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Nesta segunda-feira (6), Xuxa deu um notícia aos fãs. No Instagram, a apresentadora da Record compartilhou uma foto na qual é capa da Vogue, além de comunicar que vai assinar uma coluna na revista de moda. Mensalmente, a mãe de Sasha irá publicar relatos que marcaram sua vida.

Estreando como colunista, Xuxa contou na Vogue que o inicío da sua carreira foi bastante meteórica. "Aos 17 anos já tinha feito 54 capas de revistas e aos 18 fiz muitas outras, além de todas as revistas masculinas da época, quando fui contratada pela Ford Models, em Nova York", disse.

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"Sim, eu era símbolo sexual, virgem, suburbana, interiorana e pra completar engatei um relacionamento com o maior ídolo desse país, Pelé, com quem fiquei durante seis anos. Depois, mais dois anos com outro grande símbolo: Ayrton Senna", relembra a loira. Atualmente, Xuxa namora o ator Junno Andrade.

Apesar de ter a carreira sólida, a loira já passou por maus bocados para ter o seu nome na lista das comunicadoras mais renomada da TV brasileira. "Gravei programas na Argentina, Espanha, Estados Unidos. Mas também fui muito enganada, roubada e abusada sexualmente", declarou. "Nunca usei nenhum tipo de drogas na minha vida. [...] Estou beirando meus 60 anos e parece que voltei a ficar na moda, as pessoas querem me ouvir", completa.

Confira:

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Nos meses que antecedem a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as apostas se intensificam: professores e candidatos não economizam palpites sobre qual será o tema da redação. Prevê a temática, contudo, é difícil; há quem diga que acertar a pauta corresponde à sorte de ganhar na loteria.

Por outro lado, muitos estudantes não atentam sobre assuntos que são praticamente impossíveis de aparecer na prova de redação. Mesmo estando em evidência nos acirrados debates sociais, alguns temas, muitas vezes apontados como polêmicos, dificilmente serão cobrados na prova. Conhecê-los pode economizar tempo e energia durante longos meses de preparação.

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O LeiaJá conversou com os professores de redação Diogo Xavier e Josicleide Guilhermino. Os educadores selecionaram pautas que não devem ser tema do Enem, apresentando em detalhes suas justificativas para as escolhas. Confira:

Diogo Xavier

Porte de arma - "É um tema improvável, pois poderia dificultar bastante a vida do candidato quanto a posicionamentos que vão contra os Direitos Humanos. Além disso, com a pressão do Governo Federal sobre a abordagem da prova, poderia ser vetado sob pretexto de induzir o texto a ser contrário ao armamento populacional”.

Regulamentação do uso da maconha ou legalização do aborto – “São praticamente impossíveis, já que o Enem nunca traz temas que possibilitem abordagem bilateral (contra ou a favor). Também o Governo Federal poderia considerar uma apologia a essas práticas. Nos últimos anos, a abordagem tem sido centrada em minoriais ou grupos sociais: criança, mulher, surdo, professor. Mas, no ano passado, puxou para uma abordagem social mais ampla, em que todos os usuários da rede estão sujeitos a manipulações. De qualquer forma, o âmbito vem sendo social”.

Josicleide Guilhermino

Homofobia – “Embora a discriminação aos homossexuais seja uma constante em nosso país, por exemplo, em 2017, segundo levantamento do GGB (Grupo Gay da Bahia), o Brasil registrou 445 casos de assassinatos de homossexuais; o crime de homofobia ainda não é tipificado em nosso código penal. De modo que, sobretudo no atual cenário político, é uma temática menos possível, visto que, o fato de não haver uma preocupação efetiva em tipificar o crime minimiza a possibilidade de punição e demonstra uma menor preocupação para com a temática”.

Direitos Humanos – “É sabido, sobretudo a partir de postagens nas redes sociais, o quanto os ‘Direitos Humanos’ não são compreendidos em nosso país, e pior que isso, são desprezados. Falsas informações como: ‘Direitos Humanos só servem para defender bandidos, circulam de várias formas, na internet e fora dela. Embora o aluno não deva desprezar a temática, no processo de construção de seu texto, sob pena de redução da nota, ela sozinha tem menor possibilidade de cair, visto que vai na contramão das políticas públicas pensadas pelo atual presidente da República. Lembrando também que o mesmo instituiu uma comissão para acompanhar a prova, temáticas de cunho social tendem a não ter visibilidade”.

Assédio sexual – “Há várias possíveis justificativas para o assédio não estar entre os temas cotados para o Enem 2019. Dentre elas, o fato de ser um assunto que atinge em maior porcentagem o público feminino, que já foi abordado no Exame, embora a partir de outro viés: ‘A persistência da violência contra a mulher na sociedade contemporânea’. Quando se analisa as temáticas referentes aos anos anteriores, observa-se que não é comum no sistema a repetição de grupos que já tenham sido alvo de discussão”.

E as apostas dos professores?

