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A Justiça eleitoral de Roraima decidiu cassar o mandado do governador do Estado, Antonio Denarium (Progressistas), pela terceira vez. A decisão se estende para o vice-governador Edilson Damião (Republicanos), mas torna apenas Denarium inelegível por oito anos, se a condenação for mantida. Os dois podem permanecer no cargo por enquanto, pois ainda cabe recurso. A informação foi divulgada pela TV Globo e confirmada pelo Estadão.

O governador foi procurado para comentar a decisão, mas não retornou até o momento da publicação. O espaço seguirá aberto.

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Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), o governador teve o mandato cassado por abuso de poder político e econômico. Foram apontadas irregularidades na execução de programas sociais, com a finalidade de ganhos eleitorais.

As outras acusações, de 2023, tiveram motivos semelhantes, como a distribuição de cestas básicas nas eleições de 2022. Na ocasião, o governador disse "confiar que as instâncias superiores eleitorais irão estabelecer a verdade".

A assessoria de imprensa do TRE-RR informou que a decisão será publicada até sexta-feira, 26, após levar a assinatura do juiz. A chapa foi eleita em 2022 no primeiro turno, com 56,6% dos votos válidos.

Em seu perfil no Instagram, Denarium está compartilhando uma série de stories de apoiadores que manifestam apoio a ele, desde a noite de segunda-feira, 22, quando o caso foi noticiado. Mensagens como "deixa o homem trabalhar", "não sou comissionado e estou com Denarium" e "só tacam pedra em árvore que dá frutos" foram escritas por apoiadores, que divulgaram fotos com o governador.

Para as eleições municipais deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adquiriu 220 mil novas urnas eletrônicas. Até o momento, mais de 175 mil unidades, cerca de 80% do total, já estão prontas e foram entregues aos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE). A expectativa, segundo a Justiça Eleitoral, é que a produção dos novos equipamentos seja concluída até o mês que vem.

Trata-se da segunda maior compra de urnas eletrônicas. O primeiro lugar permanece com 2020, quando foram adquiridas 225 mil unidades.

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Dentre as novidades deste ano, destaca-se o processador mais potente, que torna a urna 18 vezes mais rápida que a edição de 2015, por exemplo. Os novos modelos substituirão as versões de 2009, 2010 e 2011, que já chegaram ao fim do ciclo de vida útil. Estes equipamentos têm prazo de durabilidade de 10 anos, ou seis eleições consecutivas.

A Positivo Tecnologia, empresa que venceu a licitação realizada em 2021, está fazendo a produção por lote. Em maio de 2023, a organização produziu 246 novas urnas. Em julho, agosto e setembro, foram fabricados, respectivamente, 4.330, 23.647 e 26.422 equipamentos. A partir de outubro, o ritmo de produção subiu para 38.929 urnas e em novembro foi para 48.434. Já em dezembro, foram terminados 36.037 novos equipamentos.

Fabricação supervisionada

Uma equipe de servidores liderada pela Coordenadoria de Tecnologia Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (Cotel/TSE) acompanha todo o processo de montagem da urna. O grupo supervisiona ainda os testes que os equipamentos são submetidos ainda no galpão da empresa, em Ilhéus, interior da Bahia.

Quando aprovadas nos testes, as urnas recebem as tampas externas, e são embaladas e identificadas conforme o lote de produção. Depois disso, há ainda uma auditoria realizada por servidores do Tribunal no local de fabricação.

"Não desejo o mal para ele, mas não tem saída". A declaração é de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), a respeito da cassação do senador do Paraná Sergio Moro (União Brasil). Ao blog da jornalista Andreia Sadi, no g1, Valdemar afirmou não ter dúvidas da cassação de Moro. O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro é investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

A acusação no TRE-PR é protocolada pelo próprio Partido Liberal e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV). Os partidos alegam que Moro teria causado um desequilíbrio eleitoral com gastos excessivos de pré-campanha. Em parecer protocolado na noite da última quinta-feira, 14, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (PRE) se manifestou pela procedência dos pedidos formulados nas ações.

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Gastos de Moro excederam o razoável

De acordo com os requerentes, as irregularidades começaram quando Sergio Moro ainda era pré-candidato à presidência da República. A candidatura do ex-ministro à presidência foi descartada em maio de 2022. Para se candidatar ao Legislativo, Moro saiu do Podemos rumo ao União Brasil. Apenas os gastos na pré-campanha ao Senado alcançaram a marca de R$ 2 milhões.

O parecer assinado pelos procuradores eleitorais Marcelo Godoy e Eloísa Helena Machado sustenta que esse volume de gastos excede o limite razoável. De acordo com a acusação, em todo o processo de campanha, Moro teria gasto R$ 7 milhões, quando o teto permitido pela lei seria de R$ 4,4 milhões.

"O que torna a pré-campanha dos investigados abusiva, in casu, é o investimento vultoso de recursos financeiros realizado para a promoção pessoal, gerando grande visibilidade da pré-campanha, em detrimento dos demais candidatos ao Senado do Paraná", diz o documento.

O parecer lista despesas com viagens, coletivas de imprensa, assessoria de comunicação, serviços de advocacia e locação de veículos, entre outros. O uso "excessivo" desses recursos, segundo os procuradores, comprometeu a "lisura" e a "legitimidade" da eleição.

Michelle é cotada, mas não quer ser candidata

Ao blog da Andreia Sadi, Valdemar afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), cotada para a vaga ao senado que eventualmente seria aberta pela cassação de Moro, não tem interesse em disputar uma iminente eleição suplementar. O domicílio eleitoral de Michelle, atualmente, está sitiado no Distrito Federal. "Haveria tempo para transferir, mas ela não quer", disse Costa Neto ao blog da jornalista.

