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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro afirmou que usou dinheiro de sua conta bancária para pagar despesas da casa e apostar na Mega-Sena. As declarações foram feitas para justificar as movimentações identificadas como suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou, Bolsonaro distribuiu diretamente para a própria família parte dos R$ 17,1 milhões que arrecadou via Pix. Só para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram feitos 10 pagamentos para a ex-primeira-dama que somaram R$ 56.073,10.

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As suspeitas entraram na mira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

O Coaf apontou que as transferências foram feitas entre 1º de janeiro e 4 de julho e "provavelmente possuem relação" com a campanha de arrecadação promovida por aliados para pagar despesas do ex-presidente, que ficou inelegível na Justiça Eleitoral e teve bens bloqueadas por não pagar multas.

Pelo Twitter, Bolsonaro afirmou que as despesas para os familiares ocorreram antes da campanha do Pix. Os pagamentos para Michelle foram "para despesas diversas dela, das 2 filhas e da casa", de acordo com post do ex-presidente, que ainda lembrou receber mensalmente o valor de duas aposentadorias mais uma remuneração do PL, partido do qual foi nomeado presidente de honra após perder a eleição para a Presidência da República do ano passado para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os pagamentos feitos por Bolsonaro foram destacados pelo Coaf como parte das suspeitas de "burla fiscal e lavagem de dinheiro", na avaliação dos analistas do órgão.

Bolsonaro não explicou as transferências feitas para a síndica do condomínio onde o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, mora em Brasília.

Leda Maria Marques Cavalcante foi a pessoa que mais recebeu pagamentos entre janeiro e julho, com seis transferências que somaram R$ 77.994.

O Coaf, órgão responsável por comunicar às autoridades indícios de lavagem de dinheiro, também citou como suspeitos 7 pagamentos, que somam R$ 14.268,04, para a Casa Lotérica Jonatan e Felix LTDA. A empresa, localizada em Eldorado, no interior de São Paulo, está em nome de Angelo Guido Bolsonaro, irmão do ex-presidente.

Bolsonaro alegou que os pagamentos foram feitos para um sobrinho que trabalha na lotérica. "A maioria dos depósitos são múltiplos do valor da aposta de 7 números da Mega Sena. Por duas vezes, fiz a quadra nos últimos meses, daí, na contabilidade, os valores não múltiplos."

Também aparecem como destinatários de repasses de Jair Bolsonaro o tenente do Exército Osmar Crivelatti.

O militar recebeu um valor total de R$ 11.543,94 do ex-presidente nesse período, em 29 transferências.

"Esse senhor não é parente meu, ele é um dos meus assessores, desde 01/janeiro, lotado na cota de 'ex-presidente'. O mesmo, por vezes, honra despesas minhas e eu o reembolso via PIX", afirmou Bolsonaro.

Os bancos deixarão de oferecer a modalidade de pagamento via Documento de Ordem de Crédito (DOC) para pessoas físicas e jurídicas até 29 de fevereiro de 2024. O anúncio foi feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta quinta-feira (4).

De acordo com a entidade, a decisão foi motivada pelo desinteresse do público que, no decorrer dos anos, reduziu o uso desse meio de pagamento, criado em 1985 pelo Banco Central. Os usuários têm preferido formas mais rápidas e mais baratas de transferência de dinheiro, principalmente após o lançamento do Pix, em novembro de 2020.

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De acordo com levantamento feito pela Febraban sobre meios de pagamento, em 2022, as transações via DOC somaram 59 milhões de operações, apenas 3,7% do total de 63,07 bilhões de operações realizadas. O Pix, que não tem custo e é instantâneo, lidera as operações, no Brasil. Ele é seguido por outras modalidades de pagamento de menor custo aos clientes.

Dados divulgados pelo Banco Central apontam que, em 2022, as transações bancárias foram:

24 bilhões via Pix;

18,2 bilhões pelo cartão de crédito;

15,6 bilhões, cartão de débito;

4 bilhões por boletos;

1,01 bilhão via TED;

202,8 milhões, cheques;

59 milhões via DOC.

TEC

Além do DOC, a Febraban anunciou que serão extintas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), feitas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirma que o objetivo é melhorar a conveniência para os clientes bancários, após observar seu custo-benefício.

“Com o surgimento do PIX e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC, quando o DOC, deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito e instantâneo”.

Fim das operações em fevereiro de 2024

Os bancos têm até 29 fevereiro de 2024 para extinguir as operações de DOC e TEC. E os clientes (pessoa física ou jurídica) poderão realizar as operações de DOC até 15 de janeiro de 2024, com agendamento até fechamento do sistema para essas operações (29/02/2024).

Atualmente, cada banco institui o valor cobrado para essas duas transações. A transação bancária, tanto a TEC, quanto o DOC, tem o valor máximo de R$ 4.999,99. A operação pode ser agendada para beneficiar outra conta, inclusive de um banco diferente.

As movimentações feitas por meio do DOC são efetivadas um dia depois de o banco receber a ordem de transferência. Enquanto a TEC garante a transferência de recursos até o fim do mesmo dia em que foi dada a ordem de pagamento.

Outra característica é que a TEC possibilita a transferência de recursos para diferentes contas ao mesmo tempo, o que não é possível aos optantes do DOC.

Os primeiros nomes a deixar o Náutico já foram publicados pelo próprio clube nesta quarta-feira (19). Thiago Ennes e Luis Phelipe pediram para sair da equipe e foram atendidos e não jogam mais pelo clube nesta Série B.

O pedido de Luís Phelipe para deixar o clube havia sido confirmado por Nei Pandolfo em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18). Ele inclusive chegou a afirmar que mais jogadores haviam solicitado a saída, mas voltou atrás. 

