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O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,48% em novembro e fechou o mês em R$ 6,325 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 6,172 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 43,84 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 109,26 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve alta de 2,49% em novembro e fechou o mês em R$ 6,075 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,34% maior no mês, somando R$ 250,05 bilhões ao fim de novembro.

Parcela de títulos

Mesmo com o ciclo de queda da taxa básica de juros, atualmente em 11,75% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic subiu em novembro, para 39,38%. Em outubro, estava em 39,19%. Já os papéis prefixados ampliaram a fatia de 25,98% para 26,20%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 30,27% do estoque da DPF em outubro, ante 30,65% em outubro. Os papéis cambiais oscilaram a participação de 4,18% para 4,16% no mês passado.

O Tesouro informou ainda que a parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou baixa, passando de 20,81% em outubro para 20,48% em novembro.

O prazo médio da dívida teve recuo de 4,09 anos para 4,04 anos na mesma comparação.

Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu de 10,86% ao ano para 10,65% a.a. no mês passado.

Participações

De acordo com o Tesouro, a participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em novembro. A parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 10,18% em outubro para 9,94% no mês passado.

No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 603,96 bilhões em novembro, ante R$ 603,23 bilhões em outubro.

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,89% em novembro, ante 28,28% em outubro.

A parcela dos fundos de investimentos se manteve em 23,45%.

Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,29% para 23,08% de um mês para o outro.

Já as seguradoras passaram de 4,08% para 4,11% na mesma comparação.

'Colchão da dívida'

O Tesouro Nacional encerrou novembro com R$ 908,86 bilhões no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros.

O valor observado é 11,43% maior em termos nominais que os R$ 815,6 bilhões que estavam na reserva em outubro.

O montante ainda é 20,41% menor que o observado em novembro de 2022 (R$ 1,142 trilhão).

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

O montante de novembro era suficiente para cobrir 8,34 meses de pagamentos de títulos, ante 8,7 meses em outubro.

O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quinta-feira (29) a revisão do cronograma de devolução de recursos devidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional, em condições mais benéficas para a instituição financeira.

Com o novo acordo, negociado com o Ministério da Fazenda e agora avalizado pelo TCU, os pagamentos dos últimos R$ 22,6 bilhões devidos pelo banco serão feitos em oito parcelas até 2030. O banco chegou a afirmar que, se fosse mantido o prazo original, que estabelecia o pagamento neste mês, a política de concessão de crédito do BNDES seria afetada.

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Em seu voto, o relator do caso na Corte, ministro Aroldo Cedraz, afirmou que o novo cronograma vai preservar a solidez e o equilíbrio financeiro-patrimonial do banco.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, classifica como "mentirosa" e "uma injustiça" a avaliação de que o novo arcabouço fiscal apresentado pelo Ministério da Fazenda é uma "licença para gastar" - já que o crescimento da despesa será sempre menor do que o da receita e estará sujeito a um teto (2,5% ao ano acima da inflação).

Em entrevista ao Estadão, Ceron afirma que o desenho da regra proporciona um ajuste nas contas públicas mesmo que o governo não atinja o aumento de arrecadação almejado, de R$ 150 bilhões. Ele antecipou que as medidas tributárias devem render aos cofres públicos pelo menos R$ 50 bilhões ainda neste ano.

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A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o sr. avalia a recepção ao arcabouço?

Estou convicto de que a recepção foi positiva. Não ouvi nenhuma manifestação de que a direção do movimento não está correta. Ou seja: é uma regra que garante a melhora do fiscal ao longo do tempo. O que tem de discussão é a intensidade (do ajuste), se vamos cumprir ou não o resultado primário sinalizado. Há também uma discussão qualitativa de que, se o ajuste vier por uma recomposição de receita, significa que não vai ter uma redução do tamanho do Estado. Aí, é uma visão de alguns que acham que o Estado deveria ser menor do que é em relação à economia.

O que mudou com o anúncio do arcabouço?

A discussão sobre descontrole de gastos e uma trajetória explosiva da dívida pública saiu do debate. Há dois meses, estávamos discutindo com vários analistas se havia risco de descontrole completo de gastos no novo governo, inclusive se haveria a regra de gastos. Tinha a preocupação de (o gasto) crescer 6%, 7% reais ao ano. Essa preocupação foi eliminada. O limite do gasto continua existindo. É natural e, não vejo problema, emitirem opiniões sobre a intensidade do movimento de ajuste, se ela deveria ser diferente.

Despesas para capitalizar estatais, fora do teto atual, ficarão de fora do novo?

Essa era uma grande preocupação. Ficará dentro do limite de gastos. Os gastos da Justiça eleitoral também. As grandes contas, como investimentos, estarão dentro do limite de gastos para poder ser uma regra crível.

Por que há um piso para investimentos?