Michelle Bolsonaro é a mais cotada no PL, partido de Valdemar, para a disputa ao senado. O PT, o outro requerente da ação que pede a cassação do ex-ministro, também está interessado na vaga. A Coluna do Estadão apurou que os deputados federais do PT Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann pretendem disputar a possível vaga, além do ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara Ricardo Barros (PP).

No PL, além de Michelle, o ex-deputado Paulo Martins também é cotado para uma possível eleição suplementar. Martins ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado, perdendo para o ex-juiz por 250 mil votos. O caso de Moro pode ser julgado pelo TRE-PR já em janeiro do ano que vem.

O senador Sergio Moro (União-PR) foi ouvido nesta quinta-feira, 7, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) na ação que pode levar à cassação do seu mandato. Ele negou irregularidades nos gastos de campanha.

O Estadão apurou que o senador se recusou a responder às perguntas formuladas pelas partes e deu explicações apenas aos questionamentos do juiz do caso.

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A coligação Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que move uma das ações, preparou mais de 200 perguntas. Moro não era obrigado a comparecer ao depoimento nem a responder às indagações.

Ao deixar o prédio da Justiça Eleitoral, o senador falou com a imprensa e reiterou que todos os seus gastos de campanha foram declarados e respeitaram a legislação. "O que você tem é um monte de nada, um grande castelo de cartas que nós começamos a desmontar hoje", afirmou.

Moro enfrenta duas ações na Justiça Eleitoral, que o acusam de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação na campanha ao Senado.

Um dos processos é movido pelo diretório estadual do PL, com aval do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. O PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem Moro se aliou na campanha de 2022 contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles estavam rompidos desde que o ex-juiz deixou o cargo de ministro da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal para blindar aliados de investigações. A segunda ação é movida pela Federação Brasil da Esperança.

Os partidos questionam gastos na pré-campanha, quando Moro ainda estava filiado ao Podemos, e na campanha, quando o senador migrou para o União Brasil. São despesas como compra de carro blindado, compra de celular, evento partidário e viagem. As campanhas no Brasil são financiadas com recursos públicos do Fundo Eleitoral, que é repassado aos partidos para custear as candidaturas.

"O que me deixa profundamente ofendido, violado até neste aspecto, é quando as partes alegam que gastos com segurança deveriam ser considerados para a cassação do meu mandato", reagiu nesta quinta ao deixar o TRE. "Andar de carro blindado e andar com segurança não traz nenhuma vantagem em eleições."

Moro justificou que o reforço na segurança foi colocado como condição na negociação com os partidos para lançar candidatura. Disse ainda que a atuação na Operação Lava Jato e no Ministério da Justiça o colocaram como alvo. A Polícia Federal descobriu, em março, um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e matar o senador.

"Eu fui juiz da Lava Jato, vim ao Brasil para uma eleição altamente polarizada, na qual um candidato no passado chegou até a ser esfaqueado", justificou. "Além disso, meu trabalho como ministro da Justiça, que nós fomos para cima do crime organizado, exigia. E nós sabíamos que havia um risco de sofrermos atentado, como existe até hoje e como depois até se confirmou."

O senador também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Como mostrou o Estadão, ao mandar investigar o ex-juiz, o ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional do CNJ, começa a pavimentar o caminho para uma possível cassação do mandato, com base no mesmo precedente que deixou Deltan Dallagnol inelegível.

O Conselho Nacional de Justiça vai investigar se Sergio Moro usou a magistratura com fins político-partidários e se cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Lava Jato.

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) confirmou, nesta terça-feira (21), a cassação do mandato do governador Antonio Denarium (PP). Os magistrados rejeitaram recursos contra decisão de agosto deste ano, quando Denarium foi condenado por promover um programa de distribuição de cestas básicas durante a campanha eleitoral de 2022, quando concorreu à reeleição.

O tribunal apenas reconheceu um "erro material" e corrigiu o acórdão do julgamento para substituir a expressão "cassação de chapa" por "cassação do diploma". O governador poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até a decisão definitiva, portanto, ele permanece no cargo.

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O Avante, que pediu a inelegibilidade de Denarium, apontou uso de "programas sociais destinados a pessoas carentes com intuito eleitoreiro". De acordo com a legenda, o governador aumentou o número de beneficiados pelo programa em 50 mil famílias, o que é vedado pela lei eleitoral. O partido também alegou que o governo de Denarium gastou mais que o dobro dos anos de 2020 e 2021 em cestas básicas - mais de R$11 milhões.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) absolveu os ex-deputados federais Roberto Jefferson e sua filha, Cristiane Brasil, pelas ofensas feitas à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado. Em um vídeo divulgado por Brasil, o parlamentar aparecia comparando a ministra a "prostitutas" e "vagabundas". O caso foi registrado como injúria, mas a magistrada não participou das oitivas, o que impossibilitou o processo de avançar. 

“A não oitiva da vítima impossibilita concluir a ocorrência de tais ofensas a partir de sua perspectiva própria, ainda que evidentemente graves e absolutamente reprováveis os fatos narrados na denúncia, sem mencionar o contexto em que proferidas as ofensas, o meio em que divulgadas e as condições pessoais da vítima - porquanto só ela – e ninguém além dela – pode afirmar que se sentiu injuriada no caso concreto, ou seja, que os fatos imputados aos acusados violaram efetivamente sua honra subjetiva", escreveu a juíza eleitoral Débora de Oliveira Ribeiro. 

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Apesar da não manifestação de Cármen Lúcia, o Tribunal considerou os fatos "indiscutivelmente insultuosos", do ponto de vista "meramente objetivo, as falas direcionadas à pessoa da Exma. Sra. Ministra”. O Ministério Público pediu o interrogatório dos acusados. Para o TRE, no entanto, isso não seria suficiente para que fossem condenados, uma vez que a oitiva da vítima é indispensável. 

