Tópicos | Terezinha Guilhermina

A brasileira Terezinha Guilhermina enfim conquistou sua primeira medalha individual nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira, ela faturou a medalha de bronze nos 400 metros na classe T11, com o tempo de 57s97, na final que contou com apenas quatro atletas.

A chinesa Cuiqing Liu conquistou o ouro, com o tempo de 56s71. A medalha de prata foi para a venezuelana Sol Rojas, com 57s64. O Brasil contou com outra representante local na disputa, mas Thalita Simplício foi desclassificada após terminar a prova na quarta e última posição.

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Antes de subir ao pódio pela primeira vez em prova individual no Rio-2016, Terezinha protagonizou polêmica com a britânica Libby Clegg nos 100 metros. A rival foi desclassificada na semifinal porque teria sido supostamente puxada por seu guia, o que é proibido. Porém, a punição não durou muito e Clegg pôde disputar a final e levou o ouro.

Terezinha reclamou publicamente da decisão. E acabou também sendo desclassificada pelo mesmo motivo, na final da prova. Em outra disputa individual, nos 200 metros, a brasileira se destacou com o melhor tempo das eliminatórias. Porém, queimou a largada na decisão.

A brasileira se reabilitou na sequência ao faturar a medalha de prata no revezamento 4x100 metros nas classes T11-13. Thalita Simplício, Lorena Spoladore e Alice Corrêa também fizeram parte da equipe.

Ainda nesta sexta, a seleção brasileira masculina de vôlei sentado foi derrotada pelo Irã por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/19 e 25/17. Com a derrota, o Brasil perde a chance de brigar pelo ouro e agora terá que disputar o bronze, contra o Egito.

No tênis de mesa, o Brasil perdeu o bronze para a Tailândia na disputa por equipes masculino na classe 3. Welder Knaf e David Andrade de Freitas foram derrotados por Yuttajak Glinbancheun e Anurak Laowong por 2 a 0 e deixaram escapar a vaga no pódio.

QUADRO DE MEDALHAS - A delegação brasileira conquistou mais duas medalhas de ouro nesta sexta-feira mas mesmo assim sofreu nova queda no quadro de medalhas. Caiu do sétimo para o oitavo lugar, agora com 60 medalhas, sendo 12 de ouro, 25 de prata e 23 de bronze. O Brasil foi superado pela Holanda desta vez, após perder espaço para Austrália e Alemanha na quinta.

A China segue esbanjando folga na liderança do quadro, com 217 medalhas, sendo 94 douradas. A Grã-Bretanha continua em segundo, com 126 medalhas (58 de ouro). Ucrânia e Estados Unidos seguem logo atrás, com 106 (38 de ouro) e 103 (36), respectivamente.

É impossível dissociar a imagem de Terezinha Guilhermina dos jogos paralímpicos. A corredora cega mais rápida do mundo, eleita pelo Guiness, é um dos nomes mais fortes do paratletismo mundial. Mas difícil mesmo é passar pelo caminhão de obstáculos que a vida impôs à velocista e sair tão vencedor quanto. Com uma história de vida emocionante, Terezinha vence todo dia e faz jus ao título de ícone do esporte.

Poucos aguentariam

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Em Betim, Minas Gerais, 18 de setembro de 1978, nascia, em uma carroça puxada pelo pai que ganhava a vida transportando ração de cavalo, Terezinha. A décima filha do casal Pedro e Terezinha, assim como outros quatro irmãos, já enfrentou, logo no início de sua trajetória, o revés que iria definir o seu destino: a retinose pigmentar. A doença congênita rouba a visão aos poucos e, no caso dela, foram 30 anos de perda gradual até a escuridão total. 

Aos 9 anos de idade perdeu a mãe e, três meses depois, foi a vez do pai deixar a casa onde Terezinha morava com seus irmãos. Coube ao irmão, Ibério, assumir as responsabilidades. Só aos 16 anos de idade que a família teve noção do que estava por vir na vida da irmã mais nova. O diagnóstico de que a jovem só enxergava 5% e perderia tal capacidade foi um choque. Não bastassem as dificuldades em casa e de ordem médica, Terezinha precisava fugir na escola para não apanhar de uma garota mais velha que a perseguia. Curiosamente, as vezes seguidas em que escapou mostraram um potencial que ela ainda desconhecia em si mesmo: o de correr mais rápido que outras pessoas.

Sempre sendo subestimada pela deficiência, Terezinha seguia vencendo. Após a escola, foi a vez de um curso técnico de administração, onde a diretora da escola disse que ela não conseguiria. Ela completou com louvor, fazendo balancetes e utilizando a calculadora, mostrando que não iria se entregar por dificuldade alguma.

