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Um adolescente de 17 anos morreu afogado, no início da noite desse domingo (28), em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis (SC). João Gustavo Barbosa Cândido andava de bicicleta quando um temporal atingiu a região, causando o transbordamento do Rio Imaruí, que corta a cidade. O jovem foi arrastado por uma enxurrada, e seu corpo foi encontrado na madrugada desta segunda-feira (29).

“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de João Gustavo Barbosa Cândido, ocorrido nesta noite, vítima das intensas chuvas que assolam nossa cidade. Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas mais sinceras condolências às famílias enlutadas”, manifestou a prefeitura de São Pedro de Alcântara, que decretou três dias de luto municipal.

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Além de uma morte, a forte chuva causou estragos em São Pedro de Alcântara. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido e, de acordo com a prefeitura, só foi reestabelecido na manhã de hoje.

O deslizamento de uma encosta afetou o tráfego de veículos na altura do quilômetro 14 da rodovia SC-281, no bairro de Santa Teresa, por onde apenas veículos de pequeno porte conseguem transitar pelo acostamento. Ruas ficaram sob a água, o sistema de telefonia está instável e ao menos uma casa de madeira foi atingida por um deslizamento de terra. O imóvel foi destruído, mas, os moradores já tinham deixado o local.

Em Jaraguá do Sul, cerca de 200 quilômetros ao norte de São Pedro de Alcântara, a chuva causou, segundo a prefeitura, “transtornos pontuais, incluindo alagamentos em algumas regiões da cidade”. De acordo com a Defesa Civil municipal, choveu cerca de 50 milímetros em apenas uma hora, “um grande volume, em um curto espaço de tempo”. Não há, contudo, até o momento, registro de feridos, desabrigados ou desalojados.

Sinais de alerta

Em nota, o diretor da Defesa Civil municipal, Hideraldo Colle, pediu que a população fique atenta a possíveis sinais de alerta que possam indicar riscos de deslizamentos, pois, embora a chuva tenha dado uma trégua em toda a região esta manhã, o solo está encharcado e instável.

“As pessoas devem observar possíveis rachaduras nas paredes das casas, depressões nos terrenos ou inclinação de troncos de árvores e postes. Estes são sinais de que poderá ocorrer um deslizamento na área”, disse.

Segundo a Defesa Civil estadual, o temporal que atingiu a Grande Florianópolis foi consequência da influência de um chamado Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (Vcan) que - em conjunto com um sistema de alta pressão em superfície - afetou as condições do tempo em todo o centro-sul do país.

Ainda de acordo com o órgão estadual, o Vcan já começou a se afastar, mas embora a segunda-feira tenha começado com predomínio do sol, à tarde devem voltar a ocorrer pancadas de chuva e temporais isolados em algumas localidades, especialmente no litoral e Vale do Itajaí. Há risco de alagamentos, enxurradas, danos à rede elétrica e destelhamentos.

A forte tempestade que atingiu a região de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na noite desta terça-feira, 16, causou estragos em diversos pontos da capital gaúcha. Segundo a prefeitura, o impacto incluiu quedas de árvores, alagamentos, falta de luz e diversos hospitais alagados, alguns destelhados e temporariamente inutilizáveis, inclusive UTIs. Não havia registros de mortos ou feridos até a publicação desta matéria.

O Inmet (Instituto Nacional de Metereologia) alertou que até a manhã desta quarta-feira, 17, o Estado enfrentará chuvas intensas, alguns temporais com raios, queda de granizo e rajadas de vento. Até o momento já foram emitidos dois alertas vermelhos e um laranja para os temporais na região.

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Por volta das 22h de terça, quando a chuva chegou à região, cerca de 20 bairros ficaram sem energia, o que afetou casas de bombas de drenagem e estações de abastecimento. A prefeitura comunicou falta de energia elétrica nas Estações de Bombeamento de Água Bruta (Ebabs) São João e Moinhos de Vento e informou que sem previsão de reabastecimento, 51 bairros serão atingidos pelo desabastecimento.

A CEEE-Equatorial ainda não havia divulgado informações sobre número de imóveis afetados até a última atualização desta reportagem.

O Metsul informou que locais como o Aeroporto Salgado Filho registrou vento de 89 km/h, assim como o Jardim Botânico. Em Canoas, na base aérea, o vento chegou a 107 km/h. Segundo a instituição, uma hora de chuva atingiu metade da média histórica de precipitação de janeiro inteiro na cidade, que é de 120,7 mm.

Até às 5h40 desta quarta-feira, a Defesa Civil havia registrado 30 ocorrências desde o início do temporal para destelhamentos e quedas de árvore sobre residências, 36 vias que ficaram alagadas, 27 postes que cederam e 150 árvores caídas, muitas sobre carros.

Imagens compartilhadas pela prefeitura no Twitter mostram alguns dos chamados, em um deles, uma árvore de grande porte estava caída sobre a via e sobre um veículo na rua Conde de Porto Alegre.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação, que gere a mobilidade urbana da capital, registrou 21 ocorrências devido às chuvas, sendo sete com bloqueio total da via por acúmulo de água e seis por queda de árvore.

Algumas vias chegaram a registrar água a 60 centímetros de altura, provocando inviabilidade na passagem de veículos; uma delas é a saída da Avenida Castelo Branco.

Pelas redes sociais, moradores registraram vídeos onde alagamentos tomam conta das vias em altura considerável e afetam carros que estavam estacionados, alguns chegam a ter o alarme disparado e boiam na água.

Diversos hospitais do Estado são atingidos

A Secretaria Municipal de Saúde informou que cerca de 12 unidades, entre hospitais, unidades de pronto atendimento e institutos médicos, foram atingidos pelas chuvas desta madrugada.

Na capital, um dos mais afetados foi o Hospital São Lucas da PUC, onde o telhado foi arrancado e o teto de dois leitos de UTI desabaram, fazendo com que os pacientes fossem remanejados.

A emergência e o Centro de Diagnóstico por Imagem do hospital também sofreram com alagamentos e dez leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão temporariamente inutilizados. Segundo a secretaria, cirurgias devem ser restringidas ou suspensas nos próximos dias até o restabelecimento do local.

Em outros locais, como o Hospital de Pronto Socorro, o problema foi o retorno da rede de esgoto dentro da unidade, e no auditório do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas os vidros foram quebrados pela ventania. Ambos também registram pontos de alagamentos.

Diversos outros hospitais também registraram alagamentos, infiltrações e falta de energia,

Interior do Estado

Outras cidades e regiões do Rio Grande do Sul também foram afetadas pelas chuvas, incluindo rodovias espalhadas pelo Estado. Segundo Comando Rodoviário da Brigada Militar, ao menos quatro rodovias estaduais tiveram bloqueio total, enquanto outras seis apresentaram bloqueios parciais.