A defesa de Jefferson e Cristiane, feita pelos advogados João Pedro Barreto e Juliana David, optou por não se manifestar após a desistência da oitiva da vítima. À época, os ataques ocorreram após Cármen Lúcia votar a favor de punir a Jovem Pan por declarações de comentaristas da emissora consideradas distorcidas e ofensivas a Lula. A gravação foi publicada no perfil de Cristiane Brasil. 

As eleições para conselheiro tutelar acontecem neste domingo (1º), em todo o território nacional. Neste ano, o processo será feito com uso de urnas eletrônicas nas cidades com mais de 30 mil habitantes, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que fez o empréstimo dos aparelhos. No estado, 2.459 urnas foram distribuídas para 32 municípios. Às demais cidades do estado foram enviadas 1.481 urnas de lona, utilizando a cédula de votação para indicar o candidato escolhido por cada eleitor.

O TRE-PE informou ainda que a responsabilidade da organização, listagem dos eleitores aptos, distribuição de seções e zonas eleitorais, e divulgação dos resultados cabe às Comissões Especiais montadas em cada Conselho Tutelar.  

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No Recife, a Comissão Especial do Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), divulgou a lista dos 149 locais de votação na cidade, distribuídos em cada Região Político Administrativa (RPA).  

Os eleitores terão até às 17h para comparecer à seção portando o título e um documento de identidade com foto. 

 

No próximo domingo, dia 1º de outubro, serão realizadas as eleições para conselheiro tutelar em todos os municípios do Brasil. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as eleições dos membros do Conselho Tutelar são realizadas a cada quatro anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao das eleições gerais, para governadores e presidente. Neste ano, um diferencial torna o pleito mais modernizado, com o uso das urnas eletrônicas em todo o território nacional, resolução aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para entender melhor sobre o tema, o LeiaJá conversou com conhecedores do assunto, que explicaram detalhes sobre a campanha e a atuação dos conselheiros tutelares. 

Segundo o advogado Raphael Costa, presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jaboatão dos Guararapes, e membro da Comissão Especial de Direito Eleitoral da OAB Nacional, a existência do Conselho Tutelar é prevista desde a promulgação do ECA, mas a votação dos conselheiros se tornou um processo eleitoral unificado, em todo o território nacional, a partir de 2012. “As eleições começaram a ser implantadas em cada cidade, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente já prevê a existência dos Conselhos Tutelares, e pela municipalização, os conselhos municipais de defesa da criança e do adolescente, é que vão coordenar as eleições”, comentou. 

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No Recife, quem coordena as eleições é a comissão eleitoral criada no Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica). Segundo o jurista, o Comdica escolhe, por meio de votação interna, quem fará parte da comissão eleitoral que estará à frente do sufrágio universal. Isso acontece em todas as cidades do Brasil, em cada Conselho Municipal. “A comissão eleitoral é que vai dirigir os trabalhos da eleição. Isso sob a coordenação do Comdica, onde vão ser colocadas as instâncias de resolução de problemas. Primeira instância sendo a comissão eleitoral, e não resolvendo, o pleno do Comdica se reúne para resolver”, complementou Costa. 

As comissões eleitorais, dos Conselhos Municipais, têm como responsabilidade coordenar todo o processo, desde a a divulgação do edital, que foi feito em abril, até o dia da votação. Os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) ficam encarregados em ceder as urnas eletrônicas, capacitar as equipes de mesários e dar suporte técnico no dia da eleição. O TRE-PE vai disponibilizar 2.503 urnas eletrônicas para 32 municípios. Apenas os municípios com, no mínimo, 30 mil eleitores poderão contar com urnas eletrônicas. O TRE-PE dispõe da listagem de cada seção eleitoral que estará disponível no estado, basta pesquisar no portal utilizando os dados do título de eleitor

O papel do conselheiro tutelar 

Segundo o presidente do Comdica Recife, Wellignton Pastor, o ECA estabelece que exista, no mínimo, um Conselho Tutelar, com cinco conselheiros, em cada município, podendo variar para menos, de acordo com a população de cada unidade municipal. Eles são responsáveis pela proteção e propagação dos direitos das crianças e adolescentes. “São órgãos que compõem a rede do Sistema de Garantia de Direito de Crianças e Adolescentes, e eles são a porta de entrada para os demais serviços”, disse ao LeiaJá

Nas cidades grandes, os Conselhos Tutelares são distribuídos pelas regiões político administrativas (RPAs). No Recife, existem oito RPAs, indo da 1 a 6, sendo que as RPAs 3 e 6 são subdividas em A e B, para dar conta das populações nos bairros. “Inclusive, a Prefeitura estuda a possibilidade de ampliar o número de Conselhos Tutelares, porque com a publicação do novo censo do IBGE, que aumentou a população aqui de Recife, no futuro esse número de Conselhos Tutelares deve aumentar”, adiantou. 

Para se submeter a um cargo no Conselho Tutelar, é preciso preencher determinados requisitos, como explica o presidente do Comdica Recife: “Ser maior de 21 anos, morar no território [da RPA correspondente], ter idoneidade moral. Precisa ser uma pessoa que também seja reconhecida pela comunidade, pela sociedade, enquanto um defensor dos direitos humanos”, explicou. 

Processo seletivo 

O regulamento da seleção dos candidatos possui algumas etapas padrão, que são a inscrição, a prova, e a escolha feita pela sociedade. No entanto, alguns municípios incluem outras etapas no processo, como explica o presidente Wellignton. “O processo aqui em Recife, a nossa etapa é composta por cinco momentos. O primeiro é o da inscrição, onde o candidato precisa entregar toda a documentação. Depois disso, a gente faz uma análise. Aquelas pessoas que apresentaram os documentos de forma correta, elas vão para a segunda etapa, que é do exame psicotécnico. Todas as etapas de Recife são eliminatórias, da primeira à última. Depois do exame psicotécnico, eles vão para a prova de conhecimento, é a terceira etapa”, ele listou. 