As primeiras conquistas

Em 2000, Terezinha se saiu bem em corridas de rua para deficiente e chamou atenção de um clube de Belo Horizonte que a convidou para treinar. Mais uma vez, a corredora se viu subestimada em sua vida. Seu primeiro treinador a disse que ela não tinha condições de ser a maior, pois era um 'fusca' comparada as melhores do mundo. Foram precisos alguns meses apenas para mostrar que ele não podia estar mais enganado.

Em um campeonato parapanamericano na Carolina do Sul-EUA, a 'fusca' levou quatro pratas na categoria T12. Em 2004 foi a vez da Paralimpíada de Sidney, onde Terezinha mostrou que estava mais para um fórmula 1 ao terminar os 400m conquistando o bronze para o Brasil. Naquele momento da vida a doença avançava e a velocista trocou de categoria para a T11, onde não há visão alguma e sua carreira alavancaria em definitivo.

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Consagrada

A partir de 2005, Terezinha passou a correr guiada por Jorge Luiz Souza. Junto ao Chocolate, como é apelidado o treinador, a velocista chegou à Paralimpíada de Pequim-2008 com força total. Uma medalha de ouro (200m), uma prata (100m) e um bronze (400m). A partir dali, era oficial: a menina que tropeçava nos móveis e apanhava na escola, se tornou a maior corredora paralímpica do Brasil. 

A parceira com Chocolate se encerrou em 2010 por um motivo que só poderia ser obra do destino. Jorge desenvolveu um problema neurológico que afetou sua visão. Hoje, o ex-guia é atleta paralímpico. Para o seu lugar, Guilherme Santana assumiu para melhorar as marcas de Terezinha. Veloz, o corredor tinha marca, nos 100m individual, próxima da melhor atuação de um brasileiro com 10s60. O incentivo deu resultado nos treinos e, depois, na Paralimpíada de Londres, 2012.

Terezinha Guilhermina voltou a ocupar o posto mais alto do pódio  nos 200m e conquistou mais um nos 100m, onde já era prata. Nos 400m, infelizmente, o guia sofreu uma lesão e acabou soltando a corredora. Terezinha se atirou no chão buscando Guilherme e quando o encontrou ajudou a recuperar a compostura. Juntos, decidiram completar a prova e foram aplaudidos até a linha de chegada pela demonstração do verdadeiro espírito esportivo.

Incansável

É verdade que ela já não precisa mais provar nada para ninguém. Mas, o espírito guerreiro de Terezinha é gigante e incentivou a atleta a seguir buscando novos desafios. Com 37 anos, chega ao Rio de Janeiro para sua quarta paralimpíada, mais confiante do que nunca. No final do ano passado, Rafael Lazarini e Rodrigo Chieregatto assumiram a função de guiar a corredora no Rio-2016. Mesmo com o desempenho abaixo do esperado no Mundial de Doha, onde Terezinha ficou de fora da final dos 100m, coisa que não acontecia há dez anos.

Apesar disso, a velocista está confiante de um bom resultado na Paralimpíada do Rio-2016. Prestes a completar 38 anos, próximo dia 18, Terezinha já chega às pistas cariocas sendo a maior vencedora do país na categoria. Mas, para quem tem uma determinação que supera dificuldades do tamanho do Brasil, parar não é uma opção. Melhor para o público, que pode continuar acompanhando a mineira que encantou o mundo. Terezinha Guilhermina estreia nos jogos paralímpicos nesta quinta-feira (8), às 10h, quando ocorre a primeira fase dos 100m rasos feminino, categoria T11.

Depois da campanha histórica na Paralimpíada de Londres, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) premiou na noite desta quarta-feira, em cerimônia no Rio, os melhores atletas do ano. Os dois vencedores da eleição foram Terezinha Guilhermina e Alan Fonteles, ambos do atletismo.

Nos Jogos de Londres, Terezinha conquistou duas medalhas de ouro, nos 100 e 200 metros. Com essa performance, venceu a eleição no voto popular e superou as outras duas finalistas do prêmio de melhor atleta feminina do ano: Shirlene Coelho (atletismo) e Lúcia Teixeira (judô).

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Para ganhar a eleição de melhor atleta masculino do ano, Alan contou com a medalha de ouro que conquistou em Londres, ao superar o astro sul-africano Oscar Pistorius na final dos 200 metros. Os outros finalistas do prêmio eram Daniel Dias (natação) e Dirceu Pinto (bocha).

Além de eleger o melhor atleta do ano no masculino e no feminino, ambos por voto popular, o Comitê Paralímpico Brasileiro premiou na noite desta quarta-feira os destaques em cada uma das 20 modalidades existentes no programa da Paralimpíada, escolhidos por um júri especializado.

Em Londres, o Brasil conseguiu a sua melhor participação na história dos Jogos Paralímpicos. A delegação brasileira terminou com 43 medalhas conquistadas, sendo 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze, ficando com o sétimo lugar na classificação geral da competição.

