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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um vestibular de questões fechadas e objetivas, com exceção para redação no primeiro domingo de provas, com um espaço aberto para os alunos desenvolverem um texto dissertativo-argumentativo para compor sua nota.

Por essa diferença, a redação costuma ser a principal preocupação de muitos estudantes que irão fazer a prova. Como fazer o texto e, além disso, como estar preparado para fazer um texto sobre qualquer assunto?

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Para acalmar os vestibulandos, o Vai Cair no Enem conversou com a professora de redação Marcela Silva sobre quais estratégias utilizar quando, mesmo depois de ler e reler o tema, não saber o que escrever na hora da prova de redação.

A docente começa explicando que os temas da redação do Enem sempre buscam um cunho social para justificar os problemas. Por isso o aluno pode desenvolver seu texto com base nestes conceitos.

"Então você pode trazer ali como culpa o governo, a educação, a mídia, a sociedade, a família. Então o primeiro passo é você ter esse senso de que o tema da redação é social, vai retratar algum problema que está atrelado à sociedade brasileira", detalha a profissional.

Outro ponto é fazer uma leitura detalhada do tema e dos textos de apoio. Marcela destaca que todo tema possui palavras norteadoras que irão dar o recorte que a redação deve levar dentro do assunto principal, e essas palavras são as primeiras que o aluno deve procurar na hora da prova. Alguns exemplos destas palavras são: desafio, estigma, impasse, prevenção, entre outras. 

“Se estamos debatendo uma redação a respeito da democratização do acesso ao cinema no Brasil, a gente precisa encontrar qual é a palavra de cunho responsável para o assunto. Então se eu escrever uma redação sobre democratização, vai ter o mesmo sentido de eu escrever uma redação sobre o cinema em si? Então a palavra chave, nesse caso, seria ‘cinema’ e ‘democratização’, a palavra norteadora”, exemplifica.

A professora explica que o Enem trabalha com, geralmente, três textos motivadores, cada um com um objetivo específico. Os temas das últimas edições tinham sempre, por exemplo, um infográfico relacionado ao tema, com informações por região, porcentagens, etc. Além deste conteúdo, peças publicitárias ou campanhas também são muito usadas para apoio de redação no exame.

Os textos motivadores aparecem de diferentes tipologias e o estudante pode fazer esta análise para conseguir desenvolver sua opinião e o esboço da tese que ele pode levantar na hora de escrever. Para ficar mais atento, a docente defende que o aluno grife as palavras mais importantes que podem ser utilizadas no texto, além de grifar algumas ideias para ajudar no repertório.

Por fim, ainda no assunto de repertório, a docente explica que o um texto pode ter mais credibilidade se atrelar o repertório ao eixo temático do tema. Marcela demonstra que “se o tema fala da democratização do acesso ao cinema, nós sabemos que isso tem relação com a cultura, tem relação com a cidadania, então é interessante que os elementos de repertório, de respaldo pro texto, eles sejam ali, de certa forma, possíveis de reutilizar”.

Não é necessário que o aluno utilize um repertório muito específico do tema, mas que ele saiba debater e respaldar sua opinião. Para explicar melhor, no tema de invisibilidade de registro civil, o aluno pode levantar uma argumentação sobre o governo não se mostrar eficaz na garantia de direitos:

“Ele pode utilizar a Constituição para respaldar que ‘todo cidadão, segundo o artigo 5, tem acesso à educação, saúde de qualidade, moradia, alimentação e na prática não acontece dessa forma porque…’ aí entra o momento de culpa, de tese, de opinião, de justificativa é o momento que o aluno expõe o causador daquele problema então ele pode registrar ali, por exemplo, que esse problema existe e que esse problema acontece porque as pessoas não possuem seu registro de nascimento, não possuem seu registro civil”, finaliza a docente.

Parte dos estudantes que se prepara para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem em como seguir a estrutura da redação. Quais termos podem ser utilizados e o que deve ser abordado na introdução são questionamentos pertinentes.

Para ajudar esses alunos na reta final para o Enem 2023, o LeiaJá conversou com os professores de redação Felipe Rodrigues e Beth Andrade, que trouxeram o passo a passo de como começar o texto. Confira:

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Passo 1: Entenda o tema 

Circule as principais palavras da frase temática, escrevendo sinônimos ao lado.

Passo 2: Planejamento textual

É importante que o aluno imagine como texto, repertórios e argumentos venham organizados dentro de uma estrutura textual. Então, antes até de um planejamento da produção, o aluno também tem que ter noção de tipologia textual e a organização do texto dissertativo que ele vai produzir.

Passo 3: Estrutura

O estudantes têm que conhecer as três microestruturas, que são introdução, desenvolvimentos e conclusão, sendo dois desenvolvimentos a serem colocados em seguida. Entre esses desenvolvimentos, ele vai ter duas teses a serem presentadas. Elas são, basicamente, dois problemas a serem esmiuçados dentro da temática da proposta redacional.

Passo 4: Plano

O que virá como problema? Quais são os repertórios a serem utilizados? O que colocar no D1 e no D2? Qual é a proposta de intervenção criada para os dois problemas? Como é que a conclusão será organizada? O estudante precisa iniciar a redação já ciente que terá uma estrutura bem desenhada em sua cabeça.

Passo 5: Diversidade de repertórios

Usar as coisas que vê no dia a dia, como, por exemplo, um filme, uma série, um livro, uma música, pode ajudar a ter criatividade para iniciar a introdução. Repertórios ímpares, para além daqueles sociólogos e filósofos que fazem toda a diferença.

Passo 6: Elabore o rascunho

O rascunho é muito importante para analisar quantidades de linhas, se o texto tem coerência e coesão e se o estudante conseguiu bem expressar todas as ideias.

O Enem 2023 será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. Na redação, aplicada no primeiro dia de provas, é necessário seguir todas as competências avaliativas, que são: variedade linguística, compreensão do tema e tipo textual, uso de repertório e conectivos e proposta de intervenção O texto deve conter no mínimo de 7 linhas e máximo de 30.

