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O brasileiro Marcus Vinicius D’Almeida garantiu o ouro na etapa de Xangai, na China, da Copa do Mundo de tiro com arco na manhã deste domingo. O arqueiro carioca venceu o sul-coreano Oh Jin Hyek, três vezes medalhista olímpico (dois ouros), por 6 a 4 na final. Este é o segundo ouro conquistado por Marcus em uma etapa da Copa do Mundo. Ele também havia sido campeão na etapa de Paris na Copa do Mundo de 2022.

Na China, Marquinhos havia sido o segundo colocado no ranqueamento e venceu quatro adversários no mata-mata para avançar às fases finais. Ele superou o chinês Li Zhongyuan por 7 a 3 na semifinal também nesta manhã e seguiu para a decisão da etapa com Oh Jin Hyek. Concretizando um grande desempenho na etapa da China, o brasileiro chegou a abrir 4 a 0 na final do arco recurvo, mas sofreu duas derrotas nos sets seguintes, o que deixou a final empatada. A apertada decisão terminou com uma vitória de Marcus por 28 a 26 no quinto set, que confirmou o título. Na semifinal de Paris em 2022, Marcus também venceu Oh Jin Hyek.

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A próxima etapa do torneio será em Medellín, na Colômbia. Os resultados deste domingo também garantiram Marcus com vaga na final da Copa do Mundo 2023 no México. Na primeira etapa, em Antalya, na Turquia, o brasileiro havia ido mal e terminou apenas na 11ª posição. A vitória brasileira põe fim a uma hegemonia da Coreia do Sul nesta etapa da Copa do Mundo. O país asiático havia levado o ouro em todas as outras quatro disputas no torneio, com exceção do individual masculino.

Em fevereiro de 2023, Marquinhos atingiu a liderança do ranking mundial de tiro com arco, tornando-se o primeiro brasileiro a conquistar tal feito. Medalha de prata no Mundial em 2021, Marcus tem grande expectativa para o Mundial em Berlim, na Alemanha, para garantir classificação para sua terceira Olimpíada, que acontecerá em Paris no ano que vem. Antes disso, em outubro, o carioca de 25 anos ainda disputará o ouro nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile.

Marcus D'Almeida garantiu um feito histórico para o Brasil no tiro com arco masculino nas Olimpíadas ao garantir a classificação para as oitavas de final nos Jogos de Tóquio, nesta quarta-feira (28).

O brasileiro, que na primeira rodada derrotou o britânico Patrick Huston por 7 a 1, bateu na etapa seguinte o holandês Sjef van den Berg por um novo 7 a 1 e se classificou para próxima fase.

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Na história do esporte no Brasil, apenas Ane Marcelle havia avançado às oitavas, na Rio 2016, onde foi eliminada.

Agora Marcus vai enfrentar por uma vaga nas quartas o italiano Mauro Nespoli, medalha de prata por equipes em Pequim 2008, mas 58° no individual, e ouro também por equipes em Londres 2012, onde foi o 33º na classificação geral.

Pela primeira vez na história, o Time Brasil terá uma atleta indígena nos Jogos Pan-Americanos. Trata-se de Graziela Paulino dos Santos, atleta de tiro com arco e que vem da comunidade indígena Nova Canaã, no Rio Cuieiras, na região amazônica do Rio Negro, perto de Manaus. Ela é da etnia Karapanã e até os 17 anos viveu em uma comunidade de 64 habitantes.

"Eu sou a primeira indígena a representar o Brasil no Pan, me sinto feliz e orgulhosa por isso. Estou com uma expectativa boa. Nos treinos oficiais atirei bem e espero que essa sensação boa fique até o término da competição. Espero levar um bom resultado na mala para o Brasil", afirma.

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Agora, aos 23 anos, sonha ganhar o mundo com um arco e flecha na mão. Algo que fazia como uma brincadeira quando era criança. "Quando era pequena, sempre sonhei em fazer faculdade e ter um trabalho que viajasse muito. Com o esporte consegui isso e o meu sonho de criança se realizou", conta a indígena, que já viajou para alguns países para participar de torneios da modalidade.

Em Lima, Graziela vai disputar a competição de tiro com arco e o foco é a conquista da vaga olímpica para o Brasil. "Estou muito feliz de estar aqui. O Pan é uma competição muito importante e espero que a gente consiga um bom resultado e a vaga para os Jogos Olímpicos", explica a atleta.

Sua história com o arco e flecha começou no interior do Amazonas, como diversão. Isso já faz parte da cultura de seu povo e ela sempre gostou. "Eu nasci e me criei no rio, comecei a brincar aos 10 anos. Em 2013 apareceu uma senhora procurando atletas para o tiro com arco. Teve seletiva e me interessei. Ela escolheu dois jovens, depois fez novas seletivas, depois mais 12 jovens foram treinar em Manaus. Foi assim que comecei no Arqueria Indígena."

Ela costumava usar o arco nativo, algo comum entre os Karapanãs. "Antigamente era utilizado principalmente para sobrevivência, para trazer o alimento para casa. Mas com o tempo foram aparecendo outras formas para caçar, inclusive armas de fogo, e passamos a usar como diversão. Para mim, agora utilizo de outra forma, com o esporte", conta.

O projeto social que Graziela - ou Yaci, seu nome indígena que ela mesma escolheu e significa "lua" - frequentou a ajudou também a se formar no curso de Ciências Contábeis na faculdade. Ela tinha bolsa, treinava de manhã e à tarde, e estudava à noite. Concluiu no ano passado e em 2019 optou por se dedicar apenas ao esporte em período integral, para ajudar o Time Brasil a obter a vaga olímpica.

"Quando volto para casa, meus pais me recebem muito bem, gosto muito de estar com eles. Quando estou longe sinto falta deles e do lugar em si", diz Graziela, que sabe que precisa ser campeã do torneio feminino no Pan de Lima.

Além dela, a equipe feminina de tiro com arco terá ainda Ana Luiza Caetano e Ane Marcelle dos Santos. No masculino, o time é liderado pelo talentoso Marcus Vinicius D’Almeida e conta também com Bernardo Oliveira e Marcelo Costa. Todos são atletas do recurvo. No arco composto, o País terá Bruno Brassaroto e Gisele Meleti.

