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O polêmico serviço de transporte alternativo Uber começou a oferecer viagens de helicóptero nesta segunda-feira (13), inicialmente apenas em São Paulo. De acordo com a empresa, o projeto-piloto deve durar um mês. Durante este período, a empresa pretende testar e aprimorar o modelo de negócio. Para solicitar o táxi aéreo, o usuário só precisa ter o aplicativo instalado.

Os helicópteros transitarão entre cinco heliportos e quatro aeroportos - Guarulhos, Congonhas, Campo de Marte e Viracopos. Para solicitar o serviço, basta selecionar a opção "UberCOPTER" no aplicativo. Depois, o usuário deverá informar o número de passageiros e o peso de casa pessoa. Também será necessário confirmar quantas bagagens de mão ou malas serão transportadas.

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A partir desses dados, o Uber informa o valor e tempo da viagem. O preço também inclui uma corrida com o serviço de carros de luxo Uber Black, que levará o passageiro até o heliporto mais próximo. O táxi aéreo estará disponível todos os dias da semana, entre às 7h e 20h.

A tarifa fixa é cobrada por assento. Será possível ir do hotel Blue Tree na Avenida Faria Lima ao Aeroporto de Guarulhos em apenas 11 minutos por R$ 271 para cada pessoa, por exemplo. O Uber afirma que os voos seguem as regras de segurança da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O serviço é uma parceria com a empresa francesa Airbus e três operadoras de táxi aéreo.

A Secretaria de Transportes e Trânsito de Guarulhos (STT) estuda um meio de regulamentar os aplicativos de transporte individual, categoria em que se encaixam Uber e Cabify. Segundo o secretário Atílio Pereira, a intenção é garantir a segurança do usuário. “Enquanto o transporte individual não estiver regulamentado e só o aplicativo, o Uber não vai poder agir na cidade. Eu estou dizendo que a regulamentação individual pode contemplar o Uber desde que ele se regularize como todos os outros prestadores de serviço, como o táxi.”

Os taxistas, através de seu sindicato, já haviam entrado na justiça em outubro do ano passado e março deste ano a fim de suspender o funcionamento do aplicativo Uber na cidade, porém, nenhum dos pedidos teve êxito. O juiz Rafael Tocantins Maltez, da 2ª vara da Fazenda Pública, considera que os pedido são inconstitucionais, já que a presença do serviço como opção faz jus a regra de livre iniciativa, livre concorrência e liberdade de profissão.

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O sindicato pondera que a lei não autoriza a exploração do serviço de transporte individual para aqueles que não são taxistas, e que o serviço é notadamente clandestino e faz concorrência desleal com a atividade desenvolvida por profissionais de quem são exigidos diversos documentos para a prática.

O norte-americano Uber, que chegou no Brasil em 2014, alega ter mais de 10 mil motoristas cadastrados, que "não são funcionários, e sim parceiros" segundo a própria empresa, que se define como "plataforma de serviços que faz a conexão do passageiro com o motorista". Já Condutax, que é a autorização para conduzir táxis no Brasil, existem 255 mil espalhados pelo país. O novo concorrente nesse segmento é o Cabify, aplicativo espanhol, que está funcionando em São Paulo desde o dia 7 deste mês e ainda não possui números oficiais.

Rival do Uber, o app de caronas pagas Cabify começou a operar no Brasil nesta segunda-feira, 6, começando pela cidade de São Paulo. O serviço, de origem espanhola, possui um modelo de funcionamento parecido com o concorrente norte-americano: o usuário entra no aplicativo, solicita a viagem e, em poucos minutos, um motorista particular deverá estar no local apontado.

Entretanto, o Cabify aposta em uma cobrança baseada na quilometragem percorrida pelo motorista - e não o tempo - para se diferenciar do mercado de caronas pagas.

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"O Cabify começou, em 2011, focado para intermediar carros de luxo com um público diferenciado", explica o chefe de operações do app no Brasil, Daniel Velazco Bedoya, em entrevista concedida ao jornal "O Estado de S. Paulo" em maio deste ano. "Com o tempo, porém, começamos a achar novos mercados e começamos a adaptar nossa demanda."