O que está se garantindo é o patamar atual corrigido pela inflação. A tendência é de que, ao longo dos próximos anos, o investimento até cresça do ponto de vista real. Mas, suponha que venha uma recessão e você tenha uma necessidade de ajuste. O que é o tradicional, o mais fácil de fazer? Corta investimento. Eles geram um ajuste fiscal imediato, só que ele é o mais nocivo para a economia. Quando você coloca um piso, força um pouco mais o ajuste para o lado da despesa corrente. O investimento deixa de ser a variável de ajuste de sempre, a primeira vítima.

Como o governo chegou ao valor de 2,5% para o limite de aumento das despesas?

É a média do crescimento econômico dos últimos 30 anos. Tudo mais constante, significa que, se o gasto crescer sempre 2,5% (acima da inflação) em condições normais, o Estado vai ficar do mesmo tamanho. Mas só vai poder acontecer isso se tiver receita para suportar (o aumento de despesas).

Os críticos dizem que pode haver estímulo ao aumento brutal da carga tributária.

Não é verdade. Talvez tenha sido compreendido equivocadamente. Tem um monte de fake news. Na semana passada, só com o anúncio do arcabouço, começaram a sair coisas absurdas, de que vai ter tributação sobre Pix, sobre igreja, que é imune na Constituição. Mas as pessoas querem tumultuar. O que temos sinalização é: ‘Você, cidadão comum, não vai ter um tributo novo’. O que o governo vai fazer é buscar os grandes grupos e a altíssima renda, que buscam mecanismos para não serem tributados. A gente tem de combater privilégio para acelerar a intensidade do ajuste fiscal. Isso não é o ajuste em si. Se não tiver isso, não vai ter ajuste? Vai, num horizonte temporal mais longo.

Qual é o aumento de receita previsto para este ano com medidas tributárias?

Pelo menos R$ 50 bilhões.

O ministro Haddad vai enfrentar a mudança na tributação dos fundos exclusivos, já tentada outras vezes?

O compromisso do ministro de olhar essas distorções está sendo feito, mas todos têm o seu momento. Para as questões relacionadas à tributação sobre a renda, tem uma sinalização de que vai num pacote no segundo semestre. Está sendo olhado tudo, inclusive esses fundos.

O que o sr. acha da avaliação de que o arcabouço é uma ‘licença para gastar’?

Não é só uma injustiça, ela é mentirosa. Se não houvesse um limite para o gasto, se fosse, por exemplo, só um retorno para o superávit primário, aí poderíamos discutir. Eu poderia crescer, em tese, 6%, 7% a despesa. Não é essa a regra. Tem um regramento muito claro de que você pode crescer até 2,5% com condições - se a sua receita performar num patamar que permita esse porcentual. Então, não adianta a receita crescer 10%, que a despesa vai crescer só 2,5%. E lembro que 2,5% é a média do País. Ou seja: se eu crescer 2,5%, o Estado fica mais ou menos do tamanho do que existe hoje. Então, nem do ponto de vista bruto quanto relativo é uma licença para gastar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo Bolsonaro deixou R$ 255,2 bilhões em despesas contratadas e não pagas para 2023. Chamados tecnicamente de restos a pagar (RAPs), os valores são transferidos de um ano para outro e se transformam em um "orçamento paralelo", competindo por espaço com os novos gastos.

Como comparação, ao fim do seu segundo mandato o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou R$ 246,8 bilhões (em valores corrigidos a dezembro de 2021) em RAPs para sua sucessora, Dilma Rousseff. Já o presidente Michel Temer deixou R$ 189,6 bilhões que, com a correção pela inflação, resultam em R$ 227,4 bilhões.

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O Tesouro Nacional informou ao Estadão que já bloqueou R$ 33,7 bilhões de RAPs deixados pelo governo Bolsonaro depois que decreto do governo Lula determinou que os ministérios e órgãos públicos façam uma avaliação da necessidade de se manter ou não os contratos. O decreto faz parte do conjunto de medidas de ajuste de fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, há duas semanas.

O Tesouro informou ainda que um alerta será disparado na próxima semana pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e de Gestão com as orientações técnicas e de governança fiscal aos seus gestores orçamentários para que façam esse pente-fino. O governo conta com a medida para reduzir as gastos deste ano e tirar as contas públicas do vermelho. Contratos superiores a R$ 1 milhão passarão por avaliação.

"Independentemente do bloqueio já feito, todos os órgãos terão de fazer uma revisão de contratos e convênios", explicou o subsecretário de Contabilidade Pública do Tesouro, Heriberto Henrique Vilela do Nascimento. "É uma medida de ajuste fiscal porque esperamos que boa parte dessas despesas bloqueadas sejam canceladas", disse.

O pacote de Haddad prevê um potencial de economia de R$ 50 bilhões neste ano, sendo R$ 25 bilhões por meio da revisão de contratos e programas.

O subsecretário afirmou que, por restrições legais, nem todos os RAPs podem ser bloqueados. Nada também pode ser feito com gastos que já foram processados e liquidados - ou seja, já houve a entrega do produto ou do serviço, mas nem tudo foi pago. As despesas desse grupo somam R$ 81,8 bilhões.

