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No dia 13 de fevereiro de 2019 dois ministros do então governo Bolsonaro estiveram presentes na festa da colheita da Terra Indígena Utiariti, a 397 quilômetros de Cuiabá, Mato Grosso. A reportagem do portal The Intercept Brasil apurou que o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina, foram convidados para participarem da celebração. No entanto, tanto a festa quanto a colheita realizada na região foram feitas de forma ilegal.

De acordo com a reportagem, também foram convidados o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, e o então diretor de Proteção Ambiental do Ibama, major Olivaldi Azevedo. A celebração contou ainda com a presença de indígenas de 70 aldeias, vindos das cinco regiões do país.

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Ainda em 2018, algumas regiões indígenas das etnias Pareci, Manoki e Nambikwara haviam sido interditadas pelo Ibama. O órgão multou os grupos por desmatamento sem licenciamento ambiental, plantio de soja transgênica na área indígena e arrendamento de terras para não-indígenas. Foi também aplicada uma multa de R$ 2,7 milhões contra produtores rurais e associações indígenas. Portanto, a festa da colheita de fevereiro do ano seguinte foi realizada em uma região interditada, para celebrar a colheita de uma plantação que nem deveria ter sido feita.

De acordo com o artigo 79 do decreto 6.514, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, o descumprimento de embargo pode acarretar em uma multa que varia de R$ 10 mil a R$ 1 milhão . Os ex-ministros ainda podem ser autuados por prevaricação, quando um servidor público deixa de cumprir o seu papel corretamente.

Área embargada

Em 2019 a superintendente do Ibama no Mato Grosso, Lívia Karina Passos Martins chegou a ser convidada pelo governador para participar da festa da colheita. No entanto, ao invés de aceitar, Martins detectou que a área estava embargada e que não poderia ser utilizada para o evento. “Os grãos a serem colhidos neste 1º encontro teriam sido produzidos sobre área objeto de embargo, infringindo o Decreto 6.514/2008 por descumprimento”, disse em ofício endereçado à presidência do Ibama e à Diretoria de Proteção Ambiental, o Dipro.

Sete meses depois, a região, junto com outras que estavam listadas no embargo, foi desembargada. Dois meses após o desembargo, indígenas das três etnias tiveram a permissão para produção agrícola, sem a participação de não-indígenas e sem transgênicos, depois de assinarem um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ibama, a Funai e o Ministério Público Federal (MPF).

Procurado pela reportagem, com o intuito de saber sobre a fiscalização das áreas desembargadas, o Ibama respondeu que “não consta na base de dados a realização de novas ações fiscalizatórias nas referidas áreas após o desembargo.”. Portanto, além de não haver informações sobre as fiscalizações realizadas na época, tampouco é possível saber o destino da soja produzida ainda durante o embargo. Também não constam informações oficiais sobre a presença de Olivaldi Azevedo na festa da colheita.

Abertura do Natal Feliz do Paulista tem chegada do Papai Noel e atrações musicais  Evento acontece no Ecoparque das Paineiras, nesta quinta-feira (22), às 18h  O tradicional Ecoparque das Paineiras, em frente ao Terminal Pelópidas Silveira, na PE-15, será o ponto de abertura do Natal Feliz do Paulista.

O evento acontecerá nesta quinta-feira (22), a partir das 18h. A programação começará com a chegada do Papai Noel. Na sequência, o público terá como atrações a Banda Sinfônica do Paulista, além de Mahatma Costa. Nos dias 23, 24 e 25 os festejos serão promovidos, também a partir das 18h, nas quatro torres, localizadas na orla do Janga. 

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 Confira a programação dos shows natalinos: 

22/12 - Ecoparque das Paineiras - 18h 

Chegada do Papai Noel 

Banda Sinfônica do Paulista Mahatma Costa   

 

23/12 - Quatro Torres Janga - 18h 

Adilson Ramos 

Banda Olhar Fatal 

Banda Extasy 

Forró Retrô   

 

24/12 - Quatro Torres Janga - 18h 

Banda Som da Terra 

Cantata Ainda Brilha a Luz 

Tereza Cristina 

Rayssa Bacelar 

Banda Interativo   

25/12 - Quatro Torres Janga - 18h 

Geraldinho Lins 

César Dluck 

Patusco 

Ed Love

 

*Da assessoria 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai disputar as eleições em outubro com uma chapa puro sangue. Isso porque ele afirmou, em entrevista na noite desse domingo (26), que pretende anunciar nos próximos dias o nome do general Walter Braga Netto como seu vice. O ex-ministro da Casa Civil também é filiado ao PL. O atual vice-presidente, gerenal Hamilton Mourão, vai concorrer ao Senado. 

“Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como vice. Temos outros excelentes nomes, como o da Tereza Cristina. O general Heleno [Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência] quase foi meu vice lá atrás. (…) Vice é só um. Gostaria que pudesse indicar dez, daí não teria problemas”, afirmou.

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Para justificar a escolha, Bolsonaro listou qualidades de Braga Netto. “Foi interventor por um ano aproximadamente no Rio de Janeiro, veio para o nosso governo, pegou a difícil missão da Casa Civil durante a pandemia, foi para o Ministério da Defesa e se desincompatibilizou para poder ficar livre aí para disputar um cargo eletivo”, disse.

O mandatário que concorrerá à reeleição pontuou ainda sua admiração pelo seu vice na chapa. "Eu admiro Braga Netto. É uma pessoa que vai, caso a gente consiga a reeleição, ajudar muito o Brasil aqui nos próximos anos. Eu agradeço a Braga Netto por ter aceitado o convite", declarou.

Logo após a entrevista, Bolsonaro usou sua conta no Twitter para publicar uma foto ao lado do ex-ministro.

O comando do Centrão pressiona o presidente Jair Bolsonaro (PL) a substituir o general Walter Braga Netto pela deputada Tereza Cristina (Progressistas-MS) como vice de sua chapa. O movimento se intensificou nos últimos dias, diante da estagnação de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto, e tem potencial para provocar uma guinada na campanha pela reeleição. As articulações são para montar uma chapa Centrão "puro sangue", esvaziando o poder militar.

A possível troca foi tratada ontem durante almoço entre Tereza Cristina, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da campanha, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ex-ministra da Agricultura, a deputada é pré-candidata ao Senado por Mato Grosso do Sul e lidera as pesquisas.

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A mudança na vice vem sendo avaliada para atrair o voto de mulheres - uma vez que Bolsonaro enfrenta forte rejeição no eleitorado feminino - e, de quebra, ampliar a adesão de líderes do agronegócio à campanha. A equipe de Bolsonaro também quer que ela ajude mais na arrecadação de doações eleitorais de ruralistas.

O presidente disse, porém, que não bateu o martelo sobre a substituição. "Como é que eu vou trocar de esposa se nem casei ainda?", desconversou, ao definir tanto Tereza Cristina como Braga Netto, ex-ministro da Defesa, como "cotadíssimos" para a vaga.

RUMO

A ala política do governo, nas mãos do Centrão, admite que a mudança de vice é delicada por desagradar aos militares, mas necessária para dar um rumo à campanha. A avaliação é a de que o presidente necessita com urgência de um "fato político" para sair de sucessivas "pautas negativas" que pesam contra o governo.

Interlocutores de Bolsonaro observaram, ainda, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), favorito nas pesquisas, tentou reeditar a "Carta ao Povo Brasileiro" de 2002 - para acalmar o mercado financeiro -, ao anunciar uma dobradinha com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo adversário. No diagnóstico desses aliados, a entrada de uma mulher na chapa de Bolsonaro não apenas faria contraponto com Lula como daria um "empurrão" para que ele ultrapassasse o petista. Braga Netto, ao contrário, não agregaria votos.

Em conversas reservadas, no entanto, Bolsonaro já disse que a escolha do ex-ministro da Defesa para compor a chapa funciona como uma espécie de "seguro contra o impeachment", caso seja eleito. Até agora, ele resiste a fazer a mudança.

Após reiterados acenos de que escolhera o general Braga Netto (PL) para sua chapa à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quarta-feira que a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) ainda é "cotadíssima" para assumir o posto. "Não está batido martelo sobre Tereza Cristina, nem sobre Braga Netto", declarou em entrevista a um canal no YouTube.

"Eu nem falei que é Braga Netto meu vice, como é que vou trocar? Vou trocar de esposa se nem casei ainda?", acrescentou. Bolsonaro disse, reiteradamente, que seu candidato a vice era mineiro como Braga Netto, ao contrário de Tereza Cristina, que é sul-mato-grossense.

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O Broadcast Político já havia informado em fevereiro que o Centrão tem preferência por Tereza Cristina para a vice como forma de ampliar a aderência de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino, segmento em que enfrenta rejeição. Mas o presidente, como mostrou a reportagem, prefere Braga Netto como um "seguro impeachment" em eventual novo mandato. Em maio, o Broadcast Político Report trouxe a informação de que o nome de Tereza, porém, seguia cotado. A articulação pela ex-ministra ganhou força nesta semana com o chefe do Executivo em dificuldades nas pesquisas de intenção de voto.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou que a ex-ministra, pré-candidata a senadora por Mato Grosso do Sul, além de "cotadísima" é "excelente pessoa". "Mato Grosso do Sul está muito bem servido com Tereza Cristina para o Senado. Tereza Cristina é nome excepcional tanto para Senado, como para ser vice, com seu poder de articulação", declarou. Ele também chamou Braga Netto, no entanto, de "cotadíssimo" para ser vice. "O vice está praticamente acertado, mas não revelei para ninguém ainda", voltou a dizer, em mais um sinal trocado sobre sua decisão.