Atualmente, o Cabify conta com inúmeras categorias de corrida, como carros de luxo e outra voltada unicamente para os chamados "táxis pretos". Aqui no Brasil, no entanto, a única modalidade disponível é o Cabify Light: parecido com o Uber X, a categoria admite carros mais simples, desde que tenham um conforto mínimo, como ar-condicionado, e sejam de um modelo 2011 ou mais recente.

Assim, para se diferenciar no mercado de caronas pagas, o Cabify aposta em duas frentes: a ausência de tarifa dinâmica (taxa que multiplica o valor da corrida de acordo com a demanda por carros naquela hora) e a cobrança por quilometragem. Sobre o primeiro quesito, o app espanhol atinge um ponto muito criticado do Uber: quando o serviço possui menos carros e mais solicitações de corridas, o preço sobe. No Cabify, isso não irá acontecer. Além disso, o aplicativo recém-lançado também irá cobrar as corridas de um jeito diferenciado: ao invés de fazer um cálculo entre tempo gasto e distância percorrida, o serviço cobra apenas pela extensão do trajeto.

"O usuário irá entrar no serviço já sabendo qual será o valor a ser pago", explica Bedoya. "Não haverá surpresas nem uma variação no valor. A não ser que o usuário peça para alterar o trajeto."

Além disso, o app conta com alguns recursos e facilidades dentro do app, como a possibilidade de fazer reservas antecipadas de corrida e a existência de múltiplas contas dentro do app, podendo alternar no momento que quiser. "A pessoa poderá agendar um carro para te buscar em determinado lugar no dia anterior, para não ter a preocupação no dia seguinte", conta Bedoya.

Briga

Apesar de dizer que não enxerga os táxis como concorrentes, Bedoya diz que poderá acontecer alguns problemas entre o app e os taxistas. "Nós sabemos que alguns conflitos poderão acontecer", afirma o chefe de operações do Cabify no Brasil. "É um mercado de táxis muito fechado, muito restrito. Quando alguém mexe nele, podem surgir atritos. Mas não queremos nos afastar dos taxistas. Nós fazemos o que eles fazem."

Futuro

As expectativas do aplicativo espanhol no Brasil são altas. A empresa quer, em breve, começar a trabalhar com a categoria de "táxis pretos" e expandir para mais cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro.

"Esperamos que usuários e possíveis parceiros da plataforma nos vejam de maneira positiva no mercado brasileiro", afirma Bedoya. "O Cabify quer ajudar a alterar a lógica da mobilidade no País."

A Prefeitura de São Paulo apresentou na quinta-feira, 2, uma nova proposta para fiscalizar aplicativos de transporte, como o Uber. Na quarta-feira, 1º, a gestão Fernando Haddad (PT) havia anunciado a realização de leilões para a venda de créditos por quilômetro rodado, mas agora as empresas terão de quitá-los após o término das viagens, em um sistema de vendas "pós-pago".

Segundo o chefe de gabinete da São Paulo Transporte (SPTrans), Ciro Biderman, o método permitirá à Prefeitura ter controle sobre as empresas por meio do preço de cada crédito cobrado para a prestação de serviço na cidade. "O que faremos é um sistema pós-pago. Quando notarmos que a venda de créditos se aproxima do limite, aumentamos o valor do crédito", disse Biderman.

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As empresas vão pagar para o Município R$ 0,10 a cada quilômetro rodado. Quando a Prefeitura verificar que o limite de circulação está perto de ser atingido, o valor do crédito aumenta, até que, para o usuário, a tarifa se aproxime do preço de uma corrida de táxi, por exemplo. Assim, a gestão petista espera equilibrar o uso das ruas por carros de aplicativos e dos taxistas.

Para isso, ainda segundo Biderman, a Prefeitura terá acesso à "nuvem" de informações das empresas de aplicativos, acompanhando em tempo real quanto cada carro tem circulado. É esse compartilhamento de dados que vai determinar se a empresa está liberada para trabalhar na cidade.

Biderman disse que três empresas já iniciaram as tratativas para liberar o acesso da Prefeitura às suas informações. A primeira deve começar a funcionar legalizada já na próxima semana, mas o gestor não adiantou qual será.

