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A atleta do tiro esportivo da Grã-Bretanha, Amber Hill, é mais uma a entrar para a lista de infectados pela covid-19. Ela era a mais cotada a ganhar a prova da modalidade na Olimpíada de Tóquio-2020, mas foi forçada a desistir da competição após testar positivo para o novo coronavírus. Hill afirmou que não teve sintomas depois da testagem realizada antes de sua saída do Reino Unido.

"Depois de cinco anos de treino e preparação, estou absolutamente devastada de dizer que, na última noite, eu recebi um teste positivo de covid-19, significando que eu tive que desistir do time de tiro da Grã-Bretanha", lamentou. "Não há palavras para descrever como eu estou me sentindo agora". A atleta de 23 anos confirmou que vai se isolar seguindo as orientações do governo.

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O chefe de delegação britânico em Tóquio, Mark England, alertou que todos devem afivelar os cintos para o que será um "passeio instável". O jornal inglês Guardian noticiou que seis corredores da equipe de atletismo da Grã-Bretanha tiveram que se isolar depois de entrarem em contato próximo com um passageiro no voo para o Japão.

Apesar das más notícias, o chefe de delegação prometeu que o país poderá celebrar uma campanha bem-sucedida no final. "Não será um passeio fácil, mas será emocionante e divertido e haverá algumas memórias que tenho certeza que viverão por muito tempo", disse um confiante England.

Ele ainda afirmou que o time da Grã-Bretanha tem quase 800 atletas e equipe de apoio no país, todos em forma e saudáveis. Até agora, nenhum integrante havia testado positivo para covid-19 em Tóquio, o que, segundo England, é uma prova de confiança nas medidas de contenção do vírus adotadas pela delegação. Para evitar contato com membros de outros países fora da Vila Olímpica, está previsto que poucos britânicos participem da cerimônia de abertura, nesta sexta-feira. Apenas 30 atletas de seis esportes estão considerando a possibilidade.

O chefe de delegação garantiu que quem necessitar de isolamento por causa de um possível contato com uma pessoa infectada, não será retirado das competições quando elas começarem. Por fim, ele evitou colocar um alvo de medalhas para o país, insistindo que o principal objetivo é fazer as pessoas em casa sorrirem após um longo período de sofrimento pela pandemia.

"Muitas pessoas perderam suas vidas, muitas pessoas tiveram seus meios de subsistência alterados, disse. "Agora estamos representando com maturidade as esperanças e as aspirações de milhões e milhões de pessoas em casa", concluiu England.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou oficialmente que, até o momento, 71 casos do novo coronavírus estão ligados aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

O Brasil conquistou a sua primeira medalha de ouro em uma Olimpíada nos Jogos da Antuérpia, na Bélgica, em 3 de agosto de 1920, há 100 anos. Guilherme Paraense foi o autor do feito no tiro esportivo. Um dia antes, Afrânio da Costa e a equipe da modalidade haviam conquistado a primeira prata e o primeiro bronze para o País.

O Estadão relembra parte dos acontecimentos que levaram ao momento histórico, como atletas dormindo no chão do navio em uma longa viagem, atrasos e até o furto de armas e munições da delegação.

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A delegação brasileira partiu em viagem à Bélgica em 1.º de julho de 1920, um mês antes do início dos Jogos, no navio Curvelo. Um relato de Afrânio da Costa presente no livro A História do Tiro Esportivo Brasileiro e divulgado no site brasil2016.gov.br, à época da Olimpíada no Rio de Janeiro, dá mais detalhes sobre como foi a viagem.

Diante de um navio considerado de "3.ª classe", os atletas pediram ao comandante para dormir no bar, onde havia mais espaço e menos falta de ar. Houve permissão, desde que esperassem a saída do último freguês. Por isso, dormiram no chão durante a maior parte da viagem.

Informações desencontradas também atrapalharam a delegação do tiro. Antes de chegar à Europa continental, em parada na Ilha da Madeira, descobriram que a chegada do navio à Antuérpia estava prevista para 5 de agosto, após as suas provas. Na ocasião, acreditavam que disputariam competições a partir de 22 de julho. Assim que chegaram em Lisboa decidiram "abandonar" o barco e ir à Bélgica de trem para chegar mais rápido.

As provas de tiro foram disputadas no campo de Beverloo, a 18 km da Antuérpia. Os brasileiros chegaram ao local somente em 26 de julho, mas, com o adiamento de algumas provas, puderam participar.

ROUBO, AJUDA DOS NORTE-AMERICANOS E 1ª MEDALHA - Um grave problema, porém, surgiu ao longo do caminho: armas, alvos e munições foram roubados. Afrânio da Costa conhecia o coronel George Sanders, da delegação americana, que acabou cedendo cerca de duas mil balas e emprestou duas pistolas.

Em relatório oficial entregue por Afrânio após o torneio, a história é retratada: "Nesta ocasião, o coronel Snyders, do Exército Americano, e capitão da equipe de pistola livre, me disse: 'Sr. Costa, essa arma não vale nada, vou arranjar duas para os senhores, feitas especialmente para nós pela fábrica Colt' E voltou pouco depois trazendo duas belíssimas armas. Retificadas as armas por ele próprio, entregou-as desejando melhor resultado".

Uma delas, a Colt 22 que havia sido usada por Alfred Lane para levar o ouro nos Jogos de Estocolmo-1912, foi emprestada para Afrânio superar o próprio Lane e conquistar a primeira medalha de prata da história do Brasil, na categoria Pistola Livre, a uma distância de 50m, que tinha 36 inscritos vindos de 13 países. O ouro ficou com o norte-americano Karl Frederick, que fez 496 pontos. O brasileiro conseguiu 489, oito a mais que Lane.