Realizada neste domingo (05) em Maricá/RJ, a seletiva do Tiro com Arco escolheu seis atletas para representar a modalidade nos Jogos Pan-Americanos do Peru em julho, na capital Lima. Com pontuação que atingiu uma média maior que 640 pontos na categoria masculina, a disputa teve como destaque Graziela Santos (FAS-AM) e o vice-campeão mundial em 2014, Marcus D’Almeida (ADM-RJ), campeões em seus conjuntos. Ambos garantiram vaga na competição continental.

Além dos primeiros colocados na seletiva das categorias feminina e masculina, outros quatro atletas foram pré-selecionados: Ana Luiza Caetano (Íris - RJ), Ane Marcelle Gomes (ADM - RJ), Bernardo Sousa (ATICA-DF) e Marcelo da Silva Costa Filho (Íris - RJ). Mesmo com os classificados, a Confederação Brasileira de Tiro com Arco informa que o técnico da seleção ‘A’, Jorge Luis Carrasco Fernández, ainda pode fazer alterações para a disputa do Pan 2019.

A Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO) convocou o paratleta João Ivison, do Cabo de Santo Agostinho, para integrar a Seleção Brasileira na '4ªth Fazza Para Archery World Ranking Tournament', a Copa do Mundo de Tiro com Arco. A competição será realizada entre os dias 2 e 8 de março, em Dubai.

João Ivison está liderando o Campeonato Pernambucano na sua categoria, é o segundo lugar na categoria adulto e também no ranking Nacional, competindo de igual para igual contra atletas que não possuem deficiência. Com o apoio da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, o atleta embarcou para Beijing, na China, resultado de uma seletiva que aconteceu em Goiás, onde apenas dois atletas seriam selecionados para representar a Seleção Brasileira no mundial. 

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"Essa competição mundial é um grande sonho, e o resultado abre grandes possibilidades de ir a outros torneios como Pan-Americano e a tão sonhada Paraolímpiadas", disse João Ivison de acordo com informações da assessoria de imprensa.

Nos dias 16 e 17 de dezembro, o município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, receberá a 1ª Copa Nordeste das Federações de Tiro com Arco, promovida pela Diretoria da Federação Pernambucana de Tiro com Arco (FPETARCO). A competição terá nove estados participantes e, entre os competidores, estará a campeã brasileira indoor 2017 e camaragibense Raiana Alves. 

No sábado (16), às 8h, haverá uma oficina de demonstração para os alunos da rede pública de ensino. A partir das 13h começará o treino oficial, tendo a abertura do torneio às 16h, com todas as delegações, autoridades e participação da banda marcial da Escola Deputado Oscar Carneiro, para a execução do hino nacional e abertura oficial da competição.

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Já no domingo (17), a partir das 7h30, serão os rounds classificatórios, tendo o resultado válido para a 7ª Etapa Pernambucana e Brasileira de Outdoor Interclubes. A fase eliminatória acontecerá na parte da tarde, às 13h, por meio de combates, sendo seguida pela premiação e encerramento do evento.

O evento correrá no Estádio Professor Luiz Alexandrino, localizado na Rua Beco, 52, Vila da Fábrica. Confira o cronograma:

1ª Copa Nordeste das Federações de Tiro com Arco

Sábado (16)

8h – Oficina de demonstração para os alunos da rede pública de ensino

12h às 13h – Intervalo

13h às 16h – Treino oficial + inspeção de material + reunião de capitães

16h – Abertura oficial

Domingo (17)

7h30 – Rounds Classificatórios

12h às 13h – Intervalo

A brasileira Jane Karla conquistou a medalha de ouro na European Para Archery Cup, etapa da Copa do Mundo de tiro com arco paralímpico realizada em Nove Mesto, na República Tcheca.

A decisão foi apertada: após 15 flechas disparadas, Jane e a russa Stepanida Artakhinova estavam empatadas, com 138 pontos cada. O tiro da flecha decisiva da brasileira ficou mais próximo do alvo, o que garantiu a vitória. Esta etapa da copa contou com 123 atletas de 25 países.

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“Respirei fundo, me concentrei e atirei. Vi que tinha acertado muito no centro, mas estava bem longe do alvo e não sabia ao certo se ia dar. Depois ouvi o pessoal falando que o meu tinha sido mais perto. Aí chorei, vibrei muito", conta, animada, a campeã.

Após a competição, o nome de Jane Karla passou da 11ª para a terceira colocação no ranking mundial paralímpico do arco composto. "Foi emocionante. Você fica esperando melhorar no ranking, e dar um salto desses foi uma alegria, bom demais. É sinal de que nosso trabalho está no caminho certo, e quero melhorar cada dia mais", comenta. Com 168.000 pontos, a atleta goiana está atrás apenas da italiana Eleonora Sarti (183.880) e da chinesa Yueshan Lin (175.400) na listagem internacional.

Em setembro, Jane representa, mais uma vez, o Brasil. Dessa vez, no mundial paralímpico, em Pequim, na China. Em outubro, outra competição mundial: ela vai competir no arco composto, ao lado de arqueiros sem deficiência física.

Incentivo federal

Para todos os compromissos, Jane conta com o apoio da Bolsa Pódio. "É a bolsa que nos dá condições de ir às competições, de pagar as inscrições, de nos dedicarmos ao esporte. Isso permitiu que eu estivesse aqui hoje com esse resultado", afirma.

Woojin Kim, Bonchan Ku e Seungyun Lee deram à Coreia do Sul sua primeira medalha de ouro no tiro com arco dos Jogos do Rio, neste sábado (6), na competição masculina por equipes. Para garantir seu 20º título olímpico no tiro com arco, os sul-coreanos venceram a final contra a equipe dos Estados Unidos, outro gigante da modalidade, que ficou com a prata. A medalha de bronze foi para o time da Austrália.

Sob um forte sol no Sambódromo, os sul-coreanos venceram sem ceder qualquer etapa, inclusive na final contra os americanos.