A BR-448, próximo à Arena do Grêmio, teve queda de uma estrutura metálica que provocou a interrupção trânsito. Nas rodovias como ERS 420, em Aratiba, e ERS 431, em São Valentim do Sul, a pista cedeu. Outras rodovias tiveram erosão e quedas de árvores.

Dentre as cidades afetadas pelos fortes ventos e a chuva intensa, estão Santa Maria, São Vicente do Sul, Uruguaiana, São Gabriel e Dom Pedrito que registraram casos de desabamentos em estradas, destelhamento de residências e hospitais.

O Rio Grande do Sul voltará a enfrentar temporais nesta semana. De acordo com alerta divulgado pelo governo estadual, os ventos podem passar de 70 quilômetros por hora nesta terça-feira (16) nas regiões de Campanha, no sul, sudeste e centro do estado, além da região metropolitana de Porto Alegre e litoral.

Para dias seguintes, estão previstas chuvas intensas, raios, mar agitado, risco de ressaca e até eventual queda de granizo por causa de uma frente fria vinda do oceano. O alerta vale também para áreas de Santa Catarina.

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“A instabilidade perde força a partir da quinta-feira (18), quando o sistema de baixa pressão atmosférica se desloca para o mar, mas ainda deixa o tempo instável entre Santa Catarina e no Paraná, especialmente nas áreas do leste e norte desses estados”, diz informe do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O que fazer

A Defesa Civil recomenda que a população verifique condições dos telhados para possíveis reparos. Durante as chuvas, a orientação é ficar em segurança, retirar eletrônicos das tomadas e fechar bem portas e janelas.

Sem luz

As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no domingo (14) provocaram diversos estragos e deixaram milhares de moradores sem luz.

De acordo com a RGE, uma das concessionárias de energia que operam no estado, 160 mil usuários ficaram no escuro durante o pico do temporal na noite de domingo. Desse total, o fornecimento foi restabelecido para 135 mil clientes e 25 mil continuavam sem energia até as 17h40 desta segunda-feira (15).

A maioria dos usuários fica nas regiões metropolitana, Vale do Sinos, Vale do Taquari e Serra.

Segundo a empresa, o serviço foi interrompido por causa da queda de galhos, árvores e objetos na rede elétrica devido à forte ventania.

A tempestade que atingiu a Argentina no fim de semana provocou 13 mortos na cidade portuária de Bahía Blanca, no sul da Província de Buenos Aires. Com os fortes ventos, que atingiram cerca de 150 quilômetros por hora, vários voos foram cancelados e um avião foi arrastado.

As vítimas foram surpreendidas pela tempestade durante uma competição de skate em um clube quando o telhado desabou. "Com grande pesar, 13 mortes foram confirmadas até o momento. Pedimos à comunidade que tome extremo cuidado e não circule nas vias públicas", escreveu Federico Susbielles, prefeito da cidade, em sua conta no X (antigo Twitter). Outras 14 pessoas ficaram ferida e equipes de resgate vasculhavam os escombros para avaliar a extensão da tragédia.

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O presidente argentino, Javier Milei, disse que lamentava profundamente as mortes e orientou que as pessoas em áreas de risco permaneçam em casa. O governo afirma que monitora a situação e trabalha junto com as autoridades locais para prestar assistência às vítimas e conter os estragos causados pela tempestade.

Na manhã deste domingo (17), Milei esteve na Bombonera, o estádio do Boca Juniors, para votar na eleição do clube argentino. O presidente visitou Bahía Blanca acompanhado por uma comitiva presidencial para avaliar os prejuízos. Ele foi criticado por usar um uniforme militar.

A destruição foi generalizada: árvores arrancadas, postes tombados e telhados destruídos se espalharam pelas ruas argentinas. O mau tempo se espalhou também para pequenas cidades próximas, com fortes rajadas de vento e queda de granizo.

AVIÃO

Um vídeo que circulou domingo nas redes sociais mostrou que um Boeing da Aerolíneas Argentinas, que estava parado na pista do aeroporto Jorge Newbery, o segundo mais movimentado de Buenos Aires, foi levado pela ventania, girou no próprio eixo e derrubou a escada de embarque.

Buenos Aires também foi atingida por ventos que passaram de 140 quilômetros por hora, fortes chuvas e cortes de energia elétrica na manhã de ontem, informou o prefeito Jorge Macri. Já a cidade de San Isidro, 20 quilômetros ao norte da capital argentina, ficou parcialmente isolada em razão da queda de árvores. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de São Paulo aplicou, por meio do Procon, uma multa de R$ 12,7 milhões à Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia na capital, pela interrupção prolongada do serviço. No início do mês, diversas regiões da cidade ficaram às escuras após uma forte chuva. Alguns imóveis chegaram a ficar quatro dias sem luz.

Procurada, a companhia não se manifestou até a publicação desta reportagem. Na decisão, o órgão atribui à empresa o descumprimento do Código de Defesa do Consumidor devido à queda de energia por mais de 48 horas seguidas. A sanção foi imposta com base em reclamações registradas na plataforma Procon-SP Digital e em postos de atendimento presencial desde o último dia 3, quando houve o temporal.

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A empresa chegou a ser notificada e apresentou argumentos. Naquele dia, a chuva provocou a queda de árvores, que caíram sobre fios e, em alguns casos, derrubaram postes.

O governador Tarcísio de Freitas tem evitado culpar a Enel e propôs alterações no modelo de contrato firmado entre empresas do setor e a União, ente detentor do poder concedente e que firma tais acordos.

Cinco dias após o temporal que deixou 2,1 milhões de imóveis da capital sem luz, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta quarta-feira (8) que a prefeitura vai processar a Enel, concessionária de eletricidade na capital, pela demora para restabelecer o fornecimento. Nunes também disse que a empresa "está mentindo" ao afirmar que a Prefeitura não está removendo árvores caídas. Ele fez a afirmação em entrevista à CNN e também na rede social X (ex-Twitter).

"Eu queria dizer com todas as letras: men-ti-ra, men-ti-ra", afirmou o prefeito em entrevista à CNN, separando as sílabas. "É irresponsabilidade falar isso (que a prefeitura não está removendo as árvores caídas). É muito óbvio que, para que a gente tenha um funcionário nosso fazendo o corte da árvore, é preciso que a Enel tire a energia, porque senão toma um choque e corre risco de vida", continuou o prefeito.

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Na rede X, ele postou: "Enel está mentindo. É irresponsabilidade da Enel dizer que a Prefeitura não está removendo as árvores caídas. Tenho uma lista de árvores que a Prefeitura não pode retirar antes de a concessionária desligar o sistema de energia. Nossos funcionários não podem correr risco de serem eletrocutados." Consultada pelo Estadão, a Enel informou que não vai se manifestar sobre as críticas feitas pelo prefeito.