Também não podem ser bloqueadas despesas obrigatórias, emendas parlamentares impositivas, do Ministério da Saúde e das fundações e autarquias da administração pública indireta.

'Herança'

Os RAPs deixados para este ano tiveram um aumento de R$ 21,6 bilhões na comparação anual. De 2021 para 2022, foram deixados R$ 233,6 bilhões. A razão do salto foi que, faltando poucos dias para o fim do ano passado, o governo Bolsonaro liberou R$ 20 bilhões de crédito orçamentário autorizando novas despesas. Como não houve tempo para executá-las, elas foram "carregadas" para 2023, inflando o Orçamento deste ano.

A edição desses novos créditos, no apagar das luzes, só foi possível porque a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, negociada pelo governo Lula com o Congresso, abriu brecha para gastar R$ 23 bilhões fora teto de gastos - a regra que impõe um limite anual ao crescimento de despesas - ainda em 2022. A PEC também autorizou o governo a empenhar as emendas de relator do orçamento secreto - mecanismo revelado pelo Estadão de transferência de verbas a parlamentares em troca de apoio político.

Em 2018, Mansueto Almeida, então secretário do Tesouro, determinou o cancelamento dos RAPs depois de três anos. A medida reduziu o estoque inicialmente, mas o montante voltou a crescer na pandemia da covid-19, quando o governo aumentou os gastos com o chamado "orçamento de guerra".

No fim do ano passado, o Congresso também aprovou uma medida para proibir que RAPs fossem cancelados no fim de 2022. O prazo foi estendido para o final deste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tesouro Nacional honrou R$ 1,08 bilhão em dívidas garantidas dos entes subnacionais pela União, totalizando R$ 9,78 bilhões em 2022, informou o órgão nesta segunda-feira (9) no Relatório de Garantias Honradas pela União em operações de crédito.

Em dezembro, a maior parte foi referente ao Estado do Rio de Janeiro, de R$ 643,20 milhões, seguido de Pernambuco (R$ 141,29 milhões), Goiás (R$ 76,20 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 57,57 milhões). Depois ainda aparecem os R$ 57,57 milhões do Estado do Maranhão, R$ 43,39 milhões do Estado do Piauí, R$ 24,98 milhões do Estado de Alagoas e R$ 32,06 milhões do município de Taubaté (SP).

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No ano, o Rio de Janeiro também teve o maior volume honrado, com 40,64% do total, R$ 3,98 bilhões. Os outros mutuários com os maiores valores honrados em 2022 foram Minas Gerais (R$ 1,98 bilhão, ou 20,23% do total), Goiás (R$ 1,29 bilhão, ou 13,17% do total) e Rio Grande do Sul (R$ 886,57 milhões, ou 9,06% do total).

O Tesouro ainda informou que, desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 51,69 bilhões com o objetivo de honrar garantias em operações de crédito.

O governo irá lançar um título público chamado Tesouro RendA+, para funcionar como uma aposentadoria adicional. Com aporte a partir de R$ 30, ele poderá ser comprado por pessoas físicas a partir de 30 de janeiro, pela internet, por Pix. O título promete ao investidor rentabilidade acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o investimento pode ser vantajoso pela facilidade e pelo baixo risco.

Líder de renda fixa da XP Investimentos, Camilla Dolle afirma que essa aplicação atende a uma necessidade dos investidores. "Muita gente já buscava uma opção no Tesouro para a aposentadoria. A alternativa que existia era o Tesouro IPCA+, mas o papel não era próprio para isso", diz.

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Já o analista de renda fixa e sócio da Quantzed, Ricardo Jorge, vê potencial de adoção do novo título por pessoas com pouco conhecimento na área, o suficiente para fazer investimentos em programas de aposentadoria, como previdências privadas. "O investidor poderá aplicar seus recursos de uma maneira muito simples, sem que tenha de ficar lendo contratos, pesquisando regulamentos, entendendo e comparando rentabilidades", diz.

Apesar da facilidade, os especialistas apontam que não é possível afirmar que o Tesouro RendA+ seria melhor ou pior que a opção por algum tipo de previdência privada, sendo necessário avaliar caso a caso. Porém, alguns pontos pesam mais contra do que a favor do RendA+ ante a previdência.

"A desvantagem clara do título do Tesouro é em relação à tributação. O investidor não poderá deduzir o valor investido no Imposto de Renda, como acontece na previdência, e o imposto cobrado sobre o rendimento será de 15%, ante 10% da previdência (após dez anos da aplicação)", diz a analista independente de fundos de investimento e previdência Luciana Seabra. Ela também chama atenção para a questão da sucessão patrimonial. "Pela previdência, o dinheiro é liberado rapidamente e, em alguns Estados, não há cobrança de imposto."