“Depois da prova de conhecimento, eles vão para o momento do sufrágio, que é a hora do voto. É onde a sociedade vai escolher ali aquelas pessoas que elas consideram que estão mais preparadas para ocupar esse equipamento. E a última etapa, que é a quinta, é o processo de formação. Eles passam por um processo de capacitação, de reciclagem, para poder, no dia 10 de janeiro [de 2024], ser empossados na condição de conselheiro ou conselheira tutelar”, continuou. 

São 40 vagas para conselheiro tutelar no Recife, sendo cinco para cada RPA. As eleições na capital pernambucana contam com 88 candidatos no total, conforme a seguinte distribuição: RPA 1 tem 13 candidatos; RPA 2, 11; RPA 3, 19; RPA 4, 10; RPA 5 tem 14; e RPA 6, 21. 

Como acontecem as campanhas 

A resolução elaborada pelo Comdica Recife determina certas regras para a campanha dos candidatos. O advogado Raphael Costa ainda ressalta, ao apresentar o edital, a importância da leitura da normativa para compreender os procedimentos permitidos durante a campanha eleitoral. 

Segundo uma resolução, divulgada em 24 de agosto pelo Comdica Recife, apenas alguns tipos de material são permitidos no período de campanha, sendo eles: Folders, Santinhos, adesivos micro perfurados para veículos de passeio, adesivos plásticos, praguinha adesiva, broches e jingles. 

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), por meio de resoluções, determina as práticas vedadas durante as campanhas e conduta dos candidatos antes, durante e após o pleito. 

 

Ante um ambiente adverso no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná - após mudanças na composição da Corte que podem pôr sob risco seu mandato -, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) atribui a 'especulações fantasiosas' as ações que o acusam de abuso do poder econômico. 'São mero estratagema do PT para calar, à moda venezuelana, à oposição democrática', declarou Moro ao Estadão nesta segunda-feira, 17.

O TRE do Paraná passou por alterações recentes em seus quadros. Essas mudanças podem abrir caminho para um cenário desfavorável a Moro, segundo apuração do jornal Folha de São Paulo, confirmada pela reportagem do Estadão.

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Ex-juiz na própria Justiça paranaense, Moro é investigado principalmente por suspeita de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022, com gastos eleitorais acima dos limites estabelecidos pela lei. O processo ainda está em fase de produção de provas, mas tanto adversários políticos quanto aliados apontam que mudanças recentes no TRE-PR prejudicaram o clima favorável que o senador desfrutava até o mês passado.

A principal mudança foi a troca na relatoria do processo, que estava nas mãos de Mário Helton Jorge. Em junho, o desembargador uniu as ações do PT de Lula e do PL de Bolsonaro que pedem cassação de Moro por caixa 2 e, em uma de suas últimas ações no TRE, tomou decisão favorável a Moro negando pedidos de diligências dos partidos, a começar pela expedição de mandado de busca e apreensão contra o ex-juiz, inclusive com o recolhimento do celular do parlamentar, além de quebra de seus sigilos telemático, bancário e fiscal.

Helton Jorge voltou a manifestar-se em favor de Moro, negando ao PL excluir testemunha da defesa na ação. Pela postura do desembargador, a expectativa era de que ele daria um parecer contra a representação.

No entanto, Helton acabou afastando-se da relatoria depois que espalhou-se um discurso seu afirmando que a cultura do Paraná é 'superior' à das regiões Norte e Nordeste. O próprio Tribunal de Justiça do Paraná veio a público dizer que não endossa a postura do desembargador, que encerrou o mandato no TRE em 4 de julho.

A relatoria da ação, então, foi assumida pelo desembargador D'Artagnan Serpa Sá que não é identificado como adepto dos métodos da Lava Jato e é apontado como um magistrado com independência para barrar eventuais pressões de aliados de Moro.

A posse de novos integrantes no tribunal, no dia 5, também aumentam a tensão que pesa contra Moro. O advogado Julio Jacob Junior, por exemplo, é ligado ao ex-governador tucano Beto Richa, que foi alvo da Operação Lava Jato. Além disso, Jacob Junior foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril. O juiz Anderson Ricardo Fogaça também é visto como entre os que poderiam votar contra Moro se houverem provas consistentes.

Há também aliados do ex-juiz no tribunal e a situação não está definida. Contudo, o cenário não é favorável. Depois do TRE, o Tribunal Superior Eleitoral também deverá dar seu posicionamento - em junho, o mesmo tribunal determinou a cassação de Deltan Dallagnol, aliado de Moro na Operação Lava Jato.

O que o PL imputa ao ex-ministro de Bolsonaro?

Na ação em tramitação no TRE, que foi unida à ação do PT, o PL sustenta que a pré-campanha de Moro foi 'irregular' e causou 'desequilíbrio eleitoral', desde o momento em que o senador divulgou sua filiação ao Podemos e a pré-candidatura ao cargo de presidente da República, até ele ser eleito pelo União Brasil ao Senado pelo Paraná.

"Os investigados orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná", argumentou o partido.

A ação movida pela legenda atribui a Moro: suposta captação ilícita e gastos ilícitos de recursos, o caixa 2; abuso de poder econômico por violação ao limite de gastos da campanha; uso indevido dos meios de comunicação; desvios dos recursos partidários.

O que o PT imputa ao algoz de Lula na Lava Jato?

Já o partido de Lula aponta indícios de que Moro usou 'recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construção e projeção de sua imagem enquanto pré-candidato de um cargo eletivo no pleito de 2022, independentemente do cargo em disputa'.

"Há diversos indicativos de que em conluio, os investigados realizaram triangulação de valores do fundo partidário e do fundo eleitoral também entre os dois partidos políticos pelo qual o ex-juiz foi pré-candidato, praticando inúmeras ilicitudes que afrontam expressamente as normas eleitorais, além de poderem configurar ilícitos comuns, a serem apurados pelos órgãos competentes", sustentou o PT.

