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O atacante do Náutico Jael revelou, nesta terça-feira (9), que foi ameaçado de morte quando membros de uma organizada invadiram o CT Wilson Campos para protestar contra o elenco alvirrubro, na última sexta-feira (05). Segundo Jael, "uma dessas pessoas, bastante exaltada por sinal, proferiu a seguinte frase: 'olha bem na minha cara que eu vou te matar e sei onde você mora'".

Em nota divulgada nas redes sociais, o atacante também revelou que, na ocasião, foi agredido e ameaçado por outro torcedor. "Um outro torcedor, igualmente exaltado, também me ameaçou, além de dar um tapa na perna. Em seguida, mais uma vez, voltou a falar que iria me matar", publicou.

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Após o acontecido, o Náutico entrou em campo no dia seguinte para enfrentar o São José-RS, nos Aflitos. O Timbu venceu por 2 a 1, com o técnico Dado Cavalcanti desabafando na coletiva de imprensa pós-jogo.

“Tem uns filhos da p* que acham que só ganhamos o jogo hoje porque os caras foram na porta do auditório. Só perdemos um dia de trabalho”, disparou Dado.

Presidentes de quatro torcidas organizadas do Rio são procurados pela Polícia Civil nesta terça-feira, um dia após o Tribunal de Justiça decretar a prisão temporária de todos eles. O grupo é acusado pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.

As prisões de Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu; Fabiano de Souza Marques, da Força Jovem do Vasco; Bruno da Silva Paulino, da Torcida Jovem do Flamengo; e de Anderson Clemente da Silva, da Raça Rubro-Negra, foram determinadas pela juíza Ana Beatriz Estrella, do Plantão Judiciário, no início da noite de segunda-feira. Agentes da Polícia Civil tentam localizar os acusados, que são considerados foragidos.

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Na decisão, a juíza se baseou em inquérito que apurou as brigas que antecederam o clássico entre Flamengo e Vasco, há oito dias, no Maracanã. Na ocasião, diversos focos de confusão foram registrados no Rio. No mais grave deles, um torcedor foi baleado e acabou morrendo no dia seguinte. Ao todo, sete pessoas ficaram feridas.

"A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos Indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas", escreveu a juíza.

O pedido de prisão dos quatro dirigentes de organizadas vem na esteira de outras medidas contra esses grupo de torcedores. Na sexta-feira passada, o governo do Rio proibiu cinco delas de frequentar os estádios - além das quatro com dirigentes investigados, há ainda a Fúria do Botafogo. Até mesmo a exigência de torcida única nos estádios chegou a ser cogitada, mas a medida não foi aceita.

As semifinais do Campeonato Carioca começam no domingo, com Volta Redonda x Fluminense e com o clássico entre Flamengo e Vasco, no Maracanã, na segunda-feira. Em reunião para decisão do esquema de segurança com dirigentes, a Polícia Militar, a Federação Carioca de Futebol (Fferj) e o Ministério Público, foi decidido que não haverá torcida única, mas cinco organizadas dos grandes do estado estão proibidas de frequentarem os estádios. O Governador Cláudio Castro revelou que elas foram enquadradas como "organizações criminosas."

A decisão veio após a briga entre vascaínos e flamenguistas no domingo, antes e depois do clássico, no qual uma pessoa acabou morta após ser atingida com ou tiro no bairro de São Cristóvão, próximo de São Januário, quando os vascaínos se preparavam para ir ao Maracanã. Na saída do estádio houve mais tumulto e oito pessoas acabaram no hospital.

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"A torcida Raça Rubro-Negra, a torcida Jovem do Fla, a Força Jovem do Vasco, a Young do Flu e a Fúria do Botafogo são torcidas organizadas que já estão excluídas e elas têm a proibição agora de frequentar qualquer jogo, é uma decisão judicial", afirmou o governador Cláudio Castro após a reunião.

E revelou que os brigões das uniformizadas responderão pelos crimes cometidos. "Elas tinham sido suspensas e agora por causa de outros atos, todas de alguma forma estão indeterminadamente proibidas de frequentar estádio. Também decidimos a abertura e um enquadramento de todos esses brigões. A partir de agora, serão marcados em um inquérito, enquadrando eles como organização criminosa."

A reunião ainda definiu quem serão os árbitros. No domingo, em Volta Redonda x Fluminense, às 18 horas, no Raulino de Oliveira, apita Yuri Elino Ferreira da Cruz. Já o clássico de segunda-feira, entre Flamengo x Vasco, no Maracanã, terá Wagner do Nascimento Magalhães como juiz principal. Os jogos de volta foram agendados para o outro fim de semana, sem dias definidos.

As torcidas organizadas Mancha Verde (Palmeiras), São Paulo (Independente) e Torcida Jovem (Santos) anunciaram, em seus perfis nas redes sociais, que os membros envolvidos em brigas com grupos rivais receberão punições.