Na categoria de pistola de tiro rápido, com distância de 30 metros, 38 atletas, vindos de 14 países, disputavam a medalha de ouro. Guilherme Paraense fez 274 pontos, dois a mais que Raymond Bracken (Estados Unidos), e cinco a mais que Friz Zulauf (Suíça), e tornou-se o primeiro brasileiro a subir ao lugar mais alto do pódio - o que não se repetiria até o ouro de Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, em Helsinque-1952, na Finlândia. Ao tomar conhecimento dos resultados, consta que Paraense foi carregado nos braços inclusive por adversários na hora da comemoração.

Segundo uma das netas do atleta, Valéria, a arma utilizada por seu avô teria sido uma das únicas que não foi roubada: "Eu já li em vários lugares sobre isso e essa história das armas emprestadas de fato existiu. Mas elas foram emprestadas para o Afrânio. Meu avô competiu com a arma dele".

Guilherme Paraense seguiu a carreira militar e chegou ao posto de coronel do exército. Morreu em 19 de abril de 1968, aos 83 anos de idade. Em São Paulo, o medalhista foi homenageado com a rua Guilherme Paraense, antiga rua 10, no decreto nº 9.204, de 16 de dezembro de 1970. Atualmente, o local fica próximo ao Parque da Juventude e à estação de metrô Carandiru.

Após os Jogos, Afrânio Costa continuou trabalhando na área da Justiça e foi nomeado ministro do TFR (Tribunal Federal de Recursos) em 1947. Foi convocado a substituir os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Edgar Costa, em 1952, e Rocha Lagôa, em 1954. Em 1930, ele foi chefe da delegação brasileira que disputou a primeira Copa do Mundo de futebol, no Uruguai. Morreu em 1979, aos 87 anos.

O BRONZE NO TIRO EM EQUIPES - Na competição em pistola livre por equipes, com distância de 50 metros, o Brasil conseguiu o bronze, entre 12 países, também em 2 de agosto, ao fazer 2.264 pontos, à frente dos gregos, que ficaram em quarto com 2.240. Os norte-americanos venceram com 2.372 pontos e os suecos ficaram com a prata com 2.289. A equipe era composta por Afrânio da Costa, Guilherme Paraense, Sebastião Wolf, Dario Barbosa e Fernando Soledade.

Na disputa em pistola de tiro rápido por equipes, o Brasil chegou perto de conseguir outra medalha, mas acabou na quarta colocação com 1.261 pontos, atrás dos suíços, que levaram o bronze com 1.270. A equipe era composta por Guilherme Paraense, Afrânio da Costa, Sebastião Wolf, Demerval Peixoto e Mauro Maurity.

Os atletas do tiro voltaram ao Brasil apenas em 31 de outubro daquele ano, quando o transatlântico Almanzora desembarcou no Rio de Janeiro. Assim como antes de partir, eles se encontraram com Epitácio Pessoa, então presidente do País.

O tiro brasileiro seguiu sem medalhas nos jogos até os Jogos do Rio-2016, quando Felipe Wu conquistou a medalha de prata na prova de pistola de ar 10 metros.

O novo decreto passou a prever uma idade mínima para menores de idade participarem de atividades de tiro esportivo: 14 anos. O texto anterior causou polêmica ao não definir um patamar mínimo e, na prática, permitir que até crianças participassem dessas atividades, manuseando armas de fogo com munições reais.

Desde o decreto anterior, de 7 de maio, já não é mais necessário obter uma autorização judicial para que um adolescente participe de aulas de tiro esportivo, por exemplo. Para isso, bastava que pais formalizassem a autorização para o estabelecimento responsável. Essa possibilidade foi ratificada no novo texto divulgado nesta quarta-feira (22).

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Aviação

O novo decreto fez outras alterações relevantes, como a devolução para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) da atribuição sobre regras de circulação de armas em voos comerciais.

O texto anterior abria a possibilidade de que os Ministérios da Defesa e da Justiça fizessem alterações nos procedimentos permitidos, o que levou a Anac e as empresas aéreas a se manifestarem de forma contrária à mudança, em razão do respeito a normas internacionais de voos. Temia-se, dessa maneira, afetar a segurança dos voos e a realização de viagens internacionais partindo do Brasil.

A agência informou que atualmente segue os padrões estipulados internacionalmente sobre o assunto. As regras atuais da Anac estabelecem que o embarque de passageiro portando arma de fogo se restrinja a agentes públicos que, cumulativamente, possuam porte de arma por razão do ofício e necessitem comprovadamente ter acesso a ela.

A necessidade de acesso à arma só se justifica, explica a Anac, em casos de escolta de autoridade, testemunha, passageiro custodiado, execução de técnica de vigilância ou se uma operação puder ser prejudicada se arma e munições forem despachadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Rio, Felipe Wu voltou às competições neste sábado (8) na chamada Final da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, que reúne os melhores do circuito em Bolonha, na Itália. O brasileiro, entretanto, não teve bom desempenho e terminou no 10.ª lugar, entre apenas 11 participantes.

Avançavam à final da prova os oito primeiros colocados e, para entrar na decisão, Felipe precisaria ter feito acima de 577 pontos - resultado do oitavo colocado. Marcou 574, entretanto, e não teve a oportunidade de brigar por medalhas.

