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A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco, órgão ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), está com inscrições abertas até o dia 03 de janeiro de 2022, para o programa Centelha/PE 2, que busca incentivar o empreendedorismo através de capacitações para o desenvolvimento de produtos e processos inovadores. A ação prevê a formalização de 60 novas empresas na área de tecnologia  e cerca de 300 empreendedores em todo o estado. 

Podem se candidatar pessoas físicas, vinculadas ou não a empresas com até 12 (doze) meses de existência anteriores à data de publicação do Edital e faturamento bruto anual de até R$ 4.800.000,00, sediadas no Estado de Pernambuco.

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Serão disponibilizadas para incentivo dos projetos aprovados, recursos de subvenção econômica e bolsas de fomento tecnológico destinadas ao desenvolvimento de empresas com base tecnológica que incorporem novas tecnologias aos setores estratégicos do estado de Pernambuco.

Os projetos apoiados devem se enquadrar nas seguintes temáticas: Automação; Big Data; Biotecnologia e Genética; Blockchain; Design; Eletroeletrônica; Geoengenharia; Inteligência artificial e machine learning; Internet das coisas (IoT); Manufatura avançada e robótica; Mecânica e mecatrônica; Nanotecnologia; Química e Novos materiais; Realidade aumentada; Realidade virtual; Segurança, privacidade e dados; Tecnologia Social; e Tecnologia da Informação (TI) e Telecom.

Poderão ser apoiados até 60 projetos, que receberão os recursos de subvenção econômica no valor de até R$ 60.000,00 com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do estado de Pernambuco. Além disso, a equipe executora das ideias inovadoras  contratadas poderá ter disponibilizado o valor R$ 26.000,00, a depender da liberação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

As inscrições que estão abertas até o dia 03 de janeiro, podem ser realizadas por meio do site Programa Centelha. Mais informações podem ser conferidas no Edital.

Por Thaynara Andrade

Dependência tecnológica se caracteriza pela perda de controle na utilização das ferramentas. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

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A rotina já estava insustentável quando a jornalista Tallita Marques precisou ser socorrida e encaminhada às pressas para o hospital. Ela foi vítima de uma forte crise asmática, desencadeada por três meses de ansiedade e estresse. “Trabalhava em uma TV e dava aulas em uma instituição de ensino. Deixei as duas ocupações para abrir um café com meu marido e acabei ficando com a parte de comunicação da empresa. Criamos um grupo no WhatsApp com outros cafés para organizar um grande evento coletivo, comecei a passar o dia no WhatsApp”, lembra.

Celular sempre em mãos, irritação constante e dificuldade de dormir. Em contato contínuo com a imprensa, possíveis patrocinadores e outros empresários, Tallita desenvolveu o que psiquiatras e cientistas definem como nomofobia, a dependência em celular. O uso compulsivo dos aparelhos móveis é um dos tipos de dependência tecnológica, guarda-chuva que inclui ainda o vício em jogos digitais e em internet. Geralmente associadas a um transtorno primário, tais doenças podem ter origem na ansiedade. 

“Identifiquei que tinha ansiedade em 2003, aos 22 anos, quando estava na faculdade, estagiando em uma rádio e no Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco), onde um médico me deu um diagnóstico de princípio de anorexia nervosa. Eu corria de um canto para outro, sentia fome, mas quando dava vontade de comer, começava a vomitar”, lembra Tallita. Após perder seis quilos, ela seguiu as recomendações médicas e passou a tomar o remédio receitado. “Comecei a diminuir meu ritmo de vida e aquilo se controlou. Em 2017, veio o primeiro evento das cafeterias e eu senti que estava caminhando novamente para esse tipo de problema”, lamenta. Para Tallita, foi o uso excessivo do Whatsapp que desencadeou a crise respiratória responsável por seu internamento. “Antes, com o telefone, você não conseguia falar com muitas pessoas ao mesmo tempo. No WhatsApp, você fala com muitas simultaneamente e todas querendo uma resposta urgente, o que gera uma grande pressão psicológica para responder rápido”, coloca.