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- Pódio da prova masculina por equipes de tiro com arco dos Jogos do Rio:

Ouro: Coreia do Sul (Woojin Kim, Bonchan Ku, Seungyun Lee).

Prata: Estados Unidos (Brady Ellison, Zach Garrett, Jake Kaminski).

Bronze: Austrália (Alec Potts, Ryan Tyack, Taylor Worth).

O sul-coreano Kim Woojin quebrou o recorde mundial do tiro com arco durante a rodada classificatória dos Jogos Olímpicos, tornando-se o primeiro atleta a atingir a marca de 700 pontos, nesta sexta-feira, no Sambódromo do Rio.

O número 1 mundial, quatro vezes campeão do mundo (individual e por equipes em 2011 e 2015), superou por um ponto o recorde estabelecido pelo seu compatriota Im Dong-hyun em Londres-2012.

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Na classificação individual, o sul-coreano de 24 anos supera o americano Brady Ellison (690 pts), medalha de prata em Londres, e o italiano David Pasqualucci (685 pts).

O jovem brasileiro Marcus D'Almeida, de apenas 18 anos, terminou em 34º lugar, somando 658 pontos, à frente dos compatriotas Bernardo Oliveira (45º) Daniel Xavier (53º).

Na classificação por equipes, cuja final da competição acontece no sábado, a Coreia do Sul terminou em primeiro lugar (2057 pontos), à frente dos Estados Unidos (2024 pts), medalhistas de prata em Londres, e na Itália (2007 pts), atual campeã olímpica.

Juntos, os três arqueiros brasileiros somaram 1948 pontos, ficando na penúltima colocação, à frente apenas da Malásia.

- Resultados desta sexta-feira no Tiro com arco - Rodada de classificação:

Masculino - Individual:

1. Kim Woojin (COR) 700 pts. (WR)

2. Brady Ellison (EUA) 690

3. David Pasqualucci (ITA) 685

4. Sjef Van Den Berg (HOL) 684

5. Atanu Das (IND) 683

6. Ku Bonchan (COR) 681

7. Takaharu Furukawa (JPN) 680

8. Jean-Charles Valladont (FRA) 680

9. Chun-Heng Wei (TPE) 679

10. Juan Rodriguez Liebana (ESP) 678

11. Florian Floto (ALE) 677

12. Lee Seungyun (COR) 676

13. Ricardo Soto (CHI) 675

14. Taylor Worth (AUS) 674

15. Zach Garrett (EUA) 674

16. Mauro Nespoli (ITA) 671

17. Gu Xuesong (CHN) 670

18. Crispin Duenas (CAN) 669

19. Wang Dapeng (CHN) 667

20. Alec Potts (AUS) 666

21. Lucas Daniel (FRA) 666

22. Khairul Anuar Mohamad (MAS) 665

23. Ryan Tyack (AUS) 665

24. Gantugs Jantsan (MGL) 664

25. Viktor Ruban (UCR) 663

26. Baard Magnus Nesteng (NOR) 663

27. Rick Van Der Ven (HOL) 663

28. Ernesto Boardman (MEX) 662

29. Mete Gazoz (TUR) 661

30. Hao-Wen Kao (TPE) 661

31. Jake Kaminski (EUA) 660

32. Xing Yu (CHN) 660

33. Riau Ega Agatha (INA) 660

34. Marcus Dalmeida (BRA) 658

35. Antonio Fernandez (ESP) 657

36. Pierre Plihon (FRA) 657

37. Adrian Andres Puentes Perez (CUB) 656

38. Patrick Huston (GBR) 656

39. Guan-Lin Yu (TPE) 655

40. Hendra Purnama (INA) 655

41. Witthaya Thamwong (THA) 655

42. Robin Ramaekers (BEL) 654

43. Andres Pila (COL) 654

44. Miguel Alvarino Garcia (ESP) 651

45. Bernardo Oliveira (BRA) 651

46. Elias Malave (VEN) 651

47. Marco Galiazzo (ITA) 651

48. Sultan Duzelbayev (CAZ) 648

49. Muhammad Wijaya (INA) 647

50. Haziq Kamaruddin (MAS) 645

51. Ahmed El-Nemr (EGY) 644

52. Anton Prilepov (BLR) 643

53. Daniel Rezende Xavier (BRA) 639

54. Samuli Piippo (FIN) 636

55. Muhammad Akmal Nor Hasrin (MAS) 635

56. Robert Elder (FIJ) 635

57. Rene Philippe Kouassi (CIV) 634

58. Mitch Dielemans (HOL) 634

59. Boris Balaz (SVQ) 631

60. Jitbahadur Muktan (NEP) 607

61. Hans Arne Jensen (TGA) 604

62. Areneo David (MAW) 603

63. Ali Elghrari (LBA) 568

64. Gavin Ben Sutherland (ZIM) 566

Masculino - Por equipes:

1. Coreia do Sul 2057 pts.

(Kim, Ku, Lee)

2. Estados Unidos 2024

(Ellison, Garrett, Kaminski)

3. Itália 2007

(Nespoli, Pasqualucci, Galiazzo)

4. Austrália 2005

(Potts, Tyack, Worth)

5. França 2003

(Valladont, Plihon, Daniel)

6. China 1997

(Gu, Wang, Xing)

7. Taiwan 1995

(Kao, Wei, Yu)

8. Espanha 1986

(Alvarino Garcia, Fernandez, Rodriguez Liebana)

9. Holanda 1981

(Van Den Berg, Van Der Ven, Dielemans)

10. Indonésia 1962

(Ega Agatha, Purnama, Wijaya)

11. Brasil 1948

(Dalmeida, Oliveira, Xavier)

12. Malásia 1945

(Mohamad, Kamaruddin, Nor Hasrin)

Já estão definidos os seis brasileiros que vão representar o Brasil na disputa do tiro com arco nos Jogos Olímpicos do Rio. A equipe masculina, como já se imaginava, será liderada por Marcus Vinicius D'Almeida, de 18 anos, que foi vice-campeão mundial em 2014.