Durante a entrevista à CNN, Nunes também exibiu uma lista com 30 endereços onde existem árvores caídas que, segundo ele, não podem ser removidas enquanto a Enel não desligar a energia naquele local. O prefeito afirmou ter encaminhado a relação à concessionária e estar esperando que a empresa atue para permitir a remoção das árvores. "Não dá para as pessoas ficarem criando factoides, não sendo verdadeiras numa situação dessa, todo mundo sofrendo, ainda ficar colocando desculpas", seguiu o prefeito.

Nunes contou que a prefeitura vai impetrar uma ação na Justiça pedindo indenização à Enel por danos morais coletivos pela demora na religação da eletricidade. "A gente teve esse problema na sexta-feira e no sábado logo de manhã eu procurei os diretores da Enel e não havia um prazo (para restabelecer o fornecimento). A gente exigiu, foi dado o prazo de terça-feira e não foi cumprido, ainda tinha 30 mil consumidores sem energia. Uma vez não cumprido o prazo, vai haver o ingresso da ação judicial", disse.

O prefeito informou que também notificou o Procon e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a demora. "O prejuízo foi muito grande, no trâmite da ação serão designados peritos para apurar qual é o valor (da indenização pedida à Justiça)."

A Enel São Paulo informou por volta das 22h desta terça-feira (7) que restava normalizar o fornecimento de energia para cerca de 30.200 clientes que foram impactados pelo vendaval na última sexta-feira (3), o que representa 1,43% do total de consumidores afetados.

A companhia afirma que está atuando com mais de 3 mil técnicos nas ruas e que "têm trabalhado de forma incansável para reconstruir trechos inteiros da rede elétrica, garantindo a energia para todos".

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Um policial militar foi baleado, nessa terça-feira (7), durante manifestação de moradores sem energia elétrica na avenida Giovanni Gronchi, na região do Morumbi, na zona sul de São Paulo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a bala atravessou a perna do PM, que foi levado a um hospital para atendimento médico. Não foi informado o seu estado de saúde.

Ainda de acordo com a SSP, a Polícia Militar acompanhava o protesto quando a avenida começou a ser bloqueada após os moradores colocarem fogo em objetos. Os policiais relataram que alguns manifestantes portavam "coquetéis molotov" e se protegeram atrás de escudos.

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Na última sexta-feira (3), um temporal provocou a queda de centenas de árvores na cidade, derrubando o fornecimento de energia elétrica em grande parte da capital - mais de 2 milhões de endereços chegaram a ficar sem luz. No final a noite desta terça-feira, a falta de energia ainda afetava moradores da capital. Mais de 30 mil endereços continuavam sem luz em São Paulo, de acordo com boletim divulgado pela Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade.

As fortes chuvas deixaram ao menos oito pessoas mortas no Estado. Mais de 40 municípios, incluindo a capital paulista, tiveram ocorrências por queda de árvores. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências de acordo com as defesas civis e o Corpo de Bombeiros em todo o Estado.

Após uma semana ilhado em uma região de mangue da cidade de Iguape, no Vale do Ribeira, litoral de São Paulo, o golden retriever Max, de quatro anos, foi resgatado por seus tutores. O cachorro desapareceu após as fortes chuvas que chegaram ao estado na última semana provocarem um aumento de oito metros no nível do Rio Ribeira, que corta uma região de mata. 

O resgate foi filmado por um drone (veja abaixo) e publicado em um perfil de notícias de Ilha Comprida, cidade vizinha a Iguape. “Ele estava a aproximadamente 1 km dentro do mangue e da mata com água. O meu cunhado falou que o encontrou só com a cabecinha de fora. Graças a Deus, voltou para gente”, disse a tutora de Max, ao G1. 

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No último domingo (5), os cuidadores do cachorro foram levar comida para uns animais em uma região conhecida por Rocio, em uma área de mangue, onde já haviam ido seis vezes procurar por Max. Aline afirmou que insistiu em buscar pelo pet na localidade "por intuição" e que na última tentativa, finalmente ouviu o latido do cachorro em resposta a um chamado seu.  

Jeferson e Netho, marido e cunhado de Aline, respectivamente, entraram no mangue e resgataram Max. De acordo com a tutora, o cachorro estava em estado de choque, muito magro e com as patas machucadas, provavelmente por ter ficado muito tempo embaixo da água. O golden precisou ficar em observação em uma clínica veterinária por um dia e já está em casa se recuperando. 

 

Mais de 72 horas depois do temporal que causou apagão em São Paulo, ao menos 315 mil imóveis seguiam sem luz nesta segunda-feira (6) - com previsão de restabelecimento apenas nesta terça (7). Após uma reunião de cerca de três horas no Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que as concessionárias vão estudar opções para ressarcimento de moradores e de melhoria nos canais de atendimento à população. Além disso, será montado um grupo de trabalho no âmbito da Aneel (agência federal) para acompanhar as ações e adequar os serviços a eventos extremos.

Mais cedo, o governador paulista havia acenado com "um TAC (termo de ajustamento de conduta) para que a gente possa facilitar a vida desse cidadão (prejudicado pelo apagão), porque não seria razoável que esse cidadão entre num caminho ordinário de atendimento e acabe não tendo resposta", disse. À noite, não detalhou o que pode ser feito. "Não adianta pensar no que passou", disse. Segundo ele, eventos extremos serão cada vez mais recorrentes, "estão aí e vieram para ficar". E salientou a importância de se criar planos de contingência para evitar novas crises.

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Conforme Tarcísio, o "grande vilão" da crise foi a quantidade de árvores, que, por falta de manejo adequado, caíram na rede aérea. "Um plano de manejo arbóreo é uma das soluções mais baratas e efetivas para lidar com o problema", disse. Um projeto será enviado para Assembleia Legislativa para lidar com a questão, adiantou. Antes, ele evitou culpar a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia na capital paulista, pela falta de luz em diversos bairros.

Mas propôs alterações no modelo de contrato firmado entre empresas do setor e a União, ente detentor do poder concedente e que firma tais acordos. "Foi um fato extraordinário. Agora, eu acho que algumas medidas deixaram de ser tomadas ao longo do tempo. O contrato eventualmente não tem as servidões que deveria ter. A gente precisa olhar para trás para ver como estabelecer a normalidade o mais rápido possível e olhar para frente para garantir que isso não aconteça novamente", afirmou, após participar de um painel do BTG Pactual Macro Day com governadores.

Na conta da distribuidora ficou, porém, o problema de comunicação. Segundo o governador, o contato com a empresa precisa ser mais "azeitado". Tarcísio afirmou que durante encontro com as distribuidoras esse foi um ponto de discussão. O dirigente afirmou que há esforço por parte das concessionárias de investir em redes de comunicação e torná-las mais inteligentes.