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No Rio, em agosto, Wu penou para entrar na final. Avançou só no sétimo lugar, com 580 pontos, exatamente a marca mínima necessária. Depois, na fase final, eliminatória, controlou os nervos para ganhar uma medalha olímpica que o tiro esportivo brasileiro não conquistava desde 1928.

Com o resultado ruim na Itália, Felipe Wu deve perder a vice-liderança do ranking mundial na pistola de ar 10 metros. O brasileiro, que chegou à Olimpíada em primeiro, agora está atrás do campeão olímpico Xuan Vinh Hoang, do Vietnã, que optou por não ir a Bolonha.

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É impossível pensar em outra atleta com o tamanho que Yane Marques atingiu no Pentatlo Moderno. Pernambucana de Afogados da Ingazeira, Yane chega ao Rio de Janeiro com a experiência de quem foi mais longe na história do Brasil no esporte. Em Londres-2012, a pentatleta conquistou o bronze, primeira medalha do país na modalidade olímpica, e criou no público a esperança de uma atuação ainda mais grandiosa em 2016, no Rio.

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Aos 32 anos, Yane Marques é sinônimo de vitórias. Difícil imaginar algo diferente assistindo a pernambucana sobrar em competições de alto nível. Curioso que a pentatleta poderia ter se tornado nadadora se não fosse o convite da Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno. Assim que foi fundada, em 2003, a entidade viu em Yane potencial para compor a equipe estadual. 

Logo tal expectativa se concretizou. No ano seguinte ao início dos treinos de hipismo, esgrima, tiro esportivo e corrida, a jovem venceu o Campeonato Nacional em Porto Alegre. O Pentatlo caiu no gosto de Yane. Em 2007, o ouro no Pan do Rio confirmou o que os treinadores já sabiam: Yane era uma excelente pentatleta. A partir daquele momento, as vitórias se tornaram rotina e as conquistas nos Jogos Militares em 2011 aumentaram a confiança dela.

Caminho até o Rio

A Prata no Pan de Guadalajara (2011) foi o último feito antes de Yane Marques cravar de vez seu nome na história do esporte. A conquista do bronze nas olimpíadas de Londres-2012 tornou Yane a única pentatleta brasileira medalhista em Jogos Olímpicos. O momento, inesquecível para a pernambucana, foi também o maior do Brasil no pentatlo moderno. 

Yane Marques chega ao Rio de Janeiro, ainda mais consagrada pelas conquistas do Sul-americano de 2014 e o Pan de Toronto, em 2015. Se preparando na cidade onde conquistou o ouro nos jogos pan-americanos há 13 anos, Yane tem status de favorita ao ouro. Nada mais justo para quem faz história desde o momento em que trocou uma vida junto da família, na modesta cidade do interior pernambucano, pelo sonho olímpico.

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro  reúne disputas de nada menos que 39 modalidades, valendo medalhas e recordes mundiais. Dentro desse amplo grupo, encontram-se esportes que não são comuns ao público brasileiro e que vão ter representantes disputando o ouro pelo Brasil. Vale a pena conhecer um pouco mais dessas categorias curiosas.

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Esgrima

Não chega a ser uma novidade, mas a esgrima é um esporte que deixa sempre curiosidade sobre seu funcionamento. Na verdade, é bem simples. Dois esgrimistas se posicionam em uma pista de 1,5m a 2m de comprimento e têm três tempos de três minutos para tentar dar quinze toques válidos no adversário com a ponta do florete (corpo inteiro), espada ou sabre (apenas acima da cintura), dependendo da categoria. Caso nenhum dos adversários consiga a pontuação total, vence quem tiver mais pontos ao final do tempo completo. A esgrima tem competições individuais e coletivas e faz parte das modalidades do pentatlo moderno, modalidade que a pernambucana Yane Marques disputa. (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)

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Rugby de 7

O próprio Rugby já é um esporte que causa estranheza ao público brasileiro, mas nas olimpíadas é uma versão reduzida do esporte bretão que irá ser disputado. O objetivo do Rugby é marcar pontos, seja correndo, chutando ou tocando, mas os passes para frente não são permitidos. Como é um esporte de muito contato, é permitido derrubar o adversário. A maior pontuação vem do Try, quando um time toca a bola no chão da linha de fundo do campo adversário. Apesar do campo parecido com o de futebol, o único momento parecido é quando a bola passa por entre as traves e o time ganha o ponto pela 'conversão', ou cobrando penalty. Um jogo de Rugby seven-a-side tem dois tempos de sete minutos e, como diz o nome, tem duas equipes com sete jogadores cada. O Brasil está garantido na competição. (Foto: Reprodução/CBRu)

Badminton

Não é peteca. Ao menos, não como a brincadeira que muita gente teve na infância. O badminton é um esporte que causa curiosidade entre os brasileiros. As regras são bem parecidas com o tênis, mas tem uma diferença bem importante; a peteca não pode tocar o chão. O objetivo do jogo é, justamente, fazer a peteca cair no campo adversário, passando por cima da rede. Lohaynny Vicente e Ygor Coelho de Oliveira serão os representantes brasileiros nas disputas individuais. O time brasileiro de badminton estará estreando em olimpíadas na Rio-2016. (Foto: Paulo Múmia/Rio 2016)

 