O grupo vinha treinando em Campinas (SP) com quatro atletas do masculino e quatro do feminino, restando a definição de quem ficaria como reserva em cada equipe. Entre os homens, acabou sobrando Marcelo Costa, de 17 anos. Irão competir, além de Marcus Vinicius, também Bernardo Oliveira, 23, e o experiente Daniel Rezende, de 33, que irá à sua segunda Olimpíada.

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Há cerca de um mês, na etapa de Antalya (Turquia) da Copa do Mundo, o Brasil chegou até a briga pelo bronze na competição por equipes, terminando em quarto. Na ocasião, quatro brasileiros participaram da fase de classificação, mas só os três melhores seguiram para os duelos eliminatórios. E quem ficou para trás, porque foi quem menos pontuou, foi Marcus Vinicius. Marcelo foi até as oitavas na chave individual.

Na Olimpíada, o Brasil pode brigar por medalha logo na primeira tarde dos Jogos. A Copa do Mundo em Antalya contou com as mesmas equipes que estarão no Rio e o Brasil só perdeu da Coreia do Sul (na semifinal) e dos Estados Unidos (na disputa pelo bronze). Também ficou atrás do México, que ganhou a prata no evento.

Entre as mulheres, as donas da casa não devem brigar pelo pódio. A equipe, conforme esperado, terá Ane Marcelle (22 anos), Marina Canetta Gobbi (27) e Sarah Nikitin (27). Todas são estreantes. Foi cortada Michelle Acquesta, que foi apenas oitava colocada nas seletivas e, mesmo assim, ganhou chance na seleção. Ela ficará como reserva e só compete se alguém se machucar antes dos Jogos.

QUEM CONVOCOU? - A convocação já consta no site do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e foi comemorada, no sábado, por Sarah Nikitin e também por Bernardo Oliveira. Na segunda, Marcus Vinicius também festejou a convocação nas redes sociais.

Em contato com a reportagem da Agência Estado, entretanto, o italiano Eros Fauni, diretor-técnico da Confederação Brasileira de Tiro com Arco disse que não sabia da convocação e que ela deve ter sido passada direto pelo técnico Renzo Ruele ao COB, a quem é vinculado. Afirmou também que preferia não entrar em polêmicas, mas que reclamaria do caso com a presidência. O COB diz que só publica convocações quando comunicado pelos departamentos técnicos das entidades.

Depois de já ter feito história na última quarta-feira ao avançar à semifinal da etapa de Antalya, na Turquia, da Copa do Mundo da modalidade na prova masculina por equipes, o Brasil não conseguiu conquistar uma medalha. Na disputa pelo bronze contra os Estados Unidos, neste domingo, sem contar com Marcus Vinicius D'Almeida, o melhor arqueiro do País, derrota por 6 a 0.

Marcus Vinícius, vice-campeão mundial em 2014, até participou da competição em Antalya, mas foi o pior dentre os quatro brasileiros da fase de classificação. Fez 655 pontos, contra 657 de Daniel Rezende, 659 de Marcelo Costa e também de Bernardo Oliveira. Essa etapa da competição definiu os chaveamentos das eliminatórias, mas também os arqueiros que formaram a equipe - contam os três melhores resultados.

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Apesar de não contar com aquele que, em teoria, é seu melhor arqueiro, o Brasil conseguiu vitórias históricas sobre a Índia (5 a 3), terceira cabeça de chave, e sobre a Austrália (5 a 1), quinta cabeça de chave. Diante da Coreia do Sul, a maior potência da modalidade, levou 6 a 0. Além da disputa pelo bronze, aconteceu neste domingo a decisão e os sul-coreanos bateram o México por 5 a 1.

O resultado foi excelente porque o tiro com arco por equipes é uma prova olímpica e a Copa do Mundo de Antalya é a última competição antes dos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. O Brasil, assim, passa a ser candidato a uma medalha também nesta disputa.

Marcus Vinicius, Daniel, Marcelo e Bernardo estão convocados para os Jogos do Rio, mas um deles será reserva. Marcus não vem em boa fase e caiu diante de Pak Yongwon, da Coreia do Norte, na primeira rodada da fase eliminatória. Bernardo Oliveira também ficou na primeira rodada, enquanto que Daniel Xavier foi eliminado pelo norte-americano Brady Ellison, campeão mundial em 2014 sobre Marcus Vinicius, na segunda rodada.

O único brasileiro que passou da primeira rodada foi Marcelo Costa, que venceu dois confrontos e na fase anterior à de oitavas de final perdeu para Denis Gankin, do Casaquistão, por 6 a 2.

Dois anos depois de conquistar uma medalha histórica, o tiro com arco do Brasil não conseguiu repetir o feito. Marcus Vinicius D'Almeida e Ane Marcelle foram derrotados por dois atletas do Taiwan neste domingo e ficaram em quarto lugar nas duplas mistas na etapa de Medellín (Colômbia) da Copa do Mundo de Tiro com Arco.

Tanto Marcus Vinicius quanto Ane Marcelle estão garantidos no Rio-2016. Os dois lideraram a seletiva nacional e estão entre os oito convocados (quatro de cada gênero) para a Olimpíada. Um homem e uma mulher, entretanto, ficarão como reservas.

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Em 2014, o Brasil ganhou o bronze em duplas mistas em Medellín, medalha até então inédita para o tiro com arco brasileiro, obtida por Marcus Vinicius e Sarah Nikitin. A competição de duplas mistas não é disputada na Olimpíada. Mas, nas etapas de Copa do Mundo, serve para medir a força do país na modalidade, reunindo o melhor atirador homem e a melhor mulher.

Na chave individual, Marcus Vinicius fez 655 na fase de classificação em Medellín, passando ao mata-mata em 35.º. Nas eliminatórias, caiu uma fase antes das oitavas de final, para o sul-coreano Kun Bonchan, que depois foi bronze. Ane Marcelle foi ainda melhor. Ela avançou em 24.º e só caiu frente à também canadense Georcy Picard, já nas oitavas de final.