Sabesp

Ele ainda evitou durante o dia qualquer ligação do problema com a privatização da Sabesp. Conforme o governador, o contrato estudado para a privatização da Sabesp tem um modelo "absolutamente diferente" daquele adotado no setor elétrico. "Não é um contrato aberto, não é um contrato frouxo. É um contrato muito descritivo em termos de servidões", disse.

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, informou que vai notificar a concessionária de energia elétrica em São Paulo, a Enel, para explicar a interrupção no fornecimento de luz. O Ministério Público de São Paulo também abrirá uma apuração.

Sofrimento

Entre os moradores que enfrentam transtornos estão pacientes que dependem de aparelhos ligados à rede de energia elétrica para continuar o tratamento médico. Um dos pacientes é Pedro Ducati Lima, de 12 anos, que mora na Vila Invernada, zona leste paulistana. Por causa da atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1, sua casa tem uma UTI domiciliar. Ele não respira, não engole e não se mexe sozinho, mas as funções cognitivas estão preservadas.

Por isso, o menino precisa de ventilação mecânica para respiração, do aspirador de secreção pulmonar e de uma bomba de infusão para se alimentar, além de um colchão pneumático para evitar escaras. Também faz parte do cuidado permanente um aparelho para fisioterapia respiratória. "Quando perdemos a energia elétrica, nós perdemos tudo isso", diz a mãe, Cristiane Graziela Ducati, de 49 anos.

A saída foi deslocar o paciente para a casa da avó, no bairro da Vila Diva, também na zona leste, ou simplesmente levar os aparelhos para serem recarregados lá emergencialmente. Outra preocupação era recarregar os aparelhos celulares para continuar em contato com a Enel. "Além de todo esse transtorno, nós tivemos o desgaste emocional. Ficamos muito preocupados. E se faltar energia na casa da minha mãe?"

Outro paciente com tratamento comprometido é William Ferreira de Oliveira, de 29 anos. O rapaz vive com mucopolissacaridose (MPS III-A), doença rara genética causada pela falta de um tipo de enzima e que leva à regressão neurológica. Recentemente, ele ficou dois meses na UTI.

William utiliza BiPAB, aparelho eletrônico que funciona como um respirador artificial. O drama foi relatado pela mãe Patrícia Ferreira nas redes sociais, durante o final de semana. O abastecimento de energia em sua região, no Jardim Santa Margarida, zona sul de São Paulo, já foi normalizado. "Minha luta começou na sexta-feira à tarde. Passei à luz de velas. Foram 36 horas sem luz ligando para a Enel e tentando um nobreak (equipamentos de proteção à rede). Mas na hora que você mais necessita ninguém ajuda. É muito difícil ter um filho acamado. Sou cuidadora. Tudo tem de ser com muita luta", lamenta Patrícia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta segunda-feira (6), que pretende recorrer à Justiça já na quarta-feira (8), caso a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade de São Paulo, não normalize o serviço nesta terça-feira (7).

Até as 20h30 desta segunda-feira, cerca de 300 mil clientes ainda continuavam às escuras na Grande São Paulo, de acordo com boletim divulgado pela Enel. No sábado (4), um dia após o temporal que provocou a queda de centenas de árvores na cidade e derrubou o fornecimento de energia em vários pontos da capital, a empresa anunciou que o serviço seria majoritariamente restabelecido até esta terça-feira.

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"Vou entrar na Justiça porque eles fizeram um compromisso público comigo de restabelecer a energia até terça. Eu não tenho o poder de fiscalização, já que eles são regidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Portanto, se não cumprir o prazo, vou entrar na Justiça", afirmou o prefeito após reunião com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o diretor da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa, e representantes de concessionárias, entre elas a Enel.

Em nota no início da noite, antes da ameaça de Nunes de entrar na Justiça, a Enel já havia anunciado que atua para cumprir o prazo. "Os profissionais da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes até esta terça-feira", afirmou.

Segundo o governador, outro foco da reunião foi definir um plano de ressarcimento por causa dos prejuízos causados pelo apagão. "A Aneel vai atuar com as concessionárias, com as distribuidoras de energia para fazer o ressarcimento pelas interrupções de energia", disse. "Esse ressarcimento já é regulado, já é uma coisa que já acontece, o que nós pedimos é agilidade."

Conforme Tarcísio, a proposta da gestão estadual é ter um plano especial para isso. "Algo que saia do rito ordinário e seja tratado como uma questão extraordinária", disse. O prazo pedido pelas concessionárias para estudar a questão é de 30 dias.

Alvo de críticas

A Enel tem sido alvo de críticas de consumidores desde quando assumiu a concessão do fornecimento de energia na capital e outros 23 municípios de São Paulo em 2018.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito investiga, na Assembleia Legislativa (Alesp), o serviço prestado pela Enel. Diante do apagão dos últimos dias, outro pedido de abertura de CPI foi requerido na Câmara Municipal, mas não está definido se será acatado pelos vereadores.

A Enel SP é a campeã no total de pedidos de informações e reclamações na Aneel, com 60,9 mil chamados em 2022, dos quais 12,4 mil por falta de energia. Desde que assumiu o contrato, o auge foi em 2019, com 30,7 mil contatos por interrupção no fornecimento. Somente em novembro deste ano, mais de 3,6 mil chamados contra a Enel foram abertos na ouvidoria da Aneel.

Em 2019, como mostrou o Estadão, o alto volume de reclamações em diferentes âmbitos (com demora de até três dias para a resolução) levou o Ministério Público a abrir um inquérito. O Procon-SP e o Idec também notificaram a concessionária à época. O alto volume de queda de árvores (cerca de 600) foi uma das justificativas então apresentadas pela Enel.

Situação semelhante também se repetiu no ano passado. A Enel foi notificada pelo Procon-SP pela falta de energia por mais de dois dias em diversos bairros paulistanos. À época, a concessionária falou em se tratar um "verão atípico".

O volume de reclamações também é expressivo na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). No último relatório anual, a Enel representou 60,5% (23,4 mil) das reclamações embora atenda a 38,5% (8,1 milhões) das unidades consumidoras do Estado.

Enel diz ter ampliado investimentos

A Enel São Paulo informou em nota que seus indicadores de qualidade estão em patamares melhores do que as metas regulatórias e que, desde a aquisição da Eletropaulo, realiza média anual de investimentos de R$ 1,3 bilhão, ante R$ 800 milhões por ano investidos anteriormente.

Neste ano, a resposta de recuperação da rede está mais efetiva do que em 2019, quando a capital foi atingida por fortes chuvas. Segundo a empresa, após a ventania, 960 mil clientes tiveram o fornecimento normalizado em 24 horas.