Bolsonaro também fez novas críticas a seu atual vice, Hamilton Mourão (Republicanos), durante a entrevista. De acordo com o presidente, a chapa nas eleições de 2018 foi escolhida "a toque de caixa". "Em 2018, a escolha de vice foi corrida, não deu tempo", afirmou o presidente sobre Mourão, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta terça-feira, 29, que amanhã será seu último dia à frente da pasta. Ela vai se desincompatibilizar para ser candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul.

"Essa é minha última agenda aqui no meu Estado como ministra", disse ainda Tereza Cristina, em evento para entrega de títulos de terra em Ponta Porã (MS), um de seus redutos eleitorais.

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O Broadcast Político apurou que o mais cotado para assumir a Agricultura é o secretário-executivo do Ministério, Marcos Montes, ex-deputado federal ligado à bancada do boi.

Tereza Cristina comentou a internação do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Hospital das Forças Armadas, em Brasília. O chefe do Executivo deu entrada na unidade de saúde ontem e teve alta somente hoje pela manhã, após um "desconforto", e já seguiu para a viagem ao Mato Grosso do Sul. "Presidente ontem não se sentiu bem porque trabalha muito", disse a ministra.

No mesmo evento, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que o agronegócio vai crescer entre 10% e 20% ao ano com a chegada do 5G ao País. "Agronegócio vai trazer para o Brasil em torno de 2% do crescimento do PIB após 5G", segundo Faria.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou categoricamente nesta quinta-feira, 10, que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul. Ela era o nome favorito do Centrão para ser a vice de Bolsonaro nas eleições deste ano. Com isso, o presidente pavimenta o caminho para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, assumir o posto.

Como mostrou reportagem do Broadcast Político/Estadão em fevereiro, Bolsonaro era pressionado pelo Centrão a aceitar Tereza Cristina, mas preferia o militar Braga Netto na chapa como uma espécie de "seguro-impeachment". Os dois eram as principais opções do presidente.

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"Aproximadamente oito ministros deixarão os respectivos ministérios para concorrer às eleições", disse Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Além da ministra da Agricultura, que vai trocar o União Brasil pelo Progressistas no final do mês, o presidente confirmou que a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, será candidata ao Senado pelo Amapá - e não por São Paulo, como chegou a ser considerado nos bastidores do governo.

Bolsonaro ainda citou outras candidaturas de ministros já esperadas: Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) ao governo paulista; Flávia Arruda (Secretaria de Governo) ao Senado pelo Distrito Federal; João Roma (Cidadania) ao governo da Bahia; Gilson Machado (Turismo) ao Senado por Pernambuco; Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) para deputado federal por São Paulo.

A pré-candidatura de Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência, também foi informada pelo chefe do Executivo durante a live.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que vai sair do Ministério da Agricultura "com a sensação do dever cumprido". Ela terá de deixar a pasta em 1º de abril para concorrer às eleições em 2022 - a princípio, como senadora em seu Estado natal, Mato Grosso do Sul, embora haja especulações de que possa ocupar a posição de vice-presidente na chapa à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Tereza Cristina confirmou ao ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que sairá da pasta para concorrer às eleições este ano, mas não especificou para qual cargo. Ela participa de live promovida pelo FGV Agro no início da noite desta quarta-feira, 9.

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Durante a live, Tereza Cristina fez um balanço das atividades que cumpriu na sua gestão, como Fiagro, recursos para o Plano Safra, análise dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros, e garantiu que, na safra 2022/23, que se inicia oficialmente em 1º de julho, vai buscar mais recursos para a subvenção ao prêmio do seguro rural que, na atual safra, não alcançaram R$ 1 bilhão - ficando nos R$ 990 milhões.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai se filiar ao Progressistas no fim deste mês. De acordo com o presidente interino da legenda, o deputado Cláudio Cajado (BA), a entrada na sigla vai ocorrer durante cerimônia no Mato Grosso do Sul marcada para o dia 20 ou 21 de março.

Nas eleições de 2022, Tereza tem dito que quer concorrer a uma vaga ao Senado pelo Estado, mas também é lembrada como uma das principais opções de candidata a vice-presidente na tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Quando perguntada sobre a possibilidade de concorrer na chapa de Bolsonaro, a ministra costuma desconversar e dizer que não existe um convite.