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Luis Phelipe fez 11 jogos com a camisa do Náutico, foi titular em cinco e marcou um gol. O jogador estava emprestado pelo Atlético-GO. Já Thiago Ennes realizou quatro jogos com o clube nesta passagem e foi titular em todas elas. Ele já havia passado pelo timbu em 2018 quando conquistou o Campeonato Pernambucano.

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O número de transações internacionais de jogadores de futebol durante a janela de transferências de janeiro caiu 36,2% e o montante de dinheiro envolvido nesses negócios despencou para quase a metade, em comparação com o mesmo período de 2020. Os dados constam em relatório elaborado pela Fifa e confirmam o impacto da pandemia do novo coronavírus na economia do futebol.

Em janeiro, a Fifa registrou 2.690 movimentos de jogadores de um país para outro, o número mais baixo dos últimos seis anos. Outro sinal de que os clubes estão apertando os cintos é o valor total destas operações, que diminuiu 49,1%. Se há um ano as transações da janela de janeiro chegaram a US$ 1,1 bilhão (R$ 5,9 bilhões na cotação atual), agora caíram para US$ 590 milhões (R$ 3,1 bilhões).

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Apesar de não ter fornecido o número detalhado de cada transferência, a Fifa anunciou que a contratação do jovem marfinense Amad Diallo (da Atalanta ao Manchester United) foi a mais cara de todas, seguida pela do brasileiro Diego Rosa (do Grêmio ao Manchester City) e do franco-marfinense Sébastien Haller (do West Ham ao Ajax).

Campeão mundial sub-17, Diego Rosa foi vendido sem nem ter jogado pelo time profissional do Grêmio. O negócio já estava definido desde o meio do ano passado, mas só foi contabilizado pela Fifa em janeiro. O Manchester City pagou 5 milhões de euros (R$ 32,5 milhões), mas se o atleta atingir metas estipuladas pelos ingleses o negócio pode render mais 24 milhões de euros (R$ 156 milhões).

Os números da janela de transferências de janeiro confirmam uma tendência de queda no mercado do futebol. Em 2020, o número de transferências já havia caído 5,4% em relação a 2019. Foi a primeira queda em uma década, segundo outro relatório divulgado pela Fifa em janeiro.

A expectativa é de que as transações voltem a ganhar força no meio do ano. O defensor austríaco David Alaba, do Bayern de Munique, por exemplo, já anunciou que deixará o clube alemão. Capaz de atuar na zaga, na lateral ou no meio de campo, ele estaria nos planos de Real Madrid e Barcelona, segundo a imprensa alemã.

O jogador teve papel importante nas últimas conquistas do Bayern de Munique, onde chegou há 13 anos. Com a equipe alemã conquistou duas Liga dos Campeões da Europa (2013 e 2020), dois Mundiais de Clubes, nove edições do Campeonato Alemão e seis da Copa da Alemanha.

O próprio Bayern de Munique contratou o zagueiro francês Dayot Upamecano, do RB Leipzig. O jogador integrará o grupo do atual campeão mundial a partir da próxima temporada e, segundo a imprensa alemã, custou 43 milhões de euros (R$ 280 milhões).

Nesta terça-feira (16), o novo sistema de pagamentos Pix completa três meses com mais de 286 milhões de operações em 2021, segundo dados do Banco Central. A ferramenta de transação bancária, que isenta taxa para pessoas físicas, superou as TEDs (transferências eletrônicas disponíveis), que somaram mais de 53,2 milhões no mesmo período.

Mas quanto ao volume de dinheiro movimentado, o cenário é outro. O Pix operou cerca de R$ 225 bilhões em 2021, e as TED’s movimentaram aproximadamente R$ 2,7 trilhões. Isso acontece porque as empresas ainda têm dúvidas sobre a cobrança de taxa e preferiram continuar usando operações tradicionais.

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O Pix ainda não agradou a todos, pois através dele é possível fazer apenas pagamentos à vista. Com isso, o Banco Central anunciou em outubro do ano passado que iria implementar o Pix com a cobrança para pagamentos com vencimento. Uma nova alternativa que vai permitir aos comerciantes, prestadores de serviços e empreendedores emitir um QR Code com vencimento futuro.

Nessa nova modalidade, aplicar juros, multas e descontos, ficará a critério do emissor do QR Code. O projeto previa a estreia da nova função para 4 de janeiro, porém, o plano foi adiado e, agora, tem data marcada para 15 de março.

Por Rafael Sales

Ação conjunta do Ministério da Saúde, do governo do Amazonas e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares já conseguiu transferir daquele estado 506 pacientes com covid-19 para tratamento em outras unidades da Federação. O objetivo é desafogar os hospitais e reorganizar o sistema de saúde local, pressionado pelo aumento da curva de casos de covid-19.

Os pacientes transferidos estão sendo colocados em hospitais universitários e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de 16 estados brasileiros, além do Distrito Federal.

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Segundo o Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (4), dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) levaram 34 pacientes com covid-19 para hospitais em Belém e no Rio de Janeiro. Desse total, 12 pacientes do município de Tefé, no Médio Solimões, e quatro de Manaus, seguiram para a capital do Pará. Os demais foram para o Rio de Janeiro.

De acordo com a pasta, o percentual de alta dos pacientes transferidos para outros estados já alcançou 32%. Houve ainda oito remoções para realização de cirurgia oncológica no Hospital do Câncer III, do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), localizado na capital fluminense.

Arrojo

O Ministério da Saúde anunciou ainda que, em parceria com o Ministério da Defesa, por meio da Força Aérea Brasileira, está preparando logística mais arrojada para o transporte de pacientes de covid-19 para outros estados. A iniciativa tem apoio de uma empresa aérea comercial, que já teria recebido capacitação para fazer esse tipo de voo. No momento, estão sendo organizados os fluxos, a identificação de locais de acolhimento e os perfis de pacientes que podem ser transferidos.

A meta é transportar 80 pacientes por voo, de modo a atingir com maior rapidez o número projetado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de remover 1,5 mil pacientes, com o objetivo de abrir vagas para aqueles que estão em estado mais grave e aguardam internação.

