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Como representante dos governadores nordestinos, Paulo Câmara participou, nesta terça-feira (20.04), de reunião online do Fórum de Governadores do Brasil com o embaixador dos Estados Unidos no País, Todd Chapman. O grupo entregou uma carta manifestando interesse em desenvolver ações conjuntas, como a de impulsionar a busca pelo equilíbrio climático, a redução de desigualdades, o desenvolvimento de cadeias econômicas verdes, além de um maior esforço na construção de uma sociedade mais saudável e resiliente a pandemias. O documento deverá ser apresentado ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a Cúpula dos Líderes Climáticos, nesta quinta-feira (22.04).

“Todos nós governadores, que assinamos a carta, temos compromissos com essa atuação sustentável e temos planos estaduais visando as mudanças climáticas. O Nordeste brasileiro tem um grande potencial, principalmente para as energias renováveis, tanto solar como eólica. No caso de Pernambuco, temos ações importantes em andamento, como o Programa Plástico Zero em Fernando de Noronha”, afirmou Paulo Câmara.

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A carta, assinada por 24 governadores, defende que uma parceria com os Estados Unidos pode gerar maior capacidade técnica e somar investimentos para garantir ações descentralizadas, possibilitando a proteção de biomas nativos, a restauração de áreas degradadas e também a incorporação de diversas cadeias de baixas emissões, integrando a economia dos dois países em eixos como bioenergia, agricultura de baixo carbono e energias renováveis.

O embaixador Todd Chapman disse considerar positiva a busca de novas maneiras de trabalhar. “Vemos esse desafio como uma grande oportunidade econômica, porque o Brasil realmente pode ser uma superpotência mundial na área do meio ambiente. Então, vamos trabalhar juntos nisso”, observou.

Cerca de 20 governadores participaram da reunião com o embaixador. Além de Paulo Câmara, que representou o Nordeste, atuaram como porta-vozes no encontro os governadores Renato Casagrande (ES), pelos Estados do Sul e Sudeste; Mauro Mendes (MT), em nome dos Estados do Centro-Oeste; e Helder Barbalho (PA), representando os Estados da Região Norte do País.

*Da assessoria 

O embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, negou na segunda-feira (3) que tenha pedido ao governo brasileiro para derrubar tarifas de importação do etanol americano para ajudar a reeleição de Donald Trump. O Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, controlada pelos democratas, pediu explicações ao diplomata sobre medidas comerciais adotadas pelo Brasil que poderiam ajudar a campanha do presidente.

"Qualquer interpretação de que minha defesa de longa data dos interesses comerciais, durante um ano eleitoral, foi uma tentativa para beneficiar um candidato presidencial específico é simplesmente incorreta", afirmou Chapman, em nota publicada ontem pela embaixada americana.

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Hoje, o Brasil dá isenção na importação de até 750 milhões de litros de etanol por ano - a partir daí a tarifa é de 20%.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, no O Globo, e reportagem do Estadão/Broadcast, o diplomata teria pedido, em encontro com membros do governo, que as tarifas fossem reduzidas a zero e indicado a importância para Jair Bolsonaro de manter Trump na presidência. O embaixador nega ter pedido ajuda.

"Em nenhum momento solicitei aos brasileiros que tomassem quaisquer medidas em apoio a qualquer candidato presidencial. Como diplomata de carreira, com quase 30 anos de serviço público, tive o prazer de servir ao governo dos EUA sob ambos os partidos", afirmou Chapman.

Em carta à embaixada dos EUA em Brasília, enviada no fim de semana, o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, o democrata Eliot Engel, disse que um eventual pedido de Chapman de apoio a Trump seria "completamente inapropriado" para um embaixador e contra a lei.

O Estadão reitera a apuração sobre as conversas entre Chapman e representantes do governo brasileiro. No caso do etanol, uma mudança na cota poderia ser explorada politicamente por Trump junto aos agricultores do Meio-Oeste, base do eleitorado republicano. O etanol americano é produzido do milho, com subsídios. A pandemia reduziu a demanda, derrubando os preços dos combustíveis e agravando a situação dos produtores.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo embaixador dos Estados Unidos chegou ao Brasil. Todd Chapman foi indicado pelo presidente do país, Donald Trump, em outubro de 2019 e teve o nome confirmado pelo Senado em fevereiro deste ano.

"Meu foco imediato será ajudar o governo brasileiro, o povo brasileiro e os 260 mil norte-americanos residentes no Brasil em sua resposta à emergência de saúde causada pela covid-19. Há muito o que fazer e estou ansioso para começar a trabalhar", destacou Chapman, segundo informações divulgadas pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

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Ele atuava como embaixador dos Estados Unidos no Equador. Comandou a representação diplomática no país sul-americano entre 2016 e 2019. O novo embaixador já desempenhou funções diplomáticas em diversos países, como Bolívia, Costa Rica, Nigéria, Taiwan, Afeganistão e Moçambique.

Todd Chapman já havia cumprido função no Brasil como vice-chefe de Missão na embaixada estadunidense em Brasília. Ele morou em São Paulo com a família na década de 1970, antes de voltar aos EUA e se formar em história.

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