"Como eu posso ser candidata a vice? Não existe candidatura à vice, existe convite. Isso o presidente Bolsonaro vai fazer na hora que ele entender e à pessoa que ele achar. Nunca conversei, já cansei de dizer isso", declarou em entrevista à CNN nesta quarta-feira, 2.

Cláudio Cajado repetiu o mesmo discurso da ministra e disse que, como não há convite para ser vice, o partido trabalha apenas com a ideia de ela ser candidata a senadora.

"O desejo dela é ser candidata a senadora. O partido não tem nenhuma conversa de poder encaminhar o candidato a vice, não recebemos o convite oficial. Estamos cuidando da nossa agremiação independente de conjuntura futura", afirmou ao Estadão.

O presidente interino do Progressistas também declarou que a legenda planeja uma série de eventos de filiações nos Estados e citou Paraná, Espírito Santo e Tocantins: "Vamos manter a nossa estratégia de filiar novos deputados, estar nos Estados filiando bons candidatos, que não tem mandato ainda, mas que possam robustecer a legenda".

Ao decidir entrar no Progressistas, a chefe da pasta da Agricultura sai do União Brasil. Atualmente, ela está licenciada do cargo de deputada, mas, pelas regras eleitorais, vai ter de sair do ministério e voltar ao mandato a partir de abril para poder concorrer no pleito deste ano. Tereza foi eleita deputada em 2018 pelo DEM, partido que se fundiu com o PSL e formou o União.

O Progressistas é um dos maiores partidos do Centrão e tem como principal líder o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado da legenda. A sigla também abriga o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR), e o presidente da Casa, Arthur Lira (AL).

Ministros do Centrão pressionam o presidente Jair Bolsonaro (PL) a escolher uma mulher como candidata a vice em sua chapa. O nome que a ala política do governo tenta emplacar é o da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, hoje no DEM, mas prestes a se filiar ao Progressistas, partido do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Pesquisas da pré-campanha indicam o machismo como um dos pontos fracos de Bolsonaro, que perde cada vez mais votos no eleitorado feminino.

A avaliação de aliados do governo é a de que Tereza Cristina, ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, pode ajudar a quebrar resistências ao presidente. No núcleo duro do Centrão, bolsonaristas argumentam ainda que, além de auxiliar na tarefa de atrair votos de mulheres, a entrada da ministra na chapa da reeleição também agregaria setores do agronegócio.

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O "agro" sempre foi visto uma das principais bases de apoio de Bolsonaro, mas hoje enfrenta divisões em relação ao governo. Tanto que, no ano passado, sete entidades da agroindústria assinaram manifesto em defesa da democracia e do respeito às instituições.

Favorito nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também deflagrou uma ofensiva para conquistar apoio do setor. Nas conversas para ter o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice, Lula propôs que ele ocupe o Ministério da Agricultura, caso a chapa seja vitoriosa em outubro.

O Estadão apurou que Bolsonaro confia em Tereza Cristina, mas prefere fazer dobradinha com o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, com quem se sente mais à vontade. No Palácio do Planalto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também chegou a se movimentar pela vaga. Em conversas reservadas, o presidente disse a aliados que a escolha de um militar como ele para vice é uma espécie de "seguro" contra processos de impeachment.

'CUNHADO'

Apesar dos atritos com o atual vice, general Hamilton Mourão, Bolsonaro já afirmou a portas fechadas, em mais de uma ocasião, que, se o cargo fosse ocupado por um político, ele já estaria fora do poder. Mesmo assim, em entrevista, comparou Mourão a um "cunhado". "Vice é igual cunhado, né? Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Você não pode mandar o cunhado embora", disse o presidente em julho do ano passado.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é um dos que tentam convencer o pai a fazer composição com Tereza Cristina, e não com um militar. Trata-se do único nome de mulher sendo discutido no momento, no Planalto. Não há um plano B.

Mas, enquanto o núcleo da pré-campanha tenta atrair o voto feminino, uma postagem do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) nas redes sociais, associando a cratera na Marginal do Tietê à contratação de engenheiras para a obra da Linha 6 do Metrô, acendeu o sinal amarelo no Planalto. Na sexta-feira, o filho do presidente publicou no Twitter vídeo da concessionária Acciona, responsável pelas obras do Metrô de São Paulo, destacando o trabalho das mulheres no projeto. Editada, a gravação apresentou trechos do desastre ocorrido dias antes, ironizando declarações das engenheiras. Acusada de misoginia, a postagem foi alvo de críticas.