Tallita foi encaminhada ao hospital com uma crise respiratória, decorrente da ansiedade. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

De acordo com relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em 2015, o Brasil chegou a ter 120 milhões de pessoas conectadas à internet, o quarto maior volume do mundo. Um levantamento do Mobile Ecosystem Forum (MEF) aponta que a nação é o segundo país que mais usa o WhatsApp. Diante de tais informações, não chega ser impressionante a conclusão do estudo promovido pela Statista Digital Market no ano de 2016, cujo resultado aponta que os brasileiros constituem o povo a gastar a maior média de tempo do mundo nos smartphones: 4 horas e 48 minutos por dia.

“O problema não é a tecnologia, mas como as pessoas se relacionam com ela. O que a gente chama de uso consciente, basicamente, é aquele que não atrapalha a vida do usuário. Existe também o uso abusivo, em que o virtual atrapalha o real, mas não há perda de controle, diferente do acontece com quem uso abusivo dependente da tecnologia”, explica Eduardo Guedes, pesquisador do Laboratório de Pânico e Respiração do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - LABPR/IPUB - e membro do Instituto Delete, primeira empresa do Brasil especializada em “detox digital”. 

Segundo Eduardo, pelo menos cinco indícios apontam a perda de controle do usuário com a ferramenta tecnológica, configurando a dependência. Ele destaca a constante sensação de segurança e prazer (o usuário confere constantemente quantas ‘curtidas’ recebeu), a relevância da tecnologia na vida do indivíduo (usuário leva o celular para o banheiro ou dorme ao seu lado) e a tolerância à ausência da ferramenta, inclusive afirmando serem comuns os relatos de pessoas que se recusam a frequentarem lugares sem internet disponível, por exemplo. “Há ainda a abstinência, caso se, sem a ferramenta, o usuário se sinta triste, angustiado ou irritado, além da existência de conflitos diretos e indiretos como, por exemplo, perda de rendimento no trabalho ou brigas constantes com cônjuge”, acrescenta o pesquisador.

Tallita estabeleceu um horário para conferir as mensagens no celular. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Com o celular invariavelmente ao lado da cama, Tallita sentia dificuldade para dormir, acordando várias vezes na mesma noite. “Nessa época, eu identifiquei que estava tendo problemas com meu marido, porque eu ficava estressada e irritada, além de ter colocado o evento que estava produzindo como prioridade. Como eu recebia e-mails e notificações durante a madrugada, desabilitei algumas funções, respirei e disse: ‘não quero isso pra mim’”, lembra. Àquela altura, Tallita já havia compreendido que o cansaço constante havia evoluído para um quadro de dispneia suspirosa, responsável pela sensação de fôlego curto que a levou ao hospital. “Foi quando fiz uma postagem nas redes sociais, estabelecendo um horário para responder as mensagens: entre nove da manhã e nove da noite, o que ainda era muito, mas fez grande diferença”, coloca.  

Depois de precisar ficar afastada do trabalho devido ao período de internação, Tallita acredita que os profissionais da área de comunicação são extremamente suscetíveis à dependência tecnológica. “O smartphone nos dá a possibilidade de ter uma boa câmera, gravar áudio e produzir vídeos, além de fazer uma publicação imediatamente”, comenta. Segundo aponta a pesquisa “Prevalência dos transtornos de ansiedade como causa de afastamento de trabalhadores”, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), contudo, a maior parte dos trabalhadores afastados por ansiedade ganha entre um e dois salários mínimos, sendo principalmente composta por mulheres residentes em áreas urbanas, com idade entre 22 e 45 anos. O estudo conclui que a associação entre baixa renda e ansiedade se dá em decorrência da carência de recursos financeiros para as condições gerais de saúde “e, essencialmente, na saúde mental". "Desse modo, a baixa renda relaciona-se ao elevado índice de transtornos mentais que surgem em decorrência da redução do poder, insegurança e cumprimento de papéis sociais, dentre outros fatores”, acrescenta a análise.

