Estados, mas os casos de grãos com qualidade perdida ainda são pontuais", diz a AgRural em nota. Entretanto, no Rio Grande do Sul e no Matopiba - região que compreende o Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia - as chuvas são benéficas pois vêm em áreas onde as lavouras estão em fase de enchimento dos grãos.

De acordo com a AgRural, a produção brasileira de soja está estimada em 112,5 milhões de toneladas na safra 2018/19. Neste mês, haverá uma nova revisão da perspectiva de produção, que já foi cortada em 4,4 milhões de toneladas no início de fevereiro.

O produtor de soja Antonio José Meireles Flores, de Naviraí (MS), viu a produtividade de suas terras despencar de um ano para o outro. Áreas que no ano passado produziam 61 sacas por hectare, este ano estão entregando 32 sacas. Na média, em seus 3 mil hectares de terra, a perda na produção está estimada entre 15% e 18%. E a culpa, segundo Flores, é do clima. "Foi um ano diferente, com setembro bastante chuvoso, quando fizemos o plantio", disse. "Mas em novembro só tivemos chuvas isoladas e a soja já ficou manchada, castigada pela seca."

A situação vivida por Flores se repete em outros pontos do País, e os especialistas fazem as contas das perdas que a soja - principal produto na pauta brasileira de exportações - terá este ano. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do governo federal, prevê, até o momento, uma quebra de 4 milhões de toneladas em relação à safra recorde do ano passado, de 119,3 milhões para 115,3 milhões de toneladas - semelhante à produção da safra 2016/2017.

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Mas, para a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja Brasil), a quebra na safra 2018/19 pode chegar a 16 milhões de sacas, numa colheita esperada inicialmente de 117,2 milhões de sacas, por conta de problemas climáticos em 12 Estados. "Esse é o montante até o momento, mas a quebra pode ser ainda maior", disse o presidente da associação, Bartolomeu Braz, com base em levantamentos encerrados no início deste mês. O Paraná apresentava perdas mais severas, de 30%, seguido da Bahia e Piauí (20%) e Goiás (17%). "Já estamos pensando numa estratégia para repactuação das dívidas dos produtores, inclusive pensando em securitização", disse Braz.

Receita menor

Caso se confirme a previsão da Conab, tida como a mais conservadora, a perda de receita para os produtores está estimada em R$ 4,3 bilhões, levando em conta o preço médio de R$ 65 a saca. Se a quebra atingir o que preveem as consultorias, mais pessimistas, a perda no rendimento bruto da safra pode passar de R$ 7 bilhões.

De acordo com o engenheiro agrônomo Adriano Gomes, da consultoria AgRural - que projeta uma safra de 112,5 milhões de toneladas, quase 7 milhões a menos que no ano passado -, a falta de chuvas em dezembro afetou a produção de soja no oeste do Paraná, principalmente na faixa ao longo do Lago Itaipu, e na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul. "No sul de Mato Grosso do Sul, vimos produtores colhendo de 15 a 30 sacas por hectare, quando deveriam colher o dobro."

Dentro de um galpão de armazenamento de grãos em Cristalina (GO), a 120 quilômetros de Brasília, cerca de 370 mil sacas de soja aguardam, sem previsão, a chegada dos 700 caminhões que levarão a produção até os portos do Sudeste. A espera se repete nas dezenas de silos que se espalham pelo município, onde a sensação é de que a greve dos caminhoneiros não acabou. As carretas estão à disposição, mas não há quem se disponha a contratar o serviço, nem data para que isso ocorra.

O acordo que o governo firmou com os caminhoneiros para acabar com paralisação de 11 dias que provocou uma crise de abastecimento no País pode ter minimizado parte da crise, mas alimentou outra. Entre os produtores rurais, o clima é de indignação. Ninguém quer pagar pelo tabelamento do preço mínimo do frete.