 

 

A mãe da jornalista Marcela Valente Elias, Maria Auxiliadora Valente, de 64 anos, morreu, na tarde de quinta-feira (14), por falta de oxigênio na UTI do Hospital 28 de Agosto, em Manaus, sem qualquer aviso à família sobre a falta de cilindros. Até aquele dia ainda era possível comprar o material na rede particular. Nesta sexta-feira (15), os estoques estavam esgotados.

"Quem foi esse assassino? Que autoridade tem sob esse ato? Canalhas", escreveu a jornalista em texto forte no Facebook. Sua mãe estava internada há três dias, com Covid-19, esperando um leito na UTI. Nesta sexta-feira, pacientes com covid começaram a ser transferidos para outros unidades da federação. O governo do Amazonas pediu ajuda aos Estados de São Paulo e Maranhão para abrigar bebês prematuros que estão internados.

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Assim com Maria Auxiliadora, a tia do produtor cultural Fabricio Nunes, Maria Gorete Abreu, de 60 anos, morreu em uma maca comum, sem ter conseguido vaga na UTI do Serviço de Ponto Atendimento (SPA) do bairro Alvorada, zona centro-oeste da capital amazonense, onde estava internada havia dois dias com sintomas de covid. "Estamos transtornados na família, queremos saber o porquê de não termos sido avisados da possibilidade de faltar oxigênio", disse Fabricio.

Um médico que preferiu não ter o nome divulgado disse que 41 pacientes morreram nas 12 unidades de saúde que atendem casos de covid na capital do Amazonas por falta de oxigênio. O número nem a causa não são confirmados pela Secretaria da Saúde do Estado do Amazonas (Susam).

De acordo com a assessoria da Susam, ontem pela manhã a Força Aérea Brasileira (FAB) desembarcou 6 mil litros de oxigênio líquido da empresa White Martins. O material foi distribuído pelos hospitais da rede estadual. Questionada, a pasta não informou por quanto tempo esse suprimento durará. A Susam afirmou ainda que mais 22 mil metros cúbicos chegarão de Guarulhos até quarta-feira.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou ontem que Manaus tem oxigênio suficiente para atender a central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Maternidade Moura Tapajóz e a Fundação Dr. Thomas, e que estava esperava para ontem uma remessa de 6 mil metros cúbicos de oxigênio.

Transferências de pacientes

O Ministério da Saúde afirmou ontem que pacientes com a Covid-19 internados em Manaus começaram a ser transferidos para hospitais de oito capitais.

Conforme o ministério, as transferências ocorrerão por avião e estão garantidos 149 leitos: 40, em São Luís; 30, em Teresina; 15, em João Pessoa, 10, em Natal; 20, em Goiânia; 4, em Fortaleza; 10, no Recife, e 20; no Distrito Federal. A estimativa do governo do Amazonas é de que até 700 pacientes podem ser transferidos nos próximos dias.

Além da FAB, pacientes com Covid-19 têm usado aviões particulares para buscar atendimento em outras cidades. A reportagem registrou a chegada de um jatinho com um doente no aeroporto de Brasília, na manhã de ontem. O paciente, não identificado, foi transportado deitado de bruços na maca, técnica usada para facilitar a ventilação nos pulmões, e recebido por uma ambulância de uma rede particular de saúde.

O ministério afirma que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela gestão de hospitais universitários federais espalhados pelo País, também está oferecendo leitos aos pacientes.

Rede particular

Um médico de um hospital particular de Manaus disse que a situação é "gravíssima" também nos hospitais particulares, cinco na capital, todos com seus prontos-socorros fechados desde o início de janeiro, com capacidade esgotada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apontado como operador financeiro do esquema de 'rachadinha', Fabrício Queiroz usou dinheiro de caixa 2 para pagar cabos eleitorais da campanha de Flávio Bolsonaro (Republicanos) ao Senado, em 2018. Ao todo, o ex-assessor fez 15 transferências bancárias, no total de R$ 12 mil, para quatro integrantes da campanha, aponta a quebra de sigilo bancário determinada pela Justiça do Rio de Janeiro. As informações são do UOL.

Os envolvidos realizavam entrevistas gravadas, textos e vídeos para as redes sociais, indica a reportagem, que obteve acesso aos documentos da investigação. Nenhum dos pagamentos realizados entre os dias 3 de setembro e 8 de outubro daquele ano foram declarados à Justiça Eleitoral, o que configura a prática de caixa 2.

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Durante o período, Queiroz sacou R$ 63,8 mil em espécie, divididos em 11 saques de R$ 5 mil e outros de menor valor, sem comprovar o destino do recurso. Ele ainda recebeu, pelo menos, R$ 49 mil de cinco assessores do então deputado. Na época, Flávio era filiado aos PSL e recebeu, oficialmente, R$ 712 mil para a campanha, e calcula em gastos apenas R$ 491 mil.

Diante das evidências analisadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), na semana passada, Flávio Bolsonaro, o ex-assessor e mais 15 pessoas foram denunciadas por organização criminosa, desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Os crimes eram mantidos por mais de dez anos, entre 2007 e 2018, indica o (MP-RJ).

A apuração do órgão também já havia identificado que Queiroz usou o dinheiro da ‘rachadinha’ para pagar R$ 261 mil em despesas pessoais de Flávio e sua família, como plano de saúde e a escola das filhas.

Questionado pela reportagem, a defesa o filho mais velho do presidente disse que desconhece os pagamentos e garantiu que as despesas de campanha foram registradas junto à Justiça Eleitoral. "Quaisquer insinuações de irregularidade na campanha são mentirosas, não passam de ilações mal-intencionadas", afirmou a assessoria do senador.