Na quarta-feira, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, havia afirmado que o plano da Prefeitura era vender créditos antes de serem usados, em leilão. Dissera também que não haveria regras para evitar que uma única empresa comprasse todos os créditos, o possibilitaria a existência de monopólio.

Tatto afirmou na quinta-feira, porém, que se "explicou mal" sobre o assunto e confirmou o sistema pós-pago. "O que quis dizer sobre monopólio foi me adiantar", explicou, acrescentando que, aumentando o valor dos créditos, caberia às empresas decidir se queriam manter sua operação naquele cenário, mais caro, ou se suspenderiam a operação até o preço cair.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura abrirá uma brecha na liberação de aplicativos de transporte, como o Uber, para que apenas uma empresa do setor rode na cidade. A gestão Fernando Haddad (PT) já recebeu documentação de três empresas do ramo e agora deverá marcar uma data para realização de um leilão para a venda dos créditos que liberam essas empresas para trabalhar. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que o único critério para essa compra será o preço - e permitirá que uma única empresa compre todos eles.

"Vamos definir uma data. As empresas que se credenciarem até essa data, a gente vai soltar os créditos em um mesmo dia", disse. "Uma empresa pode levar tudo. É preço", disse Tatto.

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Tatto minimizou os prejuízos de um eventual monopólio na cidade - e afirmou que outros leilões vão ocorrer. A data da oferta dos créditos não foi revelada.

Esses créditos são importantes porque, pelas regras da Prefeitura, permitem que empresas como a Uber operem de forma legalizada. Cada crédito dá direito a um carro da empresa a rodar 1 quilômetro e terá lance inicial de R$ 0,10. O total de créditos na primeira oferta não foi definido - deve superar os 500 mil créditos.

Tatto afirmou ainda que, nos leilões futuros, após o primeiro lote de quilômetros se esgotar, as ofertas seguintes terão preços diferenciados. Haverá créditos com lances iniciais mais baratos, mas exclusivos para determinada região da cidade ou determinado horário.

A classificação do serviço prestado pelos taxistas como um monopólio e a defesa da existência de serviços como o Uber constam de um estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), citado pela própria Prefeitura durante o processo de regularização do aplicativo. Este começou com a apresentação de um projeto de lei à Câmara Municipal, que não chegou a ser votado, e terminou com a edição de um decreto do prefeito.

O secretário de Transportes disse ainda que, no momento, especialistas estão aferindo as tecnologias existentes para que a Prefeitura possa fiscalizar as empresas que pretendem trabalhar no setor.

Mudanças

Como afago aos taxistas, opositores da liberação do Uber, Tatto confirmou ainda que vai mudar as regras de fiscalização dos taxistas, conforme adiantou ontem a Folha de S. Paulo: eles não terão mais de fazer vistoria anual nos veículos. Passarão a ser fiscalizados por amostragem ou após reclamações de usuários.

Tatto negou que a mudança seja uma "frouxidão" na fiscalização. Disse que o Departamento de Transportes Públicos (DTP) não fazia o serviço de forma eficiente. "Os caras (taxistas) chegam lá naquelas empresas credenciadas, trocam o pneu do táxis ou dão R$ 20 para o carro passar. Onde está a fiscalização nisso?"

"Você faz a fiscalização aleatória, e existem parâmetros científicos para isso, e também por denúncia", disse o secretário. "O conceito de fiscalizar é dar as prerrogativas para o cara operar. Em vez de você ter um time no DTP e nesses credenciados, você potencializa a fiscalização dessa forma."

Não há prazo para a mudança começar a valer. Ela ainda vai depender de estudos sobre a necessidade de adaptação da legislação e também sobre o pagamento de taxas anuais pelos taxistas à Prefeitura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma família de quatro irmãos foi agredida e teve seu carro danificado por taxistas que pensavam se tratar de uma corrida do Uber. A violência aconteceu na noite desta terça-feira, 31, próximo ao Aeroporto de Brasília. A 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) investiga o caso.

Os irmãos haviam recém chegado de viagem e foram apanhados no aeroporto pela mulher de um deles. Os taxistas, pensando que fosse um serviço do Uber, perseguiram a família, quebraram o vidro traseiro e arranharam a lateral direita do carro.