Golfe

O torcedor provavelmente já ouviu falar ou viu na televisão. O golfe é um esporte tradicional por todo o mundo, mas não aparecia em olimpíadas há 102 anos. A última disputa foi em 1904, nos jogos de Saint Louis-EUA. Em 2016, o golfe está de volta e o Brasil estará representado, tanto no feminino, quanto no masculino. Adilson da Silva e Miriam Nagl vão tentar conquistar medalha logo na reestréia do esporte. (Foto: Pixabay/WolfBlur)

 

Tiro Esportivo

Nas competições antigas, os veados e pombos eram as vítimas. Mas o tiro esportivo mudou, para sorte dos animais. Agora, o objetivo é acertar alvos, parados ou móveis, e pratos. Os competidores disputam várias modalidades de tiro com diferentes alvos e distâncias, utilizando pistolas ou carabinas. O objetivo, na maioria das provas, é acertar mais alvos em menos tempo, ou com menos disparos. Apesar de pouco conhecida, a modalidade foi a responsável pela primeira medalha olímpica do Brasil, conquistada por Guilherme Paraense em 1920 na Antuérpia. Serão 9 brasileiros tentando medalhas no tiro na Rio-2016. (Foto: Divulgação/Rio 2016)

 

Luta greco-romana

Apesar do nome, a luta greco-romana está mais para um esporte do que uma luta em si. Esse estranho combate corpo a corpo tem por objetivo somar pontos com golpes bem-sucedidos ou vencer fixando os ombros do adversário no chão, configurando uma queda. Em dois tempos de três minutos, os lutadores têm que usar apenas os membros superiores para derrubar, erguer ou descolar o oponente. Na vitória por pontos, ganha automaticamente quem abrir dez de vantagem no placar. Em caso de empate, outro round de três minutos será disputado. (Foto: Alex Ferro/Rio 2016). 

Hóquei sobre grama

Mais comum aos jogos de inverno, o hóquei tem uma versão para disputas longe do gelo e não é aquele de patins na quadra. O hóquei sobre grama não é o mais famoso, mas é, provavelmente, o mais intenso. Com chuteiras e tacos, dois times de onze integrantes brigam para marcar gols com uma bolinha e só o goleiro pode usar partes do corpo para tocar nela. Dividido em dois tempos de 35 minutos, os atletas tem um campo com duas barras de medidas bem semelhantes ao futebol e somente são válidos gols marcados dentro da área marcada por um semicírculo à frente das barras. Com pouca proteção corporal, os jogadores dessa modalidade estão mais expostos a lesões do que na versão tradicional. As partidas podem ser disputadas em campos de grama natural ou sintética. E sim, o Brasil estará representado no masculino e feminino. (Foto: Alex Ferro/Rio 2016)

Marcha Atlética

Você já pode ter visto alguém treinando marcha atlética na rua ou em parques com pistas de corrida. Aquele caminhar desengonçado em que a pessoa parece ter pressa na verdade é um esporte, e é muito sério. A marcha atlética é uma modalidade do atletismo na qual as pernas devem estar sempre retas e um dos pés precisa estar sempre em contato com o chão. É uma prova de velocidade na qual os quadris se movimentam bastante. Geralmente praticado em rua, existem provas de 20km e 50km. Pernambuco terá duas representantes nos Jogos Olímpicos: Cisiane Dutra (foto) e Erica de Sena. (Foto: Reprodução/FEPA)

O italiano Gabriele Rossetti se proclamou neste sábado (13) campeão olímpico de skeet no tiro esportivo, ao derrotar o sueco Marcus Svensson (16-15) na final dos Jogos do Rio de Janeiro.

Svensson ficou com a prata e o bronze foi para Abdullah Alrashidi, integrante da equipe de Atletas Olímpicos Independentes, que já conquistou duas medalhas nesta edição.

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Rosetti, de 21 anos e terceiro no mundial de 2015, deu, assim, a terceira medalha de ouro - e a sexta medalha - à Itália na competição de tiro esportivo dos Jogos do Rio.

O brasileiro Cassio Rippel ficou com a 26º colocação no tiro esportivo, na categoria carabina deitado 50 m. A fase classificatória é composta por seis séries de 10 tiros e os oito melhores atiradores se classificaram para a final. No total, 47 atletas participaram da disputa, na Olimpíada que se realiza no Rio de Janeiro.

O alemão Henri Junghaenel ganhou a medalha de ouro, o sul-coreano Jonghyun Kim a prata e o russo Kirill Grigoryan levou o bronze. O melhor da fase de classificação, o russo Sergey Kamenskyi, ficou sem medalha, em quarto lugar.

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O Brasil ainda compete hoje nas categorias skeet feminino com Daniela Matarazzo Carraro, skeet masculino com Renato Portella e no tiro rápido 25 m masculino com Emerson Duarte.

A brasileira Rosane Sibele Budag foi eliminada nesta quinta-feira (11) na prova de carabina três posições 50 m feminino, do tiro esportivo. Rosane ficou na última posição.

Oito atletas disputarão a final. A italiana Petra Zublasing passou na primeira colocação com um recorde olímpico.

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Lixa, furadeira, martelo: o armeiro da seleção francesa de tiro esportivo viajou ao Rio com sua caixa de ferramentas, 40 kg de material indispensável para o sucesso dos atletas.

"Sou o médico das armas", brinca Patrick Biebuyck, que exerce a função desde 2000 e participará da sua quinta Olimpíada.

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Como médico, ele pode ser considerado um clínico geral, capaz de cuidar tanto da pistola de Céline Goberville, medalhista de prata em Londres, do rifle de Anthony Terras, especialista da fossa olímpica, quanto das carabinas de Valérian Sauveplane.