O Brasil conquistou mais três medalhas no atletismo, no sexto dia de competições dos Jogos Paralimpícos de Londres, nesta terça-feira (4). Foram duas medalhas, ouro e prata nos 200m T11 e mais uma de prata na categoria 400m T46.

A dobradinha brasileira veio com Felipe Gomes e Daniel Silva, que competiram na prova de 200m, para cegos, que marcaram 22s97 e 22s99, respectivamente. Após a conquista destas medalhas o Brasil superou o número total de medalhas obtidas pelo país nas Paralimpíadas.

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Além dos três atletas que subiram ao pódio, o quarto colocado era brasileiro: Lucas Prado, que é o recordista mundial da prova e o então campeão Paralímpico, mas que ficou 5 centésimos atrás do angolano (23s10 contra 23s15) José Sayovo Armando.

A terceira medalha brasileira veio com Yohansson Nascimento, que conquistou a prata na prova dos 400m e bateu o recorde mundial na competição. O austríaco Gunther Matzinger administrou bem a vantagem que conseguiu na largada e ficou com o ouro. A prova ainda contava com outro atleta da delegação brasileira, Emicarlo Souza, que ficou apenas em sétimo lugar. O tempo do atleta, entretanto, não foi tão distante dos três que completaram o pódio: 50s74.

Sem medalha

A brasileira Terezinha Guilhermina não conseguiu conquistar uma medalha na prova dos 400 m T12, apesar de ter largado na frente e ter ficado boa parte do percurso na liderança, a paraatleta não conseguiu manter o ritmo e desabou na pista. Terezinha ficou na quarta colocação, com 1min32s, a francesa Assia El Hannouni conquista a medalha de ouro.  Oxana Boturchuk, da Ucrânia ficou com a prata e Daniela Eugenia Velasco completou o pódio.

A para-atleta Terezinha Guilhermina está classificada para mais uma final, dessa vez nos 100 metros (T11). Ela se classificou nesta terça-feira (4), no Estádio Olímpico, com o tempo de 12s23, liderando a sua bateria classificatória. Essa é a terceira fez que a atleta se classifica para uma disputa por medalha nos Jogos Paralímpicos de Londres.

Além de Guilhermina, outras duas brasileiras também estão classificadas para a final dos 100 metros (T11). Jerusa Santos e Jhulia Karol lideraram as suas seletivas com as marcas de 12s68 e 12s88, respectivamente.

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Ainda nesta terça-feira, Terezinha pode subir mais uma vez no pódio. A partir das 17h13 (horário de Brasília-DF), ela entra em ação por uma medalha na disputa dos 400m (T12). Guilhermina já conquistou, no último domingo (2), o ouro nos 200m rasos na classe T11.



 A medalhista de ouro Terezinha Guilhermina se classificou para mais uma final nos Jogos Paralímpicos de Londres, nesta segunda-feira (03). A brasileira competiu fora de classe por causa da falta de atletas, ela costuma disputar as provas da categoria T11, mas marcou o terceiro melhor tempo e garantiu vaga na final dos 400 m rasos T12.

A brasileira ficou em segundo lugar na sua bateria, com o tempo de 58s41 e ficou atrás somente da ucraniana Oxana Boturchuck, com 55s93. O primeiro tempo ficou com Assia El Hannouni, da França. A final será disputada nesta terça-feira, às 17h13. Terezinha Guilhermina ainda recebeu, na manhã desta segunda-feira, a medalha de ouro da prova dos 200 m T11, na qual ela venceu no último domingo.

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Quem se classificou também para disputar uma final foi o paraibano Ariosvaldo Silva, para a prova dos 100 m rasos T53 (para atletas cadeirantes), com o quinto melhor tempo. A final será disputada ainda nesta segunda, às 15h.

Os atletas Paulo Souza e Luciano Pereira não conseguiram medalha, depois de disputar a final na manhã desta segunda.  Na prova do lançamento de disco F35/36 (para atletas paralisados cerebrais ambulantes), Paulo Souza terminou apenas na 9ª posição, com a marca de 32m86. A medalha de ouro foi conquistada pelo alemão Sebastian Dietz, com 38m54, a prata foi para o ucraniano Oleksii Pashkov, com 37m89, e o bronze, para o chinês Wenbo Wang, que marcou 37m87.

Na modalidade de Luciano, o arremesso de peso F11/12, ele terminou na 20ª posição. O ucraniano Andrii Holivets cravou 16m25 e ficou com o ouro, enquanto a prata foi conquistada pelo russo Vladimir Andryushchenko, com 15m21, e o bronze pelo australiano Russell Short, que anotou 14m73.

Carlos Bartô e Thierb Siqueira não irão disputar a final dos 800 m 712. O primeiro fez apenas o 10º tempo e não conseguiu se classificar, enquanto o segundo sentiu um desconforto muscular e não vai competir.

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