“Não vamos tolerar a participação de qualquer um de nossos associados em brigas ou atos de violência, sob pena de punição. As lideranças de bairros e de subsedes já receberam a orientação de repassar essa determinação para todos os seus integrantes. O recado está dado!”, publicou a Mancha Verde.

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A torcida Independente afirmou que "não serão tolerados atos de violência ou covardia entre os integrantes das torcidas, ACABARAM AS BRIGAS, sendo passível de punição e exclusão do quadro de associado".

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A Torcida Jovem escreveu que "o associado que não cumprir com a determinação será responsabilizado dentro e fora do estatuto".

Áudios nas redes sociais afirmam que a ordem para cessar as brigas entre torcidas organizadas teria vindo do Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Foram reunidos todos os presidentes e líderes de quebrada, e o salve foi o seguinte: ‘fulano, você é da zona leste? Se acontecer qualquer briga na zona leste nós vamos pegar os líderes da zona leste das duas torcidas e subir eles e acabou. Se não acharmos vocês, vamos achar a família de vocês’. É esse o papo, não tem mais briga”, diz um trecho dos áudios.

As cenas lamentáveis de brigas entre torcidas organizadas nos últimos dias assustaram os dirigentes do Athletico-PR. Houve feridos após duelo entre fanáticos do clube com uma uniformizada do Juventude, em Caxias do Sul, e um palmeirense passou mal e acabou morrendo após um conflito com torcedores do Coritiba no Couto Pereira. Para evitar o aumento desses desagradáveis episódios, o clube definiu que a partir desta noite, no duelo com o Corinthians, nenhum adereço de organizadas será permitido na Arena da Baixada.

Foi a forma encontrada pelo Athletico-PR para tentar preservar as famílias que vão ao estádio e também tentar diminuir a violência no futebol. Pela paz nas arenas, até mesmo os uniformizados visitantes estarão impedidos de utilizarem suas faixas, bandeiras e camisetas ao longo dos 90 minutos.

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"O Club Athletico Paranaense, por decisão administrativa e colegiada dos membros das mesas diretoras do Conselho Administrativo e Deliberativo, em decorrência dos recentes e gravíssimos episódios de violência praticados por integrantes de torcidas organizadas, comunica que a partir desta data (já valendo para o jogo de 15/06/2022) será proibido o acesso de adereços relativos às torcidas organizadas (bandeiras, faixas, instrumentos de percussão e outros similares) em qualquer setor do estádio, inclusive dos clubes visitantes, na Arena da Baixada. A proibição é sem qualquer distinção", afirmou o clube em nota oficial.

O clube paranaense ainda prometeu investir em novas ações para coibir brigas e mortes que apenas mancham a história do futebol em solo brasileiro e mesmo internacional. Reuniões entre os dirigentes devem ocorrer para a busca de uma solução.

"Sem prejuízo desta determinação, o Athletico permanecerá agindo de forma preventiva e repressiva para evitar novos episódios de violência e trabalhará incansavelmente para responsabilizar os infratores em todas as esferas, de maneira individualizada e/ou coletiva", seguiu o clube.

E pediu que seus torcedores entendam a medida e colaborem em mais um apelo de paz que se faz necessário diante de tanta impunidade no futebol. "Contamos com a compreensão e o apoio dos athleticanos de bem para esta medida extrema que tem como único intuito evitar que atos de violência voltem a ocorrer. Não desistiremos para que as famílias possam frequentar a Arena com segurança."

Um confronto entre torcidas organizadas aconteceu na noite desse sábado (23) e culminou em depredações na sede administrativa do Náutico. Os detalhes foram confirmados pelo próprio clube, por meio de comunicado publicado nas redes sociais.

De acordo com o Náutico, a confusão começou na área externa de suas dependências e depois os envolvidos entraram na sede do clube, após a partida entre o time recifense e o Juventude, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. “Durante o confronto, que aconteceu por volta das 20h, o portão de entrada do estacionamento foi derrubado, vidros da loja Timbushop quebrados e três carros acabaram depredados no estacionamento, onde fogos de artifício foram utilizados”, informou o comunicado.

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Mesmo sem público no jogo, em virtude da pandemia da Covid-19, o Náutico contratou os serviços de 50 seguranças particulares, bem como contou com eferivo da Polícia Militar de Pernambuco. A confusão ocasionou danos ao patrimônio do clube alvirrubro; não houve registros de funcionários feridos.

O Náutico registrou um boletim de ocorrência e entregou às autoridades policiais imagens das câmeras de vigilância da sede e do estádio dos Aflitos. “O Clube Náutico Capibaribe espera uma firme e ágil apuração dos fatos, com a responsabilização criminal dos envolvidos. O futebol pernambucano não pode sucumbir à violência de organizadas, que atuam como verdadeiras organizações criminosas, promovendo o terror e ameaçando vidas, dentro e fora dos estádios”, informou o Timbu. Há indícios de que a confusão envolveu integrantes de uniformizadas ligadas ao Sport e ao próprio Náutico.