O processo movido pelo PT imputa a Moro captação ilícita de recursos, abuso de poder econômico, apropriação de recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral e possíveis crimes de caixa 2 e lavagem de recursos públicos.

COM A PALAVRA, O SENADOR SERGIO MORO

À reportagem do Estadão, o senador Sergio Moro manifestou-se afirmando que as ações - protocoladas tanto pelo PT quanto pelo PL - 'se baseiam em especulações fantasiosas' e são mero 'estragema do PT' junto com 'oportunistas que perderam a eleição' para calar 'a oposição democrática'. Confira a nota na íntegra:

As ações se baseiam em especulações fantasiosas, como a de que a minha pré-candidatura presidencial seria mero subterfúgio para me tornar conhecido no Paraná, o que não faz o menor sentido. No fundo, são mero estratagema do PT para calar, à moda venezuelana, a oposição democrática, aliado a oportunistas que perderam a eleição. É um desrespeito à democracia e a 1,953 milhão de eleitores paranaenses.

A defesa do senador também se manifestou a respeito dos gastos de campanha que teriam superado o teto estabelecido de R$ 4,4 milhões. Moro declarou R$ 5,2 milhões, mas a defesa, em nota, afirma que certos gastos não são incluídos no limite. Leia na íntegra:

Quanto a prestação de contas, a defesa do senador explica que foi aprovada, por unanimidade, pelo TRE-PR. No limite de gastos, a lei exclui custos com honorários de advogados e contador, por exemplo.

O desembargador Mário Helton Jorge, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, decidiu unir as ações em que o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, pedem a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil). O magistrado viu 'conexão' entre as imputações das legendas ao ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça - suposto abuso de poder econômico e caixa 2.

Com a decisão assinada nesta terça-feira, 13, as ações tramitam em conjunto, seguindo parecer do Ministério Público Eleitoral. Os processos também tem como alvo os suplentes de Moro, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra. A defesa da chapa nega todas as imputações.

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Em seu despacho, o desembargador Mário Helton Jorge 'organizou' e deu andamento aos processos. Ele determinou diligências. As provas colhidas em cada uma das apurações podem ser compartilhadas.

Acolhendo pedidos do PL e do PT, Mário Helton Jorge mandou requisitar informações sobre Moro junto aos diretórios nacional e paranaense do Podemos e do União Brasil.

O desembargador eleitoral já sinalizou que, após a reunião de tais documentos, serão adotadas providências para depoimento em juízo das testemunhas listadas pelo PL e pelo PT e também as que foram arroladas pela defesa do senador.

Os advogados de Moro apontaram, por hora, apenas uma testemunha em ambas as ações: o ex-deputado Deltan Dallagnol, cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral sob alegação de suposta 'fraude à Lei da Ficha Limpa para poder se candidatar no pleito de 2022.

O desembargador despachou nas ações impetradas contra Moro uma semana após a Câmara confirmar a cassação do ex-procurador que chefiou a força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Como mostrou o Estadão, a cassação de Deltan gerou burburinho em Brasília sobre o risco do ex-juiz também perder o mandato.

Mário Jorge negou pedidos de diligências dos partidos de Lula e Bolsonaro, a começar pela expedição de mandado de busca e apreensão contra Moro, inclusive com o recolhimento do celular do parlamentar, além de quebra de seus sigilos telemático, bancário e fiscal.

Em meio ao pleito de 2022, a Justiça Eleitoral chegou a determinar busca no apartamento do ex-juiz, para apreender material de campanha. O imóvel foi listado como comitê eleitoral.

O que o PL imputa ao ex-ministro de Bolsonaro?

Na ação em tramitação no TRE, o PL sustenta que a pré-campanha de Moro foi 'irregular' e causou 'desequilíbrio eleitoral', desde o momento em que o senador divulgou sua filiação ao Podemos e a pré-candidatura ao cargo de presidente da República, até ele ser eleito pelo União Brasil ao Senado pelo Paraná.

A exposição “Místicos e Bárbaros: Corpo, Sabor e Fé” exalta a presença de artistas paraenses dentro do cenário da Semana de Arte Moderna de 1922. O evento, com visitação gratuita, foi organizado pelos colecionadores de obras de arte que são membros do Poder Judiciário paraense e ocorre até o dia 15 de janeiro de 2023, de segunda a sábado, de 8 às 15 horas, e no domingo, de 9 às 13 horas, no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), em Belém.

A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação sócio-artístico-cultural realizada de 13 a 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo, a fim de propor uma nova elaboração da arte nacional. Ao completar 100 anos, a Semana ainda representa um marco nas artes brasileiras.

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Na exposição do TRE-PA, pinturas, esculturas e objetos com estilo modernista englobam os acervos pessoais de advogados e juristas, mostrando a presença regional dentro dos parâmetros artísticos nacionais. O nome da exposição é baseado no livro do poeta paraense Antônio Tavernard.

No Pará, apesar da intensa atividade literária, a realidade na década de 1920 era difícil. Pouco se explorou sobre a temática na região, por conta da distância e da desvalorização dos artistas locais.

Para o professor Paulo Nunes, doutor na área de Letras e pesquisador sobre a “Geração Peixe Frito”, grupo de escritores paraenses de grande influência no modernismo brasileiro, faltou reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Estado. “Não tínhamos contato com São Paulo. Nosso Brasil era outro, ia praticamente até a Bahia. Norte e Nordeste, mais próximos, tinham mais o que aprender, trocar e dialogar. Nós, amazônidas, devido às nossas revistas culturais, como ‘A Semana’ e a ‘Belém Nova’, publicávamos autores sudestinos e sulistas, portanto os conhecíamos. Mas o contrário não ocorria. Quanto a desvalorizar e desconhecer o que nossos artistas produziam, até hoje, no geral, é importante deixar a Amazônia como locus do exótico, do primitivo: é um modo de nos desvalorizar”, disse o pesquisador.