O LeiaJá foi o grande vencedor do 19º Prêmio Urbana de Jornalismo, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope). O especial "Calçadas: caminho para a cidadania", assinado por Marília Parente, conquistou as categorias Grande Prêmio e Reportagem em Texto, nessa terça (22).

Em cinco reportagens, o trabalho conta histórias de pessoas e iniciativas que ajudam a construir cidades mais particip(ativas), em que o pedestre - ente mais frágil da mobilidade urbana - seja protagonista. "Calçadas: caminho para a cidadania" conta com edição de vídeo de James William, artes de Felipe Santana, além de imagens de Júlio Gomes e Chico Peixoto, que também fez o webdesign do hotsite.

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A cerimônia reuniu profissionais da imprensa, nessa terça (22), no Armazém Blu’nelle, no bairro de Santo Amaro, na área Central do Recife. As categorias Audiovisual e Fotografia também foram premiadas.

A rede social TikTok, conhecida por seu conteúdo em vídeo, anunciou, nesta segunda-feira (24), que vai oferecer um novo formato com apenas postagens de texto, se tornando o mais novo gigante tecnológico a oferecer uma alternativa ao atribulado Twitter.

As publicações de texto no TikTok serão mais parecidas com o que é oferecido pelo Instagram, que também lançou, no início deste mês, uma plataforma para concorrer com o Twitter chamada Threads.

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Assim como a plataforma recém-lançada pela Meta, o TikTok se beneficia de seu tamanho, com cerca de 1,4 bilhão de usuários ativos mensais, segundo o site especializado Business of Apps.

Por outro lado, o TikTok preferiu integrar seu formato exclusivo de texto dentro do próprio app, ao invés de fazer como a Meta e lançar um produto separado, como acontece com a dupla Threads e Instagram.

Além disso, a versão do TikTok será mais visual que uma postagem no Twitter ou no Threads, e os usuários poderão acrescentar um plano de fundo colorido, música e 'stickers' em suas publicações.

A rede social chinesa informou que o novo formato vai expandir "as fronteiras de criação de conteúdo para todos no TikTok" e aproveitar a "criatividade" vista em comentários e descrições.

Além do Threads, plataformas menores como Mastodon, Bluesky e Substack Notes emergiram como rivais em potencial do Twitter (agora rebatizado de X por Elon Musk), mas nenhuma delas conseguiu destroná-lo apesar dos problemas.

Na semana passada, Musk relatou que o Twitter perdeu quase metade de sua receita de publicidade, abrindo uma oportunidade aos concorrentes.

Entre os maiores medos dos estudantes que irão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, está a redação. Isso porque a maior parte da prova é composta de questões assertivas, são 180 perguntas fechadas, facilitando um limite de respostas, enquanto a redação trabalha o lado discursivo dos alunos, exigindo maior desenvolvimento e ampliando as possibilidades de conclusões.

Contudo, a prova escrita do Enem não é um monstro de sete cabeças. Basta saber estudar e praticar seu texto de diversas formas e com diversos temas ao longo do ano. Essa e outras dicas foram passadas pela professora de redação e linguagens Beth Andrade, que conversou com o LeiaJá sobre algumas sugestões de temas que podem cair no Exame deste ano.

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“Um dos temas de redação que eu acho muito a cara do Enem e uma das minhas apostas é 'A Democratização do Acesso aos Serviços Odontológicos'. É um dos temas que eu tenho trabalhado ultimamente com os meus alunos. Eu acho ele muito a cara do Enem por ser um tema muito específico”.

Beth lembra que, nas últimas edições, a prova trouxe temas que tratam dessa ideia de direitos e de cidadania, abordando a ideia de minorias, como os temas dos anos 2022 e 2021 trouxeram de forma bastante direta.

Além do citado posteriormente, a professora de linguagens também sugere outro assunto para a redação deste ano, que é 'Desafios para Garantir a Merenda Escolar nas Escolas Brasileiras'. Também trazendo um conteúdo mais social e de direitos, é algo pertinente na realidade atual, especialmente no estado que Beth reside, Pernambuco.

“Estamos vivendo, atualmente, pelo menos em Pernambuco, um problema com crise na gestão de distribuição de alimentos por parte das empresas terceirizadas. Por causa desse problema, acaba não chegando comida ao final para aquelas crianças e adolescentes que precisam tanto de uma nutrição escolar e que, muitas vezes, vão à escola só para ter aquela refeição garantida”, explica a entrevistada.

Compreender os temas é uma competência importante na questão discursiva do Enem, porém não é fácil adivinhar em cheio. Como todas as outras matérias, a solução é sempre estudar e praticar, não importa o conteúdo. Com a redação, a escrita, o desenvolvimento, a coesão, variedade e repertório fazem a diferença na nota do aluno. E para não ser pego de surpresa, a docente explica a melhor forma de estudar para os temas de redação:

“Além dos temas específicos, é bom que o aluno estude por eixos temáticos. Entender um pouco sobre a questão educacional, saúde, cidadania, as minorias sociais, economia… Isso tudo vai agregar porque, independente do tema que aparecer no dia, fica mais fácil do aluno conseguir identificar o que abordar, pois ele já vai ter estudado dentro daquele eixo específico e vai conseguir desenvolver bons argumentos quando aparecer o tema da redação”, indica a profissional.

Ao finalizar sua fala, Beth relembra: “Vale a pena o aluno procurar também redigir e pesquisar sobre o tema sempre que for praticar para poder se manter constantemente atualizado e trazer bons argumentos para a sua redação. Estudar, procurar saber atualidades, causas e consequências acerca desse tema."

O professor Felipe Rodrigues também reforça a importância de praticar suas habilidades discursiva-argumentativas neste início de ano. O docente sugere o focar em estrutura, pesquisar repertório, conteúdos, problemas e realizar planejamentos textuais nesse começo de 2023. Sobre temas, Felipe explica que esta edição será uma caixinha de surpresas:

“Esse ano nós temos o novo governo que traz consigo diversas pautas sociais que, até então, eram excluídas das políticas de Estado da última gestão. Então, a partir desse cenário, nós temos muitos problemas sociais que podem ser abordados, que envolvem desde questões de gênero a questões de violência em suas diversas formas, como também educação. Esse debate perpassa diversos assuntos, como saúde, meio ambiente, estabilidade e daí por diante. Todos podem vir na prova deste ano, agora é aguardar ver como é que serão os posicionamentos do governo para entender como será o trabalho de desenvolvimento da prova”, detalha.