Índice de efetividade e solução demandas

Diretor de assuntos jurídicos do Procon-SP, Robson Campos relata, após o último temporal, um pico com 300 reclamações sobre as concessionárias de energia Enel, CPFL, Energisa, Elektro e EDP, que foram notificadas nesta segunda-feira para enviar informações sobre providências tomadas para atender às ocorrências, funcionamento do atendimento ao consumidor e outros dados.

"Esses números são um indício da necessidade de atuação do órgão para mediar esses problemas. Queremos explicações diante do grande volume de consumidores afetados", afirmou. A Enel foi a segunda colocada no quadro geral reclamações do Procon paulista em 2022. "O ranking é mais uma forma de acompanhamento do índice de efetividade e solução demandas", explica Campos.

Diversos relatos nos últimos dias apontaram dificuldade de contato com o SAC da Enel, por telefone e até meios digitais. A concessionária justificou que problemas ocorreram pela alta demanda.

Especializado no setor de energia, o advogado Urias Martiniano Neto aponta que o episódio mais recente demonstra a necessidade de evolução no atendimento do serviço e de uma análise criteriosa sobre a demora na solução. "Não se pode admitir que uma cidade desse tamanho fique sem energia por tanto tempo. Em hipótese alguma poderia acontecer ainda que tenha ocorrido de fato a chuva."

O especialista diz que o momento também é de discutir as métricas e a forma de avaliação da eficiência.

A distribuidora Enel São Paulo informou que a energia foi restabelecida para mais de 90% dos clientes afetados pelo apagão decorrente da tempestade que atingiu São Paulo na última sexta-feira (3). Cerca de 200 mil unidades consumidoras, das 2,1 milhões impactadas, ainda aguardam a retomada do serviço nesta terça-feira (7).

Em nota, a empresa afirmou ter colocado quase três mil profissionais nas ruas para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para "quase a totalidade dos clientes" ainda nesta terça. Disse ainda que, devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação se dá de forma gradual.

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"Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais", completou. A distribuidora reforçou ainda que o vendaval que atingiu a área de concessão na sexta-feira "foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição".

As chuvas fortes se tornaram motivo de angústia para o professor de idiomas Marco André Briones, que viveu mais da metade dos seus 55 anos em Moema, zona sul de São Paulo. Há oito meses, Briones viu da janela do seu apartamento, no 14.º andar, o momento em que a aposentada Nayde Pereira Capelano, de 88 anos, morreu em um alagamento, dentro do carro, na Rua Gaivota. Neste final de semana, ele sofreu com os transtornos causados pelo vendaval de sexta-feira e que ainda deixam mais de 400 mil pessoas sem energia elétrica na capital.

A Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para 83% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. Até o momento, cerca de 1,7 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de 2,1 milhões afetados na última sexta-feira.

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"Quando começa a chover. Eu fico desesperado. Eu não saio de casa e fico ligando para amigos e vizinhos para saber se todos chegaram e estão bem", conta.

No episódio trágico do dia 9 de março e que não sai da cabeça dos moradores, o carro de Nayde ficou submerso durante a forte chuva. A vítima sofreu uma parada cardiorrespiratória.

O alerta de chuvas fortes também assusta a professora Karina Barone, de 50 anos. "Ninguém mais fica tranquilo quando chove", confessa.

Nesta segunda-feira, 6, o cruzamento das ruas Gaivota e Rouxinol, local da tragédia do início do ano, parecia um canteiro de obras. Os sinais do vendaval ainda eram evidentes três dias depois. Funcionários da concessionária Enel faziam reparos na fiação enquanto a Prefeitura tentava retirar o tronco da árvore que desabou. Alguns estabelecimentos tinham luz; outros, não. E os semáforos estavam desligados em vários quarteirões.

De acordo com a Enel, o vendaval que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. A previsão de normalização do fornecimento para quase a totalidade dos clientes é nesta terça-feira , conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo.

Em outros pontos da cidade, as árvores ainda não foram retiradas, o que aumenta o temor de novos transtornos. É o caso da rua Itajará, na Vila Andrade, também na zona sul. O tronco gigantesco tombou postes, interditou a rua e comprometeu a estrutura dos muros de dois condomínios, um de cada lado da rua. Equipes da Enel informaram que aguardam uma autorização para retirar o tronco, que bloqueou o trânsito.

Enquanto isso, moradores ocupavam a esquina com a rua José Ramon Urtiza, perto da Avenida Giovanni Gronchi, cobrando uma solução. Há relatos de moradores sobre falta de funcionários da empresa para desernegizar as redes atingidas por árvores e acelerar o trabalho da prefeitura de liberação das ruas. A Enel informa que, "devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual", com prioridade para os casos mais críticos, como serviços essenciais.

"Não temos condições físicas nem psicológicas de trabalhar. Pode acontecer algo ainda pior", diz o empresário Diogo Machado, de 41 anos.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tentou se desvencilhar dos problemas relacionados à Enel Distribuição e voltou a defender a privatização da Sabesp. Neste final de semana, fortes chuvas levaram à interrupção na distribuição de energia na capital paulista, que já dura mais de 70 horas, e levantou críticas da população e da oposição à privatização da companhia de saneamento.

O governador, que pretende avançar com a privatização da empresa ainda neste ano, defendeu que o contrato feito para o processo não será "frouxo", diferente do acordo de concessão federal do serviço de distribuição de energia elétrica.

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"A gente tem que entender que esses contratos da energia elétrica já são contratos bem mais antigos, né? São licitações que foram feitas lá atrás, você não tem lá uma clareza de metas, uma clareza de servidões por parte concessionária, então isso não tá claro como estará no contrato da Sabesp, por exemplo", disse o governador nesta tarde, durante lançamento do Programa 'Prontos Pro Mundo'.

Um dos argumentos do dirigente estadual é que, no modelo de privatização da Sabesp, o Executivo vai manter uma participação na empresa. "É um modelo absolutamente diferente desse modelo do setor elétrico", voltou a dizer.

Tarcísio disse ainda que o processo de privatização da empresa está dentro do prazo, "nem adiantado nem atrasado, nem correndo muito nem andando devagar, nós estamos no tempo adequado", disse. Segundo ele, deputados estaduais têm proposto emendas que "fazem sentido" para o projeto e que serão incorporadas no texto final do projeto.

Enel

Na tentativa de se desvencilhar do problema causado pelo falta de energia, Tarcísio citou uma dificuldade de comunicação com a empresa, dizendo que sentiu falta dela "mais próxima dos cidadãos e dos prefeitos". Segundo ele, os atuais contratos de concessão de energia foram firmados com a União. "Esse contrato não é com o governo e, tampouco, está com a prefeitura."

Tarcísio também afirmou que o governo pretende propor um termo de ajustamento de conduta às concessionárias para que elas assumam responsabilidade pelos prejuízos provocados aos consumidores. "Não seria razoável que esse cidadão entre num caminho ordinário para ter o ressarcimento", pontuou.