Paulo Nunes destaca, também, a importância de dar palco às obras regionais, visto que existem pintores, escultores, escritores, entre outros, que possuem uma relevância histórica no mundo das artes a ser considerada. “É como se tivéssemos de ‘matar um leão por dia’ (desculpe a metáfora antiecológica). Espaço de valorização no eixo São Paulo/Rio de Janeiro é briga constante, como se precisássemos do aval do outro para sermos reconhecidos. Grandes autores, talvez eu esteja enganado, produzem sem se preocupar com o julgamento do outro; eles produzem o melhor que sabem... Veja os exemplos de Eneida, Dalcidio Jurandir, Max Martins, Bruno de Menezes, Lindanor Celina. Eles marcaram porque fizeram bem feito, para nos emocionar. Suas obras atravessaram o tempo”, explicou.

Por Giovanna Cunha (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) desaprovou, na quarta-feira (14), a prestação de contas do deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL). O documento final assinado pelo desembargador Sergio Nascimento aponta que o parlamentar teve as contas rejeitadas por causa de gastos eleitorais feitos antes da entrega parcial da prestação de contas e informados com valores divergentes no relatório fornecido pela campanha.

Segundo a análise do TRE, os valores irregulares somam R$ 116.881,48, o que representa 16% do total de gastos da campanha de reeleição do parlamentar (R$ 723.530,10). Entre as irregularidades identificadas, o documento afirma que o gasto mais significativo não informado na prestação de contas parcial foi no valor de R$ 115 mil e se refere a despesas com serviços de assessoria jurídica.

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Segundo o desembargador Sergio Nascimento, a conduta do parlamentar foi caracterizada como infração grave, tendo como base o parágrafo 6º, do art. 47 da Resolução TSE n. 23.607/2019, que define que "a não apresentação tempestiva da prestação de contas parcial ou a sua entrega de forma que não corresponda à efetiva movimentação de recursos caracteriza infração grave, salvo justificativa acolhida pela justiça eleitoral, a ser apurada na oportunidade do julgamento da prestação de contas final".

Outras contas rejeitadas

Além de Eduardo Bolsonaro, outros quatro parlamentares eleitos tiveram suas prestações de contas rejeitadas na mesma sessão: o deputado estadual reeleito Teonilio Barba (PT) e os deputados estaduais eleitos Luiz Claudio Marcolino (PT) e Fabiana B. (PL).

O relator do processo do deputado estadual reeleito Teonilio Barba, o juiz Mauricio Fiorito, afirmou que o parlamentar deve devolver ao Tesouro Nacional o total de R$ 269,8 mil, o que representa 30% do total de despesas contratadas pelo candidato (R$ 895,6 mil). Essa quantia foi destinada a arcar com gastos de pessoal e empresas prestadoras de serviços e de locação de imóvel.

Luiz Claudio Marcolino teve as contas desaprovadas por despesas com pessoal custeadas com verbas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha que não foram comprovadas regularmente. Segundo o TRE-SP, os contratos de trabalho enviados pelo parlamentar eleito estavam incompletos - sem o local de trabalho e relatório de atividades. Além disso, nos documentos apresentados, não foi possível identificar beneficiários dos pagamentos, uma vez que os fornecedores não foram pagos com cheques cruzados, como determina a Resolução TSE nº 23.607/2019. Foi determinado que Marcolino devolva R$ 197,5 mil ao Tesouro Nacional e R$ 14 mil ao partido pelo pagamento com outros recursos de campanha.

Fabiana, eleita deputada estadual com o nome de Fabiana B., terá que devolver R$ 996 mil para o Tesouro Nacional. Segundo setor técnico do TRE-SP, foram encontradas irregularidades nos contratos, com ausência de informações como carga horária, local de trabalho e especificação das atividades. Os documentos faltantes também incluem comprovação de gasto com combustível e despesa com gráfica sem detalhar o material produzido. O órgão também verificou a realização de gastos eleitorais antes da entrega de prestação de contas parciais.

Segundo o TRE-SP, a desaprovação das contas de campanha não impede a diplomação dos eleitos, que tem como data limite a próxima segunda-feira (19), uma vez que cabem recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em nota, a advocacia responsável pelas contas de Fabiana afirmou que a desaprovação foi uma "surpresa" e que a deputada eleita irá entrar com um recurso. "Acreditamos que esta decisão será revertida, posto que todos os documentos que comprovam os gastos foram devidamente apresentados", completa a nota.

A reportagem também entrou em contato com os outros citados na matéria, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria. O espaço está abeto para manifestações.

O ex-ministro da Justiça e senador eleito, Sergio Moro (União Brasil-PR), poderá ser investigado por supostas irregularidades na prestação de contas de sua campanha eleitoral. De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná reprovou, pela terceira vez desde outubro, as manifestações enviadas pela equipe do ex-juiz. 

O Tribunal teria avaliado que Moro cometeu infração grave na documentação. Depois que a defesa do conservador apresentou em uma tréplica novos comprovantes para justificar gastos considerados inconsistentes, mais uma vez a documentação foi rejeitada.  As contas de Moro poderão se tornar alvo de uma investigação mais rigorosa, segundo a coluna. 

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Apenas três despesas foram revistas e acatadas pela área técnica: um saque para composição de fundo de caixa no valor de R$ 1.500 e o lançamento de notas fiscais emitidas por dois fornecedores diferentes. No início de novembro, quando foi solicitada a reapresentação da prestação de contas, o ex-juiz afirmou que o relatório da Justiça Eleitoral era padrão e natural neste período de pós-campanha. 

No primeiro relatório, foram indicados sete tipos de gastos que não teriam sido esclarecidos, além de fazer ressalva em outras três ocorrências. À época, Moro teve três dias para enviar sua tréplica. Um novo prazo para reapresentação não foi mencionado. 