O advogado de Fabrício Queiroz não se pronunciou, pois disse que não mantém contato com o cliente, que cumpre prisão domiciliar. "Somente poderei tratar desses temas na minha próxima visita pessoal", respondeu.

A Fifa trabalha para, a partir do próximo ano, mudar a atividade dos empresários de jogadores de futebol e reduzir os ganhos desses profissionais. Entre outras coisas, o novo regulamento prevê que um agente pode cobrar de comissão no máximo de 6% do salário total do jogador ou 10% do valor da transferência caso seja o clube vendedor que pague o empresário.

Relatório da Fifa aponta que as transferências internacionais em 2019 renderam US$ 653,9 milhões (R$ 3,6 bilhões) em comissões para os agentes. O valor é 19,3% maior do que o de ano de 2018. Na comparação com 2015, a arrecadação dos empresários dobrou.

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O objetivo da Fifa é evitar casos como o de Mino Raiola, empresário do volante francês Paul Pogba, que ficou com US$ 49 milhões (R$ 270 milhões) em comissão quando fechou a venda do jogador da Juventus para o Manchester United em 2016, segundo revelações do Football Leaks. O episódio provocou polêmica e o Fórum de Agentes de Futebol, presidido pelo próprio Raiola, ameaça processar a Fifa por considerar que limitar as comissões contraria a livre concorrência.

"Às vezes, esses grandes valores podem levar os agentes a não defenderem os interesses de seus clientes da melhor maneira", justificou o diretor de regulamentação do futebol da Fifa, James Kitching. Com essas medidas, a Fifa alega querer "melhorar a transparência e proteger os jogadores de abusos e práticas especulativas". Outro objetivo é limitar o conflito de interesses ao proibir a "representação tripla", prática ilustrada também na transferência de Pogba, na qual Raiola acabou cobrando comissões de seu cliente, do clube vendedor e do clube comprador.

Com o aumento de intermediários no futebol, a Fifa pretende também estabelecer uma licença para quem deseja exercer a profissão. Entre as exigências para conceder a autorização de trabalho estão ter um seguro profissional e nunca ter sido condenado por crimes relacionados à corrupção, lavagem de dinheiro, fraude fiscal, abuso ou assédio sexual.

A última fase de consultas da Fifa a clubes, ligas e agentes começou na quinta-feira. A entidade planeja fechar a proposta entre março e junho para levar à votação em seu congresso. "É um regulamento que vai ajudar a indústria do futebol. Não é um projeto contra os agentes, mas para eles. Queremos trabalhar com eles", defendeu Emilio García Silvero, chefe de Assuntos Jurídicos da Fifa.

A partir desta terça-feira (3), um grupo limitado de clientes poderá pagar e receber recursos pelo Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC). A ferramenta entra em fase restrita de funcionamento, para ajustes e correções de eventuais problemas, enquanto o BC faz a migração do serviço do ambiente de testes para o ambiente real.

O Pix funcionará em horários determinados para um grupo de 1% a 5% dos clientes de cada instituição financeira aprovada para operar a ferramenta. Os clientes autorizados a participar da fase restrita já foram comunicados pela instituição correspondente.

O novo sistema entrará em operação para todos os clientes no próximo dia 16. Na fase restrita, o Pix funcionará das 9h às 22h, de segunda a quarta-feira. Às quintas, o serviço reabrirá às 9h e só terminará de funcionar às 22h das sextas-feiras, para permitir o teste durante a madrugada.

A partir da próxima segunda (9), as instituições financeiras poderão elevar gradualmente o número de clientes aptos a participar do Pix, até que o sistema entre plenamente em operação, no próximo dia 16, com a possibilidade de fazer pagamentos e recebimentos 24 horas por dia por toda a população.

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Registros

Desde 5 de outubro, os clientes podem registrar as chaves digitais de endereçamento. Segundo o balanço mais recente do BC, até a última quinta-feira (29) mais de 50 milhões de chaves tinham sido cadastradas. Como cada pessoa pode ter mais de uma chave, o número exato de pessoas registradas é desconhecido.

As chaves funcionarão como um código simplificado que associará a conta bancária ao número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), e-mail, número do celular ou uma chave aleatória de 32 dígitos. Em vez de informar o número da agência e da conta, o cliente apenas informa a chave para fazer a transação.

Uma pessoa física pode criar até cinco chaves por conta corrente. Para empresas, o limite aumenta para 20.

Instantaneidade

Por meio do Pix, o cliente pode pagar e receber dinheiro em até dez segundos, mesmo entre bancos diferentes. Diferentemente da Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou do Documento de Ordem de Crédito (DOC), que têm restrições de horário, o Pix funciona 24 horas por dia. Por questões de segurança, cada instituição financeira definirá um valor máximo a ser movimentado, mas o BC estuda criar modalidades para a venda e compra de imóveis e de veículos que permitam a movimentação instantânea de grandes quantias.

Para as pessoas físicas e para os microempreendedores, as transações serão gratuitas, exceto nos casos de recebimento de dinheiro pela venda de bens e de serviços. As pessoas jurídicas arcarão com custos. As tarifas dependerão de cada instituição financeira, mas o BC estima que será R$ 0,01 a cada dez transações.

O Pix servirá não apenas para transferências instantâneas de dinheiro, como poderá ser usado para o pagamento de boletos, de contas de luz, de impostos e para compras no comércio. Com a ferramenta, será possível o cliente sacar dinheiro no comércio, ao transferir o valor desejado para o Pix de um estabelecimento e retirar as cédulas no caixa.

Ampliação

Na última quinta-feira (29), o BC ampliou as funcionalidades do sistema. Com o Pix Cobrança, os comerciantes poderão emitir um QR Code (versão avançada do código de barras fotografada por smartphones) para que o consumidor faça o pagamento imediato por um produto ou serviço. Além disso, será permitido fazer cobranças em datas futuras, com atualizações de juros, multas ou descontos, como ocorre com os boletos.