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As tradings de grãos, que compram a produção das fazendas e transportam a produção até os portos, já compraram tudo o que está nos estoques, mas com base nos valores antigos do frete. Agora, com a indefinição dos preços, essas empresas se negam a retirar a produção para não terem prejuízos. Sob pressão, o governo já editou duas versões da tabela. A primeira atendeu aos caminhoneiros, mas revoltou o agronegócio, que fala em aumentos de até 150% nos preços. A segunda procurou aliviar o custo dos produtores, mas contrariou os caminhoneiros. O governo a revogou. Uma terceira versão está em discussão desde o fim da semana passada.

"Elas preferem pagar o produtor para estender o tempo de estoque da produção nos galpões do que bancar o que os caminhoneiros estão pedindo", diz o produtor rural Alécio Maróstica. "O resultado é que todo o setor está parado, com galpões abarrotados e sem previsão de retirada dessa produção. Viramos reféns de uma situação absurda."

Nas fazendas e centros de produção, cada dia é uma agonia. O que agora tira o sono dos produtores é o início da safrinha de milho, que começa daqui a uma semana, no dia 20 de junho. "Estamos sem saber o que fazer. Daqui a uma semana começa a chegar a safrinha do milho. Se essa produção de hoje não sair, não teremos onde por mais nada. Vai travar tudo de uma vez", afirma Emilton Kennedy.

Nos dias de paralisações dos caminhoneiros, o produtor rural Luiz Carlos Figueiredo entrou em desespero, depois de perder 30 mil litros de leite por dia. Hoje, vive o drama de não ter onde colocar a safrinha do milho. "Tivemos que jogar todo o leite na terra. Irrigamos a plantação com o leite perdido. Perdemos ainda 20 caminhões com milhares de caixas de ovos. Foi R$ 1 milhão de prejuízo", diz ele. "Agora, estou com 70% da produção de soja trancada no armazém, porque ninguém consegue fechar o preço do frete."

Perecíveis

O drama logístico não afeta só a colheita de soja e milho. Em Cristalina, boa parte da produção de 2,5 milhões de toneladas por ano está atrelada ao plantio de batata, cenoura, alho, cebola e tomate, uma cesta de 50 tipos de produtos.

Nessa lista de perecíveis, a maioria não pode ficar sequer uma semana em estoque. Depois de sair da terra, é um dia para ser beneficiada e ir direto para o caminhão e seu destino final.

"Além de sentir esse preço do frete, que não se define, meu produto está desvalorizado agora, porque ficamos 20 dias sem entregar e agora há muita oferta no mercado", diz João Gruber, que produz batatas em uma área de 680 hectares de Cristalina. "Depois de o nosso preço explodir nos dias da greve, agora caiu absurdamente. É uma situação insustentável, porque meu produto não pode esperar. Ele tem que sair, mesmo se for com prejuízo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A colheita da safra de soja 2017/18 chega ao fim nos campos brasileiros com recorde de produção. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume colhido deve atingir 116,9 milhões de toneladas, após registrar 114,1 milhões na safra anterior. Algumas consultorias, como a Céleres, estimam uma produção ainda maior, de 117,8 milhões. A expectativa é de que, já na próxima safra, pela primeira vez, o Brasil possa ultrapassar os Estados Unidos como maior produtor mundial do grão.

Conforme o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção americana nesta safra, de 119,5 milhões de toneladas, ainda foi maior que a do Brasil, mas a previsão para 2018/19 é de que ela deve recuar para 116,4 milhões de toneladas. "Para o Brasil, ainda não temos estimativa, porque esta safra só se inicia em setembro. De toda forma, a produção nos últimos anos foram muito próximas. Com qualquer deslize climático ou produtivo dos EUA, o Brasil poderá ser o líder", avalia Enilson Nogueira, analista de mercado da Céleres.

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Segundo ele, o maior volume de soja da nossa história resulta de uma combinação de clima e tecnologia. "As chuvas desde o plantio até fevereiro vieram com bastante força, ajudando as lavouras a atingirem o potencial tecnológico esperado. Como estão cada vez com mais tecnologia aplicada, o crescimento na produção não surpreende."