Entre os moradores que enfrentam transtornos com a falta de energia na capital paulista nesta segunda-feira, 6, estão pacientes que dependem de aparelhos ligados à rede de energia elétrica para continuar o tratamento médico.

Cerca de 500 mil endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo e na região metropolitana. A Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira.

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Um dos pacientes é Pedro Ducati Lima, de 12 anos e que mora na Vila Invernada, zona leste da capital. Por causa da atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, sua casa tem uma UTI domiciliar. Ele não respira, não engole e não se mexe sozinho, mas as funções cognitivas estão preservadas.

Por isso, o menino precisa de ventilação mecânica para respiração, do aspirador de secreção pulmonar e uma bomba de infusão para se alimentar, além de um colchão pneumático para evitar escaras. Também faz parte do cuidado permanente um aparelho para fisioterapia respiratória. "Quando perdemos a energia elétrica, nós perdemos tudo isso", conta Cristiane Graziela Ducati, de 49 anos.

A saída foi deslocar o paciente para a casa da mãe, no bairro da Vila Diva, também na zona leste ou simplesmente levar os aparelhos para serem recarregados lá emergencialmente. Outra preocupação era recarregar os aparelhos celulares para continuar em contato com a Enel. "Além de todo esse transtorno, nós tivemos o desgaste emocional. Ficamos muito preocupados. E se faltar energia na casa da minha mãe?", questiona.

Sem o tratamento adequado, Grazi conta que Pedro já está com pequenas sequelas, como o aumento da secreção pulmonar que não foi aspirada de forma correta.

Questionada sobre o retorno da energia na zona leste, a Enel Distribuição São Paulo não informa quais bairros permanecem sem energia, mas confirmou que são 500 mil moradores sem energia.

Outro paciente com tratamento comprometido é William Ferreira de Oliveira, de 29 anos. O rapaz vive com mucopolissacaridose (MPS III-A), doença rara genética causada pela falta de um tipo de enzima e que leva à regressão neurológica.

William utiliza BiPAB, aparelho eletrônico que funciona como um respirador artificial. O drama foi relatado pela mãe Patrícia Ferreira, nas redes sociais durante o final de semana. O abastecimento de energia em sua região, no Jardim Santa Margarida, região da zona sul de São Paulo, já foi normalizado.

A mãe conta que precisou recarregar o aparelho em algumas casas de vizinhos da região e também no shopping mais próximo. Se o problema persistisse, William teria que ser hospitalizado. "Tudo do meu filho é ligado na energia elétrica. Eu pago energia para ter e não tenho. Cadê o suporte da Enel?. Meu filho precisa dos aparelhos ligados para sobreviver", diz a senhora de 50 anos.

Concessionária afirma que restabeleceu a energia para 76% dos clientes

Em nota, a Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. Até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca 2,1 milhões afetados na última sexta-feira.

"O vendaval que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. Técnicos da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e restabelecer o serviço para a grande maioria dos clientes até a próxima terça-feira, conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo na tarde de ontem (domingo)", diz outro trecho do comunicado.

Devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual. Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais e a conexão das escolas onde seriam aplicadas as provas do Enem.

Ao menos 500 mil moradores da capital paulista e de 24 municípios da região metropolitana de São Paulo permanecem sem energia após o temporal da última sexta-feira, 3, segundo informou a Enel na manhã desta segunda-feira, 6. Conforme a Prefeitura de São Paulo, ao menos 125 árvores ainda precisam ser removidas com apoio da distribuidora de energia elétrica. Veja abaixo a lista dos bairros.

"As remoções contam com o apoio da concessionária, para desligamento da rede elétrica, ação que se faz necessária para preservar a vida dos servidores durante a remoção", disse o município.

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Segundo a distribuidora de energia elétrica, as regiões mais afetadas na capital paulista foram as zonas sul e oeste da cidade, embora também haja relatos de falta de energia nas zonas leste e norte.

Até domingo, 5, cerca de 413 mil endereços ainda estavam sem luz na cidade de São Paulo, há mais de 60 horas. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido em toda a cidade até terça-feira, 7.

Na manhã desta segunda-feira, moradores do Butantã e também da Vila Mariana já estão há mais de 60 horas sem luz. A falta de energia também afeta o abastecimento de água em diversas regiões.

As fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram grande parte do Estado de São Paulo na sexta-feira também deixaram ao menos sete pessoas mortas. Em Osasco, na Grande São Paulo, duas árvores caíram sobre um muro na Avenida Luiz Rink, atingindo um veículo e matando uma pessoa que estava no interior do automóvel, de acordo com a Defesa Civil.

Na capital paulista, funcionários da limpeza, agentes das subprefeituras e equipes de iluminação pública e de reparos em semáforos continuam nas ruas para restabelecer a normalidade na capital paulista.

Às 22 horas de domingo, o prefeito Ricardo Nunes publicou em suas redes alguns vídeos em que acompanhava o trabalho da Enel na Vila Clementino e na Vila Mariana, na zona sul da capital. "Situação muito difícil. Nossa equipe toda (está) na rua cobrando a Enel para restabelecer a cidade", disse nas imagens.

Veja abaixo a lista de bairros onde estão as árvores que precisam ser removidas na cidade de São Paulo:

Butantã - 1 árvore;

Campo Limpo - 5 árvores;

Capela do Socorro - 14 árvores;

Casa Verde - 1 árvore;

Cidade Ademar - 4 árvores;

Cidade Tiradentes - 3 árvores;

Freguesia do Ó - 1 árvore;

Ipiranga - 17 árvores;

Itaim Paulista - 2 árvores;

Itaquera - 1 árvore;

Lapa - 1 árvore;

M’ Boi Mirim - 2 árvores;

Mooca - 5 árvores;

Penha - 4 árvores;

Perus - 6 árvores;

Pinheiros - 5 árvores;

Santo Amaro - 16 árvores;

São Mateus - 2 árvores;

São Miguel Paulista - 1 árvore;

Sapopemba - 9 árvores;

Vila Mariana - 17 árvores;

Vila Prudente - 8 árvores.

Veja abaixo na íntegra a nota da Enel atualizada na manhã desta segunda-feira:

"A Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. Até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca 2,1 milhões afetados na última sexta-feira.

O vendaval que atingiu a área de concessão no dia 03 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. Técnicos da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e restabelecer o serviço para a grande maioria dos clientes até a próxima terça-feira, conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo na tarde de ontem.

Devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual. Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais e a conexão das escolas onde seriam aplicadas as provas do ENEM.

A Enel São Paulo seguirá com a mobilização total dos profissionais e reforço em várias frentes, como call center e operação de campo. A companhia orienta que os clientes acessem os canais digitais da companhia para abrir chamado de falta de luz, por meio do app Enel São Paulo e agência virtual do site www.enel.com.br."