O BC também obrigou as instituições financeiras que oferecerem o Pix aos usuários recebedores a usar interface de programação padronizada pelo órgão. A medida foi tomada para evitar que um empresário não consiga migrar a conta para outra instituição por causa dos custos de adaptação a um novo sistema de programação.

Novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas, gratuito para pessoas físicas, o Pix vai funcionar de forma parecida com as transferências DOC e TED. A vantagem é que permitirá um acesso mais simples do que os serviços que existem até agora.

Outra diferença fundamental é que o dinheiro passa do pagador ao recebedor de forma praticamente imediata. O sistema não tem restrições, podendo ser acessado a qualquer hora ou dia da semana.

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Instantâneo

As transações feitas pelo sistema serão compensadas instantaneamente. Apenas nos casos em que houver suspeita de fraude, os pagamentos ou transferências podem demorar até 30 minutos para serem verificados. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.

Chaves

O Pix também ganha velocidade porque não é necessário informar todos os dados do beneficiário. Os usuários do serviço podem cadastrar de uma até cinco chaves associadas a uma conta bancária. Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação.

Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número do celular, o endereço de correio eletrônico (e-mail) ou um código de 32 dígitos gerado especificamente para o Pix (EVP). Basta informar a chave do beneficiário para que o sistema localize o recebedor do pagamento e realize a transação. No caso de não ter uma chave, o usuário precisará repassar os dados bancários ao outro envolvido na transação.

O código EVP permite receber pagamentos sem informar nenhum dado pessoal, sendo um código com letras e números criado especificamente para as transações por meio do Pix. O código aleatório vai possibilitar ainda a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que podem ser lidos por câmera de celular para fazer pagamentos. Os códigos podem ser fixos, com um mesmo valor de venda (em locais de preço único), ou variáveis, criados para cada venda.

Quem pode oferecer

Os usuários podem cadastrar as chaves fazendo contato com as instituições com as quais têm relacionamento. Estão aptos a fazer transações pelo Pix bancos, instituições financeiras e plataformas de pagamento.

Limites

Os valores que poderão ser transacionados pelo novo sistema vão variar de acordo com o perfil de cada cliente, do mesmo modo que com outros serviços bancários. Os limites variam de no mínimo, segundo a regulamentação do Banco Central, 50% do valor das transferências tipo TED até o valor autorizado para compras em débito.

Os limites vão variar de acordo com o dia da semana e o horário em que for utilizado o serviço. O Pix vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. As transferências e pagamentos também podem ser agendadas, da mesma forma que acontece com o DOC e a TED.

Tarifas

O Pix é gratuito para transferências ou recebimento por pessoas físicas. Poderão ser cobradas tarifas caso o sistema seja usado como meio de recebimento para vendas de produtos ou serviços. As instituições podem ainda tarifar o uso presencial ou por telefone do sistema.

As instituições são livres para tarifar os usuários pessoas jurídicas (empresas).

Início

O sistema vai entrar em operação, em fase experimental, a partir do dia 3 de novembro. Nessa etapa, vai funcionar apenas para um número reduzido de clientes e em horário limitado. Ainda não foram definidos os critérios que vão determinar como serão escolhidos os usuários nessa fase experimental.

O sistema será aberto para toda a população a partir de 16 de novembro.

Foto: Divulgação

A Fifa divulgou nesta quinta-feira um documento com novas recomendações e diretrizes, ampliando questões regulatórias no futebol em resposta aos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Uma das novidades é a permissão para jogadores atuarem em três clubes diferentes na mesma temporada.

A administração da Fifa realizou reuniões recentemente com representantes de clubes, associações e federações e definiu algumas alterações, principalmente sobre questões de contratos e inscrições. Todas as mudanças passam a valer imediatamente.

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Segundo a entidade, "para evitar preocupações com jogadores desempregados", os atletas podem se registrar e atuar em até três clubes diferentes na mesma temporada, sendo elegíveis, porém, a jogar partidas oficiais por apenas dois desses times.

Em relação a casos de jogadores cujos contratos terminam nas próximas semanas, antes do fim de campeonatos nacionais e torneios continentais, a Fifa diz que orientou as federações a prolongarem os vínculos respeitando a legislação de cada país.

Outra novidade é a autorização, sob algumas condições, da abertura das próximas janelas de transferências mesmo com torneios ainda inacabados nesta temporada. A ideia é dar flexibilidade para as federações de cada país planejarem os seus calendários.

Segundo o documento, a Fifa permite a abertura, mas orienta que os países não abram suas janelas enquanto os campeonatos desta temporada não forem finalizados. O mercado deve coincidir com os jogos pelo período de, no máximo, quatro semanas.

A entidade máxima do futebol também destacou que o primeiro período de mercado aberto da temporada 2020/21 - a tradicional janela de verão na Europa - não poderá exceder três meses. Normalmente, a janela de transferências europeia no verão não começa até que a temporada seja concluída.

Nas novas janelas, abertas ainda com as competições da temporada 2019/2020 acontecendo, a Fifa vai permitir trocas de jogadores entre os clubes, bem como a possibilidade de times assinarem com atletas sem contratos. No entanto, os atletas em questão só poderão jogar torneios nacionais na temporada 2020/2021.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu retirar da pauta a medida provisória 910, sobre a regularização fundiária, também chamada de "MP da grilagem". Depois de horas de discussão no plenário, Maia interveio e afirmou que iria adiar a votação por falta de entendimento entre os parlamentares. Segundo ele, o assunto voltará à pauta na próxima semana.

A retirada de pauta foi uma derrota política para o governo e para o Centrão, bloco de partidos que se tornou aliado do presidente Jair Bolsonaro na Câmara. Isso porque a proposta corre o risco de perder sua validade sem ser votada pelos deputados e senadores até a próxima terça-feira, 19. Na semana passada, Bolsonaro usou as redes sociais para pedir apoio à aprovação da matéria.