Apesar das diversas opções, Rodrigues separou três principais indicações de temas que costuma trabalhar com seus alunos e aposta para ser tema da redação neste ano de 2023. Confira quais são elas:

1. O aumento exponencial de Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em diagnóstico aos jovens no Brasil;

2. A problemática da violência de gênero e transfobia no Brasil;

3. A problemática da destinação incorreta de lixo no Brasil;

Pesquisadores do Google desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial (IA) que pode transformar texto em música. Chamado MusicLM, o modelo é capaz de gerar música com transcrição fiel a partir de descrições de texto como "uma melodia calmante de violino apoiada por um riff de guitarra distorcido". 

A ferramenta foi treinada em um conjunto de dados de 280 mil horas de música, para aprender a gerar músicas coerentes nas descrições. “O MusicLM lança o processo de geração condicional de música como uma tarefa de modelagem hierárquica de sequência a sequência e gera música a 24 kHz que permanece consistente por vários minutos”, diz um artigo de pesquisa publicado pelo Google. 

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De acordo com um relatório do TechCrunch, o Google teme riscos potenciais associados à ferramenta e não tem planos de lançá-la. “Reconhecemos o risco de potencial apropriação indébita de conteúdo criativo associado ao caso de uso. Enfatizamos fortemente a necessidade de mais trabalhos futuros para lidar com esses riscos associados à geração de música", escreveram os co-autores do artigo. 

O Google não é a primeira empresa a trabalhar em ferramentas de IA. Houve tentativas semelhantes no passado. Riffusion, OpenAI's Jukebox e Google's one AudioML são alguns exemplos. 

O MusicLM do Google vem com vários recursos, como geração de áudio de legendas ricas, geração longa, modo de história, condicionamento de texto e melodia e condicionamento de legenda de pintura. A IA também pode detectar vários níveis de experiência do músico, lugares, épocas, solos de acordeon e diversidade de geração. 

 

Giselle Itié publicou um throwback thursday (TBT), nessa quinta-feira (13), que deixou seus seguidores de queixo caído. A atriz apareceu completamente nua em carrossel de fotos em que posa deitada em sofá em frente ao espelho fazendo caras e bocas.

Refletindo sobre ter se tornado mãe, legendou com texto dizendo sentir saudades de ter tempo para outras coisas. “Saudades de poder fazer o que quiser da vida inclusive tirar nudes pra mim mesma. Hoje nem tomar banho a vida deixa”, afirmou em trecho.

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Em texto publicado junto com as fotos, Giselle também pediu para que as seguidoras pensassem bem antes de decidirem ser mães, refletindo sobre preparo e a mudança em sua vida depois do nascimento do seu filho, Pedro Luna. “Quer ser mãe? Então reflita o quanto você está disposta a entregar essa tal de liberdade. Porque baby, patriarcado também invadiu o maternar, viu?! E acelerou com tudo”, escreveu.

No carrossel de fotos a atriz colocou pontinhos em seus seios para não revelar tudo e não ferir as diretrizes do Instagram, mas ainda assim deixou os fãs babando. A publicação recebeu mais de 11 mil curtidas e centenas de comentários exaltando a beleza de Itié. “Queria comentar o texto, mas essas fotos me deixaram sem palavras escreveu Giovana Romani, amiga de Giselle. “Linda como sempre”, escreveu uma internauta.

Confira os cliques da atriz:

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A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um dos momentos mais importantes para garantir a aprovação em uma instituição de ensino superior. Estudantes se desdobram para se manter atualizados sobre os temas que podem ser abordados e estruturas do texto, a fim de garantir nota máxima.

Uma das partes do texto, o desenvolvimento, precisa reunir elementos específicos. Segundo o professor de redação Felipe Rodrigues, existem quatro características que devem estar nas produções textuais.

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 "O desenvolvimento precisa ter tópico frasal, repertório sócio-cultural, opinião crítica e, falando de aspectos gramaticais, deve cumprir a obrigação da competência 4 que se refere ao uso dos conectivos e da coerência textural. Não podem faltar essas conexões de ideias estipuladas e atribuídas através da gramática”, aponta o professor.

Beth Andrade, professora de redação, detalha como o estudante pode trabalhar melhor esses quatro elementos: “O tópico frasal é um período síntese que vai servir como norte, vindo da ideia da tese na introdução, para o corretor perceber do que vai se tratar aquele determinado parágrafo de desenvolvimento. Ele é bastante necessário, pois é um período curto que vai definir o que aquele parágrafo e desenvolvimento vão abordar”, explica a professora.

Com relação à argumentação ou fundamentação, a professora explana: “O parágrafo deve possuir esses dois elementos para que a ideia fique mais consistente. Essa argumentação precisa ser de acordo com o tópico frasal, precisa ser consistente e baseada em uma fundamentação. Na argumentação é o momento que o aluno vai expor seu senso crítico e seu posicionamento diante de determinada tese. A fundamentação é importante para comprovar esse posicionamento, podendo ser um documentário, alusão a um período histórico ou estatístico, tudo de forma consistente e relevante”, explica Beth Andrade.

Felipe Rodrigues indica como trabalhar com os aspectos gramaticais da competência 4, que é responsável pela micro e macro estrutra textural, sendo elas, as estratégias coesivas, elementos que o estudante vai utilizar para fazer a conexão de ideias entre o texto. “Sinônimos, anáforas, catáforas , elipses, uso de diversos operadores argumentativos, desde conjunções à pronomes, conectivos em geral. Isso tudo é respectivo na competência 4 onde cada um que for utilizado terá um sentindo e um intuito e, a partir deles, uma análise da coerência”, afirma.

“Para cumprir a competência 4, o estudante deve evitar: repetir palavras, trazer consigo elementos que quebram a coerência das frases e somar a isso conectivos que vão de conjunções a expressões, no caso locuções conjuntivas até pronomes. Prestar atenção na macro estrutra do texto, os períodos não devem ser muitos longos, os parágrafos devem ser constituídos por frases, são algumas dicas para um bom desenvolvimento”, aconselha o professor.

Rodrigues também relembra que apesar desses aspectos gramaticais, como os operadores, serem mais perceptíveis no desenvolvimento, eles estão presentes em todo o texto. Para finalizar o parágrafo de forma que a ideia fique fechada, a professora Beth Andrade indica: “Pode se utilizar uma frase final para fechar a ideia naquele determinado parágrafo. Cada parágrafo tem uma ideia e estrutura, que é importante finalizar para a continuação a seguinte”, completa.

LeiaJá também

--> Enem: veja o que não pode faltar na introdução da redação

Estudantes que farão a edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sabem que garantir uma boa nota na redação pode ser um grande passo para a tão sonhada aprovação em uma instituição de ensino superior no próximo ano. Por isso, vale ficar atento a alguns elementos que não podem ficar de fora da produção textual, principalmente na introdução.

O texto dissertativo-argumentativo cobrado no Enem é dividido em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução nada mais é do que “uma estrutura que abre o texto com o intuito de resumir e dar uma prévia do que será tratado na redação”, explica o professor de redação Felipe Rodrigues.

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De acordo com a também professora de redação Fernanda Bérgamo, há, na introdução, dois elementos obrigatórios: o posicionamento da compreensão do tema pelo produtor de texto e a opinião do estudante em forma de teses.

“Um exemplo clássico: o aluno tem que desenvolver uma redação sobre ‘O caos do sistema penitenciário brasileiro’. Ele posiciona o tema, que é o sistema penitenciário brasileiro, mostrando que compreende que a temática é um problema, confirmando a palavra ‘caos’, e, logo em seguida, apresenta as teses que vai desenvolver. Ele pode dizer, por exemplo, que há duas grandes causas que são as superlotações dentro dos presídios e a proliferação de doenças. São esses elementos obrigatórios da introdução” explica Bérgamo.

Quem deseja conquistar a nota 1000 na redação do Enem precisa, segundo a educadora, não se prender somente a esses dois elementos obrigatórios, mas também enriquecer a introdução com repertório sociocultural. “O vestibulando precisa colocar como plano de fundo na apresentação do tema o repertório sociocultural, que pode ser dados estatísticos, alusão histórica, uma citação de autoridade, menção a livros ou a filmes. Então, ele precisa enriquecer o posicionamento do tema como problema e com repertório para ter um ótimo primeiro parágrafo”, detalha.

Para exemplificar, o professor Felipe Rodrigues compartilhou, em entrevista ao LeiaJá, algumas introduções de redação com temas variados que abrangem, além dos elementos essenciais, repertório sociocultural. Confira abaixo:

Tema: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.

“No filme brasileiro Nise - O coração da loucura, baseado em fatos reais, a história de uma psiquiatra que trabalha os estigmas e tratamentos mentais rudimentares, com amor e arte, revoluciona a década de 50. Fora das telas, essa realidade ainda é perpetuada na contemporaneidade, de maneira contraditória, haja vista que o preconceito à manutenção da saúde mental do país ainda é o cerne do problema. Nesse viés, a estigmatização pertencente ao ambiente escolar, além da questão do capacitismo são embates nacionais.”

Tema: As consequências da biopirataria no Brasil.

“A lenda do Curupira representa a cultura aborígene e proteção da fauna e flora nacionais, através de um ser mítico que defendia os valores tradicionais contra os exploradores. Essa realidade, para além do folclore, é um reflexo da cultura de exploração, inerente ao Brasil, cuja traz reflexos até a contemporaneidade. Nesse prisma, a biopirataria é um embate nacional, principalmente nos tocantes do desmatamento e tráfico de animais, congruentes à extinção.”

Tema: Alternativas para a ressocialização do menor infrator brasileiro

"O menino do pijama listrado, filme que retrata os impactos do nazismo, arremete o contexto visceral de uma criança presa num campo de concentração alemão, em confronto as suas nacionalidades e infância. Esse retrato cinematográfico reproduz uma realidade diferente, mas semelhante ao contexto nacional: o aprisionamento do infanto. Nesse prisma, deve-se avaliar que a educação, em formato de ressocialização, assim como o tratamento psicológico são embates a serem superados pela realidade carcerária brasileira, voltada aos menores infratores."

Uma carta entregue por uma moradora do Parque Águas Bonitas, em Águas Lindas de Goiás, à Polícia Civil como escrita por Lázaro Barbosa aponta que ele não vai se render. No texto, o suposto autor indica que ainda não foi encontrado por proteção de Deus e sugere que as autoridades mudem a mentalidade para prendê-lo.

O extenso manuscrito supostamente redigido pelo serial killer do Distrito Federal apresenta erros de português e mostra certo remorso pelos assassinatos em Ceilândia que desencadearam sua perseguição. "Nada justifica tamanha crueldade [...] eu pesso (sic) perdão às famílias das vítimas", escreveu.

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Ele dá detalhes sobre a infância conturbada na Bahia, onde começou a trabalhar desde cedo e recebia R$ 5 reais por um dia de serviço na roça. Lázaro também comenta sobre o pai, que seria ausente e gastava o dinheiro conquistado pelo filho com bebida alcoólica.

“Eu aprendi a viver no mato, porque minha mãe vivia com nós no mato. Com 13 anos eu saí de casa e vim para o Goiás atrás de uma vida melhor”, recordou.

Em fuga há 20 dias, o assassino afirma que ainda não foi preso por ajuda de Deus e sugere que a Polícia mude a mentalidade para alcançá-lo. "Talvez assim Deus permita que vocês me pegem (sic)", orienta o criminoso, que desmente a relação com outras religiões. “Não fasso macuba (sic) temo ao meu Deus”, reitera.

O documento entregue na sexta (25) foi encontrado na casa de uma denunciante que teve a identidade preservada, próxima à Unidade Prisional de Águas Lindas. Com medo do homicida de 32 anos, ela deixou a casa há duas semanas.

A filha da mulher encontrou a carta junto com uma mochila com roupas e cobertores. “Ela visitou a casa [antiga] hoje e encontrou esses objetos. Ela acionou a polícia e agora eles estão lá para a perícia. Mas a porta ele não arrombou”, informou ao Correio Braziliense.

O presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, entregaram pessoalmente ao Congresso, na noite desta terça-feira (23), o texto da MP de privatização da Eletrobras, estatal com foco em geração e transmissão de energia.

Bolsonaro e a caravana de ministros fizeram a travessia do Palácio do Planalto, onde o presidente despacha, ao Congresso, a pé. O objetivo, com o gesto, é sinalizar que o governo não retroagiu de sua agenda liberal após o presidente Jair Bolsonaro intervir no comando da Petrobras. O texto foi entregue aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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"Nossa agenda de privatização continua a todo vapor. Nós queremos, sim, enxugar o Estado, diminuir o tamanho do mesmo, para que a nossa economia possa realmente dar a satisfação, dar a resposta que a sociedade precisa", disse o presidente durante a cerimônia de entrega da MP.

Na semana passada, Bolsonaro provocou quedas expressivas nas ações da Petrobras e da Eletrobras ao sugerir e anunciar interferências nas duas estatais. No caso da Eletrobras, Bolsonaro disse que o governo ia "meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também", sem esclarecer o que faria.

Medidas provisórias têm força de lei assim que publicadas no "Diário Oficial da União". Precisam, contudo, ser aprovadas pelo Congresso para se tornar leis em definitivo. Lira afirmou que pretende pautar o texto no plenário da Câmara já na próxima semana.

"O primeiro passo do que podemos chamar de uma agenda Brasil. Privatizações, discussões, capitalizações, investimentos, a pauta que andará no Congresso com as reformas. Nós cumpriremos todo o nosso papel com unidade, acima de tudo, respeito aos outros poderes e harmonia. É o que o Brasil precisa para destravar as pautas neste ano", disse o presidente da Câmara.

Apesar de o gesto político de Bolsonaro ter sido celebrado por Pacheco e Lira e da demonstração de que há disposição para uma discussão célere do tema, o presidente do Senado ressaltou que os parlamentares farão uma "avaliação crítica" da medida.

"Como todas as Medidas Provisórias, será dada a devida atenção, o devido encaminhamento, com avaliação crítica, evidentemente, da maioria da Câmara, da maioria do Senado, entendendo as modificações que eventualmente devam ser feitas", disse Pacheco, que já tinha dito ao Estadão que a privatização da Eletrobras não era prioridade.

Durante o rápido pronunciamento, tanto Bolsonaro quanto os presidentes da Câmara e do Senado evitaram citar que a Eletrobras está sendo privatizada, o que ocorrerá quando o controle da companhia ficar na mão de agentes privados. Todos deram ênfase à palavra "capitalização", uma vez que a operação se dará com emissão de novas ações da companhia em mercado. Esses papéis serão comprados por investidores privados, diluindo a participação do governo na empresa.

Bolsonaro chegou a precisar de uma "cola" do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para lembrar qual empresa era alvo da medida que ele entregava aos chefes do Legislativo. "Satisfação de retornar a essa Casa para trazer uma Medida Provisória que visa à capitalização do sistema...", disse Bolsonaro. Ao perceber a pausa, Albuquerque falou fora do microfone: "Eletrobras". "Da Eletrobras", repetiu o presidente.

O presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, entregaram pessoalmente ao Congresso, no início da noite de terça-feira (23), o texto da MP de privatização da Eletrobras, estatal com foco em geração e transmissão de energia.

Bolsonaro e a caravana de ministros fizeram a travessia do Palácio do Planalto, onde o presidente despacha, ao Congresso, a pé. O objetivo, com o gesto, é sinalizar que o governo não retroagiu de sua agenda liberal após o presidente Jair Bolsonaro intervir no comando da Petrobras. O texto foi entregue aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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Na semana passada, Bolsonaro provocou quedas expressivas nas ações da Petrobras e da Eletrobras ao sugerir e anunciar interferências nas duas estatais. No caso da Eletrobras, Bolsonaro disse que o governo ia "meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também", sem esclarecer o que faria.

Medidas provisórias têm força de lei assim que publicadas no Diário Oficial da União. Precisam, contudo, ser aprovadas pelo Congresso para se tornarem leis em definitivo. Lira afirmou que pretende pautar o texto na Câmara já na próxima semana.

"O primeiro passo do que podemos chamar de uma agenda Brasil. Privatizações, discussões, capitalizações, investimentos, a pauta que andará no Congresso com as reformas. Nós cumpriremos todo o nosso papel com unidade, acima de tudo, respeito aos outros Poderes e harmonia. É o que o Brasil precisa para destravar as pautas neste ano", disse o presidente da Câmara.

Avaliação

Apesar de o gesto político de Bolsonaro ter sido celebrado por Pacheco e Lira e da demonstração de que há disposição para uma discussão célere do tema, o presidente do Senado ressaltou que os parlamentares farão uma "avaliação crítica" da medida. "Como todas as medidas provisórias, será dada a devida atenção, o devido encaminhamento, com avaliação crítica da maioria da Câmara, da maioria do Senado, entendendo as modificações que eventualmente devam ser feitas", disse Pacheco.

Durante o rápido pronunciamento, tanto Bolsonaro quanto os presidentes da Câmara e do Senado evitaram citar que a Eletrobras está sendo privatizada, o que ocorrerá quando o controle da companhia ficar na mão de agentes privados. Todos deram ênfase à palavra "capitalização", uma vez que a operação se dará com emissão de novas ações da companhia em mercado. Esses papéis serão comprados por investidores privados, diluindo a participação do governo na empresa.

Bolsonaro chegou a precisar de uma "cola" do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para lembrar qual empresa era alvo da medida que ele entregava aos chefes do Legislativo. "Satisfação de retornar a esta Casa para trazer uma medida provisória que visa à capitalização do sistema...", disse Bolsonaro. Ao perceber a pausa, Albuquerque falou fora do microfone: "Eletrobras". "Da Eletrobras", repetiu o presidente.

O texto, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, inclui a Eletrobras e suas subsidiárias no Programa Nacional de Desestatização (PND) por meio da revogação de um trecho da Lei 10.848/2004 - aprovada durante o governo Lula, que excluiu as empresas do programa.

A MP é semelhante ao projeto de lei proposto pelo governo Bolsonaro em novembro de 2019 - que empacou no Congresso - e ao elaborado pelo governo Michel Temer no início de 2018 - que acabou sendo arquivado.

A principal diferença é que a nova MP condiciona quase todas as ações à aprovação do texto e sua conversão em lei. Na prática, portanto, apenas uma de suas medidas terá efeito imediato: a autorização para contratação de estudos para o processo por parte do BNDES.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil” foi o tema da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), versão digital. Além de elogiar o assunto cobrado neste domingo (31), a professora Lourdes Ribeiro, com exclusividade para o LeiaJá, produziu um exemplo de texto sobre a temática.

Ao analisar o tema proposto, a docente indicou referências que poderiam ser utilizadas pelos candidatos, a exemplo de filmes. Lourdes também formulou algumas propostas de intervenção que cabem no texto.

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A seguir, confira o exemplo de redação produzido pela professora:

Em 2019, um dos filmes mais relevantes da atualidade estreava nos cinemas nacionais e mundiais: Bacurau. O longa se popularizou devido a fidedigna retratação da invisibilidade que grande parte da sociedade vivencia de uma maneira sarcástica, com alguns tons de alívios cômicos. Essa desigualdade não existe de hoje e, alguns fatores tornam essa situação mais difícil de ser minimizada, entre elas está a concentração de renda nas mãos de poucos e o estigma que algumas regiões do país sofre.

Primeiramente, é de conhecimento da maioria que tais riquezas não são distribuídas de maneira equivalente. No filme da Netflix “O poço”, é mostrada uma “prisão” em que as pessoas são separadas por andares e uma plataforma desce com vasta comida. Se as pessoas de cada setor comessem apenas o que precisavam, todos se alimentariam bem. Mas, como esperado, não é isso que ocorre. Quem está acima, além de comer em excesso, ainda inutiliza o que fica para os demais. Segundo pesquisa de 2012 do Banco Mundial de Alimentos, o Brasil é o quarto maior produtor de alimentos, mas de acordo com o levantamento o Índice Global da Fome, o país ainda ocupa posição preocupante.

Além disso, na década de 30, a geração modernista brasileira sentiu a necessidade de tornar a região Nordeste vista, já que a mesma passava por uma severa seca. Apesar do serviço social feito pelos autores, o local ficou estigmatizado e seus moradores ganharam o rótulo de “lutadores e sobreviventes”. Durante anos essa imagem foi repercutida e os estados tanto do Norte quanto do Nordeste foram/são negligenciados. Um exemplo recente dessa conjuntura foi a situação dos hospitais na região Amazônica na pandemia, que foram assistidos por pessoas que não estão no poder público.

Diante dos fatos apresentados, é notório que existem inúmeros desafios para sanar as desigualdades do país. Uma das medidas necessárias para minimizar tais desigualdades, seria a união do Poder Legislativo e Executivo, focando na mudança dos critérios de enquadramento de estados e municípios nos programas integrados de combate à pobreza e a utilização integral dos recursos de emendas ao Orçamento individuais e de bancada em programas que visam à redução da miséria. Dessa maneira, a realidade trazida pelo filme Bacurau, ficaria apenas no âmbito da ficção.

Professores e candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) celebraram, neste domingo (17), o tema da redação da prova impressa. ‘O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira’ foi o assunto central escolhido pela organização do processo seletivo. Referência na docência brasileira, a professora Fernanda Bérgamo, em análise para o LeiaJá e Vai Cair No Enem, não economizou elogios à temática.

“Adorei o tema. É extremamente acessível, de uma discussão muito frequente entre os jovens, professores e alunos. Por essa razão, é um tema que vai determinar uma correção muito justa, porque uma forma muita justa de avaliar o candidato é quando ele tem domínio sobre o assunto principal e não foram poucas as vezes que discutimos a questão das doenças mentais em nossa sociedade”, comemorou Fernanda Bérgamo.

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A educadora analisou como importante a discussão do tema para a sociedade como um todo. “Isso é tão importante e pertinente que a universidade de Harvard elencou entre as dez doenças mais incapacitantes, cinco de origem psiquiátrica, como a depressão, a esquizofrenia; isso foi discutido em sala de aula”, destacou a professora de redação.

Ainda sobre a temática, Fernanda Bérgamo lembrou que, durante a pandemia da Covid-19, houve um movimento nacional solidário de apoio aos cidadãos isolados que apresentavam sinais de problemas de ordem emocional. “Em tempos de pandemia, nós vimos as pessoas preocupadas e solidárias em relação a quem estava isolado, mais tristonho, depressivo. Também foi discutido um tema muito preocupante, que é a quantidade de suicídio dentro da sociedade”, comentou.

Fernanda Bérgamo alerta que apesar da facilidade que os alunos têm para abordar o tema da redação, há uma preocupação sobre como eles interpretaram o termo “estigma”. “Talvez, a preocupação tenha sido em relação ao domínio do significado da palavra estigma. Mas, mesmo que ele não tenha sido tratado de uma forma muito objetiva, no sentido denotativo, estigma como cicatriz, como desonra, o aluno vai pensar o estigma como preconceito, que é sempre associado às doenças mentais na sociedade brasileira, e isso vai poder fundamentar uma tese excelente e propostas de intervenção muito práticas”, finalizou.

Além de redação, os candidatos responderam questões de Ciências Humanas e Linguagens. No dia 24 deste mês, os feras enfrentarão quesitos de Ciências da Natureza e matemática.