Os eleitores que não votaram no primeiro turno das eleições deste ano têm até a próxima quinta-feira (1º) para justificar a ausência. O procedimento é necessário para que o eleitor não tenha o título suspenso e deve ser realizado a cada turno em que houver falta, no prazo máximo de 60 dias após a data da votação.

Para quem faltou ao segundo turno, o prazo é até 9 de janeiro de 2023. Para justificar a ausência, o eleitor pode usar o aplicativo e-Título, o mesmo usado para identificação à mesa receptora, ou pode acessar o sistema Justifica no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco.

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É necessário que a pessoa anexe documentos que justifiquem a ausência. “Documentos como atestados médicos, passagens aéreas, voucher de hotel podem ser usados, desde que demonstrem que o eleitor não estava em seu domicílio eleitoral no primeiro turno”, explica Marta Vaz, coordenadora da Central de Atendimento ao Eleitor, que funciona no Forte das Cinco Pontas, no centro do Recife. 

A documentação que comprova o motivo da ausência à eleição deverá ser anexada ao requerimento para análise da autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título. Caso a justificativa seja aceita, haverá o registro no histórico do título eleitoral. Se a justificativa for indeferida, o eleitor precisará quitar o débito. 

O acesso ao aplicativo e-Título está disponível somente para quem está com o título eleitoral regular ou suspenso. Ao acessar o Sistema Justifica, a eleitora ou o eleitor deverá informar os dados pessoais (exatamente como registrados no cadastro eleitoral), declarar o motivo da ausência às urnas e anexar a documentação comprobatória digitalizada. Em seguida, será gerado um código de protocolo para acompanhamento e o requerimento será transmitido à zona eleitoral responsável pelo título do eleitor ou da eleitora para análise. Após a decisão, a pessoa será notificada. 

Os faltantes também podem entregar o Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição) em qualquer cartório eleitoral ou enviá-lo via postal à autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título. Este Requerimento é diferente daquele preenchido no dia da eleição.

Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual a pessoa não tenha comparecido por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência de cada um, separadamente, obedecendo aos requisitos e prazos.

A Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do TRE Pernambuco promove, na próxima quinta-feira (1º), das 9h ao meio-dia, no plenário do tribunal, o 2º encontro do Ciclo de Estudos Mulheres na Política, uma iniciativa que visa debater os obstáculos a serem superados para uma maior participação feminina na política.

No evento, serão promovidos dois painéis: o primeiro deles será o “Participação das Mulheres na Política: Avanços e Novos Desafios” e, na sequência, haverá o painel “Mulheres Negras na Política”. O evento é presencial e aberto ao público mediante inscrição prévia através de um formulário on-line, com vagas limitadas. Para se inscrever, clique aqui.

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A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Cláudia Buchianeri será uma das participantes do evento. Ela será uma das expositoras do painel “Participação das Mulheres na Política: Avanços e Novos Desafios”, ao lado da desembargadora eleitoral do TRE-PE e diretora da EJE, Mariana Vargas, da também desembargadora eleitoral Iasmina Rocha e da advogada e vice-diretora da Escola Superior da Advocacia, Renata Berenguer.

O painel “Mulheres Negras na Política” terá como expositoras a juíza de direito Luciana Maranhão, a professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Yumara Vasconcelos, a diretora do coletivo Rede de Mulheres Negras, Mônica Oliveira, e a diretora-geral adjunta da OAB-PE, a advogada Manoela Alves.

Idealizadora e coordenadora do evento, a desembargadora eleitoral Mariana Vargas, primeira mulher a Dirigir a EJE, destaca a necessidade do debate sobre a participação feminina na política como uma das razões para a sua realização. “Apesar dos avanços na legislação e na jurisprudência, no Brasil, a participação das mulheres nos espaços da política ainda é muito tímida. No cenário mundial, o Brasil apresenta uma das piores performances, no que se refere à equidade de gênero na Politica. Por isso, precisamos intensificar o debate sobre esta pauta, que é fundamental para toda a sociedade”, afirma.

A EJE realizou, nos meses de julho e agosto, o 1º Ciclo de Estudos Mulheres na Política dirigido a integrantes da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e a representantes de partidos políticos, quando abordou, além da participação feminina na política, a capacitação sobre propaganda eleitoral e prestação de contas.

21 Dias de Ativismo

Este ciclo de estudos promovido pela EJE/TRE-PE está inserido no movimento “21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A campanha, que se inicia no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra no país, traz reflexões sobre os variados cenários da violência de gênero contra meninas e mulheres, com a contextualização de suas vulnerabilidades.

O movimento criado pelo CNJ, que busca sensibilizar a sociedade para o tema, sobretudo no Judiciário, se inspira na ação mundial denominada 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher, que se iniciou em 1991, intitulada “as mariposas”, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas, em 1960, na República Dominicana. Submetidas às mais diversas situações de violência e tortura, dentre elas, o estupro, as irmãs foram silenciadas pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo, no dia 25 de novembro de 1960.

Serviço

- 2º Encontro do Ciclo de Estudos Mulheres na Política

- Quando: 1/12, das 9h ao meio-dia, na modalidade presencial.

- Onde: Sala de sessões do TRE Pernambuco - Av. Governador Agamenon Magalhães, nº 1.160, Derby, Recife-PE - CEP 52010-904

- Aberto ao público mediante inscrição prévia on-line por meio deste link

- Vagas limitadas

- Informações: (81) 3194 9444

*Do TRE

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) multou o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), por uso da máquina pública em sua campanha pela reeleição. O valor fixado foi de R$ 21.282,00. Seu candidato a vice, Eugênio Zuliani, foi multado em R$ 5.320,50.

A decisão atendeu a pedido da coligação Juntos por São Paulo, que apoiou o candidato Fernando Haddad (PT) ao governo. A coligação alegou que Garcia transformou visitas a prédios estaduais, como hospital, ambulatório, escola e quartel da Polícia Militar, em atos de campanha eleitoral, veiculando fotos e vídeos em suas redes sociais.