Sarah Nikitin, Michelle Acquesta, Marina Canetta, Marcelo Costa, Daniel Xavier e Bernardo Oliveira pararam logo na primeira rodada eliminatória. Todos estão entre os oito convocados para a Olimpíada. Michelle, chamada apesar de ser só oitava na seletiva nacional, foi só 53.ª entre 58 competidoras na fase de classificação na Colômbia, com resultado expressivamente aquém de Ane Marcelle e Sarah.

O Brasil ainda competiu na chave por equipes, que também consta no programa olímpico. Entre as mulheres, ficou em 11.º na fase de classificação e perdeu do Japão na primeira rodada eliminatória, na flecha de desempate. No masculino, foi 14.º, também pegou o Japão, mas perdeu por 5 a 1.

Responsável por tornar o tiro com o arco uma modalidade de destaque no País, Marcus Vinicius D'Almeida está muito perto de se garantir nos Jogos Olímpicos do Rio. Após a realização de três das quatro seletivas nacionais para a formação da equipe brasileira, ele lidera com folga suficiente para garantir que será convocado para a Olimpíada. A Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco), entretanto, só anunciará os nomes em maio e, dos quatro que forem apontados, um ficará como reserva.

Nas seletivas nacionais, são considerados os resultados do chamado round 70m, etapa de classificação de uma competição olímpica, e as vitórias nos confrontos diretos contra cada um dos 10 participantes da seletiva. Quem tem um desempenho perfeito pode somar 14 pontos.

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Marcus Vinicius já tem 36 e lidera com alguma folga sobre Bernardo Oliveira (33), Daniel Xavier (32) e Marcelo Costa (31). O quinto colocado, Marcos Bortoloto, soma 19,5. A última etapa será nos dias 30 de abril e 1.º de maio, em São Paulo. O pior resultado é descartado.

Os dois primeiros do ranking serão convocados automaticamente e as outras duas vagas serão definidas pela comissão técnica. Às vésperas dos Jogos, um deles ficará como reserva. Pelos resultados na seletiva, tudo indica que Bernardo, Daniel, Marcelo e Marcus Vinicius serão os escolhidos.

A seletiva conta com dois indígenas, Drean Braga (o Iagoara, de 19 anos) e Nelson Silva (o Inha, de 16), mas ambos ficaram entre os últimos nas três seletivas, sem justificar merecerem a convocação pelos critérios técnicos. Não podem mais ficar entre os quatro primeiros do ranking.

VAI DAR MEDALHA? - No último sábado, Bernardo somou 666 pontos na fase de classificação da terceira etapa da seletiva, contra 665 de Marcus Vinicius e de Marcelo. Fosse uma competição por equipes, o time somaria 1.996 pontos. Como comparação, a Coreia do Sul, melhor do último Mundial, fez 1.968.

Também levando como base o último Mundial, 666 pontos foi o resultado do primeiro colocado da fase de classificação, um italiano. Marcus Vinicius fez 667 e 668 nas duas primeiras seletivas.

FEMININO - Entre as mulheres, Ane Marcelle dos Santos, revelada no mesmo projeto que Marcus Vinicius, em Maricá, lidera com folga. Ela tem 37,5 pontos, contra 31 de Sarah Nikitin. As duas estão garantidas na convocação. As outras vagas, apontadas pela comissão técnica, devem ser disputadas por Marina Canetta (22), Larissa Rodrigues (26,5), Alice Simões (21,5) e Ana Clara Machado (22,5). Inaiá Silva, a Yaci, também indígena, soma apenas 16,5 e precisaria de um resultado de destaque na última seletiva para seguir sonhando.

Yaci, Iagoara e Inha são os nomes indígenas de três jovens do Alto Rio Negro, no Amazonas, das tribos Kambeba e Karapanã, que participam das seletivas olímpicas de tiro com arco. Ele deixaram de lado o arco nativo e o trocaram pelo olímpico há dois anos e vêm colhendo frutos impressionantes. Se tudo der certo, podem ser os primeiros brasileiros indígenas numa Olimpíada.

A habilidade na floresta é inegável. Conseguem caçar, pescar e acertar alvos com o material de 500 gramas. Mas a transição para o equipamento profissional, que chega a pesar cinco quilos, não foi simples. De qualquer forma, os três estão entre um grupo de 20 atletas, metade no masculino e metade no feminino, que disputam quatro vagas na equipe brasileira (sendo um suplente).

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Yaci, ou Graziela Santos, de 20 anos, tem chance porque no feminino a disputa é mais nivelada. Já Iagoara, o Drean Braga da Silva, de 19 anos, busca um lugar entre os rapazes para ver de perto uma coisa que ele nunca soube que existia: a Olimpíada. A entrada no projeto social da Fundação Amazonas Sustentável mudou a vida deles.

"Para mim foi bem rápido, minha vida mudou totalmente. Antes só iria estudar, agora sou atleta de tiro com arco e estou concorrendo a uma vaga olímpica. Estou muito feliz. Não imaginava que poderia acontecer isso, nem sonhava com isso", conta Yaci, cujo nome significa lua. Ela lembra que na aldeia que vive sua família o arco é feito de maneira simples e artesanal, com uma vara feita com madeira de Bacabeira e a corda feita com tucum. Outros materiais também são utilizados na fabricação. "Já levei o arco olímpico para lá e chama muita atenção. Falam que é bonito, ficam surpresos", diz.

Tanto ela quanto Iagoara têm como ponto forte a força nos braços e a concentração. Essas duas características são fundamentais para o sucesso no tiro com arco. "A família dá apoio, é uma oportunidade única para nós. O arco e flecha veio dos nativos, e nós somos nativos", afirma o rapaz.

Iagoara significa cachorro. O garoto tem orgulho disso. "Meu avô me deu esse nome, porque eu gostava de andar no mato e sair sozinho", revela, lembrando que antes do projeto social nem sabia o que era Olimpíada. "Fui saber depois que fui selecionado pelo projeto, aí passaram alguns vídeos dos Jogos Olímpicos. Meu sonho é ir. Quero estar presente competindo."