 

“Nossa sociedade não tem como abolir o uso do celular, mas saí de muitos grupos e passei a usar menos, quando delimitei o tempo de trabalho. O WhatsApp faz você viver numa sociedade que está ali num campo que não é físico, você conversa com várias pessoas, mas está sozinho numa sala. Melhor viver a vida real, o que é tangível”, argumenta Tallita.

A psicóloga doutora em saúde mental e professora da pós-graduação do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, Anna Lucia King, esclarece o porquê de a ansiedade ser definida como, ao invés de causa, possível transtorno primário da dependência tecnológica. “As tecnologias são um canal de representação do que já existe na pessoa. Não é a dependência que tratamos, mas o transtorno de origem: ansiedade, depressão e compulsão, por exemplo”, explica. A pesquisadora destaca ainda os prejuízos à postura que podem ser causados pelo uso abusivo do celular. “As pessoas baixam o pescoço, em média, cem vezes por dia, então o pescoço se projeta para frente, o que acaba causando problemas na coluna cervical. Também são comuns problemas na visão e nas articulações”, alerta.

Tallita Marques fala sobre seu processo de dependência com o celular:

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Para Hermano Tavares, afiliado à Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), doutor em psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP) e fundador do ambulatório integrado que trata pelo menos dez condições diferentes de perda de controle, é preciso esclarecer que a dependência tecnológica é um campo que inclui diversas síndromes. “A gente pode estar falando de internet, celular ou videogame, por exemplo. Quem é viciado em tabaco, não necessariamente é em fumo. É importante frisar que a diferença é que, se você vai tratar alguém para tabaco, em geral, a meta é não fumar nunca mais. No caso, do uso da tecnologia, fica cada vez mais difícil, se não impossível”, coloca.

Assim, o Dr. Hermano Tavares defende que o tratamento consista em identificar os contextos em que o uso da tecnologia é desejável, para que a relação do indivíduo com as ferramentas seja transformada e regrada. Primeiro, o paciente passa por uma avaliação psiquiátrica e psicológica, em que o diagnóstico é confirmado. “Depois, é feita outra avaliação mais ampla, para verificação da associação de outros transtornos que podem estar acontecendo conjuntamente e isso ocorre numa proporção variável”, explica o pesquisador. Posteriormente, são tratadas as condições psiquiátricas associadas e a questão da tecnologia, esta última, a partir de grupos psicoterápicos de orientação cognitiva comportamental, uma abordagem focada nos sistemas de significados criados pelos pacientes, que influenciam suas emoções e comportamentos. “É preciso identificar os contextos em que o uso da tecnologia é desejável e pode acontecer dentro de um melhor controle. A proposta não é acabar com a relação da pessoa com a ferramenta, mas fazer com que ele pare de se apoiar nela como uma forma de promover regulação de humor”, destaca.

1- Bom senso para que o uso não se torne abuso no cotidiano; 

2- Fique atento às consequências físicas (como privação de sono, dores na coluna, problemas de visão) e psicológicas (como depressão, angústia, ansiedade) devido ao uso abusivo;

3- Dose a prática de uso de tecnologias no cotidiano. Verifique se seu desempenho acadêmico ou no trabalho estão sendo prejudicados;

4- Reflita sobre seus hábitos cotidianos e faça diferente;

5- Não troque atividades ao ar livre para ficar conectado; 

6- Prefira uma vida social real à virtual, escolhendo relacionamentos/amizades reais ao invés de virtuais;

7- Pratique exercícios físicos regularmente/Faça intervalos regulares durante o uso das tecnologias;

8- Não abale o seu humor com publicações virtuais/não acredite em tudo o que é postado;

9- Valorize suas relações familiares;

10- Pense no meio ambiente, recicle os aparelhos e evite a troca frequente sem necessidade.