O LeiaJá também questionou os educadores sobre quais são suas principais apostas para o tema da redação no Enem 2019. “Eu arrisco dizer temas que envolvam desenvolvimento do país, a exemplo da questão educacional como uma forma de desenvolver a economia do Brasil (caiu há não muito tempo a valorização do professor para o PPL, mas com uma abordagem diferente)”, acredita Diogo Xavier.

A professora Josicleide Guilhermino, por outro lado, ainda não decidiu sua principal aposta. Ele aguarda definições sobre a organização da prova para, posteriormente, apontar sua sugestão.

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Considerada um dos momentos mais importantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação possui peso forte na nota final dos candidatos. Inevitavelmente, os estudantes precisam dedicar boa parte do tempo de estudos a produções textuais, leitura e escrita a mão.

Na última edição do Enem, realizada em 2018, dos mais de 4 milhões de participantes, apenas 55 candidatos alcançaram mil, a nota máxima da prova. O tema cobrado foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet".

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Neste ano, as provas do Enem serão realizadas os dias 3 e 10 de novembro. Os feras enfrentarão a redação no primeiro domingo do Exame. Atenta à preparação dos candidatos, a coordenadora de redação do Curso Poliedro, Gabriela de Araújo, produziu dicas que podem ajudar os participantes a chegarem à nota mil. Confira:

1- Produza redações semanalmente

 Considere a preparação de um texto dissertativo-argumentativo, nos moldes solicitados pelo Enem, em sua rotina semanal. Dominar técnicas de escrita e conseguir uma boa apresentação do tema e de argumentos é fator-chave para ter um texto exemplar. “É essencial praticar com as redações de temas solicitados nos anos anteriores, com a finalidade de conhecer o perfil da prova e estar ainda mais preparado”, indica Gabriela.

2 - Mantenha-se informado

 Para discorrer de maneira satisfatória sobre o tema solicitado no Enem, é necessário estar bem informado em relação aos assuntos da atualidade e às visões críticas sobre os acontecimentos mais recentes. Segundo a coordenadora de Redação do Curso Poliedro, temas relacionados às questões culturais, memória e cidadania têm chances de aparecer, bem como assuntos de ecologia, sustentabilidade e energias renováveis.

Ela explica que a base é sempre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o uso racional dos recursos ambientais para se pensar em um futuro mais respeitoso e digno. “Estudar atualidades auxilia a ter cada vez mais elementos que facilitarão a compreensão da dinâmica social, o que o ajudará a entender e a discorrer a respeito de qualquer tema”, indica.

3 - Entenda a norma culta

 A redação do Enem exige que o candidato domine a modalidade formal da Língua Portuguesa. Portanto, é de suma importância saber diferenciar os registros orais dos escritos. Desse modo, é preciso evitar no texto as marcas de oralidade, que são as expressões informais usadas no cotidiano – a não ser que sejam propositalmente inseridas.

Acertar em acentuação, pontuação e concordância é fator decisivo para não perder pontos e obter uma boa nota. Por isso, esteja atento às correções feitas em suas redações por professores, estude as regras gramaticais e tente não errar no próximo texto.

4 - Aprenda a criar uma boa proposta de intervenção

 Uma das competências avaliadas no Enem é a proposta de intervenção. Sozinha, essa competência vale até 200 pontos na média geral da dissertação-argumentativa. O candidato deve refletir e argumentar sobre o tema apresentado, sugerindo uma solução benéfica para a sociedade. E esses argumentos, segundo Gabriela, não podem ser superficiais. O estudante deve utilizar elementos externos no texto.  

5 – Utilize o tempo indicado para produzir os textos

Mais do que a preocupação com o tema da dissertação, o estudante deve empenhar-se em organizar sua produção e planejar o texto. Neste sentido, treinar o tempo que será destinado à redação no contexto da prova é fundamental.

 6- Acostume-se com o espaço da dissertação  

 Um dos pontos importantes é habituar-se ao limite de 30 linhas proposto, sabendo construir uma boa argumentação e conclusão dentro deste espaço. É necessário estar atento ao espaço disponível para a escrita e ao objetivo do texto.

 7- Tenha um repertório cultural amplo

 Utilizar citações da música e literatura nacional pode ajudar o estudante a fazer uma analogia ao tema e elaborar uma boa argumentação.

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Um profissional responsável por revisar e corrigir erros em imagens e textos para publicação. Essa é a função do revisor em empresas de comunicação e editoras - espaços onde se trava uma guerra constante contra o erro -, que tem seu dia comemorado em 28 de março.

O revisor deve ter uma boa escrita, cultura geral relativamente ampla, bom vocabulário e pleno domínio da gramática da Língua Portuguesa, detaca o jornalista e professor Antonio Carlos Pimentel Jr., professor da UNAMA - Universidade da Amazônia e editor do protal de notícias LeiaJá Pará. Além disso, observa, deve ter referências e informações sobre as variantes linguísticas.