Para o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) Pierre Oberson de Souza, o novo título de investimento não deve desafogar o INSS, funcionando apenas como uma forma de complemento da renda paga pelo governo, sem substituí-la. Porém, se o Tesouro Nacional conseguir estimular o hábito de investir para a aposentadoria, diz ele, o País pode enfrentar menos problemas sociais no futuro.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça a rejeição das contas de campanha do governador reeleito do Rio, Cláudio Castro (PL), por causa do que chamou de "vícios graves e insanáveis". De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Estado, auditores encontraram irregularidades na movimentação financeira da campanha e apontaram que ao menos R$ 3,2 milhões recebidos de fundo público não tiveram a destinação devidamente esclarecida. O MP pede que Castro e seu vice, Thiago Pampolha, sejam condenados a devolver os valores ao Tesouro Nacional.

De acordo com o MP Eleitoral, R$ 720 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) de Castro, que fez campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro, foram gastos sem comprovação dos serviços contratados. Outra suposta irregularidade envolveu o aluguel de veículos por empresas sem capacidade operacional para a realização dos serviços. Neste caso, a devolução pelo uso supostamente irregular do fundo corresponde a mais de dois milhões de reais (R$ 2.240.100,00).

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A PRE cita ainda a contratação de serviços de comunicação, por R$ 4,5 milhões. Na prestação de contas, foi apresentado um reajuste de 52%, levando o gasto para R$ 6,85 milhões, "sem a especificação de motivo para o reajuste", de acordo com a Procuradoria.

"Tais irregularidades são, inequivocamente, suficientes para a rejeição das contas, por representarem vícios graves e insanáveis, referentes à movimentação financeira da campanha e à correspondente prestação de contas de campanha, o que compromete a correta análise das finanças utilizadas na campanha e enseja a desaprovação dessas", afirma a procuradora regional eleitoral Neide Cardoso de Oliveira.

Coligação diz que cumpriu a lei

Segundo a coligação Rio Unido e mais Forte, o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral não se trata do julgamento final sobre a prestação de contas da campanha do governador Cláudio Castro.

"A coligação protocolou, nesta segunda-feira, uma petição para subsidiar a decisão do relator, corrigindo divergências interpretativas relacionadas aos documentos apresentados pela campanha e que compõem o processo. Importante ressaltar que todos os gastos foram feitos com transparência e seguindo as normas vigentes da Legislação Eleitoral."

O fluxo mais forte de dividendos das estatais e a diminuição das despesas extraordinárias devem levar a um superávit primário de R$ 11,70 bilhões nas contas do governo central em setembro, após déficit de R$ 49,972 bilhões em agosto, segundo a mediana projetada por economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O resultado será divulgado amanhã pelo Tesouro.

É o caso do economista-chefe do Rabobank Brasil, Mauricio Une, que projeta ganho de R$ 13,50 bilhões em setembro, resultado de R$ 150,10 bilhões em receitas líquidas e de R$ 136,60 bilhões em despesas totais. É a maior projeção entre as 17 instituições consultadas.

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Une atribui parte do resultado a um "grande fluxo de dividendos" de estatais no mês, de cerca de R$ 12,50 bilhões, com destaque para a Petrobras. Ele também cita um gasto menor com Previdência previsto para o mês, o que deve ajudar no superávit primário esperado.

Já o economista da Pezco Helcio Takeda diz que, apesar das medidas de incentivo promovidas pelo governo nos últimos meses, o gerenciamento das despesas tem sido positivo. "O aumento do Auxílio Brasil e os vales a caminhoneiros e taxistas pressionam o resultado do segundo semestre, mas não pioram muito", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a promessa do presidente Jair Bolsonaro de, se eleito, manter o Auxílio Brasil em R$ 600, o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, disse que será um "desafio considerável" acomodar esse aumento de gastos no Orçamento de 2023.

Um dos problemas é que as despesas discricionárias (não obrigatórias) estão estimadas entre R$ 120 bilhões a R$ 130 bilhões por ano. Colnago, que já foi ministro do Planejamento e integra a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde o início do governo, fez uma defesa da manutenção do teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.

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Ele confirmou que o projeto de Orçamento de 2023, o primeiro do próximo governo, será entregue em agosto levando em conta o valor do auxílio em R$ 400, como mostrou o Estadão na quinta-feira (21). "É o teto que está nos permitindo caminhar para um resultado superavitário a despesas de todos os auxílios", disse.

O secretário estimou os gastos entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. Mas mesmo essa previsão é conservadora. Para garantir o aumento de R$ 400 para R$ 600 até o final do ano, a emenda constitucional que ganhou o nome de PEC Kamikaze fixou um gasto de R$ 26 bilhões em cinco meses. Em 12 meses, esse gasto representa na prática um custo adicional de R$ 62,4 bilhões, que se somam ao orçamento de R$ 89 bilhões previstos para este ano com o auxílio em R$ 400.