Fonte: Instituto Delete

Reportagem integra o especial “Ansiedade”. Produzido pelo LeiaJá, o trabalho jornalístico detalha como a doença afeta pessoas de todo o mundo, bem como mostra as formas de tratamento. Confira as demais matérias:

1 - 'Minha mente é um turbilhão de pensamentos irrefreáveis'

2 - Os brasileiros são os mais ansiosos do mundo

4 - Depressão e ansiedade podem andar juntas

5 - Muito além do divã: tratamento clínico pode ser integrado

Foi divulgado um novo edital para seleção de dois professores para o cargo de Educação Básica, Técnica e Tecnológica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A taxa de inscrição custa R$ 90. Confira o edital.

Para concorrer à vaga na área de Análises Clínicas, é exigido que o candidato tenha graduação em Biologia, Biomedicina, Farmácia ou Medicina Veterinária. Os interessados podem se inscrever entre os dias 7 de março e 5 de abril, na Secretaria Geral de Cursos da Escola Técnica de Saúde, no Campus I da UFPB, em João Pessoa. O horário de funcionamento é das 8h às 12h e das 14h às 17h.

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Já para a vaga na área de Informática com ênfase em Redes de Computadores, o candidato deve ter licenciatura em uma dessas áreas: Ciência da Computação, Computação, Informática, Bacharelado em Ciências da Computação, Sistemas de Informação, Engenharia da Computação ou em Engenharia de Software.

As inscrições podem ser realizadas entre 12 de março e 13 de abril, na Secretaria do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, no Campus III da UFPB, em Bananeiras. O horário de atendimento é das 7h30 às 11h30.

A seleção será feita através de prova escrita objetiva e prova didática, ambos de caráter eliminatório; e por fim exame de títulos, de natureza apenas classificatória.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) inicia seleção para o Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (Edumatec). A inscrição deve ser feita na secretaria do programa, situada no Centro de Educação (CE), no Campus Recife, entre os dias 21 de setembro e 7 de outubro, das 9h às 12h e das 14h às 17h, para ambos os cursos.

Para participar do processo seletivo, o candidato precisa ter graduação em Pedagogia, Licenciatura em Matemática, Informática, Expressão Gráfica, ou áreas afins; e ao doutorado, mestrado na área de Educação Matemática e Tecnológica ou áreas afins. Em ambos os casos, os diplomas devem ser reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). Os editais estão disponíveis na edição 80 do Boletim Oficial da UFPE.

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A instituição oferece 30 vagas para o mestrado e 16 para o doutorado. No caso do mestrado, uma vaga adicional às fixadas será ofertada para os servidores ativos e permanentes da UFPE (docentes ou técnicos). Os candidatos que concorrerem a essas vagas deverão informar essa opção na ficha de inscrição e ser aprovados no mesmo processo de seleção dos demais candidatos.

No ato de inscrição, é necessária a presença do candidato ou de seu procurador, mediante a apresentação de instrumento de mandato com firma reconhecida. A inscrição também poderá ser realizada por correspondência, via Sedex. O resultado final da seleção de doutorado será divulgado em 16 de novembro e da seleção de mestrado, em 30 de novembro.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) assinou, na última sexta-feira (29), protocolo de intenções para promover cooperação científica, tecnológica e cultural com o Instituto Superior de Tecnologias e Ciencias Aplicadas de Cuba (InSTEC). A proposta tem duração de três anos e prevê o desenvolvimento de atividades de pesquisa e ensino no campo das ciências exatas e aplicadas e intercâmbio entre docentes, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação.