Cada atirador traz consigo ao menos duas armas: a predileta, que usa na competição, e a "mula", em caso de problema.

O trabalho do armeiro pode levar poucos minutos, se tiver que lixar o cabo de uma pistola ou de uma carabina, por exemplo. "Com a umidade, a madeira pode ser alterada e até o menor inchaço pode modificar a pegada do atirador", explica Biebuyck, que já foi atirador de alto nível no passado.

- Quinze minutos cravados -

Em outros casos, porém, o trabalho pode ser cirúrgico. Quando a bala não é ejetada corretamente, é preciso mexer na parte interna do cano com uma broca, como um dentista. "Isso pode levar oito horas", avisa Biebuyck.

O armeiro também precisa checar as munições, para ter certeza que balas e cartuchos não vieram com defeito de fábrica.

"Fazemos o que chamamos de testes de agrupamento, ao deixar a arma presa em uma morsa, verificando em dezenas de balas do mesmo lote se estão perfeitamente centradas no alvo. Às vezes, temos que jogar fora lotes inteiros", ressalta o armeiro francês.

O mais difícil, porém, é intervir no meio da competição. "O regulamento nos dá quinze minutos para tentar consertar o problema. Se não conseguirmos, o atirador precisa usar a 'mula'. Ao mesmo tempo que trabalhamos em cima da arma, temos que conversar com o atleta, para que não fique tão nervoso", completa Biebuyck. Ou seja, o médico também precisa se transformar em psicólogo.

O primeiro tiro da última série de Felipe Wu garantiria a medalha de ouro na pistola de ar 10m. Atrás do vietnamita Xuan Vinh Hoang desde a quarta série, o atirador brasileiro arrancou 10.2 pontos naquela rodada, enquanto o adversário fez 9.2 pontos. Os dois finalistas foram para a linha de tiro para o disparo decisivo sabendo que Wu estava a ponto de fazer história: 96 anos depois do título olímpico de Guilherme Paraense – cujo nome batiza o centro olímpico de tiro esportivo no Rio –, nos Jogos da Antuérpia, em 1920, um brasileiro poderia voltar a ser campeão no tiro esportivo.

“A minha tática é atirar um pouco mais rápido no final porque sei que não só aqui, com esta torcida gigante, mas também em outros eventos, sempre acontece uma reação da torcida. Então eu atirei e a torcida fez o papel dela. Eu sabia que tudo podia acontecer: tanto ele fazer um tiro bom quanto um ruim. Na etapa de Bangcoc, fiz a mesma coisa e o americano fez um tiro ruim por causa do barulho da torcida”, conta Wu, que cravou 10.1 pontos em seu tiro final.

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Durante os poucos segundos que separaram a aferição da marca de Wu para o momento que a nota de Hoang foi confirmada, o barulho da torcida foi realmente ensurdecedor. O estande lotado explodiu em vaias e gritos para impedir Hoang de tirar a diferença de dois décimos. Mas o sangue frio do rival prevaleceu: com um 10.7 no último tiro, o vietnamita chegou aos 202.5 pontos e eliminou qualquer possibilidade de ouro para Wu, que terminou com 202.1 pontos. Mas a medalha de prata, a que inaugurou a contagem de medalhas dos anfitriões dos Jogos Olímpicos, veio com a sensação de dever cumprido.

“Ele atirou muito bem e dei parabéns para ele, porque o resultado foi excepcional. Desde que percebi que ficaria entre os três primeiros, fiquei muito tranquilo. Sentia que a minha missão estava mais do que completa e o que viesse era lucro”. Depois de avançar como sétimo e penúltimo colocado na fase classificatória, superando um começo instável, Felipe Wu chegou para a final empurrado pelo público que lotou o estande de tiro. Seu sobrenome virou um grito de guerra que o levou até o pódio. E o reconhecimento da grandeza do feito do paulista de 24 anos veio quando os espectadores brasileiros entoaram o hino nacional para o segundo colocado.

“Todo mundo sabe que o tiro esportivo é um esporte que não é muito conhecido e das dificuldades que tivemos para chegar a esta medalha. É uma grande vitória e a torcida fez um gesto bonito para mim”, elogia. “Eu sempre digo que, no momento de atirar, sou eu, a arma e o alvo e nada pode me atrapalhar. Mas na maior parte do tempo a vibração deles me passou uma energia muito boa. Sempre que eu abaixava a cabeça, ouvia o barulho deles e me sentia muito bem”.

Cobrança

Primeiro colocado no ranking mundial na categoria, Wu sempre aparecia na lista dos prováveis medalhistas brasileiros. E não decepcionou. “Eu sabia que ia ser difícil. Pela minha expectativa, porque eu esperava ter um bom resultado, pela expectativa da imprensa, que me apontava como favorito, mas acho que consegui controlar bem. No começo foi mais difícil, mas depois fui ficando mais solto e deu tudo certo”.

O segredo para o pódio foi manter a regularidade, algo fundamental para o tiro esportivo. “Estava tentando sempre pensar em obter a minha melhor performance, com base no que eu já tinha feito. E foi exatamente o que eu consegui”. E ele quer mais: “Não vejo isso como o ápice da minha carreira. Eu sou bem novo e tenho outras metas, como o campeonato mundial da modalidade, em 2018. Então este não é o meu fim”.