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Segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, as vítimas tentaram explicar várias vezes aos agressores que eram apenas uma família voltando para casa após uma viagem ao Recife. Não adiantou.

Quando eles desceram do carro para verificar os estragos, foram agredidos. "Socos, pontapés, barras de ferro e até uma faca", enumeraram à polícia. Os irmãos tiveram vários ferimentos e foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames.

O vendedor Clécio Alves relatou à polícia que sua família foi encurralada pelos taxistas. Segundo seu depoimento, eles gritavam: "Mata que é Uber".

A ocorrência seria uma consequência de uma espécie de "troca de farpas" entre taxistas e motoristas do Uber que havia ocorrido mais cedo, também nas imediações do aeroporto. De acordo com a polícia, sete condutores do Uber foram agredidos e tiveram seus veículos danificados por um grupo de taxistas.

O caso foi registrado como dano material e lesão corporal e os carros serão periciados no Instituto de Criminalística, conforme informações dos policiais.

Em nota enviada à reportagem, o aplicativo Uber informou que considera inaceitável o uso de violência. "Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se mover pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente", diz o texto.

A empresa afirmou esperar que seus motoristas "não se envolvam em brigas e discussões", optando por contatar imediatamente a polícia sempre que se sentirem ameaçados. O Uber está criando um mapa das ocorrências de agressões, para monitoramento.

A falta de punição aos taxistas agressores é uma das principais críticas dos condutores do Uber. O Sindicato dos Taxistas do Distrito Federal não foi localizado pela reportagem para comentar o ocorrido.

O Ministério Público Estadual instaurou inquérito para investigar a regulamentação do Uber e demais aplicativos usados para o transporte individual e particular de passageiros na capital via decreto. A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social vai apurar se o ato do prefeito Fernando Haddad (PT) configura "desvio de finalidade e violação aos princípios da administração, especialmente, o da impessoalidade".

A investigação tem como pano de fundo o fato de o sobrinho do prefeito Guilherme Haddad Nazar e seu ex-secretário de Negócios Jurídicos Luis Fernando Massonetto trabalharem na Uber. Nazar ocupa cargo operacional na empresa e Massonetto é consultor jurídico. O pedido de apuração foi feito pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), principal defensor dos taxistas na Câmara Municipal.

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De acordo com o promotor de Justiça Wilson Ricardo Tafner, os fatos relatados, se configurados, podem caracterizar violação aos princípios constitucionais administrativos, podendo incorrer na prática de ato de improbidade administrativa por parte do prefeito, por isso, a necessidade de apuração.

A impessoalidade do ato, segundo Amadeu, se deu quando Haddad resolveu liberar o serviço sem o aval da Câmara - que se negou a votar o tema em plenário -, revelando ter interesses privados na questão, já que a "medida poderia beneficiar seu sobrinho e também Massonetto", que seria amigo pessoal do prefeito.

O parlamentar argumenta que no caso de Massonetto, há suspeita de que o profissional, por ter ocupado função pública recentemente, tenha passado informações privilegiadas adquiridas no exercício do cargo à empresa - o advogado deixou de ser secretário municipal em fevereiro do ano passado e passou a prestar consultoria à Uber em agosto do mesmo ano.

Procurada na tarde desta terça-feira, dia 31, a gestão Haddad ainda não se manifestou.

Pessoas com carreiras sólidas, que perderam seu emprego em meio à crise, buscam o sistema Uber como alternativa para trabalho. Segundo o MTE - Ministério do Trabalho e Emprego -, só no mês de março de 2015, 12.907 vagas foram abertas, enquanto que, no mesmo período deste ano, foram fechadas 32.616 vagas.

A Uber não divulga dados, mas afirma que o crescimento de parceiros [motoristas], atualmente, está na casa dos dois dígitos semanalmente.

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O advogado e motorista da Uber, que não quis ser identificado, relata “Optei em ser parceiro Uber por conta da atual fase em que o país se encontra, passamos por uma reforma política, social e econômica, onde o desemprego já atingiu muitos brasileiros. As pessoas não compram e não vendem mais; empresas estão demitindo funcionários para cortar gastos. Minha profissão também foi atingida pela crise; meus clientes, que me pagavam semanalmente, deixaram de pagar (...) então, vi na Uber uma oportunidade de renda extra; afinal, tenho minha família e contas para pagar.”