O indígena também teve sua vida transformada pelo sonho olímpico. Ele conta que na aldeia tinha um ambiente mais calmo, sem tanto agito. "Eu pescava bastante, quando dava sorte pegava muito, quando não tinha pegava pouquinho. Aí veio o convite do projeto e agora já tenho conhecimento de como é fora da aldeia. Nunca imaginei que me tornaria atleta e teria a chance de conhecer o mundo."

O rapaz costuma ir para as competições com adereços que remetem às suas origens. Usa colar, pulseiras e já chegou até a pintar o rosto em algumas ocasiões. "Sempre gostei de usar coisas indígenas, tenho de demonstrar o que eu sou, de onde eu vim", conta, mostrando a pulseira feita por sua mãe, com fios extraídos de uma palmeira. "Foi ela quem teceu."

Inha, ou Nelson Silva, também faz parte do grupo que tenta uma vaga olímpica. É o mais jovem, com 16 anos, e é apontado como um grande talento. Também é mais calado que os companheiros e já chegou a pensar em desistir de ser atleta, mas foi convencido de que poderia ir longe. Para Iagoara, é uma grande oportunidade. "Somos os primeiros indígenas, estamos entre os dez melhores do Brasil na seletiva, e estamos presentes mesmo com pouco tempo de treinamento em tiro com arco se comparado aos outros atletas", lembra o arqueiro.

DIFERENCIAL - Aníbal Forte, técnico da Fundação Amazonas Sustentável, acompanha os indígenas para todos os lugares, a fim de ajudar na adaptação ao mundo novo que se abre. E desde o início ele ficou impressionado com os atletas. "Um fator fundamental nessa caminhada deles é o fato de eles serem adolescentes e jovens com uma força física muito grande", elogia.

Ele conta que os indígenas conseguiram desde o início do projeto treinar quatro horas por dia, o que é quase impossível para outras pessoas, principalmente as que vivem em áreas urbanas. "Alunos que tenho em Manaus treinam uma hora e meia, duas vezes por semana, e já ficam relativamente cansados. Essa resistência física natural que eles têm, talvez em função da própria experiência de viver na natureza, correndo e saltando, deve ter dado uma força maior para suportar um treinamento intensivo. Hoje eles praticam de sete a oito horas, que é o treinamento de atletas de seleção brasileira", compara.

Para Aníbal, as chances de termos o primeiro indígena brasileira numa Olimpíada existem e são reais. "Os resultados deles têm sido muito bons e acho que, no feminino, a gente tem condições de obter uma vaga. No masculino a disputa é mais acirrada, o nível dos atletas é alto, mas tenho grande esperança."

PRESIDENTE DA CBTARCO QUER INDÍGENA NOS JOGOS - O sonho de Vicente Fernando Blumenschein, presidente da CBTArco (Confederação Brasileira de Tiro com Arco), é ter atletas indígenas defendendo o Brasil nos Jogos Olímpicos. Ele sabe que na seletiva tudo pode acontecer, mas acha que o objetivo será alcançado em breve.

"Um dia vamos ter um atleta indígena. As chances são reais, mas a possibilidade maior é para os Jogos de 2020. Claro que se fosse agora não seria surpresa. Acredito que eles tenham entre 30% e 40% de chance", explica.

A australiana Cathy Freeman, ouro nos Jogos de Sydney, em 2000, serviu de inspiração para o projeto Arqueria Indígena, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). A atleta, aborígine, foi ouro nos 400 metros. "Ela uniu o país na final e foi campeã olímpica", conta Aníbal Forte, técnico da FAS.

Na primeira seletiva, em São Paulo, os atletas indígenas não foram bem. Mas restam ainda mais três etapas e um resultado será descartado. Dificilmente atletas como Marcus Vinicius D’Almeida, melhor arqueiro do País, e Bernardo Oliveira, em grande fase, vão ficar fora dos Jogos do Rio.

A seletiva da CBTArco dá aos dois mais bem colocados no masculino e feminino a vaga olímpica, mas as outras duas, sendo uma para suplente, serão definidas pela comissão técnica. "Fizemos isso para evitar que, caso um atleta muito bom se machuque e perca a seletiva, mesmo assim ele não estará necessariamente fora", diz Vicente.

O dirigente conta que, até em uma reunião de trabalho do Comitê Olímpico do Brasil (COB) com outros presidentes de confederações, falou sobre o fato de o País poder ter o primeiro atleta indígena. A expectativa pela possibilidade é grande.

"Gostaria de ter indígena e negro na seleção, mas não é marketing, pois meu marketing é melhor se conseguir uma medalha nos Jogos do Rio. É questão técnica. Eles são talentosos. Se não fossem, não estariam ali", avisa Vicente, lembrando que a CBTArco já está espalhando a ideia. "Vamos incentivar outros estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a buscar atletas indígenas. Vem mais por aí", promete.

Graziela Paulino dos Santos, a Yaci, de 19 anos, da etnia Karapãna, está cada vez mais perto dos Jogos Olímpicos do Rio no tiro com arco. Natural do Amazonas, ela foi a primeira colocada da seletiva realizada no fim de semana em São Paulo. No geral, terminou em quarto no feminino. Quem também segue sonhando é Dream Braga da Silva, o Iagora, da tribo Kambeba, da área de proteção ambiental do Rio Negro, que foi o segundo da seletiva e ficou em quinto no geral.

A competição reuniu 60 arqueiros, na Vila Olímpica Mario Covas, para selecionar cinco atletas de cada naipe para a seletiva final, que já vai contar com os integrantes da seleção permanente, entre eles Marcus Vinicius D’Almeida e Sarah Nikitin, melhores da competição como um todo.

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A quinta e última vaga no masculino ainda ficou com outro indígena, Nelson Silva de Moraes, o Inha Quira, da tribo Kambeba. O garoto tem só 15 anos e será o mais jovem na seletiva final. Pelo resultado do fim de semana, entretanto, a chance de ele ficar com uma das três vagas na Olimpíada é bastante pequena.