Para falar com a Enel

O consumidor pode entrar em contato com a Central de Relacionamento da Enel São Paulo pelo 0800 72 72 120. Também pode falar com a central de emergência pelo 0800 72 72 196. Para pessoas com deficiência auditiva, o telefone é o 0800 77 28 626. Salve também a ‘Elena’ nos contatos (21 99601-9608), assim é possível conseguir realizar serviços. Ela consegue ajudar a registrar falta de luz, solicitar segunda via, consultar débitos, solicitar ressarcimento e também tirar dúvidas sobre outros serviços.

Ouvidoria da Enel São Paulo

Este é um canal de relacionamento para solucionar ou responder reclamações que a pessoa ainda não conseguiu resolver pelos outros canais de atendimento.

- Por teleatendimento: 0800 72 73 110 (atendimento em dias úteis, das 8 horas às 18 horas).

- Por carta: enviar em envelope fechado mencionando ‘Ouvidoria’ para o endereço: Avenida das Nações Unidas, 14401, Conjunto 1 ao 4, Torre B1, 17º andar, Vila Gertrudes, São Paulo-SP, CEP: 04794-00.

Falta de energia também afeta abastecimento de água

Em razão das fortes chuvas na tarde de sexta-feira, a falta de energia paralisou instalações e estações elevatórias da empresa, afetando o nível dos reservatórios e, consequente, o abastecimento de água em diversas regiões.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou nesta segunda-feira que, com o restabelecimento da energia elétrica em pontos da capital e região metropolitana de São Paulo, os reservatórios da companhia de abastecimento nestas áreas iniciaram o processo de recuperação no domingo. A previsão, para os locais onde há energia, é que o abastecimento seja normalizado ao longo desta segunda-feira, podendo se estender até terça-feira em pontos mais críticos.

Os principais locais que tiveram energia restabelecidas e os reservatórios estão em recuperação são: Santo André, Mauá, Diadema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Guaianases, Americanópolis, Vila Clara, Vila Mascote, Vila Santa Catarina, Vila Joaniza, Campo Grande, Capão Redondo, Jd Promissão, Pedreira, Cidade Ademar, Chácara Flora, Santa Etelvina, Cidade Tiradentes, Morumbi, São Mateus, Itaquera, Vila Mariana Savoy e Pedra Branca, em São Paulo. O retorno da água aos imóveis acontecerá de forma gradual.

Neste momento, existem pontos sem energia, afetando o abastecimento das seguintes principais localidades: Cotia, Osasco, Barueri e Taboão da Serra.

"A Sabesp continua trabalhando de forma emergencial para abastecimento dos locais críticos com caminhões-tanque", afirmou a companhia, que recomenda que os clientes priorizem o uso da água para higiene e alimentação até que o abastecimento esteja normalizado.

Casos de emergência serão atendidos pelo 0800 055 0195.

As fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram grande parte de São Paulo na sexta-feira (3), derrubaram 346 árvores só em registros dentro dos parques da cidade, de acordo com informações da Prefeitura de São Paulo fornecidas ao Estadão.

Os parques onde mais caíram árvores estão na zona sul da cidade: no Ibirapuera, com 128 quedas, no Santo Dias, com 61, e no Nabuco, com 26 quedas.

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Ao todo, além da região dos parques, mais de quarenta municípios, incluindo a capital paulista, tiveram ocorrências por queda de árvores. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências de acordo com as defesas civis e o Corpo de Bombeiros em todo o Estado, conforme informou a Defesa Civil estadual.

A falta de energia elétrica em partes da cidade de São Paulo já dura mais de 40 horas, e o prazo para o reestabelecimento completo é longo: até terça-feira (7). Segundo a Enel, responsável pelo serviço na capital paulista, cerca de 1 milhão de clientes seguem sem luz, principalmente nas zonas sul e oeste, em função dos estragos causados pelas fortes chuvas. Nesse cenário, as famílias enfrentam diversos transtornos, prejuízos e dúvidas, como o que fazer com os alimentos da geladeira?

O descongelamento inesperado dos itens pode levar não apenas ao desperdício, como também a malefícios à saúde devido a contaminações provocadas pela proliferação de micro-organismos em temperatura ambiente.

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Segundo o Ministério da Saúde, temperaturas entre 5ºC e 60ºC permitem a proliferação de patógenos - abaixo disso, os microorganismos ficam inativos. Já em temperaturas superiores, eles são eliminados com o calor. Abaixo, leia algumas dicas para manter a temperatura da geladeira enquando não há fornecimento de energia elétrica.

Evite abrir

Abrir a geladeira força a perda de temperatura. Portanto, a dica aqui é simples: evite o abre e fecha e tente manter a caixa vedada o maior tempo possível.

O Ministério da Saúde afirma que, com portas fechadas, a temperatura pode ser conservada por até 4 horas na geladeira e até 24 horas no congelador.

Compre blocos de gelo

Para ajudar na conservação da temperatura, uma recomendação do ministério é comprar blocos de gelo. Outra possibilidade é recorrer a isopor e coolers para armazenar os alimentos.

Nesse caso, atente-se para evitar que os blocos de gelo derretam. Prepare-se para repor, se necessário.

"Vale lembrar que, se algum alimento esteve por mais de 2 horas exposto a temperatura acima de 5°C, este deve ser jogado fora", diz o Ministério da Saúde.

Descarte alimentos estragados

Aqui, a regra também é clara: jogue fora todo e qualquer alimento perecível (carne, frango, peixe e ovo) que possa ter ficado mais de duas horas a uma temperatura acima de 5ºC.

Tampouco se deixe levar pelo aspecto ou cheiro dos alimentos - não ter "cara" de mofado não significa que está apto para o consumo.

Capriche no cozimento

Se for consumir algum alimento ou marmita que estava na geladeira durante a falta de energia, atente-se para a exposição de até duas horas em temperatura ambiente - mais que isso, o descarte deve ser feito. Do contrário, o consumo está liberado.

Quando for esquentar o prato, lembre-se de fazê-lo no fogão e caprichar bem no calor, que ajuda a matar os micro-organismos. O microoondas não é o meio mais adequado, visto que o cozimento não é uniforme.

Com o apagão que impactou 2,1 milhões de moradores por conta das fortes chuvas que atingiram a capital paulista nesta sexta-feira (3), consumidores podem pedir indenizações caso tenham tido algum prejuízo com a falta de energia.

Cerca de um milhão de endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido até terça-feira (7). Segundo a Enel Distribuição SP, as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste, embora também foram feitos relatos de falta de energia nas zonas leste e norte da capital.

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A Enel SP afirma que já normalizou o serviço para cerca de 1 milhão de endereços. "A companhia está restabelecendo de forma gradual o serviço, dando prioridade aos casos mais críticos, como serviços essenciais", disse a Enel na manhã deste domingo (5).