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Ao encerrar a sessão, Maia afirmou que, mesmo se a proposta fosse aprovada hoje, tinha dúvidas se haveria tempo hábil para que a MP fosse analisada no Senado. Ainda, que é necessário que seja construído um acordo para que o tema retorne à pauta. O presidente convocou reunião do colegiado de líderes para esta quarta-feira, 13. "Tem demanda da bancada mineira e de outras bancadas. Isso precisa ser construído numa reunião de líderes".

A MP, editada em dezembro do ano passado, chegou ao plenário da Câmara após pressão de Bolsonaro, da bancada ruralista, do Centrão e de governadores. A medida estabelece novos critérios para a regularização fundiária de imóveis da União e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também atuou pela aprovação da medida.

O lateral-direito Kieran Trippier, que estava no Tottenham, é o mais novo reforço do Atlético de Madrid para a temporada 2019/2020 do futebol europeu. O acerto, que prevê contrato de três anos, foi anunciado pelo clube madrilenho nesta quarta-feira, com valores que estão em torno de 22 milhões de euros (cerca de R$ 93 milhões), segundo a imprensa espanhola.

Trippier foi um dos destaques da Inglaterra na Copa do Mundo da Rússia em 2018, sendo escalado ao final do torneio na seleção do Mundial pela Fifa em seu setor, na campanha que levou o país a uma semifinal da competição após 28 anos.

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"Ele é um jogador que atua em longas distâncias, versátil, que pode até mesmo jogar no meio de campo. Uma de suas grandes virtudes é a batida na bola, o que faz dele um jogador muito perigoso para as defesas adversárias", descreveu a nota do Atlético de Madrid em seu site oficial.

O jogador, que também foi destaque do clube de Londres no vice-campeonato da Liga dos Campeões da Europa da última temporada, chega a Madri com a missão de completar a defesa da equipe treinada pelo argentino Diego Simeone. O Atlético de Madrid já anunciou dois brasileiros como reforço para o setor: o lateral-esquerdo Renan Lodi, ex-Athletico-PR, e o zagueiro Felipe, que estava no Porto e já atuou pelo Corinthians.

Ainda de acordo com a imprensa espanhola, Trippier, atleta de 28 anos e formado nas categorias de base do Manchester City, era a segunda opção do clube madrilenho, que chegou a tentar, sem sucesso, a contratação do português Nelson Semedo, que está no Barcelona. Agora, ele vai disputar posição com o colombiano Santiago Arias.

O lateral-direito estava desde 2015 no Tottenham, pelo qual atuou em 114 partidas, marcando dois gols e dando 24 assistências. Antes, passara por Barnsley e Burnley.

Os atletas terão maior poder nas negociações e renovações de contrato com os clubes após a nova determinação da Fifa que permite que eles voltem a ser donos de seus direitos econômicos. A avaliação é de especialistas em Direito Esportivo, agentes de futebol e empresários ouvidos pelo Estado. Por outro lado, os especialistas fazem um alerta: com maior poder, os atletas podem acelerar a troca de clubes, buscando uma valorização maior a cada novo contrato.

O raciocínio é simples. A partir do momento que o jogador detém seus direitos, ele passa a ter interesse direto na própria transferência de maneira rentável para si próprio. "A mudança enfraquece a relação contratual entre clube e atleta e cria mais uma razão para incentivar transferências", opina André Sica, do CSMV Advogados.

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Eduardo Carlezzo, outro especialista em Direito Desportivo, prevê "turbulências".

"Os atletas saem fortalecidos, já que terão à sua disposição um novo instrumento de barganha na negociação de seus contratos de trabalho. O sistema atual, que mantém a propriedade de direitos econômicos na esfera dos clubes, é mais estável. Deve haver forte turbulência a partir de 1.º de junho quando clubes e atletas sentarem para negociar seus contratos."

Para Guilherme Martorelli, advogado do Sindicato dos Atletas de São Paulo, "os atletas têm um ganho exponencial dentro das negociações contratuais, inclusive gerando um efeito educativo de responsabilidade do atleta junto a uma possível e futura negociação".

As novas regras da Fifa estão no novo Regulamento sobre o Status e as Transferências de Jogadores (RSTP), que passará a vigorar em 1.º de junho. A Fifa alternou a definição da figura dos "terceiros", que era válida desde 2015. Antes, o terceiro era qualquer outra parte que não fossem os dois clubes envolvidos numa transferência. O texto atualizado afirma que "terceiro" é qualquer outra parte que não seja o jogador ou os dois clubes envolvidos na transferência. Com isso, os atletas voltam à mesa de negócios.

Na opinião do empresário Eduardo Uram, a Fifa apenas consertou um erro, pois os atletas são protagonistas em uma negociação e não poderiam ser caracterizados como terceiros.

O fortalecimento dos atletas não significa ônus para os clubes, que também ganham novos argumentos. Em uma negociação, o clube sem os recursos financeiros pedidos pelo atleta pode tentar convencê-los oferecendo uma parcela dos direitos econômicos. A expectativa é que consigam segurar os jogadores por mais tempo.

"Os clubes sul-americanos voltam a dispor de ferramenta essencial para convencer os atletas a renovarem seus contratos e a se manterem por maior período no continente", avalia Cristiano Caús, do escritório CCLA Advogados.

O agente Nick Arcuri, que trabalha com mais de 50 atletas, entre eles, o santista Rodrygo e o são-paulino Tchê Tchê, recomenda equilíbrio. "A cessão dos direitos econômicos para os atletas serve para ser mais uma ferramenta nas negociações contratuais, tanto para o clube como para o atleta. Sendo usada da maneira correta e equilibrada, isso pode ser muito positivo para todos."