No ano cheio, o custo em 2023 pode subir para R$ 151,4 bilhões. Trata-se de uma situação fiscal que os próprios técnicos do governo avaliam que não cabe no teto de gastos do modelo atual. Além de Bolsonaro, os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) já adiantaram que, caso eleitos, vão acabar com o teto.

Com pouco tempo até as eleições de outubro, o governo divulgou que no dia 9 de agosto começa o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil e da bolsa-caminhoneiro, que deve ter duas prestações de R$ 1 mil pagas no mesmo dia.

O Ministério da Cidadania antecipou o calendário de pagamento dos benefícios do Auxílio Brasil referente ao mês de agosto. De acordo com instrução normativa publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem, as parcelas serão pagas a partir do dia 9 do mês, a depender do Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário (ver quadro). Antes da mudança, os pagamentos seriam feitos nos últimos dez dias úteis de cada mês (dia 18). O calendário do restante do ano não foi alterado.

Bolsa-caminhoneiro

A medida, oficialmente, foi batizada de Benefício Emergencial aos Transportadores Autônomos de Carga (BEm Caminhoneiro) e, pelas contas do governo, deve beneficiar cerca de 900 mil transportadores autônomos de cargas, de forma a amenizar o impacto do alto preço dos combustíveis (em especial, o do óleo diesel).

As informações de cadastro dos caminhoneiros foram repassadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e já estão em processamento pela Dataprev para permitir o pagamento aos elegíveis. Os detalhes sobre o pagamento do benefício serão regulamentados em breve por meio de portaria.

Bolsa-taxista

No caso dos taxistas, desde estsa segunda (25), os prefeitos podem enviar as informações de cadastro. O sistema ficará aberto para receber os cadastros até o dia 31 de julho. Aqueles que, eventualmente, ainda não tiverem recebido a comunicação do ministério poderão acessar o sistema igualmente para enviar as informações. O envio dos cadastros dos taxistas pelas prefeituras é necessário em razão da competência municipal ou distrital em torno do tema. Os dados cadastrados serão processados pela Dataprev.

Serão considerados os motoristas de táxi com Carteira Nacional de Habilitação válida e alvará em vigor no dia 31 de maio de 2022. O valor e o número de parcelas do benefício poderão ser ajustados de acordo com o número de beneficiários cadastrados, respeitando o limite global disponível para o pagamento do auxílio, previsto na emenda.

Um tesouro composto por mais de 200 moedas do período romano foi descoberto no noroeste da Espanha, graças, muito provavelmente, a um texugo que procurava alimento, segundo informaram os arqueólogos.

A descoberta foi revelada no fim de dezembro nos Cadernos de Pré-História e Arqueologia da Universidade Autônoma de Madri, uma publicação periódica.

A imprensa espanhola repercutiu esta semana a descoberta, quando completa exatamente um ano da gigantesca nevasca Filomena, que paralisou boa parte do país no início de 2021 e também causou perturbações no ecossistema, obrigando alguns animais a buscar comida em lugares diferentes dos habituais.

Segundo o artigo publicado pelos arqueólogos, as moedas foram encontradas na caverna de La Cuesta, em Berció, nas Astúrias, "entre toda a areia extraída possivelmente por um texugo, na entrada de sua toca".

Um morador da região viu as moedas e alertou as autoridades. Em abril do ano passado, um grupo de investigadores e arqueólogos foi até o local para recolher as moedas e desenterrar as que ainda estavam sob o solo.

"Trata-se de um conjunto de 209 peças de entre os séculos III e V", originárias "do norte e do Mediterrâneo oriental", de lugares como Antioquia, Constantinopla, Tessalônica, Roma, Arles, Lyon e, inclusive, Londres, segundo o artigo.

Os investigadores, que qualificaram a descoberta de "excepcional", sugerem que as moedas foram depositadas no local em "um contexto de instabilidade política", principalmente por causa da invasão dos suevos, um povo germânico, no noroeste da Península Ibérica.

O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, disse nesta segunda-feira, 22, que o governo deve editar amanhã uma portaria liberando R$ 1,4 bilhão para a compra de vacinas contra covid-19 para garantir a 3ª dose e a aplicação em adolescentes.

Segundo ele, esse valor já está incorporado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre, uma vez que é necessário 10% do valor do contrato. "O grosso da despesa é no ano que vem", disse.

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Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, 22, "o Ministério da Economia informa que Paulo Fontoura Valle aceitou o convite feito por Esteves Colnago para assumir a Secretaria do Tesouro Nacional", em substituição a Jeferson Bitencourt no cargo, que deixou ontem o governo junto com Bruno Funchal e outros dois integrantes da equipe econômica.

Assim como Bitencourt, Valle é funcionário de carreira do Tesouro, onde comandou por muito anos a área da dívida pública. Ele foi escolhido pelo novo secretário de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago.