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan, o País tem potencial para ser o maior produtor mundial de soja já nas próximas safras, mas enfrenta gargalos. "Temos mais áreas para expansão do que eles, podendo plantar a soja em pastagens degradadas, porém precisamos corrigir nossos problemas de logística. Estamos na parte mais distante da área de produção e sofremos o impacto do alto custo do combustível no frete", avalia.

O Estado é o maior produtor de soja do País, mas tem um custo alto para escoar a produção. "Há trechos de rodovias que não foram concluídos e outros que estão com o asfalto deteriorado. Levar a soja até a hidrovia, no norte, está tão caro quanto descer com ela para os portos do sul. O frete está saindo entre R$ 250 e R$ 270 a tonelada", diz Galvan. Apesar disso, segundo ele, a situação é favorável para o produtor. "Com a soja a R$ 65 (a saca de 60 kg), como está hoje, o produtor começa a ter renda. Melhor que no ano passado, quando vendemos a R$ 53". Ele acredita que, em parte, o bom preço se deve à quebra de produção na Argentina. "Eles tiveram problemas climáticos severos e colheram muito pouco."

Conforme Nogueira, a valorização do dólar ante o real teve influência na formação do preço da soja brasileira - na última sexta-feira, a moeda americana fechou a R$ 3,60. Esse não foi, porém, o único fator, segundo ele. Além da quebra da produção argentina, a possível taxação chinesa à soja americana, como retaliação às barreiras propostas pelos americanos aos produtos chineses, favoreceu o grão do Brasil. "De um mês para cá, aproveitando a janela de preços remuneradores, o produtor vendeu mais de 10% do volume da safra. Em Paranaguá, no dia 7, a saca foi negociada a R$ 87, 4% acima do mês passado e quase 25% sobre o mesmo dia de 2017 ", disse.

Mesmo diante de uma produção maior, o cenário de demanda interna e externa, com redução na oferta global, é favorável à manutenção dos preços, segundo ele. A Céleres estima embarques recordes de 70 milhões de toneladas, 3% maior que na safra 2016/17. O interesse externo pela soja brasileira poderá diminuir a disponibilidade do grão no segundo semestre, sustentando a boa cotação. "A valorização do dólar no mundo, frente ao fortalecimento da economia americana e dos esperados aumentos de juros por lá, deverá continuar contribuindo para a formação de preço no Brasil durante 2018", disse Nogueira.

Rainha

No Estado de São Paulo, a soja passou a reinar absoluta nos campos de produção que se estendem pelo Vale do Paranapanema, no sudoeste paulista. A entrada da soja na região de Capão Bonito, tradicional produtora de feijão, causou uma transformação que ainda impressiona o produtor Leomir Baldissera. As fazendas têm frotas de máquinas modernas e estão pontuadas pelos conjuntos de silos. "A agricultura aqui era de alguns picos altos e muitos baixos, pois a batata, o milho e o feijão são assim. A soja veio e deu estabilidade, se adaptou bem à região, ocupou quase todos os espaços. Hoje, ela é a rainha das lavouras", disse.

O produtor destaca a boa adaptação da oleaginosa numa região em que a cultura é de sequeiro - que dispensa a irrigação. "Nessa região, a terra é muito boa e as chuvas são bem definidas. É possível fazer duas culturas e meia por ano, o que não se consegue no Centro-Oeste." Ele conta que a região não tem áreas para expansão das lavouras, por isso o agricultor usa a renda para investir em tecnologia. "Muitos adotaram a agricultura de precisão, que permite identificar manchas de solo mais fracas e fazer a correção. Com isso, o produtor padroniza a lavoura e sabe quanto vai produzir. Aqui, o produtor está sempre na ponta em tecnologia."