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A atuação desse profissional se dá, principalmente, em veículos de comunicação ou de informação e editoras de livros. Cabe à revisão trabalhar em parceria com o autor, a fim de que a publicação tenha qualidade excelente.

“O revisor vai fazer um trabalho de leitura e análise de estruturas gramaticais e depois fazer a correção, mas ele não pode trabalhar com independência total em relação ao autor. Em algumas editoras, esse trabalho de revisão é feito em parceria com o autor. O revisor é um profissional que vai ajustar e corrigir eventuais erros, mas não deve interferir no conteúdo do texto”, disse Antonio Carlos Pimentel.

Neste mesmo dia, comemora-se o Dia do Diagramador, profissão da mesma área da Comunicação Social. A diagramação é a técnica de construção do design gráfico-visual de conteúdos textuais para publicação.

Por Cristian Corrêa.

 

 

Um dos momentos mais importantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a redação. Nesta semana, a disciplina é destaque no programa Vai Cair No Enem, produzido pelo LeiaJá.

Os feras também podem acompanhar nossas dicas no Instagram @vaicairnoenem. Confira como preparar um bom texto com o professor Diogo Didier:

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Milhões de candidatos de todo o Brasil tiveram a oportunidade de ver o espelho das redações e checar comentários sobre seus textos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na manhã desta terça-feira (19).

Além de ver as informações sobre o desenvolvimento em cada uma das competências pedidas pelo exame, os candidatos puderam ver em qual porcentagem de notas estavam inclusos. A maioria delas, 24,9%, registrou entre 500 e 600 pontos. Os textos que registraram até 300 pontos correspondem a 10,1%; os que tiveram de 301 a 400 formam 23,7% dos textos; de 401 a 500 são 13,6% dos textos e de 701 a 800 são 7,7%.

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Do lado mais bem rankeado da tabela, os textos que somaram entre 801 e 900 pontos ficaram com 4,4% e os textos acima de mil apareceram em apenas 2% das produções. Em 2019, o exame registrou 55 notas mil e mais de 100 mil notas zero.

Confira gráfico:

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Saiba como ver o espelho de redação do Enem 2018

A atriz Marina Ruy Barbosa, a Luz da novela "O Sétimo Guardião", usou as redes sociais para publicar um texto relacionado ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8). No Instagram, a ruiva desabafou sobre a força e a importância da mulher, pedindo que uma não ataque a outra.

"Esse dia existe para relembrar nossas conquistas sociais, políticas e culturais ao longo dos anos (Tudo bem que ainda falta muito, mas...). E pra relembrar também o quanto devemos unir nossas forças. Uma das coisas que eu aprendi com o feminismo é não atacar outra mulher, mesmo até que ela faça isso comigo. O que nós precisamos fazer é parar de nos culpar. É acreditar na irmandade e solidariedade entre mulheres", declarou.

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Marina, que se viu no meio do furacão com o fim do relacionamento dos atores José Loreto e Débora Nascimento, recebeu diversos elogios dos internautas. "Que inteligência e elegância! Feliz dia para todas nós", comentou uma das seguidoras da atriz na postagem. 

Confira a publicação:

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Um professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) divulgou na segunda-feira (25) texto aos alunos de graduação em que defende a ditadura militar no Brasil e critica uniões homoafetivas. O material foi alvo de protestos por parte dos estudantes. A direção da faculdade também repudiou a manifestação de preconceito.

Eduardo Lobo Botelho Gualazzi distribuiu uma mensagem de doze páginas aos estudantes na aula inaugural da disciplina optativa de Direito Administrativo Interdisciplinar. Gualazzi menciona que a disciplina foi criada por ele em 2014 e, na segunda página do documento, faz referência a um episódio daquele ano.

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"Parece-me necessário, conveniente e oportuno tecer referência a minha aula Continência a 1964, de 31 de março de 2014", escreveu. "Mais uma vez, afirmo, reafirmo e reitero o inteiro teor de minha aula Continência a 1964", disse.

À época, a aula em questão, em que o professor defendia a ditadura militar, motivou um protesto de estudantes dentro de sala de aula. Com capuzes pretos e camisas manchadas de vermelho, em alusão à violência durante o regime militar, os alunos invadiram a classe.

Na mensagem distribuída aos estudantes nesta segunda, Gualazzi cita ainda uma série de características pessoais: aristocratismo, burguesismo, capitalismo, direitismo, euro-brasilidade, família, individualismo, liberalismo, música erudita, pan-americanismo, propriedade privada e tradição judaico-cristã.

No tópico em que discorre sobre a família, o professor diz que "não é família, mas apenas aberração" agrupamentos discrepantes do que considera "padrão ideal de família conjugal", constituído pela união de um homem com uma mulher "da mesma etnia".

Na parte em que se refere ao "burguesismo", ele destaca que tal característica exclui "aquela eterna minoria de submundo que se recusa a trabalhar e produzir qualquer bem, material ou imaterial". Segundo ele, "tal minoria é a escrófula da sociedade".