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Garcia ainda poderá recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) mandou bloquear o perfil do senador Renan Calheiros (MDB) no Instagram até o final do segundo turno da eleição. Ele também foi condenado a pagar uma multa de R$ 700 mil.

As punições foram impostas porque o senador descumpriu uma decisão anterior, que o obrigou se retratar após divulgar um vídeo com críticas ao candidato ao governo de Alagoas Rodrigo Cunha (União Brasil). Calheiros é padrinho político do atual governador, Paulo Dantas (MDB), que busca a reeleição.

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O direito de resposta deveria ter sido publicado na conta do senador no Instagram. Ele já havia ficado sem acesso ao perfil por 24 horas por descumprir a determinação.

O desembargador Felini de Oliveira Wanderley disse que a "recalcitrância" justifica o endurecimento da multa e do bloqueio de acesso à rede social. "Todo esse quadro de recalcitrância em cumprir sentença judicial devidamente fundamenta e proferida por juiz competente merece glosa deste Tribunal, por ser uma conduta incompatível com o postulado Republicano", escreveu.

O senador foi condenado depois de publicar um vídeo em que acusa Rodrigo Cunha de se "envolver em desvio de combustível no Senado, de defender orçamento secreto, de se recusar a assinar a CPI, de enviar dinheiro para compras superfaturadas (tratores e caminhões de lixo), de empregar a namorada na prefeitura de Maceió, de mandar custeio da saúde para Rio Largo". A publicação foi removida pelo Instagram após ordem judicial.

COM A PALAVRA, O SENADOR

A reportagem entrou em contato com a assessoria do senador e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Juiz deu 48h para adequação do veículo à legislação (reprodução). 

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Um fusca completamente adesivado com a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi proibido de circular até o dia 30 de outubro, quando ocorre a votação do segundo turno das eleições. De acordo com a Justiça Eleitoral do Paraná, a legislação determina que carros públicos ou privados não podem ter mais de meio metro da lataria coberta por propaganda eleitoral.

A decisão foi expedida pelo juiz Luiz Fernando Montini, da 124ª Zona Eleitoral de Palotina (PR), no dia 14 de outubro. Nela, o magistrado argumenta que busca "evitar quaisquer interpretações que remetam à 'censura'".

O documento foi publicado no site Conjur. "Determino a intimação do requerido dando a ele a oportunidade de regularizar o veículo extraindo os dizeres que remetam à candidatura expressa, ou adequando o veículo com indicação do candidato na medida máxima de meio metro quadrado", afirmou Montini, no texto. O juiz também determinou que, caso sua decisão não seja cumprida em um prazo de 48 horas, o veículo deve ficar recolhido até o fim da votação do segundo turno.

 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Pernambuco determinou a retirada de publicações com pesquisas em que Raquel Lyra (PSDB) aparece na frente de Marília Arraes (SD) no segundo turno. Duas pessoas foram multadas, uma delas é o vereador de Petrolina, capitão Alencar (Patriota). 

 As pesquisas compartilhadas nas redes sociais não tinham registro e, como punição, a desembargadora eleitoral auxiliar Virgínia Gondim Dantas fixou a multa de R$ 53,2 mil ao vereador sertanejo e a um homem identificado como Ricardo Alexandre de Oliveira, de Bonito, no Agreste do estado. 

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 A magistrada considerou que os conteúdos podem causar "influência irregular", com "enorme potencial de desequilibrar a disputa para o segundo turno". Ela também frisou que as pesquisas servem para avaliar o desempenho dos candidatos e podem ser alvo manipulação de dados. Os dois homens multados podem recorrer da sentença. 

Um açougue goiano, Frigorífico Goiás, fez uma promoção inusitada nessas eleições: algumas carnes nobres, como picanha e cupim, foram vendidas a R$ 22 o quilo, em alusão ao número de urna do candidato Jair Bolsonaro (PL). Além do tumulto causado pelo grande número de consumidores que procurou o estabelecimento, a promoção se tornou alvo da Justiça. O desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, Wilton Müller Salomão, pôs fim ao desconto na tarde deste domingo, 2.

A decisão foi dada no âmbito de uma representação eleitoral ajuizada pela Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PC do B e PV, às 23h30 do sábado (1º). Tamanha foi a repercussão do desconto, que imagens aéreas mostram consumidores em torno de todo o quarteirão onde fica a casa de carnes.

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A propaganda da Picanha Mito mostra uma foto de Bolsonaro segurando embalagens do frigorífico, um vídeo de uma tábua de carne ao lado de uma arma de fogo e uma embalagem de Cupim Mito.

A primeira dama, Michele Bolsonaro, comentou a publicação, parabenizando o estabelecimento pelo patriotismo.

Um dos argumentos da Federação autora da medida judicial é de que a continuidade da promoção causará artificialmente estados mentais a favor dos candidatos do Partido Liberal sob o n.º 22, inclusive ao candidato a Governador de Goiás.

O pedido ainda solicita que o juiz encaminhe cópias do processo para a Polícia Federal, para que se apure o crime previsto no artigo 334 do Código Eleitoral - utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores.

O relator deferiu uma liminar às 13h22 da tarde deste domingo, 2. Ele determinou que o Frigorífico Goiás encerrasse imediatamente a promoção e apagasse as publicações das suas redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Nos autos, está documentada a expedição de mandado para intimação e citação do estabelecimento, mas não há confirmação de que foi cumprido.

Até a publicação desta reportagem, o Frigorífico Goiás não havia removido as publicações. Nos seus stories, o estabelecimento apenas repostou notícias da liminar compartilhadas por seus consumidores.

COM A PALAVRA, FRIGORÍFICO GOIÁS

A reportagem entrou em contato com o Frigorífico Goiás. Contudo, até a publicação desta reportagem, não teve resposta.

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