Apenas na área de atuação da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, os 20 produtores colheram 1,1 milhão de sacas (66 mil toneladas), com produtividade média de 72 sacas por hectare e picos de até 85 sacas/ha, uma da mais altas do Brasil. Com a expectativa de bons preços, o produtor não teve muita pressa para vender, segundo o administrador Luiz Carlos Mariotto. "Ainda temos 27 mil toneladas em estoque, 42% do que entrou. No início da safra, o preço estava baixo e o produtor preferiu segurar", disse. Na região, nesta sexta-feira, a soja era vendida a R$ 78,50 a saca, preço livre para o produtor. Em janeiro, a saca estava a R$ 65.

O responsável pelo setor comercial de cereais, Fernando Nascimento, acredita que a cultura chegou para mudar o perfil agrícola da região. "A soja é o grão do momento no mundo, tanto para consumo direto como para a produção de proteína animal. Só a China vai consumir este ano 118 milhões de toneladas, que é tudo o que o Brasil vai produzir." Ele diz que, por conta dessa dependência, os chineses ampliaram muito a presença no País, adquirindo tradings e se colocando em posições estratégicas. "Eles chegaram sem alarde e já estão nos portos de Santos e de Paranaguá." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A apresentação do grupo SOJA, marcada para o próximo domingo (21), não será mais no Parador, localizado no bairro do Recife Antigo. O evento será realizado no Clube Português. De acordo com a organização, a mudança é devido à instabilidade do tempo, com possibilidade de chuva no final de semana na capital pernambucana.

Os ingressos continuam validados para o novo local. Para que desejar reembolso, o ressarcimento será feito no canal de vendas onde foi adquirido. Para compras realizadas no cartão de crédito, a devolução será através do e-mail contato@bilheteriavirtual.com ou pelo telefone (85)3045-1022.

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A banda lança no Recife o novo disco “Poetry in Motion”. A noite também contará com show do grupo Mato Seco e os portões vão abrir a partir das 19h. Os ingressos ainda continuam á venda na loja Urban Wave, Bilheteria Virtual, Ticket Folia e online através do site.  

Serviço

SOJA

Domingo (21)| 19h

Clube Português (Av. Conselheiro Rosa e Silva, 172 - Graças)

R$ 60 (meia arena) e R$70 (social arena + 1 kg de alimento), R$ 90 (frontstage) e R$ 100 (social frontstage + 1 kg de alimento)

No próximo domingo (21), a banda SOJA se apresenta no Parador, localizado no bairro do Recife Antigo, a partir das 19h. O grupo, liderado por Jacob Hemphill, lança na capital pernambucana o novo disco 'Poetry in Motion'. Os ingressos custam entre R$ 60 e R$ 90 e estão à venda pela internet.

A última apresentação da banda em Pernambuco foi em 2016, juntamente com Julian Marley, filho de Bob Marley, que se apresentou com a banda The Wailers. A turnê de divulgação do novo disco acontece desde o final de 2017.

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Serviço

SOJA

Domingo (21)| 19h

Parador ( Recife Antigo)

R$ 60  (meia arena) e R$70 (social arena + 1 kg de alimento), R$ 90 (frontstage) e R$ 100 (social frontstage + 1 kg de alimento)

A produção de soja no Paraná na safra 2017/18 deve atingir 19,29 milhões de toneladas, representando queda de 3% em comparação com o período anterior (19,82 milhões de toneladas). As informações são do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual de Agricultura.

A primeira safra de milho no Paraná está projetada pelo Deral em 3,01 milhões de toneladas, queda de 39% ante o período anterior (4,93 milhões de toneladas). Já a primeira safra de feijão está estimada em 374.824 toneladas, aumento de 2% em relação à safra 2016/17 (368.227 toneladas).

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O Deral também apresentou projeção para a segunda safra de milho, que deve diminuir 7%, para 12,29 milhões de toneladas (13,28 milhões de toneladas em 2016/17). A segunda safra de feijão no Paraná deve crescer 26%, para 432.442 toneladas, ante 343.441 toneladas na safra anterior.