O eleitorado feminino também foi uma barreira para Bolsonaro em 2018. Naquele ano, o movimento #EleNão juntou milhares de mulheres em protestos nas capitais do País.

Desde que entrou na vida política, o presidente deu diversas declarações consideradas preconceituosas. Em abril de 2019, por exemplo, Bolsonaro disse que o Brasil não podia ser o paraíso do turismo gay. "Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro."

Além da defesa de uma mulher para vice, ministros de Bolsonaro têm dito a ele que a opção por um nome de outro partido traria mais votos e o ajudaria a construir uma aliança mais ampla. O presidente se filiou ao PL em novembro. Na ocasião, a entrada de Bolsonaro no partido comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado e preso no mensalão, provocou queixas de outras siglas do Centrão.

DISPUTA

Desde aquela época, o Progressistas de Ciro Nogueira e do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), tenta fazer o vice da chapa. A movimentação causou "ciúmes" no Republicanos, ligado à Igreja Universal, que defende um evangélico para vice. No ano passado, após meses de espera por uma sabatina no Senado, o ministro André Mendonça - definido por Bolsonaro como "terrivelmente evangélico" - conseguiu tomar posse no Supremo Tribunal Federal.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, já teve o nome citado para uma dobradinha com o presidente. Agora, porém, está inclinada a disputar o Senado por São Paulo, atendendo a pedido do próprio Bolsonaro, em composição com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que vai concorrer ao Bandeirantes.

Em público, Tereza Cristina tem dito que prefere concorrer ao Senado. "A ministra já declarou que será pré-candidata ao Senado por seu Estado (MS) e deverá se desincompatibilizar até início de abril, conforme prazo regulamentar", afirmou, por meio de nota, sua assessoria. Antes de se candidatar à Câmara dos Deputados, Tereza Cristina foi cotada para vice na chapa de Alckmin, que, em 2018, concorreu ao Palácio do Planalto pelo PSDB. À época, ela se animou com o projeto, mas a vice do então tucano acabou sendo a senadora do PP Ana Amélia.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou, nesta terça-feira (8), por meio de suas redes sociais, que está com Covid-19.

"Bom dia! Informo que testei positivo para covid-19. Estou bem e com sintomas leves. Estou cancelando meus compromissos presenciais", diz a mensagem postada pela ministra.

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Esta é a segunda vez que Tereza Cristina pega Covid-19. A primeira foi em setembro do ano passado. Na ocasião, a ministra também informou sobre o diagnóstico por meio de suas redes sociais e avisou que "estava bem" e que faria "isolamento durante o período de orientação médica".

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira, 22, que o presidente da República, Jair Bolsonaro, nunca conversou com ela sobre a possibilidade de ela compor a chapa, como vice-presidente, nas eleições à Presidência da República no ano que vem. "Vamos deixar claro: nunca o presidente conversou comigo sobre esse assunto", reforçou a ministra, em entrevista ao vivo no programa Fábio Sousa, de Goiás, após ser indagada a respeito do assunto.

E acrescentou: "Isso (ser indicada a vice) não é um projeto pessoal; tem de ser um projeto do presidente. Ele é quem vai decidir, lá na frente, quem é o melhor vice pra ele."

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Ela confirmou que, na semana passada, colocou o nome dela à disposição do DEM (seu partido) para se candidatar a senadora por Mato Grosso do Sul em 2022.

"Coloquei meu nome à disposição do partido para ser pré-candidata", disse a ministra da Agricultura.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou que está bem, com sintomas leves, seguindo as orientações médicas para pacientes com Covid-19, e que espera voltar às atividades na próxima segunda-feira (4).

"Quero dizer que estou bem. Devo estar liberada já na segunda-feira para voltar para Brasília e retornar ao trabalho", disse ela, em sua conta oficial do Twitter. Na última sexta-feira (24), a ministra testou positivo para a Covid-19 e está em isolamento desde então.

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comunicou nesta sexta-feira (24) por meio do seu Twitter que testou positivo para a Covid-19. Na mensagem, a ministra informou que passa bem, já cancelou todos os compromissos presencias e segue em isolamento por orientações médicas.

“Bom dia! informo a todos que testei positivo para #Covid19. Estou bem. Cancelei meus compromissos presenciais e permanecerei em isolamento durante o período de orientação médica”, afirmou via Twitter.

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Tereza Cristina, na semana passada, estava na Itália onde se reuniu com outros ministros do G20 para defender a agricultura tropical e ressaltar a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. 

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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, pediu a aprovação rápida, pelos parlamentares, do projeto de lei do governo que estabelece critérios para a regularização fundiária de imóveis do governo federal, incluindo assentamentos da reforma agrária (PL 2633/20). Segundo a ministra, a aprovação vai facilitar, a entrega de títulos de propriedade de terra a agricultores, o que garante acesso a crédito rural e políticas públicas.