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O Tesouro Nacional anunciou, nesta terça-feira (29), uma emissão externa de títulos soberanos brasileiros em dólares. De acordo com o comunicado do órgão, será realizada a emissão de um novo título de 10 anos, com vencimento em 2031, e a reabertura do atual benchmark de 30 anos, o Global 2050.

"O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira", informou o Tesouro Nacional.

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A operação será liderada pelos bancos Bradesco BBI, Goldman Sachs e HSBC.

De acordo com o órgão, os títulos serão emitidos no mercado global e o resultado será divulgado no fim desta terça-feira.

Essa é a primeira captação externa do ano - a última havia sido feita pelo Tesouro Nacional no início de dezembro, quando foram vendidos US$ 2,5 bilhões de títulos da dívida externa de cinco, 10 e 30 anos.

Em julho do ano passado, outra emissão captou ainda US$ 3,5 bilhões com a venda de títulos com vencimento de 5 anos e 10 anos.

O Tesouro Nacional apresentou nesta quarta-feira (27) o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2021, com as metas para a gestão da Dívida Pública Federal (DPF) neste ano. O documento estipula que o estoque da DPF fique entre R$ 5,6 trilhões e R$ 5,9 trilhões até o fim deste ano. Em 2020, o estoque da DPF ficou em R$ 5,009 trilhões.

A estratégia de financiamento prevê como diretriz a substituição gradual dos títulos remunerados pela Selic por papéis prefixados ou atrelados à inflação, sinalizando uma mudança do quadro observado em 2020.

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Para os papéis remunerados pela Selic, o PAF prevê uma participação de 28% a 32% em 2021, o que possivelmente significará uma redução da fatia desses papéis, que encerraram 2020 em 34,8%. No ano passado, as bandas para esses títulos eram de 36% a 40%.

O órgão também apresenta expectativa de maior volume de emissões de títulos prefixados e dos remunerados por índices de preços em relação ao efetivamente observado no ano passado. O PAF 2021 estipula que a participação de títulos prefixados no estoque da DPF encerre este ano entre 38% e 42%, intervalo maior que o fixado no ano passado (30% a 34%).

A fatia desses papéis encerrou 2020 em 34,2%. Já para os títulos que seguem a variação da inflação, o PAF prevê uma parcela de 24% a 28% do estoque para 2021. No ano passado, a meta para esses papéis ia de 23% a 27% da DPF, e o registrado efetivamente no fim de 2020 foi 25,3%.

O plano anual estipula que os papéis atrelados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7% do estoque, mesma fatia prevista em 2020, quando acabou ficando em 5,1%.

O PAF de 2021 também traz parâmetros para o porcentual de vencimentos da DPF em 12 meses, devendo chegar ao fim do ano entre 24% e 29% do estoque. No ano passado, o PAF estipulou um intervalo entre 24% e 28%.

"Em decorrência desse desafio fiscal, é esperado que em 2021 ainda persista o aumento da participação de títulos prefixados de curto prazo", diz o Tesouro. O mesmo deve ocorrer com o prazo médio da dívida.

Para este ano, o prazo médio da DPF deve ficar entre 3,2 anos e 3,6 anos. Em 2020, o PAF previa limite mínimo de 3,50 anos e máximo de 3,80 anos, sendo que o observado no fim do ano foi prazo médio de 3,6 anos.

O Egito apresentou neste sábado (14) uma centena de sarcófagos de mais de 2.000 anos em perfeitas condições, descobertos na necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo, o maior "tesouro" descoberto no país desde o início do ano.

Os caixões de madeira lacrados pertenciam a altos funcionários da Baixa Idade (entre 700 e 300 anos a.C.) e do período ptolomaico (323 a 30 a.C.).

O novo tesouro foi descoberto na necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo, onde cerca de 60 sarcófagos intactos e com mais de 2.500 anos já haviam sido descobertos no mês passado.

"Saqqara ainda não revelou tudo o que tem. É um tesouro", disse Khaled el Enani, ministro egípcio de Turismo e Antiguidades, durante a cerimônia.

O local de Saqqara, a pouco mais de quinze quilômetros ao sul das pirâmides do planalto de Gizé, abriga a necrópole de Mênfis, a capital do antigo Egito.

O local é declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Os 100 sarcófagos anunciados neste sábado foram descobertos em três sepulturas de 12 metros de profundidade. Os arqueólogos abriram um dos caixões em que repousava uma múmia envolta em um sudário adornado com hieróglifos coloridos.

Mais de 40 estátuas de antigas divindades e máscaras funerárias também foram encontradas, segundo o ministro.

Essas descobertas serão distribuídas para vários museus egípcios, incluindo uma nova unidade que será inaugurado nos arredores do Cairo.

De acordo com Enani, essas descobertas recentes são resultado de um crescente trabalho de escavação nos últimos anos.

Outra descoberta ocorrida na necrópole deve ser anunciada nas próximas semanas, acrescentou.