O texto causou reação entre os estudantes. Em nota, o Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa alunos da Faculdade de Direito, repudiou o material. "(Eduardo Gualazzi) reafirma o discurso de ódio à população LGBT brasileira, com ideias ultrapassadas", escreveu o grupo, que também lembrou a "perseguição, tortura e morte de diversos brasileiros" durante a ditadura.

Em nota, Celso Fernandes Campilongo, diretor em exercício, disse que a Faculdade de Direito da USP zela pela liberdade de cátedra e expressão e que seus professores são "livres e responsáveis pelo conteúdo de seus cursos, opções metodológicas, temáticas, ideológicas e bibliográficas", mas destaca que "liberdade de cátedra e expressão não pode se traduzir em abuso e desrespeito a diversidade".

Diz ainda que a faculdade repudia manifestações de discriminação preconceito, incitação ao ódio e afronta aos direitos humanos. "A tradição da instituição, em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, é a da promoção dos valores da igualdade e da cidadania. É dever dos docentes, em consonância com a ordem constitucional, enfrentar estereótipos de gênero, raça, cor, etnia, religião, origem, idade, situação econômica e cultural, orientação sexual e identidade de gênero, dentre outras, jamais incentivá-los".

"O respeito a todos, maiorias ou minorias, é valor inegociável. Vozes que, eventualmente, fujam dessas diretrizes não representam o pensamento prevalecente na Faculdade de Direito e merecem veemente desaprovação", finaliza. O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato com o professor Eduardo Gualazzi.

Famosos a admiradores do ator Caio Junqueira lamentaram a morte do ator nessa quarta-feira (23). Caio, que estava internado desde o último dia 16 após sofrer um acidente de carro no Rio de Janeiro, foi lembrado pela ex-namorada, a atriz Giselle Itié.

No Instagram, Giselle compartilhou com os seguidores da rede social um texto emocionante em homenagem ao ator. "Só queria te abraçar forte e dizer o quanto você é e sempre foi amado por todos nós! Até quem não te conhecia já te amava (...) Tá difícil de acreditar", escreveu.

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O romance de Giselle Itié e Caio Junqueira não durou muito. Eles namoraram por alguns meses e em 2011 decidiram colocar um ponto final.

Na manhã desta sexta-feira (28), Zilu Godoi abriu o coração para homenagear a filha, Wanessa Camargo. Através de um texto emocionante no Instagram, a ex-mulher de Zezé di Camargo declarou sua admiração pela primogênita, celebrando hoje os seus 36 anos.

"Quando você nasceu, senti um amor que nunca havia conhecido... e nasceu também uma mãe pronta para defender, cuidar, zelar, educar, e amar incondicionalmente sua filha! Os anos passaram, e nada mudou. (...) Parabéns, minha princesa, e que Deus sempre te ofereça vida em abundância", afirmou.

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Limitando os comentários na publicação da rede social, Zilu agradeceu o carinho dos seguidores que deixaram mensagens de felicitações pelo aniversário de Wanessa. "O amor de uma mãe é incondicional. Vou aproveitar e deixar aqui meus parabéns a Wanessa, e dizer que tenha muito mais alegria e sucesso nessa caminhada", escreveu um dos internautas.

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Marcos Mion é um paizão, isso não há como negar. Casado com Suzana Gullo, ambos são pais de Donatella, Romeo e Stefano e, além de demonstrar todo o amor que sente por sua família, o apresentador vez ou outra comenta sobre o autismo do filho mais velho. Na última quarta-feira (19), a revista Crescer publicou um texto assinado pelo próprio Mion em que ele argumenta a respeito da compreensão além do apoio às crianças com deficiências.

"Quantas vezes o fato de você ver uma criança com alguma deficiência física o fez agradecer a Deus, com alívio, o fato de não ser a sua criança? Se essa resposta não dependesse de aprovação moral, tenho certeza de que teríamos quase 100% de respostas positivas", começa o apresentador trazendo à tona uma situação que ocorre frequentemente.

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"Eu só quero lembrar que o fato de não ser seu filho não faz a síndrome ou deficiência deixar de existir. O fato de você continuar o seu caminho, entrar no seu carro e ir embora também não faz aquela criança desaparecer. Nem o pai e a mãe dela, que já devem ter passado por muitas situações para mantê-la da melhor forma possível", completa.

Em seguida, Mion comenta sobre um processo de iniciativa a respeito das crianças com deficiência. Porém, declara que em nenhum momento está querendo fazer um julgamento, e sim, apenas levantando um questionamento.

"Chegar em casa e abraçar seu filho 'perfeito' pode ser uma sensação inexplicável, mas continua não justificando a sensação de alívio ao ver uma criança com deficiência. Ok, porque não é seu filho, mas você pode, SIM, fazer a diferença. Sempre digo: o tempo e o esforço que você dedica para falar ou sentir algo de gosto duvidoso são os mesmos que você pode dispensar para dizer algo que mude o dia daquela pessoa e que faça você sentir uma coisa totalmente positiva. Muita atenção, não tem julgamento aqui! Ninguém nasce sabendo como lidar com situações que fogem do cotidiano. Eu levanto apenas o questionamento: será que, ao se deparar com crianças especiais, você está fazendo a diferença para o bem na vida delas?", indagou.