Ela participou de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (5), para discutir as metas, planos e prioridades do ministério para este ano. A audiência atendeu a pedido da presidente do colegiado, deputada Aline Sleutjes (PSL-PR).

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Segundo a ministra, em 2020, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entregou 109 mil títulos definitivos e provisórios de terra a agricultores, e a meta deve ser superada neste ano. “Para o corrente ano, espera-se emitir 130 mil títulos em assentamentos e glebas públicas, sendo que, destes 80 mil apenas na Amazônia Legal. Para o ano de 2022, o objetivo é alcançar a marca de 170 mil títulos”, disse.

A ministra disse ainda que tem o objetivo de ver implementado em todo o País, em prazo de até dois anos, o Cadastro Ambiental Rural(CAR), instrumento que ajudará a definir se uma propriedade está aderente à legislação ambiental ou não. Ela anunciou o lançamento, ainda em maio, da plataforma Analisa CAR, que permitirá que estados acessem de maneira remota os registros do CAR.

Grilagem

O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) defende a regularização fundiária, mas explicou por que a proposta vem causando polêmica na Câmara. “A gente tem medo muito grande, e esse medo tem impedido e dificultado a votação da matéria, de como separar o que merece ser regularizado daquilo que é grilagem de terras.”

O parlamentar pediu que que ministério, ao regulamentar a matéria após aprovação da lei, separe o que merece se regularizado do que é grilagem. “Não vamos colocar grileiro para dentro. Temos que aprovar logo”, respondeu a ministra.

Incra

Já o deputado Valmir Assunção (PT-BA) acusou o Incra de enganar os assentados ao prometer a entrega do Contrato de Concessão de Uso (CCU) da terra, que deve ser recebido quando o agricultor é assentado e não é o título da terra de fato.

Além disso, o parlamentar acusou o Incra de descumprir a Constituição, ao não promover a reforma agrária. “Os artigos 184 e 185 dizem que todas as terras improdutivas devem ser destinadas para a reforma agrária, e até agora não vi em nenhum momento o Incra tentar cumprir esse artigo. E é preciso cumprir a Constituição independentemente se gosta ou não.”

O presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, rebateu a acusação. “É verdade que este governo não fez ainda desapropriação de terras produtivas, mas a lei também diz que, quando o governo faz desapropriação de terras improdutivas tem que pagar por elas, e o governo não vinha pagando. Tanto que parte do que foi colocado no orçamento da União deste ano, mais de R$ 30 bilhões de precatórios, é para pagamento de desapropriações que nunca foram pagas por governos anteriores ”, disse.

Além disso, Melo Filho afirmou que o governo entrega o contrato de concessão da terra agora porque ele não foi emitido por governos anteriores, mas quer entregar também os títulos definitivos.

Plano Safra

No debate, a ministra pediu ainda apoio dos deputados para a rápida aprovação do projeto do governo que abre crédito suplementar de R$ 19,768 bilhões para o Orçamento (PLN 4/21), para viabilizar o terceiro Plano Safra, para o biênio 2021-2022, que começa em 1º de julho. A ideia é enviar a proposta de plano para o Conselho Monetário até o fim de maio.

“Precisamos do orçamento para saber sobre o tamanho do Plano Safra para este ano”, explicou. Conforme ela, como “o cobertor é curto”, a ideia é priorizar o atendimento de pequenos e médios produtores, como ocorreu nos planos anteriores.

Tereza Cristina ainda pediu empenho para a aprovação do Projeto de Lei 1293/21, do Poder Executivo, que trata dos programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), manifestou apoio à proposta. “Essa proposta de reorganizar a parte de vigilância sanitária, dando condições para a empresa que produz fazer a própria fiscalização, e o ministério auditar isso, é um avanço muito importante”, avaliou.

Milho e leite

No debate, alguns deputados, como Dra. Soraya Manato (PSL-ES) e General Girão (PSL-RN),  reclamaram da falta de milho para atender aos produtores agropecuários de seus estados e alimentar bovinos, aves e suínos.

A ministra disse que a expectativa para a próxima safra é “muito boa”, de 108 milhões de toneladas, 17 milhões de toneladas a mais do que no ano passado. Segundo ela, o Brasil vem batendo recordes na produção de milho há dois anos, e o Ministério da Agricultura faz campanha para aumento da área do milho, cuja produção era desincentivada anteriormente.

Tereza Cristina anunciou ainda que deverá ser enviada em breve à Câmara medida provisória para criar mecanismos que permitam a compra de milho acima do preço mínimo de garantia, a fim de formar estoques para atender aos criadores de animais.