De acordo com o reitor Anísio Brasileiro, a UFPE vai disponibilizar de imediato um contrato de um ano para professor visitante nas áreas de ciências exatas, ciência do esporte, pedagogia e matemática, definidas como prioritárias.  “Nós também estamos avançados em algumas áreas do conhecimento e o intercâmbio de conhecimento e de informação vai possibilitar o desenvolvimento de projetos em áreas importantes para as duas instituições”, destacou a reitora do InSTEC, Bárbara Garea Moreda, conforme informações da assessoria de imprensa da UFPE. Na ocasião, estiveram presentes professores da UFPE e representantes das áreas que serão beneficiados com o acordo e da diretora de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Jardelina Nascimento.

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O Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (Edumatec) está com inscrições abertas para o processo seletivo e ingresso no corpo discente do curso de mestrado. São oferecidas 30 vagas e podem se candidatar portadores de diploma ou certificado de conclusão de cursos de graduação plena na área do programa: Pedagogia, Licenciatura em Matemática, Informática, Desenho e Plástica ou áreas afins, reconhecido pelo Ministério da Educação ou autorizado pela Universidade. O edital foi publicado no Boletim Oficial da UFPE.

A inscrição deve ser feita na secretaria do programa, situada no Centro de Educação (CE) do Campus Recife até 30 de setembro, em dias úteis, no horário das 9h às 12h e das 14 às 17h, pessoalmente ou por procurador. A inscrição também poderá ser realizada por correspondência (via Sedex), conforme regras do edital. Além das 30 oportunidades disponibilizadas, há uma vaga adicional para os servidores da UFPE aprovados no processo seletivo. A Universidade Federal de Pernambuco fica localizada na Avenida Acadêmico Hélio Ramos, sem número, Cidade Universitária, no Recife. 

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A crise econômica internacional não tirou da inovação o status de prioridade entre os países desenvolvidos e parte dos emergentes, avaliou nesta quinta-feira (1º) o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Ele acredita que essa insistência elevará essas nações a um patamar diferenciado.

"Está nascendo um processo de transformação, que ainda não é evidente e que vai diferenciar um conjunto de países que têm perseverado no apoio e no avanço da inovação", destacou ele no lançamento da pesquisa Barômetro da Inovação, feita pela multinacional General Eletric (GE).

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Coutinho disse que o Brasil é um caso de país atrasado na inovação, por ter uma estabilização da economia recente. "Foram 30 anos de uma altíssima instabilidade em que era impossível para o setor privado enxergar além de um ou dois anos".

Atualmente, na visão dele, o Brasil organizou o sistema de ciência e tecnologia, com a Lei do Bem e a Lei da Inovação, e dispõe dos mesmos instrumentos de apoio à inovação que os países desenvolvidos. Apesar disso, ele destacou que é preciso "dobrar o esforço de inovação do setor privado, que em outros países corresponde de dois terços a 80% dos investimentos".

"O sistema brasileiro está muito encapsulado. Ele precisa disponibilizar mais recursos diretos que façam o papel catalisador da energia privada. É insubstituível a liderança do setor privado".

Apesar da redução da participação da indústria no Produto Interno Bruto de muitos países, entre eles o Brasil, o presidente do BNDES destacou o papel do setor na inovação: "Se olharmos por dentro, vamos ver que o papel da indústria não se modificou. Ela contribui com mais de 70% dos investimentos em inovação".

De acordo com a pesquisa realizada pela GE com 3,1 mil executivos das maiores empresas de 25 países, 95% dos entrevistados brasileiros disseram que a inovação é uma prioridade estratégica para suas empresas.

O Brasil foi apontado como ambiente positivo para a inovação por 30% dos entrevistados, o 17º melhor resultado. Quando os entrevistados foram os próprios brasileiros, 43% avaliaram que o cenário nacional favorece a inovação.

Os dez países mais bem avaliados globalmente foram: Alemanha (85%), Estados Unidos (84%), Japão (81%), Coreia do Sul (70%), Reino Unido (69%), Suécia (66%), China (66%), Cingapura (63%) e Suíça (60%). A Índia aparece na lista em 12º, com (55%), a Rússia, em 18º, com 29%, e a África do Sul, em 23º, com 20%. A Nigéria, com 5%, foi a última colocada.

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