Em dezembro de 2014, o jornal O Estado de S. Paulo contou a história de Dream, que, há época, havia começado a treinar com o arco "olímpico" há apenas um ano. Até então, o indígena, que agora tem 19 anos, só utilizava o instrumento para caçar. Yaci, por sua vez, ainda alcançou outro feito recentemente: foi aprovada no vestibular e cursa ciências contábeis. Os dois são da equipe da Fundação Amazonas Sustentável.

Para ir à Olimpíada, os indígenas deverão participar das quatro etapas da seletiva final, entre março e abril, em combates arqueiro contra arqueiro. Tanto no feminino quanto no feminino, os dois que vencerem mais confrontos estarão convocados para o Rio-2016, com a comissão técnica apontando outros dois. Desses quatro, depois, sairão os três titulares por equipes (e que competirão na chave de simples) e quem fica na reserva.

RECORDE - A fase eliminatória do tiro com arco olímpico é dividida em duas etapas de 36 tiros a 70 metros do alvo, com os resultados sendo somados. A seletiva brasileira em São Paulo repetiu esta fase três vezes: na manhã e na tarde de sábado e na manhã de domingo.

Principal arqueiro brasileiro, Marcus Vinicius D’Almeida, foi crescendo na competição: primeiro fez 657 pontos, depois 659 e fechou a seletiva com 671. Acabou batendo o recorde brasileiro, que era de 670, dele mesmo, estabelecido numa etapa da Copa do Mundo em setembro passado.

Marcus Vinicius, Bernardo Oliveira, Marcelo Silva, Edson Kim, Iagora, Daniel Xavier, Fábio Emilio, Marcos Bortoloto e Inha Quira seguem sonhando com a Olimpíada. Todos fazem ou já fizeram parte da seleção brasileira. No feminino, a melhor foi Sarah Nikitin, que chegou a somar 641 na última etapa e ficou a três pontos do próprio recorde brasileiro.

Vice-campeão mundial adulto em 2014, Marcus Vinicius D'Almeida alcançou o status de candidato à medalha nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Para poder possibilitar ao arqueiro brigar de igual com igual com os melhores do mundo, o Governo Federal autorizou o repasse de R$ 642,5 mil à Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco) apenas para a preparação do carioca.

O valor não contempla o pagamento de bolsa para Marcus Vinicius, que recebe R$ 15 mil por mês do Governo Federal por meio da Bolsa Pódio. Pelo convênio, o Ministério do Esporte vai colocar à disposição do arqueiro um médico (R$ 6 mil, por quatro horas semanais), uma psicóloga (R$ 3,5 mil, por oito horas semanais), um auxiliar técnico, um fisioterapeuta e um preparador físico. Além disso, vai pagar os salários da técnica Dirma Miranda, ex-atleta, que descobriu Marcus Vinicius em Maricá (RJ). Ela receberá R$ 10 mil por mês.

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O convênio ainda contempla a aquisição de material esportivo, apesar de a CBTArco ser patrocinada pela mesma empresa que da qual irá comprar os equipamentos. Só em materiais para o arqueiro o governo vai investir R$ 22 mil.

Além disso, o Ministério do Esporte assinou outro convênio com a CBTArco para "preparação de atletas para a Olimpíada". Ao custo de R$ 2,1 milhões, o governo vai pagar para 16 arqueiros competirem no exterior, entre eles Marcus Vinicius. Só seis, entretanto, estarão no Rio-2016.

Após uma temporada irregular em 2015, Marcus Vinicius é o 14.º colocado do ranking mundial do tiro com arco. No ano passado, ele foi campeão mundial cadete (até 18 anos) e medalhista de bronze por equipes no Pan. Em competições adultas, ficou em nono em duas etapas da Copa do Mundo e em sétimo no Mundial.

O evento-teste de tiro com arco termina nesta terça-feira, no sambódromo do Rio de Janeiro, com uma boa avaliação geral, mas com um ponto importante a se resolver para os Jogos Olímpicos de 2016: o barulho no entorno. Apesar de o Comitê Rio-2016 considerar que esse aspecto não atrapalhou os atletas e que as medidas tomadas foram suficientes, a Federação Internacional de Tiro com Arco já avisou que irá pedir mudanças para a Olimpíada.

A reclamação da entidade internacional diz respeito sobretudo ao som de buzinas dos carros que circulam nas ruas próximas - o sambódromo fica numa região bastante movimentada. O barulho do local diminuiu consideravelmente com a instalação de paredes acústicas, mas não foi o suficiente.

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Uma das soluções que serão propostas para 2016 é o fechamento de ruas, mas o comitê, em princípio, descarta essa hipótese. "Será mantido como está. Como será um período de férias, haverá menor quantidade de carros nas ruas", considera Luiz Eduardo Almeida, gerente de Competição de Tiro com Arco do Rio-2016. "Vamos estudar com a prefeitura, mas, em termos de barulho, não atrapalhou em nada a competição."

Outra mudança, mas esta já prevista pela organização, será a instalação de arquibancadas temporárias. Elas ficarão próximas à área de disputa, logo abaixo das já existentes.

O evento-teste de tiro com arco foi fechado ao público - apenas convidados tiveram acesso. Apesar disso, e de a estrutura externa ser consideravelmente menor do que aquela que será usada na Olimpíada, os organizadores consideram que a competição atingiu seus objetivos.

"A gente queria testar nossas operações e fazer nossos voluntários conhecerem o tiro com arco, e isso a gente conseguiu", frisou Almeida. No total, 130 voluntários trabalharam na competição, sendo 87 diretamente na área de disputa.

Uma das apostas de medalha do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nos Jogos do Rio-2016, o tiro com arco brasileiro começará a testar nesta terça-feira boa parte do desafio que terá pela frente na Olimpíada do próximo ano. Assim como nos Jogos, o evento-teste da modalidade será disputado no sambódromo do Rio. É lá que se apresentarão alguns dos principais atletas do mundo até a próxima semana - e, assim como os sambistas no Carnaval, todos em busca do 10.