Outros deputados, como Jaqueline Cassol (PP-RO) e Domingos Sávio (PSDB-MG), pediram à ministra solução para a queda do preço do leite. A ministra disse que a solução está sendo estudada pelo ministério e prometeu dar retorno sobre o tema para os parlamentares até o fim do mês.

Cúpula da biodiversidade

A ministra da Agricultura destacou, por fim, a necessidade de os países da América do Sul pensarem em uma mensagem única da região para a Cúpula dos Sistemas Alimentares, que será promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro deste ano. “É uma cúpula que muito nos preocupa, porque um dos temas que estão lá colocados é a diminuição na alimentação da proteína animal, de carne de boi”, ressaltou.

De acordo com Tereza Cristina, a produção pecuária é essencial para a economia brasileira e de outros países da América do Sul, como Argentina, Paraguai e Uruguai. “A Europa quer impor o seu sistema para o resto do mundo”, opinou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Os deputados federais do DEM Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina retornaram, nesta terça-feira (2), aos seus cargos de ministros da Cidadania e da Agricultura do Governo de Jair Bolsonaro. Eles haviam sido exonerados para assumir seus mandatos legislativos e assim poderem votar e atuar em prol da vitória de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara.

Lira era o candidato do Planalto e venceu ontem o adversário Baleia Rossi (MDB-SP), este apoiado pelo então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). As nomeações de Onyx e Tereza, que os colocam de volta na Esplanada dos Ministérios, foram publicadas nesta terça em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

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O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (29) publica a exoneração dos ministros Onyx Lorenzoni, da Cidadania, e Tereza Cristina, da Agricultura. Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, os dois titulares, que têm mandatos de deputado federal pelo DEM, serão licenciados dos cargos no Executivo para que retornem à Câmara e reforcem o placar de votos em favor do líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), candidato do Planalto à presidência da Câmara.

A eleição será realizada na segunda-feira (1º). A expectativa era de que o ministro Fábio Faria, das Comunicações, também retornasse ao Parlamento com o mesmo objetivo, mas até agora a exoneração dele não foi formalizada. Faria é deputado federal pelo PSD do Rio Grande do Norte.

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Depois da eleição, os ministros de Bolsonaro devem retomar o comando das pastas. Eles vão aproveitar o dia na Câmara também para ouvir demandas de parlamentares ao governo federal. Com a pandemia de covid-19, foram poucas as vezes em que eles tiveram chance de circular por um Congresso cheio e fazer política no chão do Plenário no último ano.

A importância desse contato direto com os parlamentares é reforçada agora pelo recrudescimento de um movimento pelo impeachment de Bolsonaro. A condução do governo em relação à vacinação contra a covid-19 desgastou sua imagem e provocou protestos nas últimas semanas.

O número de pedidos para saída de Bolsonaro também cresceu na Câmara. Nesta semana, líderes evangélicos e católicos protocolaram mais um requerimento. Presidentes e líderes dos seis partidos de oposição na Câmara também apresentaram novo pedido. Ao todo, já são mais de 60 pedidos de impedimento contra o presidente Bolsonaro.

Neste cenário, a influência da ministra da Agricultura no Salão Verde é um trunfo para o Palácio do Planalto. Segundo deputados da base do governo, ela foi o "principal ativo" na negociação com a China para a liberação de insumos da vacina. Antes disso, chegou a ser cogitada como nome para concorrer à presidência da Câmara pelo Palácio do Planalto.

Deputada pelo DEM de Rodrigo Maia, Tereza Cristina é uma das apoiadoras de primeira hora de Bolsonaro. Indicada ao ministério pela Frente Parlamentar da Agropecuária do Congresso, ela pode ter influência entre os deputados indecisos da bancada ruralista, comandada por Alceu Moreira (MDB-RS), aliado do candidato Baleia Rossi (MDB-SP), principal adversário de Lira.

Onyx, por sua vez, já fez campanha para o governo na eleição anterior do Congresso, há dois anos. Ele foi fiador do nome de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a presidência do Senado em 2019. Atuando nos bastidores nos últimos meses, o ministro da Cidadania, no entanto, deve ter pouca influência no Salão Verde, além apenas da máquina do governo a seu favor.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse na noite dessa quinta-feira (29) que o preço do arroz poderá ser reduzido com a chegada da nova safra, em janeiro. A ministra participou da live do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e explicou as medidas que foram tomadas para conter o preço do produto nas prateleiras dos supermercados. 