Wagner Ribeiro, primeiro agente a ter direitos econômicos de jogadores no futebol brasileiro, em 1998, relativiza as mudanças e afirma que o mercado vai se acomodar. "O que vai acontecer agora é que os jogadores e suas famílias vão ter direito a esses porcentuais nas negociações para, em seguida, vendê-lo a terceiros, por um contrato de gaveta. Os agentes/investidores poderão comprá-lo de seus jogadores. Para a Fifa, clubes e a CBF, (o direito) permanecerá em nome do atleta", afirma Ribeiro.

Como reação à onda de ataques no Ceará, 20 presos locais foram transferidos para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na madrugada desta quarta-feira (9).

A operação foi realizada de forma conjunta entre o Departamento Penitenciário Federal (Depen), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o governo do Ceará, com início às 2h e término às 4h30 da manhã. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, os presos transferidos seriam integrantes do Comando Vermelho.

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A partir de Mossoró, os detentos serão distribuídos entre as demais quatro unidades penitenciárias federais administradas pelo Depen, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Ao mesmo tempo, novas transferências em presídios do Ceará ainda devem ocorrer. O Depen disponibilizou mais vagas. Segundo uma fonte, o número total pode chegar a 60.

As primeiras 20 vagas já haviam sido disponibilizadas desde a sexta-feira (4), mas ainda faltava a chegada das autorizações judiciais, que foram comunicadas nesta terça-feira (8) ao ministério. A ação coordenada para definir as transferências envolveu o Ministério Publico e o Poder Judiciário do Ceará, o MJSP e a Justiça Federal de Mossoró.

A avaliação do Ministério da Justiça é que as ações em resposta à onda de ações criminosas em Fortaleza, na região metropolitana e no interior do Estado, estão surtindo efeito. Comenta-se que já está ocorrendo um arrefecimento dos ataques, que seguem preocupando a população.

Nesta sexta-feira (4), o Santa Cruz divulgou detalhes sobre a transferência do meia Geovani Cortes Gomes, que estava no clube desde o início da temporada 2018. Na última quinta (3), foi concretizada a cessão não onerosa do atleta ao SC Sagamihara, da 3ª divisão do Campeonato Japonês, até o mês de dezembro desta temporada.

Por meio do comunicado, a diretoria coral informou que caso o SC Sagamihara tenha interesse na compra de Geovani durante o período de cessão, foi estipulado um valor de U$ 500.000,00 (quinhentos mil dólares), tendo o Santa Cruz direito ao percentual de 50% desta possível transação.

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Além disso, o clube afirma que caso venha a ser realizada a transferência onerosa, as informações serão devidamente divulgadas no balanço financeiro subsequente.

 

 

A última janela de transferências de jogadores movimentou um recorde de US$ 5,44 bilhões (cerca de R$ 22,2 bilhões) para o período entre junho e o início de setembro, num total de 8.401 negociações concretizadas, informou a Fifa nesta quarta-feira. No total, 182 das 211 federações filiadas à entidade máxima do futebol registraram transferências nesta última janela.

A Fifa também confirmou recorde para transferências envolvendo os cinco principais campeonatos: Alemanha, Inglaterra, Espanha, França e Itália. A cifra cresceu 6,6% neste ano, passando de US$ 3,9 bilhões, no ano passado, para US$ 4,2 bilhões na última janela de transferências - entre 1º de junho e 1º de setembro. Em 2016, no mesmo período, estes cinco mercados movimentaram US$ 2,7 bilhões.

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No total neste ano, contando até agora, foram US$ 7,1 bilhões em todo o mundo. Trata-se de um crescimento de 11,5% em comparação a todo o ano de 2017.

No relatório da Fifa, com base no International Transfer Matching System (ITMS), o sistema oficial de transferências de jogadores, fica evidente o aumentou da importância dos cinco maiores mercados de atletas de futebol.

Em números de transferências, as movimentações dos cinco países europeus representam menos de um quinto do total. Mas, em termos de valores monetários, alcança a incrível marca de 77,5% de todo o dinheiro desembolsado para contratar jogadores em todo o mundo. País que mais gastou, a Inglaterra desembolsou US$ 1,14 bilhão no período.

Fortalecido pela chegada milionária de Cristiano Ronaldo à Juventus (o time de Turim desembolsou US$ 135 milhões, cerca de R$ 556,2 milhões), o mercado italiano foi o que mais cresceu em comparação aos outros quatro grandes campeonatos nacionais da Europa. A Itália teve elevação de 74,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. A Espanha veio logo em seguida, com crescimento de 42,2%.

Em solo espanhol, somente o Real Madrid gastou pelo menos US$ 179 milhões (R$ 737 milhões), incluindo US$ 25,9 milhões (R$ 106,7 milhões) para recontratar Mariano Diaz. Vinicius Junior chegou ao clube por US$ 52 milhões (R$ 215 milhões), a maior transação nesta janela. Já Courtois foi comprado por US$ 43,2 milhões (R$ 177,9 milhões), contra outros US$ 37 milhões (R$ 152,4 milhões) por Odriozola.

O Barcelona somou gastos de US$ 125,9 milhões (R$ 518,7 milhões), praticamente os mesmos valores de Valencia e Atlético de Madrid. No caso do time catalão, o maior investimento foi para Malcom, por US$ 50,6 milhões (R$ 208,4 milhões). Já Arthur foi transferido por US$ 38,2 milhões (R$ 157,4 milhões), contra US$ 24,7 milhões (R$ 101,7 milhões) pelo chileno Arturo Vidal.

Os franceses da Ligue 1 gastaram US$ 653 milhões (R$ 2,690 bilhões), contra US$ 575 milhões (R$ 2,69 milhões) da Alemanha. Mbappé, astro francês, foi definitivamente transferido do Monaco para o PSG por US$ 166,7 milhões (R$ 686,8 milhões). Em 2017, seu contrato já havia sido negociado com o time de Paris. Mas, para não violar regras da Uefa de gastos, o clube fechou um acordo que seu pagamento viria apenas em 2018, como ocorreu agora.