A banda SOJA (Soldiers of Jah Army) retorna ao Recife no dia 21 de janeiro, com uma apresentação especial marcada para ser realizada no Parador, Recife Antigo. O show faz parte da turnê 'Poetry in motion', que conta com músicas do álbum homônimo. Preço de ingressos e demais atrações devem ser definidas e anunciadas em breve.

Essa será a quinta vez do grupo de reggae na capital pernambucana. A banda americana, que acumula mais de 20 anos de carreira, já se apresentou na cidade em 2010, 2012, 2014 e 2016. Na última visita ao Recife, SOJA se apresentou com o filho de Bob Marley, Julian Marley, que trouxe sua banda The Wailers.

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O grupo Soldiers Of Jah Army foi fundado em 1997, em Vírginia, nos Estados Unidos, e é uma das bandas mais populares da nova geração do reggae. Entre seus sucessos estão 'Rest Of My Life', 'Not Done Yet' e 'You And Me'.

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--> Da Jamaica para o mundo: clássicos do reggae para curtir

O reggae é um gênero musical que tem como berço a Jamaica. Ele surgiu no fim da década de 1960, do desenvolvimento do ska e do rock steady jamaicano, e recebeu influências da música tradicional africana e caribenha, além do rythm and blues e soul americanos. Como pode ser observado em muitas letras de Bob Marley, o grande ícone dessa musicalidade, as canções costumam abordar temas sociais, liberdade, política e amor.

Aproveitando o evento Encontro das Tribos, que acontece nesta sexta (24) no Recife, com atrações de reggae e também de rap, o LeiaJá separou uma lista com canções de reggae de todas as épocas para você ouvir e entrar no clima:

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Bob Marley – Them Belly Full

Ninguém melhor para começar essa lista que o mais famoso artista de reggae. Ele, que compôs inúmeros clássicos do estilo sempre abordando a busca pela paz, liberdade e igualdade social, já vendeu mais de 75 milhões de discos e foi o maior responsável - junto ao grupo The Wailers - por popularizar o ritmo no planeta. Muitas são as canções de Bob Marley que poderiam estar aqui, mas escolhemos a forte 'Them Belly Full'.

Peter Tosh - Legalize it

Parceiro de Bob Marley no The Wailers, Peter Tosh é outro gigante do reggae no cenário mundial, e um dos pioneiros no ritmo. No dia 11 de setembro de 1987, morreu assassinado. Durante sua vida, ficou muito conhecido pela sua militância e em prol dos direitos humanos e a favor da legalização da maconha, como pode ser visto na música ‘Legalize It’, de 1976, um grande clássico da sua obra.


Bunny Wailer - Dreamland

Mais um que participou, ao lado de Bob Marley e Peter Tosh, da formação original do grupo mais importante do reggae mundial, o The Wailers. Assim como Tosh, Bunny (mais tarde mudando o 'Wailer' por 'Livingston'), se lançou em carreira solo, e se aprofundou na vivência mística e religiosa. Dreamland é uma de suas canções mais cinhecidas.

Edson Gomes – Árvore

O baiano de 62 anos é considerado o maior nome do reggae brasileiro. Em suas letras ele costuma tratar de desigualdade social, corrupção, pobreza e o cotidiano brasileiro, além de músicas de amor. Também seria possível escolher várias canções de Edson Gomes que marcaram quem gosta de reggae. ‘Árvore’, um dos seus grandes sucessos, mostra toda a qualidade de compositor e letrista.

Tribo de Jah - Babilônia em Chamas 

A banda surgiu em São Luís, no Maranhão, em 1986, formada pelo vocalista Fauzi Beydoun, que era locutor de um programa de reggae de sucesso em uma rádio local. Ele se uniu a egressos da Escola de Cegos e fundou a Tribo de Jah, que entre suas características principais - além de excelentes músicos que são cegos - ter transformado o maranhão na 'Jamaica Brasileira'. ‘Babilônia em Chamas’, lançada em 1995, é certamente sua música mais simbólica.