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Mesmo com a extinção das principais torcidas organizadas de Pernambuco, o Clássico das Multidões deste sábado (7), entre Sport e Santa Cruz, foi manchado por mais episódios de confronto entre torcedores rivais. Sem escolta policial para a uniformizada coral, cenas de violência e correria no Grande Recife repercutiram nas redes sociais e levantaram o questionamento sobre a efetividade da decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

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Prestes a completar 25 anos, a Torcida Jovem do Sport (TJS) estava proibida, desde 2014, de frequentar partidas. O embargo foi o resultado da morte de um torcedor rubro-negro, vítima de um vaso sanitário arremessado de dentro do Estádio do Arruda, apontam dirigentes da TJS. Mesmo com a restrição, as agressões fora de campo prosseguiram e culminaram na confusão que encerrou a comemoração do aniversário de 106 anos do Santa Cruz, em fevereiro deste ano.

No episódio de fevereiro, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro de Carvalho, afirmou que "seria o maior prazer do mundo” que os envolvidos fossem executados ainda no local da celebração, marginalizando todos os presentes. A declaração polêmica abriu o debate que pôs fim às TOs no Estado.

Com a extinção oficial da TJS, Inferno Coral e Fanáutico, a escolta policial não foi autorizada no clássico do último sábado, o que o presidente da Jovem, Henrique Marques, aponta como “uma tragédia anunciada”. “Tentaram fazer com que a torcida rival passasse em frente à torcida do Sport para criar um confronto e criminalizar cada vez mais as torcidas organizadas”, avalia. 

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Ele reforça as palestras e ações sociais articuladas pelo grupo, e lamenta que as organizadas só são lembradas em episódios negativos. "A gente tratou isso como uma tragédia anunciada [...] foi uma 'malícia' para que acontecesse [o confronto] e jogar nas costas das torcidas", complementou. Perguntado sobre a intenção de fundar outra torcida com nome e CNPJ diferentes, Henrique não descartou a possibilidade, mas espera que a Jovem se mantenha.  

Aproximadamente 10 mil integrantes compõem a organizada, porém apenas cerca de 150 são cadastrados, estima Henrique. O presidente reafirma que a alçada da Jovem está apenas dentro dos estádios e que não há possibilidade de controlar todos os componentes, sobretudo, longe das arquibancadas. Ele compreende que esta responsabilidade deve ficar com Polícia Militar, que, segundo Marques, deve garantir segurança de todos os cidadãos, inclusive dos torcedores. 

União para encontrar a paz

Na tentativa de reverter a condenação, os rubro-negros deixaram de lado a rivalidade e entraram em contato com dirigentes da Inferno Coral e Fanáutico para analisar a possibilidade de promover passeatas pela paz. Eles também solicitam uma audiência pública com representantes do Governo do Estado e do Ministério Público (MP), para que soluções efetivas sejam adotadas. 

Outra proposta é o cadastramento unitário junto ao MP para que cada torcedor possa ser cadastrado e identificado, o que Thiago Araújo, diretor da organizada rubro-negra, descreve como "individualização dos atos". Dessa forma, os integrantes de TOs só poderiam acessar a área da ‘geral’ mediante um documento com informações vinculadas às autoridades. "Cada um deve ser responsável pelo seu ato. Uma instituição não pode ser responsável por um ato causado em qualquer parte do Estado, pois o controle não deveria ficar a nosso cargo. Se está na rua, a Polícia que deveria fazer essa coordenação", esclarece.

O fato é que, além de empurrar os clubes durantes as partidas, a maioria dos representantes sobrevive através das TOs, que são mantidas com a venda de produtos licenciados, reforça Henrique. Após a operação policial que apreendeu camisas, bermudas, agasalhos e bonés, o presidente calcula um prejuízo em torno de R$ 10 mil. Ele espera mais preparo do poder público para que as torcidas retornem às arquibancadas e a violência receba cartão vermelho no mundo do futebol.  

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O clássico deste sábado (7), entre Santa Cruz e Sport, foi marcado pela vitória rubro negra em cima do time tricolor. Porém, o que deveria ser sinônimo de festa, virou uma sucessão de situações de violência com tumultos e confrontos entre os torcedores. Membros de torcidas organizadas foram os principais causadores das agressões. Em coletiva de imprensa, o treinador do Leão, Daniel Paulista, comentou as confusões causadas fora de campo e disse que problemas estão além do controle dos times.

“Se, por ventura, acontecer algum episódio fora do campo, acho que isso é muito mais social, um problema estrutural que foge do nosso controle”, afirmou o comandante leonino.