Mion ainda lembra que, por ser uma pessoa pública, ajuda a disseminar a ideia de fazer o bem para quem precisa - em especial para as crianças.

"Eu sou uma pessoa pública, tenho sorte por ser procurado por milhares de pais que querem levar seus filhos especiais para eu conhecer. Às vezes, querem apenas que eu os pegue no colo. Nem foto tiram. Se eu não fosse um orgulhoso representante da classe autista, não conseguiria fugir, nem se quisesse. Me sinto muito privilegiado por isso, e sei que planto algo bastante positivo naqueles pais e que mudo o dia ou ao menos aquele momento na vida da criança. Isso é uma sensação difícil de descrever. Fazer o bem para uma criança que precisa e que... não é sua. O bem aqui é, por vezes, apenas atenção! Segurar a mão, dar carinho, um abraço, ouvir, por mais que ela não fale, e entendê-la, por mais que seja impossível. Às vezes, não demora mais do que dois minutos do seu dia", observa.

Por fim, o apresentador ressalta que apoiar as crianças é um sensação incrível, além de surtir um efeito muito grande na vida de cada um: "Estender a mão para essas crianças e famílias e trazer essa realidade para o seu dia a dia mudará o que sente quando as encontrar. Não mais sentirá alívio por seu filho não fazer parte daquele universo. Vai, sim, sentir alívio por ter apresentado a ele esse mundo, por fazê-lo saber que essa realidade existe. E, principalmente, você terá demonstrado a ele como lidar e ajudar quando chegar a vez dele, como adulto".

“Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil”. Esse foi o tema da redação da reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que conta com provas de Linguagens, Humanas e o texto dissertativo nesta terça-feira (11), além de questões de Ciências da Natureza e matemática nesta quarta-feira (12).

Para o professor de redação Felipe Rodrigues, o tema pode abrir espaço para o candidato escrever sobre empreendedorismo. Na visão do educador, a temática pode ser trabalhada a partir do incentivo de ideias empreendedoras como fontes de renda diante da crise econômica que afeta o País.

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“O tema é interessante e foi trabalhado em sala de aula frente à temática do chamado empreendedorismo frente ao solo da crise. É importante abordar como sobreviver em momentos de quebra da economia”, comenta Rodrigues.

Segundo o professor, o incentivo ao empreendedorismo ainda na escola e a relação dos negócios com a tecnologia podem ser outros caminhos adotados pelos candidatos. “Para que a sociedade crie novos padrões de sobrevivência. Essa organização social tem que falar de empreendedorismo e suas novas formas: comércio sustentável, tipos de reciclagem, reutilização de materiais que estão em moda. O fera pode, inclusive, citar entusiasmo, novos métodos de mercados, tecnologia, redes sociais”, acrescenta.

O professor Diogo Xavier também comentou a temática cobrada na reaplicação do Enem: “Achei um tema ainda mais complexo que a prova regular, vai exigir do candidato um conhecimento mais aprofundado na situação política e econômica do País. A não ser que algum texto motivador puxe para questões como o cooperativismo e o empreendedor individual, e os problemas econômicos se refiram também à questão de renda do indivíduo, os candidatos terão em geral muita dificuldade para desenvolver uma argumentação sólida”.

De acordo com Xavier, caso o texto de apoio possibilite abordar o empreendedorismo, uma boa saída pode ser discutir o papel dos microempreendedores brasileiros. “Se realmente a prova der a margem do empreendedorismo, a questão do microempreendedorismo individual pode ser uma alternativa diante do desemprego”, finaliza o professor.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na tarde desta terça-feira (11), o tema da redação da reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil” foi o assunto escolhido pela organização da prova que também é realizada para Pessoas Privadas da Liberdade (PPL).

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 2,7 mil pessoas participam da reaplicação do Enem nesta terça e quarta-feira (12) devido a problemas logísticos que aconteceram nos dias 4 e 11 de novembro, dias oficiais da aplicação do Exame. Mais de 41 mil adolescentes que cumprem medidas socioeducativas também se inscreveram para o processo seletivo. Outras informações podem ser vistas na página do Enem.

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A redação é um dos momentos mais aguardados para os estudantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O texto será cobrado no dia 4 de novembro, primeiro domingo de provas.

Para ajudar os candidatos, o programa Vai Cair No Enem recebe nesta semana a professora de redação Fernanda Pessoa. Ela mostra como deve ser feita a conclusão do texto.

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Acompanhe também o programa no Instagram - @vaicairnoenem -. Confira, a seguir, a edição desta semana:

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Na reta final para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação pode ser um dos maiores fantasmas de alguns dos alunos. Adquirir fundamentação suficiente para todos os possíveis temas a serem abordados na prova é um desafio, mas é possível adivinhar quais temas são improváveis aos olhos do Ministério da Educação (MEC)? 