Tereza Cristina explicou que a pandemia da Covid-19 desequilibrou o mercado de grãos em todo o mundo. Segundo a ministra, a pandemia provocou aumento no consumo do produto pelos brasileiros e o preço aumentou. Para conter o aumento, o Brasil autorizou a importação da Guiana e do Paraguai para equilibrar o mercado.

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"No mundo houve um desequilíbrio em vários preços dos produtos das commodities. O arroz foi um desses. Nós passamos a comer mais arroz, o auxílio emergencial fez também o aumento dessa demanda. Nós, em setembro, tiramos o imposto de importação, ele parou de subir e hoje tem ligeira queda. Vamos ter nova sofra chegando em janeiro e os preços vão reduzir”, afirmou a ministra.

Plano Safra

A ministra também informou que todos os recursos previstos no Plano Safra deste ano foram contratados e estão sendo investidos pelo setor agrícola, por exemplo, na construção de instalações para produção de aves, suínos e confinamento de gado. 

“O Plano Safra foi um sucesso e hoje nós temos um bom problema, porque o dinheiro de investimento já terminou praticamente”.

A ministra disse ainda que os recursos do plano também estão sendo utilizados na agricultura familiar. Além disso, vários títulos de regularização de terras já foram entregues para produtores rurais que fazem parte do programa. 

“Nós estamos trabalhando para fazer assistência técnica, e o dinheiro do Plano Safra foi muito maior para esse público da pequena agricultura”.

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, das críticas que ela vem recebendo por ter dito, nesta sexta-feira (9), em audiência pública da comissão temporária do Senado que acompanha as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal, que se houvesse mais bois soltos na região, o número de queimadas por lá teria sido menor. Segundo disse Tereza Cristina aos senadores, o gado pantaneiro é o "boi bombeiro" já que ele pasta o capim que se transforma em massa combustível para os grandes incêndios no bioma.

"Sempre se criou boi na invernada no Pantanal. E o boi come capim, que uma vez seco pega fogo. Então boi comia o capim e ai não ia pegar fogo. Aí os ambientalistas xiitas proibiram. Ai fica um a dois anos sem pegar fogo em nada, acumula uma massa de um combustível enorme. E quando pega fogo na frente é uma desgraça", disse o presidente.

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De acordo com Bolsonaro, o Pantanal é maior que os Estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe e Alagoas juntos. "Estes quatro Estados são menores que o Pantanal. Como você vai combater fogo num lugar desse? E outra, não tem vias de acesso. O próprio nome diz: Pantanal", disse o presidente.

De acordo com o mandatário, parte dos incêndios é causada propositalmente, mas a maior parte é provocada pelo caboclo, pelo nativo. "E tem também o fogo que pega espontâneo", afirmou o presidente. "Na Amazônia em si não pega fogo porque é úmida. Agora, quanto mais gente reverbera isso como se eu fosse o responsável, o pessoal de fora se amarra para gente comprar os produtos deles", disse Bolsonaro.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse, durante audiência no Senado nesta sexta-feira (9), que o desastre das queimadas no Pantanal poderiam ter sido menores se tivesse mais gado na região. Segundo a ministra, o boi é o "bombeiro do Pantanal".

Para Tereza Cristina, o fato de o gado comer capim seco e inflamável previne que o fogo se alastre. "Aconteceu o desastre porque nós tínhamos muita matéria orgânica seca que, talvez, se nós tivéssemos um pouco mais de gado no Pantanal, isso teria sido um desastre até menor do que nós tivemos este ano", ela disse.

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"O boi é o bombeiro do Pantanal, porque é ele que come aquela massa do capim, seja ele o capim nativo ou o capim plantado, que foi feita a troca, é ele que come essa massa para não deixar como este ano nós tivemos. Com a seca, a água do subsolo também baixou os níveis. Essa massa virou um material altamente combustível", ela acrescentou.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente Jair Bolsonaro já haviam dado declaração semelhante sobre o "boi bombeiro". Biólogos, agrônomos e engenheiros florestais, entretanto, argumentam que mais bois não ajudaria a combater incêndios, visto que a criação de gado cresceu no Pantanal nos últimos anos. 

Em nota, a organização não-governamental Greenpeace disse que a ministra usou um argumento "equivocado". A ONG também responsabilizou o governo pelas queimadas por ter promovido um desmonte na gestão ambiental.

"Diante de um cenário já previsto de seca severa, com focos de calor muito superiores à média desde março de 2019, não foram tomadas medidas efetivas de combate e prevenção aos incêndios, necessárias desde o primeiro semestre. Se não tivesse ocorrido um desmonte da gestão ambiental no Brasil, a situação não teria chegado a este nível de gravidade", diz a nota.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, apontam que as queimadas na região consumiram 14% do Pantanal somente em setembro deste ano.

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