O resultado do lucro do Banco Central no caixa do Tesouro Nacional tem potencial para reduzir em quase 10% a dívida pública interna brasileira, que já alcança R$ 4,151 trilhões. A equipe econômica está de olho em uma parcela de R$ 400 bilhões do resultado positivo do primeiro semestre, que somou R$ 521,1 bilhões. O repasse depende de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão formado por representantes do Ministério da Economia e do Banco Central.

Na terça-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou que o governo observa uma "severa restrição de liquidez" por causa da pandemia. Ou seja, segundo ele, há preocupação com a disponibilidade de recursos para que o governo honre seus compromissos, especialmente de refinanciamento da dívida pública. Isso porque houve o que se chama de encurtamento da dívida do governo, o que obriga o Tesouro a ter mais recursos para a rolagem nos próximos meses.

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Essa possibilidade de repasse ao Tesouro, antecipada pelo Estadão em maio, deve ser avaliada já no próximo encontro do CMN, marcado para o dia 27, como indicou Funchal. Basta o consenso dos integrantes do CMN para que a transferência de recursos seja confirmada.

Fazem parte do conselho o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.

O dinheiro servirá apenas para a gestão da dívida pública e não para ampliar gastos. Ainda assim, os recursos podem servir como uma sinalização positiva ao mercado de que o governo está atuando para segurar o avanço da dívida. O montante de R$ 400 bilhões equivale a 9,64% da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública em títulos no mercado interno.

O Ministério da Economia já sinalizou que quer os recursos e o BC, por sua vez, que o ano de 2020 é "especial" e, por isso, uma transferência seria justificável. A questão agora é saber quanto será transferido.

Como funciona

No centro das discussões está a Lei 13.820, de 2019, que estabeleceu uma nova relação entre BC e Tesouro. Antes da lei, sempre que o Banco Central registrava em seu balanço lucro cambial (com reservas internacionais, por exemplo), os recursos eram transferidos para o Tesouro. Quando havia prejuízo, era o Tesouro que cobria o rombo do BC, por meio da emissão e da transferência de títulos públicos. Essa dinâmica elevava a dívida pública.

Com a lei, o lucro do BC não é mais transferido ao Tesouro: ele passou a abastecer as reservas de resultado cambial. Assim, quando o Banco Central tiver prejuízo cambial, as reservas são usadas para cobrir o rombo, sem precisar do auxílio do Tesouro. A dívida pública, portanto, não cresce.

Esse mecanismo ainda prevê que a reserva de resultado pode ser destinada ao Tesouro, para abatimento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) no caso de "severas restrições nas condições de liquidez afetarem de forma significativa o seu refinanciamento". Seria um caso de exceção.

Na visão do Ministério da Economia, foi justamente isso o que ocorreu neste ano: com a pandemia de covid-19, o Tesouro foi obrigado a elevar as emissões de títulos, em especial nos últimos dois meses. "Do lado da demanda por títulos, o mercado está respondendo a esse choque com o encurtamento da dívida", afirmou Funchal.

Ao mesmo tempo, a pandemia, apesar de desastrosa para a atividade econômica, provocou um efeito positivo para as reservas de resultado cambial do BC. Como o dólar disparou 35% ante o real no primeiro semestre, o BC registrou lucro com suas operações cambiais de R$ 478,5 bilhões no período, um recorde. Com o acréscimo de R$ 42,6 bilhões que já estavam nas reservas de resultado desde 2019, o valor disponível saltou para R$ 521,1 bilhões. Parte desse montante é que será, com a autorização do CMN, transferido ao Tesouro.

"Isso tem de ser feito. Não existe a necessidade de a reserva de resultado ter essa quantidade de dinheiro", avaliou o consultor Raul Velloso, especialista em finanças públicas.

Segundo ele, o fato de o Brasil contar com reservas internacionais, hoje acima de US$ 350 bilhões, impulsionou o resultado cambial do BC durante a pandemia, na esteira do avanço do preço do dólar. "É como se fosse uma estatal que deu um lucro extraordinário. Tem de transferir para o Tesouro, principalmente no momento que estamos vivendo", defende Velloso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 2,17% em maio, quando atingiu R$ 4,250 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque estava em R$ 4,160 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 16,53 bilhões no mês passado, quando houve emissão líquida de R$ 73,58 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,26% e fechou o mês em R$ 4,032 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,41% maior, somando R$ 218 bilhões no mês passado.

Estrangeiros

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública voltou a cair em maio em relação a abril. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,36% para 9,11% em maio, somando R$ 367,29 bilhões. Em abril, o estoque estava em R$ 369,26 bilhões.

As instituições de previdência reduziram a participação no estoque da dívida de 25,65% para 24,88%. A categoria das instituições financeiras, por outro lado, teve alta na participação do estoque da DPMFi de 25,72% em abril para 26,77% em maio.

Os fundos de investimentos aumentaram levemente a fatia de 5,76% para 25,85%. Já a participação das seguradores passou de 3,96 % para 3,91%.