A maioria dos professores garante que, apesar de representar um espaço de até 30 linhas para exposição de ideias sobre um assunto específico, a redação não dá ao aluno um aval para debater grandes polêmicas. Temas que tendem a polarizar o público não marcaram presença nas provas anteriores e, provavelmente, não vão cair em 2018. “É muito difícil para um estudante, num intervalo de 30 linhas, construir uma tese e fundamentar um tema polêmico ao longo do texto”, explica a professora de redação Jocileide Guilhermino. 

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O espaço insuficiente para debate não é o único motivo pelo qual os temas polêmicos ficam de lado na redação. O obstáculo que um assunto como esse representaria na intervenção cobrada pelo Exame também o deixa de fora. “Os temas polêmicos já são propostas de intervenção. A legalização do aborto, por exemplo, é apresentada como uma das propostas de intervenção para o quantitativo de mulheres que morrem fazendo aborto de forma clandestina”, conta a professora. 

A inclusão de assuntos polêmicos para a redação pode, também, facilitar as possibilidades do vestibulando ferir os direitos humanos, algo que imputa punição na hora da correção. Apresentar o porte de armas como forma de combater a violência, por exemplo, foge desses valores. “Por isso que ao longo desses 20 anos a gente nunca teve um tema polêmico”, pontua Jocileide.

Deixando “de fora” os temas que polarizam as opiniões, o estudante pode, especificamente para a redação, dar menos prioridade para assuntos como legalização do aborto, do porte de armas e da maconha. “O Enem nunca trouxe [para a redação] esses temas bilaterais, que estão muito em discussão atualmente. Nem para a prova nem para outros vestibulares tradicionais eles são comuns”, instrui o professor Diogo Xavier. 

Outra dica importante dada pelos professores é a de prestar atenção em temas anteriores, que têm pouca probabilidade de entrar na prova. “É interessante que o aluno analise esses temas, até para conhecer os processos aplicados de 2012 para cá. O tema feminicídio, por exemplo, já veio no Enem de 2015. Ele não deve vir de novo”, diz o professor Felipe Rodrigues.

Política não se discute?

Como a prova do Enem é realizada por um ministério do Governo Federal, alguns alunos têm dúvidas sobre a possibilidade de temas políticos serem abordados nas questões discursivas. Isso não é comum na parte discursiva do certame. “A única vez que o Enem trouxe embate desse tipo foi com o tema ‘O indivíduo frente à ética nacional’, puxando para uma questão individual, e não para política, governo nem economia”, explica o professor Diogo Xavier. 

Isso não impede, porém, que política seja abordada, com cautela, no texto do aluno, principalmente no desenvolvimento e na proposta de intervenção. “É importante que o aluno tenha o conhecimento crítico sobre o Estado, pois os temas com certeza vão ter uma crítica social, mas ele não pode falar mal do governo, principalmente das estruturas legislativas”, instrui o professor Felipe Rodrigues. 

Ao fazer propostas de intervenção, porém, o aluno deve manter atenção à linha de pensamento seguida por ele. A dica chave aqui é lembrar de vincular a proposta de intervenção à linha de raciocínio. “Vamos imaginar que o tema é evasão escolar. Se um aluno apresentou a tese de que as causas para evasão são a gravidez na adolescência e a necessidade de contribuição na renda familiar, mas na proposta de intervenção apresentou campanhas para chamar atenção da sociedade ao problema, ele tem uma falha muito grande. A campanha que ele apresentou está relacionada à temática pré estabelecida, mas não à linha de argumentação desenvolvida”, detalha a professora Jocileide.

Confria, no vídeo a seguir, mais explicações da professora Josicleide Guilhermino:

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O governo quer reduzir pela metade a multa a ser paga por quem comprar imóvel na planta e, depois, desistir do negócio. O Palácio do Planalto trabalha para que a penalidade seja de 25% do valor já pago e não 50% como aprovou a Câmara na semana passada. O tema está em debate no Senado, onde o texto começa a tramitar.

O Planalto articula a retirada de um parágrafo do projeto de lei aprovado pelos deputados. Esse trecho estabelece uma multa de 50% nos casos de devolução de imóveis construídos no chamado regime de afetação - regime da maioria dos empreendimentos, pelo qual cada prédio tem CNPJ próprio para proteger interesses dos compradores.

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Sem o parágrafo, a multa será de 25% para todos os casos de devolução do imóvel. Assim, a penalidade ficará mais próxima de decisões recentes da Justiça que estabeleceram valor de 10% a 25% do valor pago à construtora.