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Daniel Paulista ainda anlisou a postura do Sport na vitória contra a Cobra Coral: “Acho que a nossa atitude dentro de campo foi uma atitude única e exclusiva de quem veio para jogar futebol. Não houve nenhum incidente, pelo menos que eu tenha visto, das equipes dentro de campo que talvez instigasse alguma manifestação ou alguma confusão. Independente do momento, independente do que tivesse acontecendo no jogo”.

Em fevereiro, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública acatou a solicitação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) quanto à extinção compulsória das torcidas organizadas que funcionam em Pernambuco: a Torcida Jovem do Sport, a Inferno Coral e a Fanáutico. A decisão contida no processo levou em consideração diversos fatos como os ocorridos neste sábado, tais como tumultos, arrastões e agressões.

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Apesar de a Justiça extinguir as principais torcidas organizadas de Pernambuco, diversas brigas entre uniformizadas foram registradas neste sábado (7), em diferentes pontos da Região Metropolitana do Recife, antes e depois do Clássico das Multidões entre Sport e Santa Cruz. No caso até então mais sério, vídeos de um rapaz sendo espancado por torcedores corais circularam nas redes sociais.

A informação apurada pela reportagem do LeiaJá é a de que o jovem, que não teve sua indentidade revelada, não corre risco de vida, mas segue em observação na ala vermelha do Hospital da Restauração (HR), área central do Recife. Agentes da Polícia Civil do Estado confirmaram o caso ao LeiaJá, nesta noite, no próprio HR, mas preferiram não dar mais detalhes acerca do espancamento. O local onde a agressão aconteceu não foi revelado pelas autoridades e a Polícia Militar informou que não registrou a ocorrência.

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Mas esse não foi o único caso a dar entrada no Hospital da Restauração. Um rapaz que teria sido socorrido pela sua família foi baleado em uma das confusões. Nem o nome, nem local do ocorrido foram divulgado pelo HR. O tiro pegou na mão do homem que não corre risco de vida e está em observação na ala vermelha.

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Mesmo contrário às torcidas organizadas em Pernambuco, o promotor do Ministério Público (MPPE) Ricardo Coelho afirmou que o posicionamento do presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) Evandro Carvalho foi 'infeliz e criminosa'. A resposta veio após o lamento do presidente em relação à postura da Polícia Militar que, para Evandro, deveria ter executado os criminosos envolvidos na confusão durante as comemorações do aniversário de 106 anos do Santa Cruz, ocorrida na segunda-feira (3).

"Declaração infeliz e criminosa à medida que incita a prática de crime e execução e ela deve ser objeto de responsabilização. Uma pessoa que ocupa um cargo de tamanha relevância e importância não pode falar esse tipo de afirmação à medida que estimula a prática criminosa. Isso está na lei penal [...] medidas extremas como esta sugerida não cabe”, analisou em entrevista à Rádio Jornal.

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O promotor, que é responsável por uma ação civil pública que objetivava extinguir as torcidas organizadas em Pernambuco, lembrou que a federação foi favorável às uniformizadas na época da ação.



Em seu entendimento, deve haver um afastamento entre política e futebol. Porém, Ricardo avalia que “o que cabe é o rigor da FPF, vontade política de enfrentar o problema. Do MP de ser um condutor desse processo para que tenhamos mais respostas efetivas já que esse problema foi vencido em outros estados e até no exterior", comparou.

Enquanto Evandro disparou contra o Congresso Nacional chamando deputados de 'covardes' por não acatar políticas de extermínio. Para o promotor, a FPF tem poder para proibir a entrada das TO's nos estádios, contudo 'falta vontade política'.

"Por que esse ato nunca foi baixado? Uma decisão judicial numa ação que já existe e está em curso na Justiça também poderia proibir. Essas decisões são políticas e elas não vieram. A federação recusou a recomendação do MP para que essas torcidas fossem proibidas [...] se você considera que os tumultos provocados pelas torcidas são crimes de menor potencial ofensivo, a penalidade aplicada será branda e o meliante libertado. Vai dar cesta básica e estará novamente no jogo. Mas você pode dar uma interpretação mais rígida e entender que houve furto, roubo, tentativa de homicídio, lesão corporal. Não são crimes de menor potencial ofensivo. Eu particularmente acho que não existe normas brandas, falta interpretação adequada", criticou Coelho.

Um dia após a confusão que terminou com feridos e nenhum preso no Pátio de Santa Cruz, área Central do Recife, uma nova confusão foi registrada entre torcidas uniformizadas. Antes da partida entre Sport e Rêtro, ocorrida nessa terça-feira (4), dois grupos rivais trocaram agressões na Estação de metro Tancredo Neves, na Zona Sul. Novamente não houve registro de feridos.

As torcidas organizadas do Sport Club Internacional são alvos de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça do Torcedor. Com o apoio da Brigada Militar, os policiais civis estão cumprindo desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (17) 16 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em endereços dos investigados.