Enel pode fazer ressarcimento de prejuízos por apagão

Com a falta repentina de energia elétrica, aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos estão propensos a serem danificados. Além disso, alimentos conservados nas geladeiras podem ser desperdiçados. A solução para os moradores pode ser uma queixa no call center, nas lojas de atendimento ou no site da Enel.

Pessoas físicas devem estar munidas com CPF, RG ou qualquer outro documento com foto. Já pessoas jurídicas precisam estar com o contrato social ou último aditivo, CNPJ, CPF e RG do sócio. Já representantes legais devem ter uma procuração com firma reconhecida em cartório. É importante também ter provas robustas de que os aparelhos foram danificados por conta do apagão.

Em casos de prejuízos em condomínios, é preciso ter no momento da queixa com documentos de identificação, convenção do condomínio e a ata de nomeação do síndico. As denúncias devem ser feitas em até 90 dias após o problema na rede de energia.

Os servidores da Enel irão fazer uma verificação no aparelho eletrônico ou eletrodoméstico em até 15 dias corridos após a abertura da queixa. Em casos de geladeiras que tenham alimentos perecíveis, o prazo é de um dia útil.

O prazo para uma resposta da Enel é de até 15 dias corridos. Caso seja constatado que o consumidor foi prejudicado pela falta de energia, a distribuidora irá realizar um ressarcimento na conta do dono do aparelho danificado. Caso a empresa se recuse a arcar com o prejuízo, a solução pode ser a abertura de uma reclamação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ou na plataforma consumidor.gov.br.

Como abrir uma reclamação na Aneel e no consumidor.gov.br?

Para abrir uma reclamação na Aneel, os moradores podem utilizar o assistente virtual no site da Agência e preencher um formulário detalhando a queixa. Os consumidores também podem utilizar o aplicativo Aneel Consumidor (disponível para Android e iOS) e os telefones 167 e 0800-727-0167 (com atendimentos de segunda à sábado, das 6h20 à meia noite).

Já para utilizar o consumidor.gov.br, é preciso se cadastrar no Portal Gov.br, e registrar uma reclamação sobre a atuação da empresa de energia. Durante o registro da reclamação, é necessário informar dados pessoais e indicar qual a empresa de energia que se deseja reclamar.

Consumidores podem procurar a Justiça e o Procon

Outras soluções em casos de uma não resolução com a Enel SP é procurar o Poder Judiciário. Em casos de prejuízos menores que 20 salários mínimos, deve ser aberta uma ação no Juizado Especial Cível. Para valores superiores, é necessário buscar a Justiça comum.

Os moradores também podem ser procurar a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). As reclamações podem ser feitas no Canal Eletrônico do Procon ou no número de telefone 151. As demandas dos moradores são respondidas entre cinco dias úteis e as queixas são registradas em até 15 dias úteis.

Especialista diz que é importante que consumidores tenham provas do prejuízo

De acordo com Jonas Sales, advogado e diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (BRASILCON), em casos de apagão, os consumidores não precisam comprovar que não são os culpados pelo prejuízo, mas precisam deixar claro quais foram os danos por meio de provas.

"Ele tem que mostrar que a minha televisão não está funcionando ou que a sua geladeira até a quinta-feira funcionava. Então, uma foto, um registro e até mesmo uma testemunha. Alguma forma de provar minimamente que ele foi prejudicado é importante', explica.

Em caso de uma não resposta da Enel, Sales recomenda que os moradores procurem o Juizado Especial Cível. "Eles não teriam gastos, a priori, com advogados. Eles podem ir sozinhos e registrar a queixa a partir de um formulário mostrando os danos", afirma o advogado.

A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em São Paulo, informou neste sábado (4) que clientes que tiveram aparelhos eletrônicos afetados pela falta de luz poderão pedir o ressarcimento à companhia. Cerca de 1 milhão de endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo de um total de 1,4 milhão de atingidos na capital pelas fortes chuvas de sexta-feira (3).

Há relatos de imóveis sem luz há mais de 24 horas. Os impactos são maiores especialmente nas zonas sul e oeste, em bairros como Morumbi, City América, Paraíso, Rio Pequeno, Santo Amaro, Vila Romana, Campo Belo e Butantã, dentre outros. A Enel anunciou que o fornecimento de energia em São Paulo será majoritariamente restabelecido até terça-feira (7). A prioridade é de atendimento a hospitais e serviços essenciais.

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A Enel também se comprometeu a garantir o fornecimento de energia em todas as escolas que aplicarão as provas do Enem neste domingo (5). A concessionária identificou que 84 pontos de aplicação do exame estavam com falta de luz. Em caso do fornecimento não estar normalizado, irá instalar um gerador no local.

São realizados trabalhos de reparo e reconstrução da rede. "Estamos atuando sem medir esforços. Não paramos um minuto", disse Ruotolo durante coletiva de imprensa no escritório da Enel em São Paulo.

A Enel disse que a dificuldade de atendimento nos canais de call center foi motivada pelo alto volume de demandas. Também respondeu que os problemas no aplicativo foram pontuais, mas que foram resolvidos. Clientes têm reclamado da dificuldade de obter informações e registrar problemas desde a sexta-feira.

A concessionária afirmou que vai contatar os clientes por número de telefone ou e-mail a respeito dos trabalhos de restabelecimento do serviço.

A Enel informou, ainda, que os trabalhos terão reforços de equipes da concessionária de outros Estados, especialmente do Rio de Janeiro. Além disso, helicópteros foram acionados para o restabelecimento de quatro linhas de alta tensão, cujo fornecimento deve ser normalizado neste sábado. Essas linhas são necessárias para a estabilidade do sistema.

Para falar com a Enel

O consumidor pode entrar em contato com a Central de Relacionamento da Enel São Paulo pelo 0800 72 72 120. Também pode falar com a central de emergência pelo 0800 72 72 196. Para deficientes auditivos, o telefone é o 0800 77 28 626. Salve também a ‘Elena’ nos contatos (21 99601-9608), assim é possível conseguir realizar serviços. Ela consegue ajudar a registrar falta de luz, solicitar segunda via, consultar débitos, solicitar ressarcimento e também tirar dúvidas sobre outros serviços.

Ouvidoria da Enel São Paulo

Este é um canal de relacionamento para solucionar ou responder reclamações que a pessoa ainda não conseguiu resolver pelos outros canais de atendimento.

Por teleatendimento: 0800 72 73 110 (atendimento em dias úteis, das 8 horas às 18 horas).

Por carta: enviar em envelope fechado mencionando ‘Ouvidoria’ para o endereço: Avenida das Nações Unidas, 14401, Conjunto 1 ao 4, Torre B1, 17º andar, Vila Gertrudes, São Paulo-SP, CEP: 04794-00.

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