A mudança terá impacto no bolso do consumidor. Para se ter uma ideia, é possível tomar como exemplo um edifício com apartamentos de dois quartos lançado recentemente em São Paulo. O empreendimento, com preços a partir de R$ 580 mil, fica pronto em 2021. Se o comprador assinar o contrato hoje e desistir do negócio um ano antes da entrega das chaves, terá pago R$ 101,5 mil com a soma da entrada, parcelas mensais e intermediárias. Pela regra aprovada na Câmara, a desistência geraria multa de R$ 50,7 mil. Com a mudança defendida pelo governo, o valor cai pela metade, para R$ 25,3 mil.

Suficiente

Um dos argumentos do governo é que o novo porcentual é suficiente para cobrir custos das empresas. Construtoras reconhecem que o valor cobre os gastos na maioria dos casos, mas desde que a multa seja apenas destinada à empresa e não pague despesas adicionais, como a corretagem do imóvel.

Para mudar o texto, existem duas possibilidades: que o Senado tire esse trecho do projeto ou que o presidente vete o parágrafo. As duas opções não exigem retorno do projeto à Câmara e permitem uma solução rápida. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não se opõe à derrubada do parágrafo.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), confirmou a perspectiva de mudança. "Se o Senado entender que há necessidade, vamos adequar para que o assunto tenha um final feliz para todos", disse, na terça-feira, 12, após reunião com representantes do setor imobiliário.

O presidente da Confederação Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Martins, disse que não solicitou alteração no texto e salientou que a prioridade é uma conclusão rápida desse processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma mensagem curta está se espalhando pelos iPhones e travando qualquer modelo que a receba. O texto explora uma falha no aplicativo iMessage e foi nomeado como o ponto negro da morte, porque é composto por um emoji circular escuro. As informações são do site Cult of Mac.

Engana-se, porém, quem acha que o emoji é o verdadeiro o culpado pelo problema. O ícone de ponto preto parece inofensivo, mas na verdade está escondendo uma série de caracteres HTML que não podem ser manipulados pelo telefone e, portanto, fazem com que ele trave imediatamente.

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Segundo o jornal The Independent, existe uma maneira de contornar os problemas causados pelo bug, mas fazer isso não é uma tarefa tão fácil. Primeiro, o usuário precisa forçar o encerramento do aplicativo de mensagens e, em seguida, pedir à Siri para enviar um texto de volta para o contato que compartilhou o emoji preto. Desta forma, o ícone não será exibido entre as conversas recentes do iMessage. A falha afeta o iOS 11.3 e o beta do iOS 11.4.

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Um texto atribuído à atriz Marieta Severo anda circulando nas redes sociais e já conta com vários compartilhamentos. Na publicação, intitulada “Os erros de Luís, há diversas criticas ao ex-presidente Lula. Diante da repercussão, por meio de sua conta no Instagram, Silvia Buarque, filha da atriz e do cantor Chico Buarque, informou que a família processará o autor do texto e o responsável pelo vazamento na web.

Publicando uma foto da mãe, Silvia ressaltou que a atriz é vítima de "um texto nojento" e eleitora do PT. Confira o texto na íntegra:  "Minha mãe, Marieta Severo. Filha de um juiz justo (o que deveria ser um pleonasmo, mas não é). A pessoa mais correta que conheço. De um senso de justiça que quem a conhece sabe. Uma de suas principais características. Vítima hoje de um texto nojento atribuído a ela, atacando o Lula. Ela é eleitora do PT. Ela não é radical, ela não é incendiária, ela é discreta como boa filha de mineiro. “Esse texto é completamente mentiroso. Grave! Vai ter processo, vai ter resposta”, escreveu Silvia, que recebeu apoio dos seguidores e artistas.

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O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou hoje (15) o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que irá orientar os currículos da educação básica e estabelecerá conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da educação infantil e do ensino fundamental. O texto foi aprovado por 20 votos favoráveis e três contrários e os conselheiros debatem agora os detalhes do texto final.

A BNCC estava em discussão no CNE desde abril, quando foi enviada pelo Ministério da Educação, e passou por diversas modificações desde então, após o recebimento de propostas e a realização de audiências públicas. O documento foi alvo de diversos questionamentos e polêmicas, e um grupo de entidades chegou a pedir a suspensão da sua votação na semana passada.

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Aprofundamento

Na sessão de hoje, as três conselheiras que pediram vista conjunta do processo de votação na semana passada criticaram a pressa com que o texto está sendo votado e o pouco tempo para análise do mesmo, além do processo de debate com a sociedade e a exclusão do ensino médio da base curricular. Elas defenderam um aprofundamento das discussões e a melhoria do “Compete a esse órgão de Estado tratar adequadamente as políticas públicas do país sem açodamento. Infelizmente, a opção do CNE foi pela celeridade em detrimento da discussão aprofundada, como requer a matéria, e isso ficará registrado como uma afronta a esse órgão, sobretudo se o entendermos como um órgão de Estado e não de governo”, destacou a conselheira Aurina de Oliveira Santana.

Um dos relatores da proposta, o conselheiro Joaquim José Soares Nato, destacou que todas as contribuições colhidas nas audiências públicas foram cuidadosamente analisadas e muitas propostas foram incorporadas ao documento.