Wu espera que a medalha inaugure uma nova fase da modalidade. Depois de anos treinando na garagem de sua casa por falta de bons locais para a prática do esporte, o atirador agora conta com estrutura de treino compatível com seus resultados. “Desde o Pan estou treinando na Hebraica (clube esportivo de São Paulo) e isso fez uma grande diferença no meu desempenho. Espero que agora o esporte possa ter mais apoio, e não só para mim. Não sou egoísta a este ponto. A nossa confederação é a única que não tem patrocínio algum. Espero que isso mude e minha medalha possa trazer mais visibilidade para o esporte”.

Sobre a quebra do tabu quase centenário e a volta do tiro esportivo ao quadro de medalhas, ele celebra: “Demorou, mas pelo menos, a partir de agora, as pessoas lembrarão da medalha de 2016, e não mais daquelas que conquistamos em 1920”. Embora sua especialidade seja a prova em que foi vice-campeão, Felipe Wu ainda compete na pistola 50m, com classificatória na quarta-feira, a partir das 9h. A final acontece no mesmo dia, às 12h.

O brasileiro Felipe Wu se mostrou à altura das expectativas, conquistando a medalha de prata dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 no tiro esportivo, categoria pistola de ar de 10 metros, após uma final emocionante disputada no Centro de Tiro de Deodoro.

Líder do ranking mundial e vencedor de duas etapas da Copa do Mundo neste ano, Wu era visto como grande chance de pódio do Brasil e não decepcionou, conquistando a prata, a primeira medalha do país nos Jogos com a pontuação total na final de 202.1.

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O ouro ficou com o vietnamita Xuan Vinh Hoang, que no último tiro ultrapassou o brasileiro para somar 202.5, enquanto o chinês Wei Pang, campeão olímpico em Pequim-2008, ficou com o bronze (180.4).

A medalha de prata de Wu foi a primeira de um brasileiro no tiro esportivo desde Antuérpia-1920, há 96 anos, quando Guilherme Paraense conquistou o primeiro ouro do Brasil em Jogos Olímpicos.

A primeira disputa de medalhas dos Jogos Olímpicos foi um prenúncio do que deve ser a briga no quadro de medalhas até o fim do Rio-2016, com China, nesse caso com duas competidoras, e Estados Unidos, disputando ouro, prata e bronze. Virginia Thrasher, de apenas 19 anos, campeã universitária em seu país, chegou em vantagem à parte final da competição de carabina de ar 10 metros em Deodoro e faturou o ouro para os Estados Unidos. Li Du ficou com a prata e Siling Yi levou o bronze.

A final foi disputada por oito atletas, com a de pior pontuação sendo eliminada em rodadas intercaladas, a partir da oitava série. Após 16 tiros, só sobraram as chinesas e a norte-americana. Quando só três atletas estavam na prova, Siling Yi sentiu o nervosismo, passou longe do centro do alvo nos dois tiros que deu, e acabou eliminada.

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No "mano a mano", Thrasher tinha 0,7 pontos de vantagem sobre Li Du. Ambas fizeram 10,5 no primeiro tiro e só um erro tiraria o ouro da americana. No segundo, Thraser não foi tão precisa, com 10,4, mas garantiu o ouro. A final foi acompanhada pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, que chegou atrasado com sua comitiva.

Durante a fase preliminar da prova, Li Du bateu o recorde olímpico, com 420,7 pontos, uma vez que essa era a primeira vez que a carabina de ar feminina teve esse formato. O recorde mundial, da também chinesa Dongqi Chen, é de 422,9.

No estande da final, algumas dezenas de chineses vibraram a cada tiro de suas atletas. Já os torcedores russos tentaram fazer de tudo para atrapalhar as favoritas, batendo palmas e assoprando buzinas. Foram criticados pela falta de educação. O evento deste sábado contou com a participação da brasileira Rosane Budag, que ficou na modesta 50.ª e penúltima colocação.

Em 120 anos de Olimpíadas, o Brasil conquistou várias medalhas e soma inúmeras histórias curiosas. Desde o primeiro ouro até aqueles que sequer subiram ao pódio, os atletas nacionais viveram momentos marcantes durante todo esse tempo. Nada mais justo que relembrar quem foram os protagonistas das maiores proezas nos jogos defendendo o verde e amarelo. Fizemos uma galeria especial com dez personagens que serão lembrados pela eternidade por seus feitos e desempenhos marcantes. Confira:

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Dois atletas do pentatlo moderno da Rússia foram barrados de participar dos Jogos Olímpicos do Rio, nesta terça-feira (26), após terem seus nomes implicados no relatório sobre encobrimento de casos de doping no esporte do país, em um esquema que contou com a participação estatal.

A União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM, na sigla em inglês) anunciou que Maxim Kustov e Ilya Frolov foram mencionados no relatório das investigação da Agência Mundial Antidoping (Wada), liderada por Richard McLaren e divulgado na semana passada, como supostamente tendo seus casos de doping encobertos pelas autoridades russas.

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Kustov tinha sido incluído na equipe russa, com Frolov como reserva, e ambos irão agora ser excluídos, disse a UIPM. O atleta letão Ruslan Nakonechny substituirá Kustov na disputa masculina.

A entidade, que aprovou a inscrição de outros três atletas da Rússia -

Aleksandr Lesun, Donata Rimshaite e Gulnaz Gubaydullina -, afirmou que "está totalmente comprometida na luta contra o doping".

Já a Federação Internacional de Tiro Esportivo (ISSF) liberou todos os 18 membros da equipe para competir nos Jogos do Rio. A ISSF explicou que nenhum desses atletas foram pegos em exames antidoping durante a carreira e nem foram mencionados no relatório de McLaren.