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Fábio Sabba, porta-voz da Uber, comentou que motoristas particulares também procuram a plataforma: “A gente viu muitos motoristas particulares que estavam interessados em entrar na plataforma, mas tinham carros sem os requerimentos que o Uber X tinha naquele tempo”.

Atualmente, a gama de carros aceitos pela empresa é maior. Para ser motorista da Uber é necessário ter no mínimo 21 anos, ter carteira de trabalho e ficha sem antecedentes criminais. 

O advogado, que agora é motorista da Uber afirma “Não deixei minha profissão, consigo conciliar as duas. Na Uber é possível tirar cerca de 4 mil reais por mês, mas conheço parceiros que chegam a 7 mil mensais; claro, depende do tempo de trabalho de cada motorista. Duas vantagens que considero boas é a possibilidade de fazer meus próprios horários e não ter tido burocracias para me tornar motorista”

 

 

Uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a validade de uma lei municipal que proibia o funcionamento de aplicativos para transporte remunerado de passageiros em Sorocaba, no interior de São Paulo. Com isso, o serviço do Uber fica provisoriamente liberado no município.

A liminar, divulgada nesta segunda-feira, 23, foi dada em ação direta de inconstitucionalidade movida pela Procuradoria-geral do Estado contra a Câmara e a prefeitura. A ação ainda será terá seu mérito apreciado.

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A lei, baseada em projeto do vereador Francisco França (PT), foi aprovada por unanimidade pela Câmara em setembro de 2015. Como não foi sancionada no prazo pela prefeitura, a lei acabou promulgada em dezembro daquele ano. A norma estipulava multa de R$ 5 mil, apreensão do veículo e outras sanções em caso de descumprimento. Na época, o serviço de Uber ainda não tinha chegado à cidade.

A PGE entendeu que a legislação de Sorocaba contraria diretrizes da lei federal que dispõe sobre a Política Nacional de Mobilidade Urbana, violando competência legislativa privativa da União. E ainda, que a proibição ofende os princípios da livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor. Os argumentos foram acatados, em decisão provisória, pelo TJ. A prefeitura e a Câmara ainda não foram notificadas.

Desde que começou a operar nos Estados Unidos, em 2009, o Uber vem causando polêmica. A disparidade de valores entre o serviço prestado pelo Uber e pelos táxis provoca uma eterna guerra entre os profissionais e, até mesmo, clientes. Para apaziguar este cenário de guerra, pernambucanos do Cômodo Coletivo criaram o aplicativo AngryTaxis – ferramenta disponível na plataforma web e para dispositivos Android que serve para registrar denúncias contra a conduta inadequada de motoristas. A proposta é simples – melhorar a qualidade do serviço com base na fiscalização dos clientes.

A ideia do Cômodo Coletivo - formado por Pedro Borges, Tulio Felipe, Julio Melo e Victor Luna - surgiu junto com a chegada do Uber ao Recife. Não demorou muito para que começassem a surgir casos de agressão entre taxistas e motoristas do transporte individual de passageiros via aplicativo.

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"Não estamos levantando a bandeira nem do Uber nem dos taxistas. Estamos do lado do passageiro. O produto leva o nome de AngryTaxis, mas as denúncias de qualquer maltrato em relação a transporte podem ser feitas na plataforma", explica Pedro Borges, um dos criadores do aplicativo.

A plataforma serve tanto para a denúncia quanto para o elogio de motoristas. Para isso, é necessário fornecer informações como placa do veículo, a data e a hora em que a má prestação do serviço ocorreu, além do CPF e nome do passageiro.

Segundo os criadores do aplicativo, o cadastro é feito de forma segura e os dados não são expostos – uma forma de proteger a privacidade do usuário. Os relatórios das denúncias são enviados aos órgãos de fiscalização competentes, como o sindicato dos taxistas e a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

Os números não mentem. A demanda pelo aplicativo era eminente. Só no primeiro dia de funcionamento, o AngryTaxis registrou mais de 3 mil acessos. A intenção é disponibilizar a ferramenta também para dispositivos iOS na próxima semana.

O AngryTaxis está disponível neste site e pode ser baixado também para dispositivos Android na Google Play.