Referências

Uma das mudanças apresentadas hoje foi o destaque para um artigo que esclarece qual a função da BNCC, determinando que as escolas deverão organizar seus currículos “de acordo com a legislação e normas educacionais, bem como com suas concepções pedagógicas, agregando ou expandindo os objetivos de aprendizagem da BNCC, incluindo outros objetivos que contemplem as diferenças regionais e as necessidades específicas das comunidades atendidas”.

“Isso é essencial para a compreensão de que base não é currículo, é um conjunto de referenciais sobre o qual os processos crítico e criativo das escolas haverá de elaborar sua proposta curricular”, explicou o conselheiro César Callegari.

A base deverá ser implementada pelas escolas brasileiras até o início do ano letivo de 2020 e será revisada a cada cinco anos. Segundo o documento, as escolas podem ampliar os conteúdos e outros que não estejam estabelecidos na BNCC, respeitando a diversidade social e regional de cada localidade. Depois da sua aprovação no Conselho Nacional de Educação, a BNCC deverá ser homologada pelo ministro da Educação e publicada no Diário Oficial da União para começar a valer.

O documento aprovado hoje não estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio. A base curricular para o ensino médio deverá ser enviada pelo Ministério da Educação ao Conselho Nacional de Educação (CNE) no início do ano que vem.

Alguns educadores se mostraram surpresos com o tema da redação deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No geral, esperava-se um assunto não tão específico, porém, o assunto escolhido permite que o candidato faça um bom texto. Feras de todo o Brasil tiveram que escrever sobre “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.

Em entrevistas ao LeiaJá, professores deram sugestões de abordagens consideradas indicadas durante a redação. Um deles, o professor Diogo Xavier, aposta na pauta da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). “Como a proposta de intervenção deve ser detalhada e apresentar mais de um agente, o candidato poderia propor que o Ministério da Educação (MEC) estabeleça como obrigatório o domínio da Libras por parte dos professores, determinando um prazo para isso. Além disso, é necessária a inclusão, no ensino básico, de uma disciplina para ensinar a todos os alunos essa linguagem, uma vez que já se oficializou como segunda língua no país”.

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Segundo Xavier, impedir o isolamento dos surdos durante a educação também poderia ser uma alternativa de abordagem dos candidatos. “O isolamento por falta de comunicação com os colegas é um dos fatores que afastam o deficiente auditivo da escola”. “A essas duas medidas, pode-se acrescentar o apelo popular ao Ministério Público, a fim de exigir do Executivo a universalidade do acesso à educação inclusiva aos surdos, desde o ensino básico ao superior, com a disponibilização de intérpretes, caso necessário, como já é garantido pela lei nº 13.146/2015”, complementou o professor de redação. 

O professor Felipe Rodrigues, também em entrevista ao LeiaJá, tocou na questão das escolas municipais como possível abordagem. “As escolas municipais, que formam a base educacional, poderiam se aliar às universidades, aumentando o número de profissionais capacitados para receber a população surda; também, o Ministério da Educação deveria inserir disciplinas obrigatórias aos cursos superiores de licenciaturas, aumentando o quantitativo formador”, sugeriu o educador.

Outra sugestão é o trabalho de organizações não governamentais. “ONGs tecnológicas poderiam se unir, juntamente com o propósito de incluir essa parcela nos projetos educacionais, com os postos de saúde da família, captando o quantitativo populacional surdo, através de sistemas, e inserindo-o na educação formal; o auxílio da mídia, pluralizando os contextos, é essencial”, informou Felipe Rodrigues. “Por fim, a família e a própria sociedade deve fazer o uso da empatia, colocando-se no lugar dessa população e achando metodologias para diminuir a discriminação e preconceito, imbuídos pelo conceito da cidadania”, complementa.

Já o professor Vinícius Beltrão apostaria na falta de preparação das unidades de ensino para receber alunos surdos. “Questões políticas podem ser levantadas também e deverão ser tratadas com cautela, pois a lei garante que todos os alunos com deficiência sejam matriculados. Portanto, a escola tem que aceitá-lo e cabe a ela fazer todas as adaptações necessárias para atendê-lo”, comentou Beltrão. 

Em entrevista à assessoria de imprensa do SAS Plataforma de Educação, Vinícius acredita que as escolas devem se estruturar para atender os alunos com deficiência, pois só a matrícula não garante o aprendizado. Ele também tocou na formação dos professores; os cursos de licenciaturas deveriam ter, obrigatoriamente, uma disciplina sobre inclusão. “Estimular o aumento da oferta de disciplinas na graduação, estágios e especializações para atender esse público é algo urgente. Como há poucos centros especializados em educação especial, é muito comum os jovens se deslocarem por grandes distâncias. Trazer institutos educacionais ou mesmo transformar as instituições de bairro em centros de referência no atendimento a esses jovens também é uma solução necessária”, destacou o professor.

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