Pelo menos 85 membros da equipe olímpica de 387 atletas anunciada pela Rússia na semana passada já foram impedidos de participar da Olimpíada em razão do escândalo de doping no país.

Também nesta terça-feira, a Federação Internacional da Canoagem havia excluído cinco atletas, incluindo um medalhista olímpico. A natação e o remo já haviam anunciado decisões semelhantes, enquanto o atletismo vetou a participação de qualquer russo sob a bandeira do país. Há a expectativa de que recursos sejam apresentados à Corte Arbitral do Esporte.

Anna Paula Desbrousses Cotta, atleta de tiro inscrita na Confederação Brasileira de Tiro Esportivo, foi baleada na cabeça, em Inhaúma, zona norte do Rio, na manhã desta quinta-feira, 9. Ela foi atingida quando dirigia, na Avenida Pastor Martin Luther King Jr., para tentar fugir de um assalto na Linha Amarela.

Anna levada para o Hospital Estadual Salgado Filho, no Méier, também na zona norte. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima está passando por uma cirurgia. O estado da atleta é grave.

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A ocorrência foi registrada na 44ª Delegacia de Polícia. De acordo com policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar (Méier), o patrulhamento foi reforçado na região.

Outro caso

No dia 7 de maio, a adolescente Ana Beatriz Frade, de 17 anos, foi morta em um arrastão, em um dos acessos à Linha Amarela, em Del Castilho. A garota foi atingida no veículo da família, quando estava a caminho do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, na zona norte, onde se encontraria com a mãe, que chegava de viagem.

A Federação Internacional de Tiro Esportivo aprovou a Copa do Mundo de modalidade realizada como evento-teste para os Jogos Olímpicos, que terminou neste domingo (25), no Rio. A disputa contou com a participação de 660 atletas, de 88 países. Segundo os dirigentes, porém, ainda há ajustes a serem feitos até agosto, quando começa a Olimpíada do Rio. O principal deles é a finalização do estande de finais de carabina e pistola.

"Estamos bem satisfeitos com o funcionamento de tudo. As instalações ainda não estão completamente prontas, especialmente o estande de finais, mas, apesar disso, tudo está funcionando muito bem", avaliou o vice-presidente da Federação Internacional de Tiro Esportivo (ISSF, na sigla em inglês), Gary Anderson. "Acho que este evento-teste foi tão bom quanto os outros que eu vi. Ainda temos trabalho a fazer, alguns problemas e preocupações para trabalhar, mas, exceto o estande de finais, nada de muito importante."

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O diretor de Esportes do Comitê Rio-2016, Rodrigo Garcia, explicou que a área das finais precisou ser adaptada para a realização do evento-teste. "O estande não existia antes, nos Jogos Pan-Americanos, então a gente acabou fazendo uma adaptação". O local ganhou uma arquibancada temporária à frente da prevista inicialmente. "Ainda há coisas que a gente precisa testar, como o sistema de ar condicionado, as arquibancadas. Toda essa parte estrutural ainda precisa ser revalidada", acrescentou.

A Federação Internacional de Tiro deverá fazer mais uma visita ao Brasil antes do início dos Jogos. "Vamos ter uma reunião amanhã (segunda-feira) para ter mais informações sobre o calendário da construção para terminar tudo e, então, vamos decidir se voltamos em junho ou julho", comentou.

Anderson ainda comentou sobre problemas menores, segundo ele, como a falta de luz dentro do estande de 10 metros, algumas posições no campo de tiro que não estão bem planas e o fundo verde da arena de pistola de ar de 10m, que foi alvo de reclamação de alguns atletas.

Segundo Rodrigo Garcia, a cor poderá ser alterada se for preciso. "A nossa comunicação visual prima pelo verde, mas, se for o caso, isso não é difícil de mudar", comenta. "Também tivemos algumas reclamações dos atletas sobre a qualidade dos pratos. Vamos trabalhar isso com o fornecedor. São detalhes, mas, quanto melhor a gente entregar os Jogos, melhor para o País", acrescentou. Alguns atletas acertaram o alvo, mas não tiveram o prato quebrado nas provas externas.

RESULTADOS - Na última sexta-feira, a croata Snjezana Pejcic quebrou o recorde mundial durante a fase classificatória da carabina 50m três posições, ao marcar 594 pontos. Neste domingo, foram realizadas as classificatórias e as finais da carabina 50m três posições e do tiro ao prato (skeet), ambas no masculino.

Na carabina, o título ficou com o chinês Hui Zicheng. O americano Matthew Emmons e o chinês Zhu Qinan completaram o pódio. Já no skeet, o ouro foi para o sueco Marcus Svensson, a prata ficou com o indiano Mairaj Ahmad Khan e o bronze foi para o italiano Tammaro Cassandro.

"O campo está muito bom. O ruim foi que muitos atletas acertaram o alvo, mas não contou, então isso não foi bom. Todo o resto foi perfeito", avalia Svensson, campeão da última prova da Copa do Mundo. Após a competição, o americano Vincent Hancock foi premiado como o melhor atleta da temporada 2015.

A etapa do Rio da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, que começou nesta sexta-feira e tem status de evento-teste para a Olimpíada, tem uma polêmica envolvendo a equipe brasileira. Um dos atletas que defendem o País, Andre Altobello, enfrenta uma acusação de fraude, ainda não julgada. O caso foi enviado à Confederação Brasileira da modalidade (CBTE) no ano passado, mas ainda não chegou ao Superior Tribinal de Justiça Desportiva (STJD).