As confusões com clientes do Uber parecem não cessar. Nesta quarta-feira (18), a internauta Jéssica Vilaça relatou mais um episódio de desrespeito ao cliente. O caso de violência seguiu durante um percurso do bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, até Setúbal, na Zona Sul.

Em seu relato, a usuária conta que o motorista, mesmo utilizando o GPS para traçar a rota para o destino, errou o percurso três vezes, até que a passageira resolveu se pronunciar.  “Para ‘compensar’ o erro, ele propôs dar ré na Abdias de Carvalho (de forma ilícita) para pegar a entrada correta. Eu neguei e pedi para ele fazer o caminho corretamente”. 

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Os erros, de acordo com a internauta, não pararam por aí. “Pela quarta vez, ele errou o caminho e eu, prontamente, reclamei. O motorista parou na entrada da Via Mangue (via expressa que não tem espaço para pedestre) e mandou eu descer do carro e procurar outro meio de transporte. Me recusei a descer e ele começou a dizer que o carro era dele e ele fazia o que queria, que não tinha obrigação de me deixar em casa e ira finalizar a corrida ali”.

De acordo com ela, como forma de se proteger, iniciou uma gravação por todo o restante do trajeto e, mesmo com medo, permaneceu no carro. “Ele começou a falar que concordava com a atitude de certos taxistas, que passageiros como eu mereciam esse tipo de atitude e parou o carro de novo [...] Ele disse que não ia me levar em casa, que ia para casa dele e eu continuasse se eu quisesse”. 

Antes mesmo de chegar ao destino, o motorista parou o carro e a passageira iniciou a descida do automóvel. Contudo, sob a alegação de que estava sendo filmado, “ele começou a acelerar o carro com meu corpo metade para fora. Comecei a gritar falando que ele esperasse eu descer (o pneu já tinha batido no meu calcanhar, machucando-o)”.

Posição da empresa Uber

A usuária relatou que enviou um email ao Uber contando o fato, porém, o posicionamento inicial foi a oferta de R$ 20 para compensar o transtorno. Um segundo contato foi feito através da ligação de um responsável do aplicativo pedindo desculpas e se colocando  à disposição para qualquer atitude a mais que a passageira quisesse tomar em relação ao caso. 

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O serviço de carros com motoristas particulares Uber apresentou, nesta quinta-feira (19), o seu primeiro modelo de carro autônomo. O veículo, modelo Ford Fusion, está em fase de testes nas ruas de Pittsburg (EUA). O Uber faz parte de uma associação, junto com o Google, Ford e outras empresas, que pretende atuar junto aos legisladores para impulsionar a entrada destes automóveis no mercado americano.

O Ford Fusion híbrido do Uber está coletando dados de mapeamento e testando suas capacidades de direção pelas ruas de Pittsburg. O Uber diz que o veículo é equipado com uma variedade de sensores, incluindo radares, scanners a laser e câmeras de alta resolução para mapear detalhes do ambiente. O Google realiza os mesmos testes em Mountain View, na Califórnia.

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Apesar de serem autônomos, os veículos sempre trazem um motorista treinado durante os testes. "Estamos focados em acertar a tecnologia e garantir que é segura para todos nas estradas - pedestres, ciclistas e outros motoristas", escreveu o Uber em seu blog.

"Acreditamos que esta tecnologia vai significar menos congestionamento, transportes mais baratos e acessíveis, e muito menos vidas perdidas em acidentes de carro", complementa a empresa.

Em abril, o Uber e outras quatro empresas lançaram uma associação que tem como objetivo trabalhar com os legisladores, os reguladores e o público a fim de aproveitar vantagens - em termos de segurança e para a sociedade - dos veículos autônomos. O Google, assim como outras empresas do setor de tecnologia, há vários anos trabalha com o desenvolvimento de carros que dirigem sozinhos. 

A gigante americana da tecnologia Apple, que deseja reforçar sua presença na China, investiu US$ 1 bilhão no aplicativo chinês de reserva de táxis Didi Chuxing, número um do país e rival do americano Uber.

Este é o investimento individual mais importante que Didi já recebeu, o que torna o grupo californiano um de seus investidores estratégicos, indicou o conglomerado chinês que opera o aplicativo em um comunicado.