Essa é a pontuação que o atleta alcança toda vez que acerta o centro do alvo, posicionado a 70 metros de distância. E o principal arqueiro brasileiro na atualidade, Marcus Vinícius D’Almeida, fez isso nada menos do que 34 vezes na quarta-feira passada, durante a fase de classificação da etapa de Medelín da Copa do Mundo. Os acertos na Colômbia ajudaram Marcus Vinícius, de apenas 17 anos, a alcançar 670 pontos após 72 tiros. É o novo recorde brasileiro.

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Marcus Vinícius será um dos 128 competidores esperados a partir desta terça-feira. São 64 homens (61 atletas olímpicos e três paralímpicos) e 64 mulheres (61 atletas olímpicas e três paralímpicas). Apesar de a competição não ser classificatória para os Jogos Olímpicos, alguns dos principais arqueiros do mundo estarão presentes porque estiveram na Colômbia na última semana, o que facilitou a logística.

O evento servirá para o Comitê Rio-2016 testar tudo o que se refere à parte esportiva, incluindo a ação dos voluntários, divulgação de resultados, exame antidoping e o trabalho de animação de torcida. Detalhe: a competição é fechada ao público.

O comitê optou por não oferecer acesso à torcida por contenção de despesas. Como a preocupação da entidade é apenas testar a área de competição, o Rio-2016 preferiu não realizar gastos externos - como a colocação de banheiros, área de alimentação ou segurança. Apenas convidados terão acesso.

A ausência de público é motivo de lamento para Marcus Vinícius D’Almeida. "Há uma diferença de competir sem público. Seria uma grande oportunidade, é o primeiro grande evento no Brasil de tiro com arco e seria nossa chance de testar a torcida a nosso favor, já que até hoje só tivemos torcida contra".

Sobre a organização do evento, o brasileiro considera que tudo precisa ser bem analisado pelo Rio-2016, mas mesmo assim ele destacou dois pontos. Um deles é o que trata da acomodação dos atletas nas pausas entre uma disputa e outra do dia. Já a outra terá que esperar. "Uma das coisas mais fundamentais é o transporte na hora de ir e voltar do sambódromo. Isso é muito importante porque as pessoas se planejam com esses horários", disse.

Principal nome do tiro com arco do Brasil na atualidade, Marcus Vinícius D'Almeida frustrou as expectativas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e foi eliminado logo nas quartas de final da disputa individual. Agora, ele tentará conquistar sua primeira medalha na competição na disputa por equipes, cujas finais acontecem nesta sexta.

Vice-campeão mundial e oitavo no ranking, Marcus Vinícius era um dos favoritos ao ouro nos Jogos Pan-Americanos e uma das apostas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para ajudar na meta de o País ser Top 3 no quadro de medalhas. Mas ele teve uma manhã difícil.

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Após fazer 6 a 0 em Diego Castro (Guatemala), na abertura da fase eliminatória, o arqueiro eliminou o também brasileiro Daniel Xavier (84º do ranking) apenas na flecha de desempate, após empate por 5 a 5, pelas oitavas de final.

Nas quartas, entretanto, perdeu para o mexicano Luis Alvarez (28.º no mundo), campeão de uma das etapas da Copa do Mundo, em 2012. Mais cedo, Bernardo Oliveira havia sido eliminado por Juan Carlos Stevens, de Cuba, por 6 a 5, o que fez com que o Brasil não chegasse às semifinais.

Após a disputa, Marcus Vinícius tentou demonstrar resignação pelo resultado, mas não conseguiu esconder a frustração. "Foi um pouco complicado, mas bola pra frente. (Vou pensar na disputa por) equipes agora."

Ele também reconheceu que não teve um bom dia de disputas. "Não tive meu melhor rendimento, é algo a se trabalhar. Talvez tenha sido o psicológico", considerou. "Mas é meu primeiro Pan-Americano, tenho 17 anos, bola pra frente."

Marcus Vinícius descartou que a eliminação precoce possa afetar o ânimo para a disputa por equipes, e viu a queda nas quartas por outro prisma. "É fácil falar que foi eliminado, mas se for ver eu fiquei em sexto ou quinto. É meu primeiro Pan, então não estou triste com isso. Não fiquei lá embaixo, depende do modo que você vê. Meus técnicos veem de outra forma."

Prata nos Jogos Olímpicos da Juventude, Marcus Vinicius D'Almeida deu, neste domingo, uma prova ainda maior da sua capacidade. Na Final da Copa do Mundo de Tiro com Arco, em Lausanne (Suíça), evento que reuniu apenas os oito melhores arqueiros da temporada, o garoto brasileiro de apenas 16 anos conquistou uma inédita medalha de prata, a primeira do País em disputas olímpicas no circuito mundial da modalidade.

Em um ano em que não há disputa de Campeonato Mundial no tiro com arco, a Final da Copa do Mundo é a competição mais importante. Na prática - inclusive nas contas do COB, que projeta um quadro de medalhas -, Marcus Vinicius D'Almeida fecha 2014 como vice-campeão mundial.

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A Final reuniu, na Suíça, os oito melhores de uma temporada de Copa do Mundo que teve quatro etapas (Shanghai, Medellin, Antalya e Wroclaw). Marcus Vinicius, que surgiu no ano passado, não fez final em nenhuma Copa do Mundo, mas teve bom resultado em todas as etapas, chegando a fazer disputa pelo bronze na Polônia.

Empolgado depois da prata em Nanquim, Marcus Vinicius fez uma Final de Copa do Mundo quase perfeita. Na estreia, venceu por 6 a 0 o norte-americano Jake Kaminski. Vale explicar que, no tiro com arco, são até cinco sets, valendo dois pontos cada. Cada atleta, em cada set, tem direito a três flechas, valendo até 10 pontos (para quem acerta o centro do alvo). Ganha o set quem somar mais pontos.

Na semifinal, mais um 6 a 0, sobre o francês Pierre Pilhon, levando Marcus Vinicius à final. Na disputa pelo ouro, empate em 4 a 4 com o norte-americano Brady Ellison. A final, então, foi para a flecha desempate. Os dois rivais acertaram um nove, mas a flecha do norte-americano ficou mais perto do alvo, garantindo a ele o título.

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