As ações autorizadas pelo Juizado do Torcedor de Porto Alegre ocorrem na capital gaúcha e nas cidades da região metropolitana e são resultados das investigações do confronto entre integrantes das torcidas organizadas ocorridos após o término da partida do Internacional contra o Clube Atlético Mineiro, válida pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2019, no dia 8 de dezembro do ano passado.

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“Os fatos se deram nas dependências do Estádio Beira-Rio, nas proximidades da Avenida Padre Cacique, em local de grande circulação de pessoas. O confronto foi divulgado pela imprensa e pelas redes sociais na época dos fatos, impressionando a todos pela violência das agressões”, diz a nota do MP.

O promotor de Justiça com atuação na Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, Rodrigo da Silva Brandalise, disse que os fatos “apontam a intenção de demonstração de maior predominância de uma parcela da torcida organizada sobre as outras, inclusive como foi verificado em postagem em redes sociais que foram encaminhadas ao Ministério Público”.

Segundo o promotor, as imagens que acompanham os pedidos feitos mostram que muitas pessoas foram expostas aos riscos de serem atingidas e que houve, inclusive, "atos de violência contra integrante da imprensa que cobria os fatos".

“Os elementos coletados também apresentam o risco de envolvimento destes torcedores em outros fatos semelhantes, sejam confrontos entre si, sejam com outras torcidas, em face dos campeonatos previstos para o ano de 2020”, diz a nota.

Na tarde desta terça-feira (22), torcedores das organizadas do Santa Cruz e do Náutico se confrontaram na avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. A Polícia Militar chegou a ser acionada por volta das 16h e cerca de 15 pessoas foram detidas. De acordo com a PM, ninguém foi preso por não ter sido encontrado nada de irregular. Não houve registro de feridos nesse embate.

A polícia aponta ainda que a confusão começou porque integrantes da torcida organizada do Santa Cruz teriam tentado invadir a sede da facção alvirrubra, que fica justamente na avenida Conde da Boa Vista.

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Nos vídeos enviados ao LeiaJá, é possível ver os transeuntes correndo com medo do confronto. Os torcedores estavam com pedaços de pau nas mãos e chegaram a jogar bombas uns contra os outros.

Assista:

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Nesta terça-feira (25), a Torcida Uniformizada Os Imbatíveis, uma das principais organizadas do Vitória, emitiu uma nota em suas redes sociais contrária ao candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). Em seu post oficial, a organizada faz uma comparação entre Bolsonaro e Adolf Hitler, líder do Partido Nazista, destacando as palavras “racista”, “machista”, “intolerante” e “autoritário”.

A manifestação segue o movimento iniciado pela Gaviões da Fiel, do Corinthians, e apoiado pela Torcida Jovem do Santos. Ambas organizadas paulistas também se manifestaram contra Jair Bolsonaro.

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"Ao observar os discursos do candidato Jair Bolsonaro, carregados de extremismo e ódio a uma parcela da população, nota-se o quão retrógrado é o seu plano de governo e violador do próprio Estado democrático de Direito", afirma a organizada no manifesto.

Leia o manifesto completo da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis:

COM TIRANOS NÃO COMBINAM BRASILEIROS CORAÇÕES

Os versos do hino da independência da Bahia sintetizam a luta histórica travada contra o autoritarismo, deixando ainda uma clara mensagem aos saudosos pelos regimes ditatoriais: não mais permitiremos que o despotismo volte a reger nossas ações.

 A história da Torcida Os Imbatíveis esteve sempre vinculada ao povo e aos ideais de libertação e mudança. Tanto que, desde o nosso surgimento em 1997, revolucionamos por completo a cultura torcedora do estado e avançamos na realização de projetos, através do nosso Grupo de Ação Social (GAS), que nos permitiram conhecer ainda mais profundamente os sofrimentos e angústias vivenciados pelos que não herdaram riqueza.

Agora em 2018 voltamos a viver sob a ameaça de tiranos que pretendem arrastar o Brasil para tempos anteriores a 1823. Ao observar os discursos do candidato Jair Bolsonaro, carregados de extremismo e ódio a uma parcela da população, nota-se o quão retrógrado é o seu plano de governo e violador do próprio Estado democrático de Direito.

Dessa forma, as propostas apresentadas pelo mencionado candidato, que inclusive votou favoravelmente ao congelamento de investimentos sociais por 20 anos, NÃO CONTEMPLAM as reais necessidades das milhares de pessoas que se encontram passando fome, em situação de rua, desempregados, desabrigados, sem terra e etc.

Ademais, o fato deste manifestar opiniões contrárias aos direitos conquistados pelas mulheres; defender o assassinato de pessoas pobres; apresentar opiniões de cunho racista e ser declaradamente contrário à políticas de ações afirmativas; homenagear torturador; e, finalmente, ser favorável à extinção das torcidas organizadas, só reforçam a sua inaptidão para qualquer cargo público.