Alpha Blondy - Jerusalem

O cantor nascido em Costa do Marfim é muito popular sobretudo na África ocidental, mas conhecido mundialmente. Suas músicas são cantadas em francês, inglês e dioula, idioma falado no seu país de origem, assim como, em alguns casos, em árabe ou hebraico. Suas canções tem um forte teor político. 'Jerusalem' é canção certa no repertório de quem é reggeiro. 


The Police - Walking on the moon

Quando o reggae estoura no mundo, muitas bandas são influenciadas e passam a trazer o rtimo entre suas influências. A banda britânica The Police é uma das mais significativas a usar o gênero jamaicano em suas músicas, assim como outras na Inglaterra, muitas ligadas ao movimento punk. 'Walking on the moon' traz a levada típica do reggae.

Natiruts – Liberdade Pra Dentro da Cabeça 

Fundada em Brasília, no ano de 1996, com o nome ‘Nativus’, a banda já chegou a emplacar vários sucessos nas rádios e caiu no gosto popular. O primeiro single lançado após a mudança para ‘Natiruts’, que ocorreu por conta de uma banda catarinense com nome muito similar, foi ‘Liberdade Pra Dentro da Cabeça’, em 1999. A música estourou e inspirpou muitos jovens a terem bandas de reggae também.


S.O.J.A. - Rest of my life

O grupo Soldiers Of Jah Army foi fundado em 1997, em Vírginia, nos Estados Unidos, e segue junto até os dias atuais, sendo uma das bandas mais conhecidas a nova geração do reggae. Uma das músicas de sucesso é ‘Rest of My Life’, do álbum Born in Babylon, o quarto do SOJA, lançado em 2009.


Planta e Raiz – Oh Chuva 

A Planta e Raíz foi formada em 1998, no litoral paulista, e começou fazendo covers de Bob Marley e Edson Gomes. Depois de um tempo passaram a investir em canções autorais, como a música ‘Oh Chuva’, com bastante sucesso. A banda está na programação do evento Encontro das Tribos, nesta sexta (24), no Recife.


Favela Reggae – Mama Sou Rastafari 

O Favela Reggae é o grupo musical desse gênero mais longevo do Recife. Uma tradição na cidade, serve de referência para a cena reggeira da capital pernambucana.


Ponto de Equilíbrio - Ponto De Equilíbrio 

A banda surgiu em 1999, em Vila Isabel, Rio de Janeiro. Ponto de Equilibrio é uma forte representante do reggae no Brasil, e as letras passam mensagens relacionadas a igualdade, amor e justiça, e as músicas tem influencia do sub, samba e ritmos regionais.

  

Com colaboração de Felipe Mendes

 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou um relatório, chamado "Perspectivas Agrícolas 2017-2026", segundo o qual o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos como o maior produtor de soja mundial em dez anos.

Segundo o relatório, é esperado que a produção mundial de soja continue se expandindo, mas em um ritmo de 1,9% por ano, o que seria abaixo da taxa de crescimento projetado de 4,9% anual da última década. 

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Ainda é relatado que a produção de soja no país deve crescer 2,6% por ano, sendo o maior crescimento entre os principais produtores, já que dispõe de mais terras, comparado com a Argentina, com crescimento projetado de 2,1% por ano e os Estados Unidos, de 1% por ano.

A expectativa é de que, com isso, o Brasil ultrapasse os Estados Unidos como o maior produtor de soja. As exportações do produto em 2026 serão dominadas pelo Brasil e Estados Unidos que, juntos, conseguem responder por quase 80% das exportações mundiais.

A Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural (Sober) realiza o seu primeiro simpósio na região Norte nesta semana, na capital paraense, com o tema “A crise econômica e o futuro da agropecuária no Norte: desafios e potencialidades”. O evento será na sede da Sudam (travessa Antônio Baena, 1113) e tem abertura solene nesta quinta-feira (22), às 10 horas, com o presidente da Sober, Marcelo José Braga, e autoridades locais. Em seguida, às 10h50, o coordenador-geral de Estudos e Análises do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, profere aula magna a respeito do tema do simpósio.

Pela Embrapa Amazônia Oriental, o pesquisador Jair Carvalho participa de um painel que discute o mercado de produtos agropecuários da região, no qual ele falará sobre o açaí, na quinta-feira (22) a partir das 16 horas. Enquanto na sexta-feira (23), a partir das 9h30, o pesquisador Alfredo Homma divide com seu colega Zander Navarro, da Secretaria de Inteligência e Macroestratégia da Embapa, um painel que trata das potencialidades e desafios dos estados da região Norte frente à conjuntura econômica atual. O evento prossegue durante a quinta e sexta-feira (22) durante todo o dia. Para a programação completa, clique aqui.

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Para o pesquisador Alfredo Homma, o simpósio da Sober chega ao Pará para colocar em discussão diversos temas com o objetivo principal de promover o desenvolvimento da agricultura regional. Entre eles, o processo de agriculturização que está em curso em vários Estados da Amazônia Legal, em contraposição ao processo de pecuarização que dominou a região a partir dos anos 1960, com a criação rodovias e políticas de incentivos fiscais.

Nos últimos anos, o avanço da agricultura no Pará levou a mandioca, que historicamente ocupava a primeira posição em área plantada, a ser ultrapassada pela soja. Em terceiro lugar aparece o milho, seguido de reflorestamento, dendezeiro e cacaueiro. “São megaculturas, todas com áreas superiores a 200 mil hectares. Essas atividades passaram a ocupar as áreas de pastagens degradadas, de roçados e de culturas abandonadas nascendo uma nova agricultura mais intensiva”, avalia Homma.

De acordo com o pesquisador, o Pará já experimentou um primeiro processo de agriculturização, quando imigrantes japoneses introduziram as lavouras de juta e pimenta-do-reino. Foram culturas que trouxeram grande contribuição para a economia regional mas não conseguiram se consolidar como modelo de desenvolvimento estável. No caso da pimenta, a inconstância está relacionada ao aparecimento da fusariose, em 1957, e às oscilações de preço. “Expande numa determinada comunidade ou município, traz uma prosperidade momentânea vista nas feiras do interior, aparece o Fusarium ou a queda dos preços, para então decrescer”, avalia Homma.

Os mercados de carne bovina, açaí, dendê, madeira, insumos modernos, entre outros tópicos, também serão debatidos durante o simpósio. Uma questão que também não pode ser deixada de lado, segundo Homma, é o desafio de integração dos pequenos produtores no processo de agriculturização. “Acreditamos que este conjunto de ideias que serão expostas poderão contribuir para a busca de uma agricultura paraense mais sustentável”, conclui o pesquisador.

Por Vinicius Soares Braga, da assessoria da Embrapa.

A Coordenadoria de Desenvolvimento de Agronegócios (CodeAgro), programa criado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, preparou uma campanha nas redes sociais para o mês de maio, em homenagem as mães.

Durante o mês, os internautas poderão dar dicas de receita tendo soja como componente. O grão é indicado para ajudar mulheres na prevenção de doenças cardiovasculares e na diminuição dos sintomas da menopausa.

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A campanha “Mãe, o que é isso?” pretende divulgar as propriedades de alguns alimentos. Em “mães ao redor do mundo” são apresentados vídeos com dicas e receitas saudáveis com mães de todos os cantos do planeta.

Para participar da campanha, acesse o site: http://www.codeagro.agricultura.sp.gov.br/home ou entre na página do Facebook: https://www.facebook.com/alimentacaosaudavel.sp/videos/vb.132780383466686/1318234494921263/?type=2&theater

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