As vendas de jogadores jovens, o interesse propiciado pela Copa do Mundo e o ressurgimento do futebol do Oriente Médio aqueceram bastante o mercado de transferências para os clubes brasileiros neste ano. Segundo dados da CBF divulgados nesta semana, as negociações com o mercado exterior para chegadas e saídas de jogadores movimentaram até agora quase R$ 1 bilhão por 510 atletas.

O valor é alavancado principalmente pelos R$ 817 milhões em vendas das equipes brasileiras para o mercado estrangeiros. O montante, no entanto, pode aumentar. A janela para saídas de jogadores do Brasil para o exterior vai até sexta-feira, dia 31, quando novas operações podem ser concretizadas ainda.

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A conta só está fechada quando se refere à vinda de reforços de fora para o Brasil. A janela para isso terminou no último dia 15, com a movimentação total de R$ 158 milhões - 17 negociações. Os dados apresentados pela CBF levam em conta a cotação do euro e do dólar indicadas pelo Banco Central e mostram aspectos interessantes das negociações.

Dos 510 atletas envolvidos nas transferências, 434 deles (85%) vieram em operações sem custos aos clubes, como empréstimos ou jogadores que estavam em fim de acordo. "Todas as contratações feitas pelo Internacional recentemente foram sem comprar direitos econômicos. Nossa realidade não nos permite gastar e temos agido dessa maneira", explicou ao Estado o diretor executivo do clube gaúcho, Rodrigo Caetano. Foi por empréstimo que o time trouxe em julho, por exemplo, o atacante uruguaio Jonatan Álvez, do Junior Barranquilla, da Colômbia.

Um dos clubes que mais investiram para buscar reforços no exterior foi o Flamengo. A diretoria carioca desembolsou mais de R$ 40 milhões para trazer recentemente o meia Vitinho, ex-CSKA, da Rússia.

Se gastar para se reforçar é exceção, quando se trata de negociar a saída de jogadores o Brasil começa a saber valorizar seu produto. As cifras presentes no levantamento da CBF atingiram um valor elevado, principalmente pelas negociações de jovens talentos, como Arthur, de 22 anos. O volante deixou o Grêmio e foi para o Barcelona por mais de R$ 140 milhões.

A Copa também contribuiu para o mercado brasileiro lucrar. Valorizado pela participação no Mundial, o meia peruano Cueva foi vendido pelo São Paulo ao Krasnodar, da Rússia também, por R$ 38 milhões.

Outro fluxo migratório recorrente nos últimos meses foi para o futebol árabe. O Pyramids (clube da primeira divisão do Egito) pagou cerca de R$ 80 milhões por Keno, do Palmeiras, Rodriguinho, do Corinthians, e Carlos Eduardo, do Goiás.

BALANÇO - Segundo o sócio-diretor da Sports Value, Amir Somoggi, que há 15 anos analisa as finanças dos clubes brasileiros, apesar das altas cifras com transferências, os times poderiam se reorganizar melhor para distribuir esses recursos.

"O jogador brasileiro está sempre valorizado, pelo alto número de atletas que produzimos. Porém, os clubes ainda não desenvolvem tanto as receitas e vivem quase exclusivamente da venda de jogadores e de direitos de TV para equilibrar suas contas anuais", disse.

Outro problema nas negociações está na elevada participação de empresários. O levantamento divulgado pela CBF mostra apenas o dinheiro movimentado e não a quantia que de fato vai para o cofre das equipes. "A tristeza é que os clubes se desfalcam com essas saídas, mas o grosso desse dinheiro não fica. O destino é o pagamento de comissões para os agentes desses atletas", explicou.

A movimentação do mercado da bola trouxe números expressivos na primeira janela de transferências internacionais de 2018. Entre 10 de janeiro a 2 de abril de 2018, foram realizadas 1.082 negociações. Do Brasil para o exterior partiram 670 jogadores, cenário que fez entrar no país mais de R$ 287 milhões. Já o caminho inverso foi percorrido por 412 atletas. Estes dados estão no relatório mais recente da Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento da CBF, concluído esta semana.

No período analisado, as transferências com valores chegam a € 71.645.000,00. Este é o resultado da soma dos € 68.250.000,00 (R$ 287.640.000,00) investidos pelos clubes estrangeiros (saída de jogadores do Brasil) com os € 3.395.000,00 (R$ 14.360.850,00) desembolsados por times nacionais (entrada no Brasil). Pela cotação de 4,23 desta terça-feira (17), o total corresponde a R$ 303.058.350,00.

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Confira os números compilados pela Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento da CBF:

Transferências do exterior para o Brasil – Total: 412

Amadores: 18

Futsal: 36

TMS (profissionais saindo como profissionais): 358

 

Detalhamento das transferências via TMS

Jogadores fora de contrato: 85

Retorno de empréstimo: 49

Empréstimo: 36

Transferências do exterior para o Brasil (com valores)

Empréstimo: 3 / € 2.075.000,00

Contratação definitiva: 4 / € 1.320.000,00

Total: 7 / € 3.395.000,00 (R$ 14.360.850,00) 

Transferências do Brasil para o exterior – Total: 670

Amadores: 141

Profissionais como amadores: 142

Futsal: 74

TMS (profissionais saindo como profissionais): 313

 

Detalhamento das transferências via TMS

Jogadores fora de contrato: Masculino (177) / Feminino (17)

Retorno de empréstimo: 29

Empréstimo: 58

Transferências do Brasil para o exterior (com valores)

Empréstimo: 12 / € 2.250.000,00

Definitivo 20 / € 66.000.000,00

Total: 32 / € 68.250.000,00 (R$ 287.640.000,00)

A próxima janela vai abrir no dia 16 de julho, após a Copa do Mundo da FIFA Rússia 2018. Esta data foi definida pelos clubes do Brasileirão, na reunião do Conselho Técnico da Série A.

Da assessoria

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