Há uma incompatibilidade intransponível entre defender o bem-estar da sociedade e votar em torturador. Vivemos em um país profundamente marcado pela desigualdade social e que sofre com os resquícios de séculos de escravização, o que só evidencia a emergência de políticas públicas e não de distribuição de armas.

Nesse sentido, a TUI vem a público manifestar o seu repúdio ao candidato à Presidência da República pelo PSL e a todos àqueles que compartilham dos ideais fascistas, racistas, machistas e autoritários apresentados pelo mesmo. Ressaltamos ainda que nao temos a pretensão de induzir nossos associados a votar em candidato A ou B, em respeito à pluralidade de ideias e à própria garantia do sigilo do voto, mas sim demarcar a racionalidade do posicionamento em contrário a todo discurso que ousa fazer escárnio do respeito à dignidade humana.

Torcida Os Imbatíveis

Com o Vitória além da morte!

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Recife  - Antes mesmo dos Imbatíveis se pronunciarem, outra torcida organizada do Nordeste também havia se manifestado através das redes sociais

A Torcida Jovem Do Sport também aderiu a manifestação contra o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). A maior organizada do clube pernambucano, emitiu em nota um anuncio sobre a sua expressão política.

“Um certo candidato presidencial desperta ódio e intolerância em seus discursos, totalmente contra o significado de ordem e progresso que estampa a bandeira do povo brasileiro. Sempre iremos defender a bandeira democrática, onde o povo possa ter voz e força nas decisões, ao contrário de assistir tudo como capacho e não poder fazer nada. Não fazemos campanha para nenhum candidato à presidente, senador ou governador”, ressalta a organizada no texto.

Nesta sexta-feira (20), o Tribunal do Júri de Brasília condenou dois torcedores do clube Palmeiras envolvidos na confusão entre integrantes de torcidas organizadas do clube paulista e do Flamengo, na partida válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, no Mané Garrincha, em junho de 2016.

Lucas Alves Lezo e Gabriel Augusto Silva, acusados de terem agredido gravemente um torcedor rival durante o intervalo da partida, foram condenados a 20 anos de reclusão por tentativa de homicídio duplamente qualificado e 7 anos e 6 meses por lesão corporal gravíssima, respectivamente.

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Mesmo depois de perder os sentidos, a vítima continuou sendo agredida pelos palmeirenses, o que fez com que a vítima passasse mais de um ano em coma, além de ter ficado com sequelas permanentes que o impedem de andar e falar até os dias atuais.

O julgamento durou cerca de 27 horas e resultou na condenação dos réus.

Por João Victor Rocha

A Secretaria de Defesa Social, através da Polícia Civil de Pernambuco, deu início, nesta segunda-feira (3), a uma operação para prender integrantes de torcida organizada envolvidos em Organizações Criminosas. A ação denominada "VAR", (sigla em inglês para árbitro de vídeo), está sendo comandada pela Delegacia de Intolerância Desportiva.

As investigações que deram início a operação 'VAR' começaram depois de uma confusão gerada por integrantes de torcidas organizadas em maio deste ano no Aeroporto dos Guararapes. Os alvos da operação são suspeitos de participar de um grupo criminoso responsável por roubos, lesão corporal grave e danos ao patrimônio público. Outra briga que motivou a ação foi entre torcedores do Santa Cruz e do Remo, em julho deste ano, na Zona Norte do Recife.

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Em entrevista coletiva, Joselito Kehrle, chefe da Polícia Civil, contou qual é o maior intuito da operação. "Oobjetivo da operação é banir dos estádios os criminosos travestidos de torcedores e garantir mais segurança para que as famílias compareçam aos estádios". 

Dez mandatos de prisão e e outros quatro de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Recife. De acordo com Joselito, Dos 10 mandados, 9 já foram cumpridos. Entre eles, foi preso o presidente da Torcida Jovem do Sport, Henrique Marques, de 32 anos. Henrique foi o responsável por organizar a confusão que aconteceu no Aeroporto, onde integrantes da Jovem agrediram torcedores do Atlético-MG e praticaram atos de vandalismo. 

No total, 110 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães estão participando da operação. Mais detalhes da ação ainda serão divulgados nesta semana. 

A Torcida Jovem do Sport, uniformizada de torcedores do Leão da Ilha, marcou para a noite desta sexta (24), na sua sede social, o evento 'Sexta Funk', no qual anunciou que pretende fazer 'apresentação oficial dos candidatos a deputado estadual e federal que estão juntos' com a entidade. Os candidatos a deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB) e a federal Felipe Carreras (PSB) são os citados pela Jovem como seus candidatos oficiais.

Os uniformizados rubro-negros não estão sozinhos: a torcida organizada do Santa Cruz, a Inferno Coral, também já publicou em suas redes sociais o apoio a candidatos a deputado. Marinaldo Rosendo (PP) é o escolhido da organizada para federal e Alessandra Vieira (PDB) estadual. No Facebook, a organizada agradece aos dois 'por todo o apoio prestado a nossa entidade'.