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O novo investimento coincide com um momento de notícias ruins para a Apple. Depois da queda nas vendas do iPhone no último semestre, na quinta-feira (12) a empresa perdeu o posto de número um em capitalização na bolsa em todo o planeta para a gigante da internet Alphabet, matriz do Google.

"O apoio da Apple nos dá um ânimo enorme", celebrou Cheng Wei, fundador e diretor da Didi. Ao mesmo tempo, o CEO da Apple, Tim Cook, declarou à agência oficial estatal de notícias chinesa que prevê muitas oportunidades para uma cooperação mais profunda entre os dois grupos.

A região chinesa - China continental, Macau, Hong Kong e Taiwan - representa o segundo maior mercado da Apple, atrás apenas dos Estados Unidos, mas a empresa viu a redução de sua participação no mercado de smartphones por conta dos concorrentes locais, entre eles Xiaomi e Huawei.

Ao entrar no capital do aplicativo Didi, a empresa americana se aproxima das duas grandes empresas de internet da China que respaldam o aplicativo - Tencent, operadora do serviço de mensagens WeChat, e Alibaba, número um do comércio online no país.

O Didi Chuxing afirma que domina 99% do mercado chinês de reservas de táxis online e mais de 85% do setor de reservas de veículos privados com motorista, com 300 milhões de usuários registrados.

No entanto, a empresa precisa lidar com o êxito do Uber, que chegou à China no início de 2014 e que alcançou quase 15% do mercado, com base em colossais investimentos, necessários para subsidiar os trajetos de seus clientes e aumentar, assim, sua base de usuários.

A estratégia tem um custo pesado - o Uber, que recebe principalmente apoio do Baidu, outro gigante chinês da internet, anunciou recentemente que perdia US$ 1 bilhão ao ano na China.

Para enfrentá-lo, o Didi arrecadou bilhões de dólares no ano passado. "Para a Apple, sem dúvida é um excelente negócio associar-se com um aplicativo que tem uma grande base de usuários e onde acontecem pagamentos com muita frequência", afirma o site de finanças Huxiu.

De fato, a Apple lançou em fevereiro na China o próprio serviço de pagamento, Apple Pay, mas encontra dificuldades para lutar com as plataformas de pagamento rivais do Alibaba, o Alipay, e Tencent, bem implementadas no país e que dominam o mercado.

Mesmo com o decreto do prefeito Fernando Haddad (PT), a "novela" envolvendo a regulamentação de aplicativos de transporte como o Uber pode não ter chegado ao fim. Dois projetos de lei elaborados por deputados estaduais querem proibir o funcionamento desse serviço em todo o Estado de São Paulo.

As propostas são de autoria dos deputados Campos Machado (PTB) e Igor Soares (PTN) e já receberam pareceres favoráveis nas comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Transportes. Ambos foram juntados e estão prontos para serem incluídos na pauta de votação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

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Os projetos foram feitos no ano passado, quando teve início a polêmica do Uber na capital. Segundo Machado, o objetivo da proposta é a "proteção do sistema e dos profissionais taxistas" e do "cidadão que utiliza o serviço público". O deputado, que é aliado do vereador Adilson Amadeu (PTB), principal opositor do Uber na Câmara Municipal, alega que carros como os do Uber "não oferecem segurança" aos passageiros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Taxistas contrários ao Uber e outros aplicativos de transporte, regulamentados pelo prefeito Fernando Haddad (PT) nesta terça-feira (10), fazem novos protestos em São Paulo na manhã desta quarta-feira (11). Os motoristas se concentram em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central, com um carro de som. Mais cedo, alguns atearam fogo em pneus e bloquearam a Avenida 23 de Maio, principal corredor de ligação entre as zona norte e sul.

Três faixas da esquerda da 23 de Maio, sentido Aeroporto de Congonhas, foram interditadas com a barricada feita pelos taxistas. Carros só conseguiam trafegar pela faixa exclusiva da direita, destinadas aos ônibus. A Polícia Militar apagou o fogo e liberou a via.

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A Polícia Militar fechou o Túnel Papa João Paulo II, sob a Avenida Prestes Maia, para a passagem de veículos. