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Integrante importante do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação pode ajudar o desempenho do candidato, dependendo da sua nota nesta parte da prova. Para auxiliar os candidatos que vão prestar o Enem a obterem a nota máxima na produção textual, a reportagem do LeiaJá conversou com especialistas no assunto, que listaram dez passos para alcançar a nota mil no processo seletivo.

A professora de redação Josicleide Guilhermino elencou cinco passos que, em sua perspectiva, são essenciais para tirar a nota máxima na redação da prova, entre elas, a norma culta da língua portuguesa e a argumentação. Confira:

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1 - Atente-se à norma culta da língua portuguesa (acentuação/pontuação correta, colocação dos verbos, ortografia e afins);

2 - Certifique-se de identificar todas as palavras-chave presentes na temática, evitando assim o tangenciamento ou a fuga ao tema;

3 - Argumente: saia do lugar comum, evite clichês e frases de efeito prontas. Mostre que você sabe sobre o que está falando; 

4 - Explore adequadamente o uso dos conectivos para ligar as ideias dentro do parágrafo e de um parágrafo para outro;

5 - Apresente proposta de intervenção completa, sem generalizações, que responda as perguntas: quem? (agente); o que? (proposta); como? (detalhamento); para? (objetivo).

A docente de redação Tatyanna Manhães também listou cinco dicas que, a seu ver, são importantes para alcançar a nota mil na redação. Atenção ao tema proposto, escolha de uma tese e o detalhamento da proposta de intervenção – corroborando o que já foi dito por Josicleide – são algumas delas.

6 - Atenção ao tema. Muitos alunos ignoram essa parte. É importante que atente, principalmente ao sujeito para não fugir dele.

7 - Escolha uma tese. Ela precisa estar bem definida e ser algo que você saiba defender.

8 - Escolha dois argumentos diferentes para sustentar sua tese. É importante saber defendê-los.

9 - Tenha um bom repertório sócio-cultural. A leitura e a conexão com outras áreas do conhecimento são fundamentais.

10 - Lembre-se da proposta de intervenção. É preciso que seja detalhada.

A prova impressa do Enem será realizada nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Já a prova digital ocorrerá em 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

A jornalista Barbara Gancia usou o Twitter para rebater críticas do rapper Emicida. Durante a entrevista ao programa Roda Viva na última segunda-feira (27), o cantor comentou sobre o preconceito envolvendo o rap e o hip hop no Brasil e chegou a citar um artigo da jornalista Barbara Gancia, em que ela insinua a ligação dos estilos musicais ao tráfico de drogas.

O texto 'Cultura de Bacilos' publicado em 2007, há 13 anos, nunca havia sido comentado pelo rapper. Ao saber da citação ao seu trabalho, a jornalista usou não poupou as palavras e atacou o artista.  

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"Esse rapazinho Emicida deveria parar de ouvir apenas o som da própria voz. Essa viagem de achar que por ser defensor dos pobres e oprimidos ele tem o direito de sair por aí espinafrando os outros sem procurar se informar provavelmente vai lhe custar alguns dias no purgatório antes publicamente, mesmo estando cansado de saber o custo que um ataque desse tipo pode ter nas redes sociais justiceiras e magnânimas dos dias de hoje. Mostrou ser um nanico, um bostinha sem senso de humor, o mesmo que reagiu feito moleque chorão quando eu tirei sarro dele no Twitter", escreveu Barbara.

E continuou: "É lamentável ele ter se portado dessa maneira comigo, uma pessoa a quem ele já deveria ter aprendido a respeitar, somos colegas de elenco, eu tenho idade pra ser mãe dele, a nossa chefe já falou pra ele que ele estava errado em me julgar tão mal e, na real, eu acho o trabalho social que ele faz admirável. Mas essa parada aqui comigo passou dos limites, melancólica mesmo". 

Atualmente ambos trabalham no canal GNT. Emicida participa do 'Papo de Segunda', já Barbara estava no quadro de apresentadoras do programa 'Saia Justa. 

A jornalista ainda disse que Emicida segue sendo “o mesmo que se recusou a trabalhar comigo na Copa da Rússia, o mesmo que me julga sem nem sequer se questionar porque alguém que ele considera tão desprezível ocuparia espaços em lugares tão próximos aqueles em que ele também está presente. Seriam todos idiotas e só ele enxerga a verdade? Olha só, Emicida: humildade é boa e mandou lembranças, sabichão".

No período de 25 a 29 deste mês, a professora de redação Jocicleide Guilhermino promove minicurso gratuito de redação. Para realizar as inscrições, os interessados devem entrar em contato através do e-mail josicorrige@gmail.com, manifestando interesse. O limite de participantes é de até 100 estudantes.

Ao todo, são cinco aulas com um passo a passo prático para a produção de um bom texto dissertativo argumentativo. Na primeira aula, os estudantes aprenderão as características do texto dissertativo-argumentativo. Na segunda, que terá foco no tema da redação, os estudantes aprenderão sobre a identificação de palavras-chave.

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Já na terceira aula, que será sobre introdução e tese, os alunos verão como desenvolvê-las. O desenvolvimento é tema da quarta aula, em que os candidatos aprenderão a retomada da tese e o aprofundamento nela. Por último, a quinta aula abordará a conclusão e como elaborar uma proposta de intervenção.

De acordo com a docente, cada aula pressupõe a construção de uma parte do texto. “Na última aula, os estudantes estarão com um texto pronto, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Enem e devem enviar o texto para ser corrigido por mim”, afirma Josicleide. A transmissão será através do Youtube. Horátio, além de material e links referentes ao aprendizado serão enviados por e-mail assim que as inscrições forem realizadas.

“É preciso conhecer bem a lógica atrelada à língua portuguesa para poder interpretar bem os enunciados das questões, porque a matemática se baseia em linguagem”. A fala do professor de matemática Erotides Marinho interpreta bem a base da educação brasileira. Nesta quarta-feira (6), é celebrado o Dia da Matemática, e o LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem), propôs aos educadores Diogo Xavier (português), Erotides Marinho e Ricardo Rocha (matemática) um momento de reflexão acerca da interdisciplinaridade dessas disciplinas.

Além disso, os docentes explicam como a interpretação de texto pode ajudar a resolver questões matemática. “A princípio, para conseguir identificar que fórmulas, operações e raciocínios serão necessários à resolução da questão, é preciso compreender a contextualização e o enunciado, do contrário não adianta saber resolver qualquer cálculo ou equação”, diz o professor de português Diogo Xavier.

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Exemplificando a ideia para os estudantes, o educador de matemática Ricardo Rocha orienta que é preciso interpretar o enunciado para ter uma solução e as conjunções da língua portuguesa podem ajudar resolver uma alternativa sem ao menos fazer um cálculo. “Na frase 'João e Maria são nota 10', João eu chamo de J; 'e' em gramática significa uma conjunção aditiva, já na matemática é uma soma; Maria eu chamo de M; e 'são' significa um verbo de ligação, mas na matemática, é compreendida como sinal de igual. Ou seja, só pela interpretação da frase, a equação fica J + M = 10”, explica Rocha.

Diogo Xavier diz que há questões de matemática, como no caso de algumas com gráficos, que dependem exclusivamente da leitura do gráfico e do enunciado para resolvê-las, sem a necessidade de fazer um cálculo. O professor Erotides Marinho resume bem o conceito de interdisciplinaridade entre o português e a matemática. "É preciso conhecer bem a lógica atrelada à língua portuguesa para poder interpretar bem os enunciados das questões, porque a matemática se baseia em linguagem”, destaca o educador.

Partes de um todo

Os números não enganam. Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2018, que permite a avaliação dos conhecimentos e habilidades dos seus estudantes de cada país em comparação a outros, denunciou que mais de dois terços dos brasileiros de 15 anos sabem menos que o básico de matemática; já em leitura, os dados mostraram que o Brasil apresenta quase uma estagnação nos últimos dez anos. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“A prova disso se reflete nos resultados decadentes em matemática e interpretação de texto do nosso país no exame do Pisa, ficando vergonhosamente entre os últimos. Isso mostra a necessidade urgente de uma solução, mas que seja bem distante dos modelos educacionais que geraram esse inequívoco fracasso”, opina o educador de matemática Erotides Marinho. Ele ainda defende o fato de que o aprendizado da língua portuguesa precisa de uma atenção especial, para que os estudantes possam aumentar a proficiência no entendimento do que se lê, do que se escreve, ou do que se fala. Marinho exemplifica sua ideia com uma questão: “Se dissermos que 2 em cada 5 galinhas morriam em certo local, afetadas por gripe aviária, e perguntarmos: I - Em que percentual se reduziu a quantidade de galinhas? II - A que percentual se reduziu a quantidade de galinhas? As respostas são diferentes apenas por causa de uma preposição. 'A' é preposição de direcionamento e aponta para o valor final, ou seja, o número de galinhas se reduz a 3/5, que dá 60%. 'Em' é uma preposição que se refere à transição, à variação que houve, ou seja, o número de galinhas se reduziu em 2/5, que dá 40%. Apenas uma palavra ínfima muda a resposta", conclui Marinho.

O professor de matemática Ricardo Rocha enviou um vídeo ao Vai Cair No Enem, resolvendo uma questão de matemática apenas utilizando a interpretação de texto. Assista:

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“Se ficar na dúvida, substitui”. A fala do professor de língua portuguesa Diogo Xavier resume bem o que muitos estudantes fazem na hora de escrever uma redação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O famoso ditado popular “se escreve como se fala”, nem sempre se aplica neste momento, afinal, a língua escrita tende a diferente da falada.

Quem está se preparando para o Exame, que abre inscrições no dia 11 de maio, sabe que todo o conhecimento é válido nesta fase. Atento a isso, o LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem), entrevistou o educador Diogo Xavier; o professor de português explicou quais palavras os alunos, geralmente, confundem a forma como são escritas.

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“É muito comum a ocorrência desses desvios, porque falamos e ouvimos muito mais que lemos e escrevemos. Na fala, a pronúncia sofre variações. Assim, quando as pessoas vão escrever essas expressões, baseiam-se nessa pronúncia, o que leva ao erro na ortografia”, diz o professor de português.

Diogo Xavier ainda pontua que “outro fator que influencia é a semelhança fonética e gráfica entre termos que não têm o mesmo radical nem significado, como a palavra ‘discussão’, por exemplo”. A estudante Yasmim Nascimento, que já pensa cursar engenharia necânica, conta que normalmente, quando está estudando redação ou qualquer outro assunto, seja de Ciências Humanas ou Exatas, ela faz alguns resumos para se nortear. Porém, ela explica que, durante o processo, comete alguns erros. “Muitas vezes, escrevo algumas palavras que na minha cabeça estavam corretas, mas depois vejo que sua forma escrita era outra”.

Yasmim se apoderou de uma técnica para não errar mais. “Posso citar o exemplo da palavra ‘utilizar’; escrevia muita ela com ‘l’, ou seja, ‘ultilizar’, depois percebi que essa não é a forma correta de se escrever. Foi um pouco complicado me desapegar do ‘l’, mas agora consegui. Agora, sempre procuro treinar a escrita e pesquisar a forma correta de como escrever a palavra quando surge alguma dúvida”, revela a estudante.

Para evitar que novos erros ortográficos aconteçam, o professor Xavier ensina algumas estratégias de aprendizado. “O que pode ajudar a evitar isso é a leitura mais frequente e a prática da escrita, sempre fazendo a revisão antes de passar a limpo. Na dúvida, o ideal é só usar palavras que o estudante conheça bem. Se ficar na dúvida, substitui”, conclui.

Certo x Errado

Confira uma lista de palavras elaborada pelo professor Diogo Xavier, que comumente os estudantes escrevem de uma forma, mas sua escrita é totalmente diferente:

Multirão - Errado

Mutirão - Correto

Excessão - Errado

Exceção - Correto

Discursão - Errado

Discussão - Correto

Cidadões - Errado

Cidadãos - Correto

Lhe dar - Errado

Lidar - Correto

Com tudo (adversativa) - Errado

Contudo - Correto

Perca de tempo - Errado

Perda de tempo - Correto

Encima (locução prepositiva) - Errado

Em cima - Correto

Anciosa - Errado

Ansiosa - Correto

Emponderamento - Errado

Empoderamento - Correto

Asterístico - Errado

Asterisco - Correto

Opnião - Errado

Opinião - Correto

Entertido - Errado

Entretido - Correto

Estrupo - Errado

Estupro - Correto

Sombrancelha - Errado

Sobrancelha - Correto

O professor de português Tiago Xavier também se deparou, durante a sua vida de docência, com erros gramaticais em textos de vestibulares e redações para concursos públicos. Acompanhe algumas dicas que evitam erros:

Mesmo diante a pandemia do novo coronavírus, é importante manter uma rotina de estudos como preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além dos conteúdos teóricos, os estudantes podem adquirir conhecimentos por meio de filmes e séries, se utilizados de modo correto.

Um filme que está tendo sucesso na plataforma Netflix é “Milagre na cela 7”, de origem turca. A obra mostra a história de um pai autista que é preso injustamente; ele vivia em num vilarejo na Turquia com sua filha, Ova, e sua avó.

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A trama é emocionante do começo ao fim. Em cerca de duas horas e 13 minutos de enredo, quem assiste se encontra completamente imerso na história. O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem), entrevistou os professores de Linguagens e redação Felipe Rodrigues e Josicleide Guilhermino para analisar a obra e ver quais temas tratados podem ser mencionados na redação do Enem.

O professor Felipe Rodrigues analisou a obra: “Eu citaria uma gama de temas. Sim, o filme é multifacetado e seria facilmente aplicado em uma gama de possibilidades do Enem, principalmente quando o ser humano se caracteriza como agente central dessa proposta de redação. Um dos temas pode ser 'A legalização da pena de morte, como elemento da justiça estatal'. Num tema como esse, o filme poderia ser citado tanto num viés do sistema prisional, quanto na ideia da morte enquanto justiça. Quando preso, injustamente, torturado e sentenciado à morte, o personagem principal consegue transmitir a sua verdade e defesa, com meros atos, aos seus colegas da cela 7. Essa reviravolta, ciente que os mesmo tentaram assassinar o detento em seu primeiro dia de aprisionamento, torna o roteiro e personagens humanizados. No Enem, fazer uma introdução citando o filme, num contexto de injustiça social, traçando um paralelo com o sistema penal brasileiro, gerará teses muito sólidas, como a relação da bancada que defende tal prática, quem seriam os primeiros do corredor da morte, juntamente com os recortes de cor e classe".

Felipe Rodrigues ainda aborda uma segunda temática: 'Os paradigmas da educação familiar, essencial à formação do indivíduo'. “Nessa proposta, bem simples, mas complexa, nota-se a típica educação informal, inclusive, escopo do estado brasileiro cujo defende a formação e letramento familiar. No filme, o novo modelo de família, ainda mais, quando composta por um deficiente intelectual e uma avó educando uma criança, faz uma ruptura dos padrões estabelecidos. A escola também é um viés interativo nesse mesmo cenário, pois a professora intervém na realidade desses personagens, em formato incisivo e essencial. No Enem, citar o aprendizado da filha com a pobreza, deficiência e respeito integral aos idosos seriam pontos importantes ao tema. Mas, também, fazer uma ponte da educação formal e informal, como exemplo de unificação para a construção do indivíduo social, sem dúvidas, seria uma possibilidade de inserção”, explica o professor.

O docente ainda deixa um breve comentário sobre o filme: “Educativo, emocionante e essencial, defino o filme com essa tríade para todos os vestibulandos. A injustiça e o respeito às diferenças são colocados em 'jogo', como um tabuleiro de xadrez, mas cada espectador conseguirá tirar um aprendizado específico e conjunto de palavras. Acreditar no ser humano como agente transformador de sua realidade é a maior mensagem captada, ainda mais num período em que precisamos de empatia social para sobrevivermos”.

Para iniciar a discussão, a professora Josicleide Guilhermino optou por mencionar “Causas e consequências do pré-julgamento em sociedade”. Mas antes disso, “pausa para falar da brilhante atuação do protagonista que dá um show de talento em sua interpretação". A educadora acrescenta: "E embora a estética fuja totalmente dos filmes hollywoodianos, cheio de efeitos especiais, nada disso faz falta na estética turca, cujo foco é a narrativa em si".

“A competência número 3 da redação do Enem exige dos candidatos 'Selecionar, Relacionar, Organizar e Interpretar' fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Ou seja, apresentar um repertório sociocultural que se enquadre na temática discutida. A argumentação deve ser desenvolvida com base em fatos concretos para defesa de uma tese, logo, produções cinematográficas que se relacionem às temáticas sociais são bem vindas no modelo de redação cobrado no Enem. No filme, a injustiça social faz referência a indivíduos que recebem tratamento desigual em decorrência de alguma característica negativada pela sociedade. O personagem principal, além das limitações intelectuais, é um excluído socialmente. Reside em uma casa simples, com poucos recursos, sobrevive do serviço informal e se vê diante de um tenente-coronel que deseja a todo custo vingança e não justiça, visto que não houve a devida apuração do fato e o tenente condenou aquele que julga ser culpado, motivado por sua dor, mas também pela visão inferiorizante que tinha do outro e como consequência houve violência gratuita e condenação sem provas. O que nos leva a pensar: ‘quais seriam esses caminhos’?”, analisa Josicleide Guilhermino.

Como segundo tema, Josicleide aborda: "Caminhos para combater a injustiça social". “Diante de um sistema corrupto apresentado no filme, em que o tenente-coronel põe um fim deliberadamente a vida da única testemunha que poderia declarar a inocência do acusado, há que se perguntar se a justiça de fato é cega. O filme mostra que ela enxerga e enxerga muito bem os que ela deseja enxergar: os invisíveis sociais permanecem invisíveis aos olhos. Em um contexto de mentiras, corrupções e entre outras abordagens, o caminho a ser trilhado parte de onde menos se espera: os companheiros da cela 7. Criminosos, cada um carrega o peso de um crime. Homens sem valor aos olhos da sociedade, são os responsáveis pela elaboração de um plano que livra o protagonista, inocente, da forca. Demonstrando que se homens comuns, marginalizados são capazes de grandes atos, o que não seriam capazes os que representam o sistema? Diante de todo o poder que têm e representam? A esperança renasce no telespectador e desejamos que a semente permaneça sendo regada, frutifique e produza frutos que minimizem as injustiças sociais e o pré-julgamento que todos os dias condena inocentes ‘a forca’, através do feminicídio, racismo, homofobia e afins” finaliza a professora Josicleide Guilhermino.

Mesmo sem aulas presenciais, estudantes de todo país seguem com a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Dentre as disciplinas, a redação tende a ter peso maior na pontuação final. O LeiaJá, em parceria com o projeto multimídia Vai Cair No Enem, reuniu dicas que podem ajudar os estudantes a alcançarem a pontuação máxima e terem a sonhada aprovação no Exame, que pode ser definitivo para o acesso ao ensino superior.

O país atravessa um momento de crise, ocasionado pela pandemia do coronavírus. Em análise a esse cenário, o professor de Linguagens e redação, Diogo Xavier, aponta que as políticas de isolamento social têm dificultado a dinâmica de produção de redações e os respectivos feedbacks, gerando uma quebra da rotina dos estudantes.

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Para tentar reverter a situação, o professor ressalta a importância de estabelecer uma rotina. “É importante que tenham um horário fixo, dois dias na semana para a redação, a fim de ‘forçar a produção’, recomenda Xavier. Apesar da incerteza sobre o adiamento do Exame, o professor reforça que os estudantes “devem se preparar para a prova como se não houvesse chance de mudanças nas datas, assim estará pronto para qualquer situação.” Cotada como alternativa mais viável, neste período a internet participa de forma mais incisiva na educação.

Partindo deste ponto, a professora de Linguagens Ana Luiza entende que esta é a oportunidade dos estudantes ressignificarem sua relação com os estudos preparatórios para o Enem e revela um olhar mais otimista para estimular os estudantes. Observando de forma positiva, mesmo com as implicações da pandemia, o aluno “vai ter mais autonomia, ele [o estudante] vai colocar em prática o estudo eficiente e não apenas assistir aulas. O vestibulando terá que colocar a ‘mão na massa’, isso provavelmente vai acelerar o desempenho e o aprendizado dele”, explicou a professora.

Com todas essas mudanças na dinâmica de ensino, a docente, idealizadora do canal Poxa Lulu, no YouTube, traz dicas que orientam os participantes do Enem em como aplicar corretamente as cinco competências cobradas na redação. Como principal dica, a leitura e análise de redações nota mil ajuda o aluno a perceber os pontos chave para obter a pontuação máxima no Exame. Confira, abaixo, algumas dicas que podem ajudar na preparação:

Domine as competências cobradas na redação

Como premissa, é necessário que o estudante conheça e domine de forma aprofundada as cinco competências cobradas na redação do Enem, são elas: domínio da escrita formal da língua portuguesa;  compreender o tema e não fugir do que é proposto; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; ter conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; e respeito aos direitos humanos.

O estudante que aprende de forma aprofundada as competências cobradas, já deu um passo importante rumo à aprovação. Nas redações produzidas no Enem 2019, analisadas pela professora Ana Luiza, notamos que a estrutura do texto é composta por quatro parágrafos, sendo um para introdução, dois parágrafos para desenvolvimento e o último para a conclusão.

Dica de ouro: estruturação

Comece o texto apresentando repertório sociocultural. Em 39 de 44 provas analisadas pela professora, iniciaram a redação desta forma. Nesta etapa, o estudante pode trazer informações de alguma área do conhecimento, em forma de dado estatístico, alusão histórica, filme, livro, série, gibi, citação filosófica, dentre outros.

Outra forma de começar o texto é usando a Constituição Federal. Este repertório foi utilizado em 27 das 44 provas verificadas. É importante reforçar que na introdução o estudante deve reapresentar o tema da redação, apresentar o repertório, além de uma tese explícita, dividida em dois argumentos.

Do total de 44 provas analisadas, 39 usaram repertório sociocultural nos três primeiros parágrafos, ou seja, na introdução, no primeiro e no segundo desenvolvimentos. A orientação é colocar repertório sócio-cultural no segundo período do desenvolvimento da redação.

Seguindo as boas práticas, no primeiro desenvolvimento, a maioria apresentou o tópico frasal com retomada do argumento da tese. Além disso, o repertório também deve reaparecer, desta vez contextualizado, para justificar o motivo de ter sido utilizado no texto. Por último, no segundo desenvolvimento, é necessário finalizar com um desfecho crítico, que demonstre o pensamento do participante.

Chegando no parágrafo da conclusão, a maioria dos estudantes retomou o repertório exposto durante o texto. Nesta parte, em que deve ser feita a proposta de intervenção, foi observado que em 30 das 44 provas do Enem 2019 houve o resgate de repertório. Não é recomendado apresentar novos argumentos ou repertórios. E, para fechar a redação de forma correta, o estudante deve a atender a elementos - agente interventor, ação interventiva, modo meio, detalhamento e finalidade -  que tornam a proposta de intervenção completa.Dessa forma, aumentam as chances dos estudantes obterem 200 pontos na quinta competência do Enem.

Conectivos

É preciso ter atenção aos conectivos. O corretor do Enem também examina, com minúcia a utilização dos conectivos conclusivos, através do repertório do estudante. Os conectivos, que ligam um período ao outro, são conjunções, advérbios e pronomes. O participante pode usar “assim, portanto, logo, dessa forma”, dentre outras. A professora, Ana Luiza, indica que os conectores textuais conclusivos sejam aplicados, também, em todos os desfechos no decorrer do texto. Confira a análise das provas:

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LeiaJá também

---> Aprenda a fazer a introdução da redação do Enem 

---> Como o filme ‘O poço’ pode cair em questões do Enem?

A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) geralmente propõe temas que são relevantes para a sociedade. Durante o desenvolvimento do texto, o candidato precisa apresentar uma proposta de intervenção para a temática que foi estabelecida.

Você sabe o que é uma proposta de intervenção, onde ela aparece e qual a importância dela para a construção da nota? Os professores de redação Diogo Xavier e Diogo Didier, em entrevista à reportagem do LeiaJá, explicam essas questões.

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O professor Diogo Xavier diz que a proposta de intervenção é uma maneira de o estudante provar ao avaliador que ele consegue elaborar formas possíveis para eliminar o problema sobre o qual se fala no texto. “É uma forma de o candidato mostrar para o leitor que é capaz de sugerir medidas viáveis de combate ao problema discutido no texto, para assim diminuí-lo, reduzir sua gravidade”, detalha.

“O tema que o Enem vai trazer para nós é uma problemática, ou seja, um conjunto de problemas que exigirão do estudante uma posicionamento social para isso. Então, nada mais é do que uma resposta ao tema da problemática que será trabalhada, que muitos ainda têm aquela ilusão de que muitos temas do Enem não têm solução, quando eles têm. Cada tema tem muitas soluções possíveis. Agora basta que a gente tenha uma sensibilidade e um entendimento maior com relação a essas possíveis soluções ou propostas de intervenção, da qual a gente tem que interver como cidadão, para se colocar no texto”, comenta Diogo Didier.

Xavier ainda indica que o mais sugerido é que a proposta de intervenção esteja no final da redação. “O mais comum e mais indicado é que esteja na conclusão da redação, depois que o problema já foi amplamente discutido no desenvolvimento”, comenta. Diogo Didier pondera essa afirmação. Assim como Xavier, Didier conta que geralmente a proposta de intervenção aparece na conclusão, mas ele também destaca que não é errado que no desenvolvimento 1 (D1) ou no desenvolvimento 2 (D2), o estudante possa, se quiser, depois de finalizar o argumento de cada um desses parágrafos, terminar a ideia adiantando um pouco a conclusão no final do D1 e do D2.

Sobre a importância da proposta de intervenção para a construção da nota, Xavier comenta que, caso o estudante não apresente propostas, poderá perder até 200 pontos da nota. “Ela é avaliada na competência V da prova do Enem. Caso o candidato não dê propostas, perderá 1/5 da nota, ou seja, 200 pontos. Faz toda diferença. Para alcançar nota máxima nesse quesito, a proposta deve estar relacionada ao que foi discutido no texto, ser viável e detalhada, indicando o que fazer, quem o fará, como e com qual finalidade”, conta.

“A importância dela é, indubitavelmente, a de caráter cidadão. O candidato vai ser analisado pela perspectiva não só de posicionamento dele como indivíduo que faz parte de um mundo, que entende aquela dilemática, e tem de traçar construções sociais para solucioná-la para curto, médio ou longo prazo. Antes de tudo, acho que a importância maior é porque é o principal termômetro do texto, em que a vertente dos direitos humanos é cobrada. A gente sabe que a competência 5, que nos pede a intervenção, ela também nos cobra ao longo do texto que essa solução seja feita a partir da perspectiva de respeito aos direitos humanos, que hoje no vestibular não é mais penalizado, como era antes, com a anulação da prova. Ou seja, se o candidato desrespeitar o direito humano hoje, ele não zera a redação, mas tem aquele trecho desrespeitoso cortado e desconectado da redação. Então, é uma forma, também, da banca sentir qual o grau de humanidade, de empatia, de respeito, de solidariedade que o candidato tem para com aquela temática ao ponto de trazer soluções que não sejam extravagantes, que não sejam utópicas ou punitivas, apenas", acrescenta Diogo Didier.

Na prática

O LeiaJá e o projeto Vai Cair No Enem desafiaram os professores. Eles elaboraram propostas de intervenção com a pauta do coronavírus. Confira:

Tema: Estratégias de combate ao novo coronavírus no Brasil - Diogo Xavier

Proposta 1: É necessário que o Ministério da Saúde, por meio de direcionamento de verbas do Governo Federal, amplie a disponibilidade de testes para o novo Coronavírus, a fim de que os estados e municípios possam contabilizar com mais precisão os infectados e, assim, planejar medidas de controle.

Proposta 2: Ademais, o Congresso Nacional deve aprovar a liberação dos 2 bilhões de reais direcionados às campanhas das eleições municipais deste ano para serem aplicados na assistência a famílias as quais estejam com a renda comprometida, para que seja possível manter um isolamento social mais amplo, de modo a achatar a curva de transmissão do vírus e não sobrecarregar, ainda mais, os hospitais.

Tema - Medidas políticas para combater o coronavírus no Brasil - Diogo Didier

Proposta 3: Dessa forma, mais viral que o Coronavírus é o falatório infundado sobre ele. Porém, é possível dar outro rumo a essa prosa. Para tanto, é papel do Ministério da Saúde fazer investimentos maciços nos hospitais nacionais, por meio de requerimento ao Presidente da República, para que este viabilize verbas voltadas a qualificar o atendimento do SUS frente a tal pandemia; com fito de resgatar a confiança do povo neste órgão, ofuscado pela deficitária realidade da saúde atual. Em paralelo, o Estado deve criar uma campanha aliada a mídia intitulada de “Pode Confiar”, a qual, por meio de médicos especialistas, seriam difundidos comunicados na grade televisiva sobre os cuidados com o Coronavírus. Isso para que a sociedade seja conscientizada pelos seus governantes acerca do COVID-19, a fim de contornar a onda de pânico criada pela rede. Assim, não haverá coincidência entre a vida real e o cinema.

Tema - A pandemia do coronavírus na metropolização das sociedades 

Proposta 4: Logo, já que a metropolização dificilmente sofra retardo, é preciso unir forças na luta contra o coronavírus noutra perspectiva. Assim, a OMS deve criar uma comissão internacional urgente para que os maiores cientistas da atualidade possam trabalhar juntos contra esse vírus, a priori nas nações onde ele já foi diagnosticado e, a posteriori, traçando metas para que países mais vulneráveis como o Brasil não sejam acometidos por essa pandemia. Ao fazer isso, espera-se que haja celeridade no controle e combate da doença, levando em conta dilemas urbanos e ambientais, bem como possíveis saídas para criar nas metrópoles uma atmosfera onde as epidemias sejam diagnosticadas e tratadas antes de ganharem estágios pandêmicos.

Ana Maria Braga está de idade nova. Completando 71 anos nesta quarta-feira (1º), a apresentadora do Mais Você recebeu uma homenagem especial. Ana Furtado emocionou os seguidores ao declarar sua admiração pela amiga publicando no Instagram texto e vídeo.

"Amo você e amo sua força! Ana Maria, lembrança de um momento muito especial pra relembrar o quanto te admiro e desejar feliz aniversário, minha amiga guerreira! Um novo ano de muita luz, saúde, bençãos e muito amor na sua vida! Tudo passa. O meu tratamento passou e a cura chegou. Assim também será para você", escreveu.

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Ela ainda afirmou que não vê a hora de encontrar com a loira. "E quando pudermos nos abraçar de novo será tão emocionante como foi neste momento. Fica bem. Fica guardadinha. Nos vemos em breve, se Deus quiser. E ele irá permitir. Love You", finalizou.

Por causa da pandemia do coronavírus, o programa de Ana Maria Braga foi suspenso temporariamente da Globo. Em isolamento social, ela está atualmente travando uma batalha contra um câncer de pulmão.

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Apesar das dúvidas dos estudantes quanto à manutenção do cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, a organização da prova divulgou, nesta terça-feira (31), o edital do processo seletivo. A versão digital será realizada nos dias 11 e 18 de outubro, enquanto o modelo tradicional, na versão imprensa, ocorrerá em 1º e 8 de novembro. Diogo Xavier, professor de Linguagens e redação, analisou os principais pontos do edital com exclusividade para o LeiaJá e Vai Cair No Enem.

Uma das principais percepções do professor em relação ao edital é que, mesmo diante de toda a polêmica envolvendo o anúncio do Enem Digital, essa prova continuará com a redação imprensa, escrita à mão. “A prova de redação ainda será impressa, ficando a parte digital limitada às questões objetivas”, disse o educador.

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De acordo com Xavier, o candidato não poderá fazer as duas versões da prova. “Diferentemente do que foi declarado pelo ministro da Educação, o candidato não poderá participar simultaneamente das versões digital e impressa. Uma vez inscrito na versão digital, não será possível mudar de opção, ou seja, automaticamente o candidato está ‘barrado’ de se inscrever na versão impressa”, revelou.

Em 2020, a versão digital do Enem contará com 100 mil vagas para aplicação em cidades selecionadas, tais como Recife e São Paulo. “Possivelmente – para o Enem Digital -, as inscrições se encerrarão quando atingir essa marca, mesmo antes de o prazo terminar”, alertou o professor.

Diogo Xavier ainda declarou: “Não haverá opções de acessibilidade, nesta versão da prova (digital), nem será aberta a treineiros, só para concluintes do ensino médio ou para quem já concluiu. Outro aspecto explicitado no edital é que o candidato o qual, na ocasião da aplicação da prova, estiver diagnosticado com alguma doença infectocontagiosa (entre as apresentadas no edital), poderá solicitar reaplicação da prova digital, apresentando a documentação exigida. O Covid-19 se encontra nessa lista.

Para mais informações, veja os editais do Enem Digital e da prova impressa. Todas as notícias sobre a prova estão no Vai Cair No Enem.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a porta de entrada às universidades públicas e particulares do País, e para ter um bom desempenho na prova, é necessário que o candidato se prepare bem. Um dos momentos mais importantes do processo seletivo é a redação. 

 Alguns erros na produção textual acabam fazendo com que a nota do candidato baixe ou, até mesmo, que a redação seja zerada. Entre os erros, estão aqueles que podem ser encontrados, por exemplo, na introdução. Segundo o professor de Linguagens Felipe Rodrigues, um dos equívocos mais cometidos pelos candidatos na elaboração da introdução é não esclarecer o problema que será aprofundado no decorrer do texto. “Não deixar claro o problema a ser desenvolvido durante o texto. Sendo mais específico: esquecer suas problemáticas, cujas virão nos desenvolvimentos 1 e 2 (D1/D2), como assuntos destes parágrafos. Chama-se tese, este elemento tão esquecido (indico aos meus alunos a deixarem na última frase da introdução)”, conta.

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Na introdução da redação deve-se evitar algumas atitudes. De acordo com Rodrigues, argumentar é uma delas. “Argumentar. Querer discutir um problema e expor um ponto de vista se configura como erro grave, pois o momento é de abertura do texto, informando quais pontos serão discutidos, inclusive, resolvidos na proposta de intervenção”, explica. 

Já um item que não pode deixar de ser acrescentado na introdução da redação é a tese, de acordo com Felipe Rodrigues. “Não pode faltar tese, sem dúvidas. Há um círculo vicioso entre os redatores em não deixarem a mesma clara, usando conectivos genéricos e dizendo que é algo brasileiro. Assim: ‘nessa ótica, avalia-se o problema no país’. Sejam claros, definam quais são os assuntos do D1/D2, pois, além de tudo, você será elegante, coerente com a tipologia e gênero: são, somente, 30 linhas”, declara.

Para finalizar, o professor de redação dá dica às pessoas sobre como fazer a introdução da redação do Enem. “Sigam uma ordem lógica. Abram a primeira frase com algum conteúdo referente ao tema, podendo ser da forma que o escritor escolher, tentando iniciar e dar o primeiro passo: fato histórico, um filme, música, livro, dado, obra de arte (...). Após, deixe bem claro o assunto do tema, no contexto atual brasileiro. Por fim, faça um desfecho da introdução, definindo dois problemas, cujos virão no D1/D2; como também, serão resolvidos na conclusão. Resumo do tema, mais tema na atualidade nacional, mais teses", conclui ele.

O projeto Vai Cair No Enem, em parceria com o LeiaJá, realizou uma livre sobre introdução para redação com a professora Tereza Albuquerque. Confira:

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O período de isolamento social, medida necessária para frear o avanço do novo coronavírus (SARS-COV-2), exige que os estudantes abandonem as salas de aula, mas não significa férias. Apesar do estresse e ansiedade causados por essa situação atípica, os estudantes que se preparam para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem permanecer em casa e aproveitar o tempo extra para estudar.

Atividades relaxantes que costumamos fazer em nossas casas, como assistir séries, podem ser aliadas dos estudantes que desejam ampliar o seu conhecimento de mundo nesse momento se utilizadas do modo correto. O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem), entrevistou o professor de Linguagens Felipe Rodrigues, para montar uma lista de séries que podem ajudar a melhorar a capacidade de argumentação na redação do Enem. Confira:

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La Casa de Papel

De acordo com o professor, a série "La Casa de Papel", que conta a história de um grupo de ladrões que roubam a casa da moeda espanhola, traz pontos interessantes em seu enredo. "Na segunda temporada, esse tema (o assalto) volta, mas a série aborda revelações de teorias da conspiração contra o Estado discutindo contratos sociais, algoritmos, fake news e outros temas atuais", disse o professor.

13 Reasons Why (Os 13 porquês)

Em "Os 13 Porquês", no título traduzido, uma adolescente chamada Hannah comete suicídio e deixa fitas gravadas para cada colega de escola que considera um motivo de sua decisão. O professor Felipe a recomenda por abordar temas sobre bullying, saúde mental, enfim, "várias questões jovens", como ele definiu. É importante lembrar, no entanto, que à época de seu lançamento, a série em questão suscitou diversos debates e polêmicas acerca de seu conteúdo, considerado muito explícito por muitas pessoas, o que levou a Netflix a inserir alertas nos episódios antes do play.

"Esta série contém cenas que os espectadores podem considerar perturbadoras, incluindo imagens explícitas de abuso sexual, consumo de drogas e suicídio. Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando um momento difícil e precisar de ajuda, acesse 13reasonswhy.info para obter mais informações", alerta a plataforma de streaming.

Sex Education

A série “Sex Education” conta a história de um jovem que, por ser filho de uma sexóloga, começa a fazer sessões de aconselhamento na escola junto a mais dois amigos. O professor Felipe explica que esta é uma boa opção para os estudantes, pois a série “trabalha questões como aborto, uso de drogas ilícitas e sexualidade”, que podem ser abordadas na redação.

Impuros

A série “Impuros” conta a história de Evandro do Dendê, jovem que tentava levar a vida honestamente em uma favela do Rio de Janeiro dos anos 90 até seu irmão, que era traficante de drogas, ser morto por policiais. O professor de redação e Linguagens Felipe Rodrigues explica que a série é boa para ampliar a visão de mundo e capacidade argumentativa dos estudantes, pois aborda temas como a vida nas favelas, o narcotráfico, questões raciais e o sistema carcerário brasileiro.

AJ and the Queen

Em “AJ and the Queen”, a drag queen Ruby Red (interpretada por RuPaul, estrela da competição RuPaul’s Drag Race) conhece e adota uma criança órfã e daí surge uma grande parceria entre os dois. Na opinião do professor Felipe, é uma série interessante por abordar temas sobre gênero, abandono, infância e adolescência e também consumo de drogas.

The good doctor

A série conta a história de um médico autista que teve uma infância difícil e busca trabalhar em um grande hospital da cidade de San José, na Califórnia. Segundo o professor, é uma história interessante pois “aborda o trato e acolhida nas escolas, famílias e hospitais a pessoas com autismo”.

O Auto da Compadecida

O professor recomenda a clássica série 'O Auto da Compadecida', baseada na obra do pernambucano Ariano Suassuna, pois ela “trata de temas como a seca no Nordeste e traz conexões com a literatura, com o Movimento Armorial e escolas do movimento como o Barroco”.

Um alento em meio à tensão. Simples, mas valoroso. Singelo bilhete, fixado em um elevador social, materializa a necessidade de compartilharmos solidariedade em meio à atmosfera de medo causada pela pandemia do coronavírus. Na mensagem, o discurso de quem faz valer sentido do “cuidar do próximo”.

Célia Maia Neiva, professora polivalente que mora no Edifício Porto Fino, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, materializou em texto sua postura voluntária. No bilhete colado ao elevador dos moradores, se coloca à disposição para ajudar pessoas do condomínio inclusas no grupo de risco do coronavírus. “Disponibilizo ajuda aquele que, pela idade ou complicações de saúde, ou mesmo receio de ir ao mercado, farmácia, ou outras necessidades que considere importante”, diz trecho do bilhete.

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Moradora de condomínio deixou bilhete para ajudar os vizinhos. Foto: Roberta Patu/Cortesia

Dona Célia reside junto com uma idosa de 90 anos, que mesmo sem parentesco sanguíneo, esteve com sua família por bastante tempo. O curioso é que Célia, pela idade de 60 anos, também faz parte do grupo de pessoas que têm mais risco de serem prejudicadas pelo coronavírus. Ela confessa que entende a gravidade de se deslocar pelos espaços públicos e não se manter isolada, mas garante que possui boa saúde e mais capacidade física do que os mais velhinhos da vizinhança.

Ao LeiaJá, Célia contou que o bilhete é somente uma de suas atitudes de solidariedade ao próximo. “Naturalmente sou muito solidária. Quando vejo alguém com dificuldade, faço isso com facilidade. Trabalho em escola pública, as pessoas são muito carentes, e meus pais também moraram em uma região de extrema pobreza. Ajudar as pessoas faz parte de mim, sinto um prazer muito grande”, relata. “No nosso prédio, o grupo de risco é muito grande, temos bastante pessoas idosas, com dificuldade de locomoção e com pânico. A doença traz um prejuízo muito grande. Aí me disponibilizei a ajudar”, complementa.

A professora tem três filhos, todos casados e que moram em outros locais, além de vários netos. Diariamente, recebe recomendações deles para seguir as orientações de prevenção compartilhada pelos órgãos competentes. Quando não sai às ruas para realizar alguma atividade, Dona Célia faz questão de telefonar para alguns idosos em isolamento. “Acho bom conversar, dar uma atenção”, conta.

A jornalista Roberta Patu, que tem uma mãe idosa residindo no condomínio, registrou o bilhete de Célia e compartilhou a atitude nas redes sociais. “Fui impactada com esse aviso no elevador do prédio da minha mãe, no qual a maioria é de idosos. Como acalmou o coração e como é bom saber que há pessoas assim bem perto da gente. Um exemplo que merece ser compartilhado e aplaudido”, escreveu a jornalista ao compartilhar o bilhete no Instagram.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no início da noite desta terça-feira, 18, que vai passar a noite estudando a proposta de reforma administrativa que o governo pretende encaminhar ao Congresso esta semana.

"Vou papirar (estudar) hoje à noite. Vou estudar a noite toda hoje, peguei o consolidado agora", disse o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada, uma das residências oficiais da Presidência.

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Há pouco, Bolsonaro se reuniu com ministros para tratar da matéria. Ele chegou a cancelar um evento sobre o Programa Mais Brasil para discutir a reforma com sua equipe. O cancelamento foi anunciado cerca de meia hora antes do evento, quando os convidados já chegavam ao Palácio.

No final do dia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo sinalizou que enviará a proposta com mudanças nas regras dos servidores públicos nesta quinta-feira. A ideia é conseguir encaminhar a reforma antes do feriado de carnaval.

Mais cedo, em evento no Palácio do Planalto, o presidente falou sobre a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. A declaração ocorreu dias após Guedes causar polêmica e chamar os servidores públicos de "parasitas", o que o levou a fazer sucessivos pedidos de desculpas e a esclarecer que desejava chamar o "Estado" de parasita.

"Se Paulo Guedes tem alguns problemas pontuais e sofre ataques, é muito mais pela sua competência do que por possíveis deslizes, que eu também já cometi muito no passado. O Paulo não pediu para sair, tenho certeza de que ele vai continuar conosco até o último dia. Ele não é militar, mas foi um jovem aluno do colégio militar de Belo Horizonte", afirmou Bolsonaro em cerimônia de posse de ministros.

Sobre a fala, Bolsonaro evitou esclarecer por que mencionou a permanência de Guedes no discursos e disse a jornalistas que "é só ver o vídeo".

Na semana passada, Guedes causou outra polêmica ao afirmar que o dólar mais barato estava prejudicando as exportações e permitindo que "todo mundo", inclusive "empregadas domésticas" pudessem ir para a Disneylândia.

O semestre inicia e os alunos já começam a estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além das questões objetivas, que incluem ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática, deve se preparar para produzir uma boa redação. O ideal é não fugir do assunto e ter atenção no que se pede o texto de apoio. 

Além disso, as dúvidas que mais surgem é como treinar a redação para alcançar uma boa nota. Diante disso, é indicado que o estudante comece a praticar o quanto antes, produzindo uma redação por semana, pois a consistência se faz mais importante do que quantidade, pelo motivo do aluno ter a possibilidade de acompanhar suas falhas e ir corrigindo, para tornar um texto cada vez melhor. 

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Fernanda Bérgamo, professora da disciplina explica que além da produção do texto dissertativo argumentativo é necessário ter atenção para pontos que não podem passar despercebido. “É necessário garantir um mínimo de três parágrafos. Na introdução é importante passar que a proposta foi compreendida, desenvolver a tese com boas exemplificações e dados estatísticos, além de não esquecer de incluir na conclusão uma proposta de intervenção para o problema desenvolvido”, explicou. 

 Portanto, o estudante não precisa ser apenas expositivo, é preciso ter ferramentas e uma boa base para comprovar o argumento.  

Para as pessoas que não tem condições de investir em um cursinho, a docente ainda explica que é possível estudar sozinho, desde que o aluno tenha uma boa base e um foco. Diante disso, é importante compartilhar o texto com alguém da família ou amigo, para que de alguma forma possam expressar a opinião sobre o conteúdo desenvolvido e opinar no que se pode ser melhorado. 

O estudante do ensino médio, Thiago Nacazone que obteve nota máxima na redação do Enem 2019 explica que não teve uma rotina de estudos muito rígida, mas sempre esteve praticando a redação e acompanhando os erros com professores, para que assim não voltasse a cometer as mesmas falhas. 

Para produzir um texto com uma boa base e ficar cada vez mais próximo da nota máxima, é indicado que os estudantes mantenham sempre bem atualizados, sobre assuntos que ocorrem no país, a leitura também é um ponto importante para um bom desenvolvimento do texto. Utilizando essas técnicas e sempre mantendo um foco nos estudos, é possível se destacar na redação e quem sabe iniciar a vida acadêmica em uma universidade e curso dos sonhos. 

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As notas dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram divulgadas nesta sexta-feira (17), de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Ao todo, 53 estudantes de 15 estados brasileiros conseguiram a nota 1.000 na redação.

Ainda segundo dados do Inep, 32 textos, cerca de 60% das redações com nota máxima, foram escritas por mulheres. No que diz respeito a faixa etária, os participantes têm de 16 a 28 anos e estão espalhados entre 15 estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Minas Gerais é a unidade da federação que concentra mais notas máximas na redação do Enem: 13 estudantes. 

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Na edição de 2019, o tema foi “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”. Os participantes tinham que desenvolver um texto dissertativo-argumentativo com até 30 linhas, a partir de uma situação-problema e com o auxílio de textos motivadores que não podem ser transcritos para a folha de resposta. 

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A segunda fase do Vestibular da Fuvest, da Universidade de São Paulo (USP), um dos processos seletivos mais concorridos do Brasil, teve início neste domingo (5). Os candidatos responderam, nesta tarde, questões de português, bem como desenvolveram a redação.

De acordo com Fabiula Neubern, coordenadora de redação do Curso Poliedro, o vestibular trouxe como temática o ‘papel da ciência no mundo contemporâneo’. Para a docente, o assunto corrobora com as últimas abordagens do vestibular, que geralmente permeiam pautas atuais: em 2019, por exemplo, foi trabalhada a importância do passado para a compreensão do presente.

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Em sua análise sobre a prova, Fabiula acredita que o tema cobrado foi amplamente trabalhado nos cursos e escolas dos candidatos à USP. Ela indica que a pauta resultou, entre alguns aspectos, da ascensão de um “certo revisionismo científico”, como os movimentos que questionam se a terra é redonda. De acordo com a coordenadora do Curso Poliedro, os estudantes devem ter detalhado o valor da ciência para a contemporaneidade.

“O tema partiu de um ponto atual solicitando a importância da ciência na contemporaneidade. Diante desse tema, os candidatos podem ter se lembrado de divulgadores científicos bastante famosos no Brasil. O cientista Carlos Nobre é um deles, figura pública que faz uma divulgação científica que viabiliza o conhecimento. Faz um movimento de mover a academia para o centro da discussão comum. Outro cientista bastante conhecimento é o Marcelo Gleiser, que já teve colunas em jornais e livros conhecidos”, comentou a coordenadora de redação do Curso Poliedro.

Durante o texto, segundo a professora, os candidatos podem ter feito contextualizações de problemas atuais que podem ser sanados com a ajuda da ciência. “Estamos diante de uma crise climática e do esgotamento de recursos naturais. A ciência é chave para combater esses problemas.  Desigualdade social a ciência também é capaz de resolver”, reforçou.

Nesta segunda-feira (6), os concorrentes encaram disciplinas específicas, conforme suas áreas. Mais informações sobre o vestibular podem ser obtidas no site da Fuvest.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou oficialmente, nessa quarta-feira (11), o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas privadas de liberdade (PPL). O assunto escolhido foi “Combate ao uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação por crianças”.

O Enem PPL teve início nessa terça-feira (10) com 90 questões de Ciências Humanas, Linguagens e a redação. Já ontem, último dia do processo seletivo, detentos e socioeducandos de 1.228 unidades prisionais respondem mais 90 quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

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Segundo o Ministério da Educação (MEC), mais de 46 mil inscrições foram confirmadas para o Enem prisional. Outros detalhes informativos podem ser vistos no site do Exame.

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O segundo dia de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será no próximo domingo (10), traz aos feras as questões de Ciências da Natureza e Matemática. Com 5 horas para responder a todas as questões e vários cálculos para fazer até chegar à resposta, ser ágil na resolução das contas é uma preocupação dos feras na segunda etapa do exame. 

O professor de matemática Ricardinho Rocha orienta os feras a começar a prova pela matéria com a qual tiver mais afinidade e buscar questões dos assuntos mais fáceis. “Razão, proporção, porcentagem e regra de três são assuntos que os alunos têm visto desde o ensino fundamental II, se repetem no ensino médio inteiro e nos cursinhos”, disse ele. 

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Não se prender a responder uma prova inteira do começo ao fim também é uma dica do professor. “Não é obrigado o fera resolver a prova de matemática inteira, pode fazer as mais simples que ele sabe, beber uma água, respirar um pouco e ir para as questões de natureza que ele sabe. Assim ele garante que vai acertar as questões mais simples, tendo uma nota maior na prova”, explicou Ricardinho. Durante a resolução de cada questão, o professor orienta os feras a procurar a pergunta no texto para que assim possa ser objetivo em desenvolver o cálculo. 

O professor de química Josinaldo Lins aconselha os estudantes a marcar as principais informações dadas pelo enunciado para nortear a resolução dos cálculos. “Eu oriento meus alunos a frisar as informações importantes, sublinhando ou circulando. Feito isso, observar se a questão envolve o uso de fórmulas ou de artifícios como a regra de três. Isso faz com que o estudante não perca tempo com dados desnecessários sobre a questão”, disse ele. 

Analisar as alternativas após a leitura do enunciado, de acordo com o professor Josinaldo, também pode ajudar o estudante a resolver a questão mais rapidamente. “Numa questão de cinco alternativas, o fera pode excluir aquelas que não traduzem o que o enunciado pede, e se deter nas que realmente tem a ver com a questão”, disse o professor. 

Gustavo Bruno de Mello Barreto ensina física e orienta os estudantes a iniciar a prova pela resolução das questões contextualizadas. “Se ao término da leitura perceber que tem muitas dúvidas nas alternativas, pule [a questão]  para não perder tempo nas restantes”, aconselhou ele. 

O professor também instrui os alunos a destacar dados do enunciado para facilitar a compreensão da questão e, consequentemente, a montagem e resolução dos cálculos. “No final da leitura, se pergunte essa questão fala de qual assunto?’. Seguindo esse passo a passo de destacar os dados e deduzir o tema da questão, o fera ganha um tempo preciso na resolução”, afirmou o professor. 

Arthur Costa, que é professor de biologia, lembra aos feras da importância de ter calma para pular questões que demorem, deem muito trabalho ou estejam difíceis para o estudante responder. “É preciso fazer um trabalho mental de desprendimento, ele precisa estar pronto para pular questões que estão dando muito trabalho. Em algumas questões mais trabalhosas, difíceis ou que não sabe, o aluno não pode bater cabeça por 10 minutos, o segredo para não chutar questões no segundo dia sem nem ter lido elas é aprender a pular”, disse ele.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado neste domingo (3), com a aplicação das provas de Redação, Linguagens e Ciências da Natureza. Na edição de 2019, o tema foi "democratização do acesso ao cinema no Brasil", assunto que surpreendeu muitos estudantes e professores da área.

O professor de redação e linguagens Diogo Xavier fez a prova e comentou a importância de realizar uma boa proposta de intervenção. Ele, que participou do Enem nesta tarde, fez seu texto sugerindo que o governo federal, através do Ministério das Comunicações, desenvolva parcerias com serviços de streaming (transmissão de vídeo via internet), como a Netflix, para descentralizar o acesso aos produtos cinematográficos.

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“Foram duas propostas que eu coloquei. Uma é que o Ministério das Comunicações de alguma forma se alie à netflix. Citei como o streaming foi primordial para democratização dos filmes no Brasil. Então que o ministério se aliasse ao streaming e pudesse proporcionar a regiões mais longínquas e periféricas o acesso ao cinema”, disse o professor. 

A segunda proposta elaborada pelo professor sugere uma atuação da Justiça, por meio do Supremo Tribunal Federal, para impedir qualquer forma de desrespeito à liberdade da Agência Nacional de Cinema (Ancine). “A segunda foi que o Supremo Tribunal Federal, de maneira legislativa, impusesse uma norma punindo aquelas pessoas ou entidades que desrespeitem a liberdade de expressão e reprodução da Ancine para que a democracia constitucional do cinema possa ser respeitada”, disse Diogo.

Utilização de conceitos

Para a professora Maria Catarina Bózio, coordenadora de redação do Colégio Poliedro, o que surpreendeu foi o recorte específico da questão cultural. "O acesso à cultura de modo geral, contudo, foi um tema trabalhado por nós. Nossos alunos têm uma bagagem bastante grande pensando em conteúdos de educação básica, podendo usar conceitos como o da indústria cultural, de Adorno, e do capital cultural, de Pierre Bourdieu", explica. Assim, a professora não acredita que os candidatos teriam dificuldade no desenvolvimento do texto. "Eles acabam sendo grandes frequentadores do cinema ou mesmo de serviços de streaming como o Netflix", ressalta. 

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