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A Fanaútico, de torcedores do Náutico, também já manifestou em redes sociais o apoio a candidatos. É o caso de Vinícius Campos (SD), que concorre ao cargo de deputado estadual.

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Envolvidas em frequentes casos de violência, brigas e confusões, as principais torcidas organizadas de Pernambuco estão proibidas de acessar os estádios. O que não impede confrontos fora do estádio.

Os inúmeros casos de agressões em todo o Brasil fazem com que muitos torcedores evitem ir aos estádios por medo, e o embate entre a defesa das organizadas e sua extinção está sempre na pauta dos apreciadores do futebol.

Polêmicas à parte, as organizadas encontram respaldo na atuação de políticos. É o caso do deputado estadual Isaltino Nascimento, que convidou a Jovem para o plenário da Assembeia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para um evento em homenagem aos 30 anos do título brasileiro de futebol conquistado pelo Sport em 1987.

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A sede da Inferno Coral, torcida organizada do Santa Cruz, foi assaltada na madrugada desta sexta-feira (30) por integrante da Torcida Jovem, facção do Sport. O local, que fica no bairro do Arruda, foi invadido por volta das 3h, por homens armados que renderam as pessoas que estavam no imóvel.

Segundo a Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, foram levados materiais e pertences das vítimas, além de mais de 200 bandeiras e 50 faixas. Os assaltantes furgiram em um caminhão. Nas redes sociais, integrantes das duas facções estão trocando ameaças e prometendo retaliações.

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Era praticamente inevitável os torcedores irem á Ilha do Retiro, nesta quarta-feira (14), sem temer cenas de violência. O último clássico envolvendo Sport e Santa Cruz pelo Campeonato Pernambucano no estádio rubro-negro foi marcado por confusões e em alguns pontos do Recife houve registros de brigas. Havia, ainda, um alerta sobre a estrutura do estádio para receber o público tricolor e sobre a forma como a Polícia Militar de Pernambuco iria atuar, já que algumas pessoas acusaram o Batalhão de Choque de usar truculência que teria causado uma queda generalizada entre os tricolores.

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A própria PM, representantes dos clubes e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) se reuniram dias antes da partida para definir estratégias de segurança. E o que se viu antes do início do jogo nas imediações da Ilha do Retiro foi um número expressivo de policiais militares e outros profissionais de segurança. Só a PM escalou mais de 800 servidores, o dobro em relação ao clássico da semana passada.

Por volta das 20h, muitos torcedores do Santa Cruz já se aglomeravam próximo á Rua Joaquim Santos Souto, nas imediações da entrada dos visitantes na Ilha do Retiro. Neste mesmo local, uma barreira de policiais foi montada para fazer o controle; só passava pela PM quem mostrasse ingresso. Quem não apresentasse o bilhete tinha que sair desse espaço. "Ingresso na mão" foi a frase mais repetida pelos soldados.

Inicialmente, enquanto o fluxo de torcedores não era volumoso, os policiais militares desta primeira barreira realizaram revistas. No entanto, com a aproximação do início do clássico, marcado para 21h45, o número de pessoas aumentou, fazendo os policiais dispensarem a revista prévia e atentarem a quem mostrava as entradas.

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Quando o relógio apontava 21h15, centenas de integrantes de torcidas organizaras do Santa Cruz chegaram escoltados por mais policiais militares - boa parte em motocicletas -. Eles acompanharam o grupo desde a sede de uma das uniformizadas, no Centro do Recife. Paulatinamente, esses torcedores iam sendo liberados para passar pela primeira barreira da PM, seguindo a mesma lógica de apresentar os ingressos.

Depois dessa etapa, os integrantes das uniformizadas e demais torcedores tricolores foram organizados entre corredores gradeados, em fila indiana, acompanhados por soldados do Batalhão de Choque.  Esses policiais novamente cobravam a apresentação dos ingressos e faziam revistas para coibir a entrada de objetos perigosos. O LeiaJá acompanhou o procedimento até o início da partida e não registrou tumulto.

Os torcedores tricolores, após passarem pelo Choque, tiveram seis catracas disponíveis. Além de policiais militares, seguranças do Sport acompanharam a entrada dos tricolores. Tudo ocorreu de maneira tranquila.

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Entre os tricolores, boa parte aprovou a estratégia adotada pela Polícia Militar nesta quarta-feira. “Achei uma estratégia boa para vetar quem está sem ingressos. Isso não é nem novidade, eles faziam isso antes, mas muito em cima da hora do jogo. Hoje eles fizeram uma triagem mais antecipada e não passa quem não tem ingresso, facilitando para a gente que vai para o jogo”, disse o tatuador Reginaldo Francisco da Silva.