Altobello é atirador da fossa olímpica e, de acordo com conclusão de sindicância do Clube de Caça e Tiro de São Paulo (CCTSP), adulterou seus resultados na 5.ª etapa do Campeonato Brasileiro de 2015, em junho. Pela denúncia, ele pediu para cancelar uma súmula em que seus resultados foram lançados (fez 22 pontos), atirou de novo e sua pontuação (24 pontos) foi colocada em outra súmula.

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A comissão do CCTSP apurou o caso, considerou Altobello culpado e o puniu com advertência escrita - depois a pena foi modificada para advertência verbal. As conclusões da comissão foram enviadas para a confederação, com pedido para que o processo fosse remetido ao STJD, para julgamento.

De acordo com o CCTSP, a documentação chegou à confederação em setembro e não andou. Tanto que, passados mais de seis meses, Altobello ainda não foi julgado. O presidente da CBTE, Durval Balen, disse inicialmente à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ter repassado o processo ao STJD. Mas o presidente, César Roberto Palhares, negou: "Presido o tribunal desde 1972 e nunca processo algum ficou (no STJD) mais de uma semana. Posso dizer que no tribunal não está".

Procurado novamente, Balen explicou que o caso está em uma comissão disciplinar. "O expediente chegou ao STJD, eu enviei. O STJD mandou para o procurador, que sugeriu a criação de uma comissão de instauração do processo em primeiro grau."

De acordo com ele, a comissão já foi formada. "O processo está andando. Está na comissão disciplinar que foi formada pelo CBTE como órgão de primeira instância. O procedimento me parece bem adequado, senão seria julgamento em uma única instância."

Andre Altobello nega a autoria da fraude. "Eu não tenho poder de lançar resultados. É o clube que arbitra e lança os resultados. É uma fraude que fizeram para me prejudicar."

Ele aponta Lamberto Ramenzoni, diretor financeiro do CCTSP, como a pessoa que quer

prejudicá-lo por causa de um problema que tiveram no passado. "Não é retaliação. Eu simplesmente apurei a denúncia que chegou a mim. Aliás, foi a comissão de sindicância que apurou", rebateu. "É minha obrigação como diretor do clube fazer com que as coisas fiquem claras."

Não há prazo para a conclusão do processo contra Altobello e ele pode continuar competindo normalmente.

Parece mentira, mas não é. A Federação Internacional de Tiro Esportivo (ISSF, na sigla em inglês) atualizou seu ranking mundial nesta sexta-feira, 1.º de abril, e pela primeira vez um brasileiro aparece na ponta. É Felipe Wu, medalhista de ouro na mais recente etapa da Copa do Mundo, que cresceu 55 posições de uma só vez e é o melhor do mundo na pistola de ar 10 metros.

Wu, de apenas 24 anos, ficou famoso no ano passado quando, ao faturar o ouro nos Jogos Pan-Americanos, revelou que treinava dentro de casa, num corredor de sete metros, apesar de competir numa prova na qual o alvo fico posicionado a 10 metros de distância. Prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2010, Wu cresceu na reta final do ciclo olímpico. Em março, ganhou a etapa de Bangcoc (Tailândia) da Copa do Mundo e um importante torneio na Alemanha, credenciando-se ao ouro nos Jogos Olímpicos do Rio.

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O curioso é que ele é o novo líder do ranking mundial apesar de só ter feito esta final em etapas de Copa do Mundo e ter sido apenas o 30.º colocado no Mundial do ano passado. Na Olimpíada, ele também vai disputar a pistola 50 metros, na qual é 58.º do ranking. Outro brasileiro bem colocado no ranking mundial é Cassio Rippel, em 22.º lugar na carabina deitado.

Às vésperas do início da Olimpíada do Rio, o tiro esportivo do Brasil não poderia pedir por um melhor resultado. Na madrugada deste sábado (5) (horário de Brasília), Felipe Wu surpreendeu e conquistou a medalha de ouro na etapa de abertura da Copa do Mundo da modalidade em Bangcoc, na Tailândia.

O incrível feito aconteceu na prova na pistola de ar de 10m e comprovou o grande momento vivido por Wu neste ciclo olímpico. O brasileiro já vinha de uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, além de duas vitórias no torneio internacional disputado na cidade de Haia, na Holanda, que serviu como aquecimento para as etapas da Copa do Mundo.

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Felipe Wu vive ascensão no esporte desde que despontou nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010, em Cingapura. Na ocasião, faturou a medalha de prata. De lá para cá, o brasileiro só cresceu, alcançou resultados expressivos e evoluiu com a chegada do técnico colombiano Bernardo Tobar.

Em Bangcoc, Felipe Wu já começou a se destacar na fase de classificação. Cada um dos 47 competidores tinha direito a 60 disparos para tentar terminar entre os oito primeiros que avançariam. O brasileiro anotou 582 pontos e foi o terceiro. Outro atleta do País na disputa, Julio Almeida terminou com 567, foi o 34.º e acabou eliminado.

Na final, Felipe Wu se manteve entre os primeiros colocados e evitou as eliminações graduais. Quando restavam três competidores, o brasileiro ganhou a segunda colocação e se garantiu na disputa direta com o norte-americano Will Brow, que liderava. Só que nos últimos dois tiros, Felipe conseguiu boa pontuação, 10,5 e 10,2, contra 10,2 e 9,7 de Brow. Assim, terminou com 201,9 pontos, cinco décimos a mais que o adversário, e ficou com o ouro.

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