Componente importante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação é uma parte da prova que faz a diferença na média do estudante. Quanto melhor for o desenvolvimento do candidato, maior é a chance de atingir uma boa nota e até alcançar o mil. 

A professora de redação Lourdes Ribeiro listou e explicou, para a reportagem do LeiaJá, sete passos importantes para que o fera chegue à nota mil na redação do Exame, como treinar a escrita; ter o hábito de ler – já que, segundo a docente, o aluno precisa estar afiado nas regras gramaticais e ortográficas; atenção às competências exigidas na redação; estar atualizado sobre os acontecimentos, acompanhando veículos de comunicação, conforme indica a professora; entre outros. Confira os sete passos, detalhadamente, a seguir:

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1 - Treine bastante

Os candidatos sabem como estudar português, matemática, história e as outras disciplinas, mas nem sempre sabem como estudar para a redação. Como você precisa estar craque na escrita e na estruturação do texto, o segredo é treinar.

2 - Atenção aos textos de apoio

Na prova de redação do Enem, o aluno tem alguns textos de apoio. É essencial ler com atenção essas referências, que podem ser notícias, artigos ou até uma história em quadrinhos ou charge. Elas trazem, muitas vezes, dados estatísticos, que devem ser interpretados para demonstrar a gravidade do problema proposto

3 - Leia muito

Você precisa estar craque nas regras gramaticais e de ortografia. Uma boa dica para isso é ter o hábito de ler. Por isso, dedique um tempinho diário para a leitura de um livro. Não precisa ser uma obra exigida para o vestibular, pode até mesmo ser a do seu autor preferido

4 - Fique atento às competências exigidas na redação do Enem

O Exame exige que o candidato demonstre algumas competências na redação. São elas: domínio da escrita formal da língua portuguesa; compreensão da proposta da redação; habilidade para selecionar, organizar e interpretar dados, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento para a construção da argumentação; elaboração de proposta de intervenção para o tema abordado.

5 - Faça um rascunho

Muitos alunos, quando veem o tema da redação, já querem sair escrevendo — e esse é um dos maiores erros -. É necessário fazer um rascunho para que você possa ordenar suas ideias e seguir a estrutura pedida no texto.

6 - Mantenha-se atualizado

O aluno deve estar bem informado para fazer uma boa redação do Enem. Por isso, acompanhe telejornais, sites de notícias, revistas, podcasts e tente entender os principais acontecimentos nacionais e internacionais. Nessa hora, procurar por artigos de opinião pode ajudar

7 - Saiba argumentar

A prova de redação do Enem exige que o candidato desenvolva um texto dissertativo-argumentativo. Não se trata de um emaranhado de informações, e é preciso que ele aborde um problema e defenda seu ponto de vista em relação à questão.

As provas impressas do Enem 2020 serão realizadas nos dias 17 e 24 deste mês, enquanto as provas da versão digital do Exame serão nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Na primeira parte, os candidatos responderão questões de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação. Na segunda, os feras terão quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

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Quem sonha ingressar em uma instituição de ensino superior em 2021, sabe que a produção textual no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tende a ter um peso maior na pontuação final. Para se sair bem nesta modalidade, vale o estudante se atentar às dicas e aos critérios de correção disponíveis na nova cartilha de redação publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Acerca do manual do candidato, o professor de Linguagens e redação Diogo Xavier recomenda aos estudantes que façam a leitura. “É interessante que todo candidato que irá fazer a prova do Enem, leia, se já leu manuais anteriores, leia esse, pois sempre há alguma mudança pequena”, aconselha. Ele acrescenta: “O manual do candidato é interessante porque ele traduz a linguagem e torna ela mais acessível para os estudantes, para que eles conheçam exatamente quais critérios serão utilizados para a correção”, afirma.

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Este ano, o órgão disponibilizou, além do manual do candidato, o manual do corretor, que segundo o educador, pode ajudar muito os vestibulandos. “A gente teve uma noção mais exata de como a avaliação é feita”, fala. Ele ainda pontua que o manual do candidato não tem tanto detalhe quanto o manual do corretor, mas traz informações que merecem atenção. “Eu acredito que o suficiente para que o candidato consiga fazer uma boa redação”, ressalta.

Na visão do professor, houve poucas mudanças no manual do candidato: “Pelo que eu notei, houve pouquíssimas mudanças, mas ao mesmo tempo ele utiliza redações do ano anterior, no caso do tema de 2019, para exemplificar e até para analisar. No final você tem redações nota mil comentadas pela banca. Isso também é muito interessante”. Em 2020, o Inep trouxe uma novidade e compartilhou os critérios usados para a avaliação dos candidatos surdos ou com deficiência auditiva, e dislexia.

A atriz Juliana Baroni fez uma bela homenagem depois da morte de seu pai, Rui Baroni. Em seu Instagram, ela desabafou em um texto tocante e dolorido, marcando sua cidade natal, Limeira, interior de São Paulo, onde cresceu.

"A dor que rasga meu peito não tem nome, não tem jeito. A dor que dói na alma não tem cura nem calma. O dia mais temido desde criança bem pequena. O fim do meu mundo inteiro chegou hoje. E agora? O que eu faço sem você Pai? Canto uma canção de cortar o coração? Jogo tranca com quem?", questionou.

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Em seguida, a atriz relembrou momentos com o pai: "Nunca mais Rio de Janeiro, piscina, praia, bronze. Nunca mais parque verde, coruja, ver jogo na TV, Copa do Mundo sem você. As conversas sobre ET e seu jeito de entender a vida. Seu otimismo. Não, nunca mais. Agora só nos resta aprender a viver sem você e lembrar e guardar todos os momentos lindos, únicos, numa caixinha mágica e te contar um segredo: você vive em mim, no Ruizinho e na Jovana e em nossos filhos e filhas, seus netos e neta. Você viverá para sempre em nós".

Ela finalizou com uma linda mensagem: "Quando chegar no castelo me avisa se chegou bem , se transforme numa estrela bem brilhante e de vez em quando apareça nos meus sonhos pra eu te contar da vida e vc me ensinar como são as coisas por ai , combinado? Te amo até a eternidade".