Após anunciar sua saída do cargo até agosto, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, negou, nesta segunda-feira (15), a possibilidade de o ministro da Economia, Paulo Guedes, também deixar o governo. "Não tem essa possibilidade não. O ministro Guedes tem valores claros e convicção do que precisa ser feito", afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Segundo Mansueto, Guedes segue muito animado com a perspectiva de crescimento do País na retomada após a crise atual. "A cada batalha, parece que ele renova o espírito de luta. O ministro acredita que o Brasil pode decolar. A cada dia que acham que Guedes está cansado ele volta com novas ideias e muita empolgação para mudar o País, lutando por reformas no governo", acrescentou.

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Na entrevista, Mansueto repetiu seus alertas sobre o crescimento do endividamento público decorrente da crise da pandemia de covid-19 e voltou a defender a votação de reformas econômicas no segundo semestre, com destaque para as reformas administrativa e tributária.

Questionado sobre a possível privatização do Banco do Brasil, ele lembrou que a instituição não está na lista de estatais a serem vendidas pelo governo, embora o presidente do banco, Rubem Novaes, defenda essa ideia. "O BB não está na lista de privatização, mas o banco precisa se reinventar. Se houver esse consenso no futuro, não vejo problema em se privatizar o BB. Se o banco é público ou privado não me interessa, o importante é termos juros baixos em um ambiente competitivo", completou.

Com saída do cargo prevista para agosto, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, defendeu, nesta segunda-feira (15), que o seu substituto e equipe econômica aprimorem o diálogo com o Congresso e governadores pelo ajuste fiscal. "É importante que o novo secretário e cúpula da Economia continuem e aprimorem o diálogo com Congresso e governadores", disse, em entrevista à Globonews, lembrando que o ajuste fiscal é por natureza um debate político, a partir de debate técnico.

Ele ponderou que o esforço depende também da sociedade. "O ajuste depende tanto do presidente, ministro, quanto do Congresso, e depende de todos nós brasileiros, precisamos dar apoio", disse.

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Ao longo da entrevista, repetiu afirmações dadas no domingo ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), como a de que grande fiador dessa agenda é o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Segundo Mansueto, com Guedes e o teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação, a agenda de reformas precisará continuar.

"O ajuste fiscal não está em risco", disse Mansueto nesta segunda-feira.

O secretário lembrou que "hoje o ajuste fiscal do Brasil está na Constituição, é o teto de gastos". "Para o governo não cumprir o teto de gastos em 2021 teria que mudar a Constituição; sem fazer mudança está garantido. Não acredito que alguém vá mudar o teto de gastos", emendou.

De acordo com ele, é preciso, como sociedade, discutir como aprofundar ao longo dos anos o ajuste fiscal, "dentro e fora do governo". E disse que é preciso fazer reformas administrativa e tributária.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, deixará o governo nas próximas semanas, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Ele deve cumprir quarentena e ir para a iniciativa privada.

Mansueto já está discutindo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, um nome para sucedê-lo no cargo, cuja missão é controlar o caixa do governo. Ele estava no posto desde abril de 2018. É a primeira perda importante na equipe de Guedes.

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Mansueto já vinha discutindo sua saída do governo com o ministro. A informação de que sua demissão está próxima foi revelada neste domingo, 14, pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e confirmada por um integrante da equipe econômica ao Estadão/Broadcast.

Guedes já havia manifestado o desejo de nomeá-lo diretor-executivo do Conselho Fiscal da República, colegiado a ser criado pela PEC do Pacto Federativo. Mas a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus acabou atrasando a tramitação de propostas estruturais no Congresso Nacional, e essa saída acabou ficando mais distante.

'Quarentena'

Segundo apurou a reportagem, Mansueto manifestou compreensão em relação à prioridade que será dada às medidas de retomada da economia, colocando a criação do Conselho Fiscal da República em segundo plano no momento. Por isso, demonstrou o desejo de sair no fim do primeiro semestre deste ano para cumprir a quarentena exigida para ocupantes de cargos estratégicos (como é o comando do Tesouro Nacional) até que possa ir para a iniciativa privada.

O atual secretário do Tesouro sempre foi considerado "guardião" dos cofres do governo e fiador do processo de ajuste das contas públicas. Rumores de sua saída sempre geraram preocupação no mercado financeiro sobre a continuidade dessa agenda.

Segundo um integrante da equipe econômica, a saída de Mansueto não deixará o governo como um "time liquidado quando o craque vai sair". A avaliação dessa fonte é que o próprio secretário do Tesouro não tomaria essa decisão se houvesse a avaliação de que isso provocaria maior turbulência.

A percepção é de que o próprio Mansueto esperou passar o momento mais crítico da crise do novo coronavírus, quando o governo foi pego de surpresa e precisou correr para desenhar políticas emergenciais para conter seu impacto, e decidiu sair quando teve a certeza de que isso não seria tão decisivo em termos negativos para o País.

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