“Pelo que estou vendo, está dando certo. Semana passada a gente só fez sofrer, apanhamos na entrada, no intervalo e no final do jogo. Só apanhar ninguém aguenta! Somos trabalhadores, torcedores e ninguém merece apanhar”, opinou o auxiliar de logística Thiago da Silva. 

Na saída dos torcedores tricolores do setor de visitantes da Ilha do Retiro, nenhum episódio grave foi registrado. O Batalhão de Choque acompanhou o público descer das arquibancadas e em seguida repassou as torcidas uniformizadas para o acompanhamento de policiais motorizados. A escolta seguiu até o Centro do Recife e, até o fechamento desta reportagem, não registramos confusões.

Os inúmeros casos de violência dentro e nos arredores dos estádios de futebol, infelizmente, ainda são muito recorrentes nos dias atuais, e este pode ser considerado um dos grandes fatores que afastam os torcedores dos campos. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, entre os dias 22 e 23 de janeiro, com cidadãos recienses (sendo 624 entrevistados), apresentou que a maioria dos torcedores evita comparecer aos jogos devido à violência. 45% dos entrevistados foram do sexo masculino e 55% do feminino.

A pesquisa apresentou que grande parte dos torcedores classifica as torcidas organizadas como violentas e pedem a proibição das mesmas. Entre os dados divulgados, 92% dos entrevistados afirmaram já ter ouvido falar em torcidas organizadas, desses 43,6% definiram a imagem das mesmas como ‘violentas/vândalos’. 29,7% classificaram como ‘ruim/péssima’; 4,6% como ‘apoio incondicional ao time’; 3,5% como ‘animadas’; 3,0% como ‘deveriam acabar’; 2,6% como ‘boas’; 1,1% como ‘regular’; 2,3% como ‘nenhuma’; e 9,7% não sabia ou não respondeu.

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Os resultados foram ainda mais impressionantes quando os entrevistaram responderam se os times de futebol ou a Justiça deveriam proibir a presença das torcidas organizadas nos estádios. Ao todo, 72% pediram a proibição, 19% responderam que não, e 9% não sabia ou não respondeu. Entre o total de homens que responderam essa questão, 69% pediram a proibição. Enquanto as mulheres, em seu todo, 75% concordaram.

Além das perguntas relacionadas às torcidas organizadas, a pesquisa apresentou que 43% dos entrevistados não pretende comparecer aos estádios para assistir algum jogo da Copa do Nordeste. 29% afirmaram que sim, 22% que talvez e 6% não sabia ou não respondeu. 

70,3% dos entrevistaram deram a ‘violência’ como maior motivo para a ausência nos estádios. 9% afirmaram que não compareceriam pelo fato do seu time não estar na competição. 6,3% disseram não gostar, 1,8% falaram dos preços dos ingressos, 3,6% deram outras justificativas, e 9% não sabia ou não respondeu. 

Para o levantamento dos dados divulgados pela pesquisa, foram entrevistados cidadãos do sexo masculino e feminino, com a faixa etária entre 16 e mais de 60 anos. Desses, 27% tinham de 45 à 59 anos; 22% de 35 à 44 anos; 21% de 25 a 34 anos; 17% de 60 anos ou mais; e 13% de 16 à 24 anos.

Vale lembrar que no ano de 2016, o ex-presidente do Sport, João Humberto Martorelli pediu que a torcida organizada rubro-negra fosse banida de todos os eventos do clube, e conseguiu o feito junto à 5ª Vara da Fazenda do Estado de Pernambuco. Em uma de suas declarações públicas, Martorelli chegou a afirmar que o Sport era contra a Torcida Jovem (principal organizada do clube) e que repudiava todas as atitudes da mesma.

Um Projeto de Lei (PL) da Câmara, aprovado pela Comissão de Esportes, altera o Estatuto de Defesa do Torcedor e obriga as torcidas organizadas a atualizarem o registro de seus membros anualmente. O PL 3462/12, de autoria do deputado André Moura (PSC-CE), que previa uma atualização semestral, foi substituído pelo texto do deputado Andrés Sanchez (PT-SP).

“Embora essas pessoas jurídicas estejam obrigadas a ter um cadastro de seus integrantes, o Estatuto de Defesa do Torcedor não prevê a periodicidade da atualização desses dados, medida que achamos salutar para o melhor controle das torcidas organizadas”, disse Andrés. O descumprimento da medida implica na proibição da torcida de usar faixas, bandeiras, camisas ou qualquer outro objeto que faça menção à agremiação.

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O texto substitutivo, de autoria do deputado Efraim Filho (DEM-PB), que previa o uso de guichês exclusivos para a aquisição de ingressos e áreas exclusivas de acesso e permanência no interior dos estádios para os deficientes físicos foi rejeitado. Segundo Andrés Sanchez, essas particularidades já são previstas pelo atual estatuto. A medida ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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