Nos comentários, Juliana recebeu o apoio de amigos famosos, como Fernanda Rodrigues, Thiago Fragoso e Andréa Sorvetão.

Para ajudar os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nesta reta final dos estudos, a professora de língua portuguesa e redação Beth Andrade disponibilizou o material "Guia Redação no 2º Tempo". Os interessados podem baixar o documento em PDF gratuitamente pela internet.

“O Guia Redação no 2º Tempo tem o objetivo de integrar aqueles alunos que ainda não estão se sentindo seguros para fazer a redação do Enem; que não têm tanto domínio, principalmente em relação a estrutura: o que é que precisa ter em cada parágrafo”, comentou Beth. A docente ainda ressalta que no material, os estudantes poderão encontrar dicas de estrutura de cada parágrafo da redação dissertativa argumentativa; "O que precisa ter na introdução, desenvolvimento e no parágrafo da conclusão", explicou.

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Vale pontuar que elaborar uma tese com dois argumentos e iniciar a redação com uma área de conhecimento que se domina estão entre as dicas mencionadas no material disponibilizado pela professora. As provas da edição 2020 do Enem estão marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital).

Para marcar o Dia Nacional da Alfabetização, comemorado neste sábado (14), o Ministério da Educação (MEC) promove curso em práticas de produção de texto para  professores do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. A capacitação será oferecida em plataforma on-line, em 12 módulos, e foi estruturada com o apoio da Universidade Federal de Goiás (UFG). Os interessados podem realizar as inscrições pela internet

O curso tem uma carga de 60 horas. Os módulos são compostos por tópicos como comunicação é atuação; interpretação de fatos: causa e efeito; assunto e conclusão; manipulando notícias, entre outros. O conteúdo do curso ainda não foi disponibilizado. 

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De acordo com o MEC, essa é mais uma iniciativa para promover as políticas públicas de alfabetização entre as várias que já foram lançadas pelo governo, após a criação de uma secretaria específica para tratar do tema no MEC, em janeiro de 2019, segundo informações da assessoria. “Reconhecendo que o domínio da leitura e da escrita são a chave para o conhecimento em todas as áreas do saber, entendemos que dar centralidade às políticas públicas de alfabetização no processo de melhoria do ensino é escolha sábia e acertada”, disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro, de acordo com informações da assessoria.

Livros, anotações, videoaulas e resumos são ótimos recursos para quem busca uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No entanto, quem visa ser criativo e incrementar na redação, também pode utilizar filmes, séries e documentários, das plataformas de streaming, como argumentos, e ganhar muitos pontos nas produções textuais.

“Os filmes podem ser uma ferramenta para a redação por serem parte do repertório sociocultural do candidato, item avaliado, sob perspectivas diferentes, nas competências 2 e 3. Na competência 2, avalia-se a capacidade de usar um repertório pertinente e articulado à discussão. Já na competência 3, avalia-se se esse repertório é desenvolvido, explicado e usado na defesa de um ponto de vista”, explica o professor de redação Diogo Xavier. 

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O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair no Enem, conversou com os professores de redação Diogo Didier, Diogo Xavier, Felipe Rodrigues e Lourdes Ribeiro, para indicarem obras cinematográficas na Netflix que discutem questões LGBT e que podem ajudar os estudantes na redação, caso a temática permita; confira:

Sex Education

A indicação do professor Diogo Didier é a série original da Netflix ‘Sex Education’, que narra a história de um adolescente de 16 anos, filho de uma sexóloga, que se junta com mais dois amigos para tentar ajudar outros jovens com diversas questões sexuais. A obra pode ser uma ótima abordagem na redação. “Acredito que ela (a série) seja útil para que os jovens desconstruam tabus ancestrais em torno do sexo e da sexualidade, fazendo com que tenham autonomia para expressar o que sentem nessas searas”, explica.

Laerte-se

O docente Diogo Xavier sugere o filme documentário ‘Laerte-se’, que retrata a trajetória de uma grande cartunista e chargista do Brasil, Laerte Coutinho, que viveu a maior parte da vida como homem e assumiu sua transexualidade aos 57 anos. Para o educador, a obra também poderá ajudar com boas referências argumentativas para a redação dos vestibulandos. “É interessante por mostrar uma pessoa cheia de incertezas e dúvidas, passando por seu processo de transição, de se descobrir e de aprender a construir a mulher que ela espera ser. Para além das questões ativistas, o longa se concentra no ser-humano por trás da figura pública. É uma boa referência para temas que envolvam (in)tolerância, transexualidade e disforia de gênero”, pontua Xavier.

Hoje eu não quero voltar sozinho

A obra cinematográfica ‘Hoje não quero voltar sozinho’, indicada pelo professor Felipe Rodrigues, conta a história de um adolescente cego que tenta lidar com a família, a busca pela sua independência e os novos sentimentos que começaram a surgir assim que um garoto novo chega à sua escola. O filme recomendado pelo professor poderá ajudar os vestibulandos, porque aborda questões sobre a puberdade, estigmas sociais e orientação sexual, em conjunto à acessibilidade.

“De forma sábia, romântica e jovial, a mensagem padrão é inclusão social, principalmente dentro das construções exemplares de famílias e amizades, advindas do século XX. Pai, mãe, avó e amigos de infância se veem num contexto destoante das suas rotinas, sendo símbolo de aceitação e respeito no desenrolar da história. Na redação, inserir o filme como exemplo de inserção social é o foco. Deficiência, adolescência, orientação sexual, padronizações familiares e um longo debate sobre capacitismo podem ser possíveis paráfrases”, esclarece Felipe Rodrigues.

Meu nome é Ray

A professora Lourdes Ribeiro indica o filme ‘Meu nome é Ray’, que explana a história de um rapaz que nasce no corpo de uma mulher e se prepara para fazer a cirurgia de transgenitalização. Em meio a esse processo, ele precisa lidar com diversos conflitos internos e familiares. Para a docente, “o filme pode ser usado tanto para falar sobre temáticas relacionados aos temas LGBTQI+, como também associados à família e suas diversas formações”.

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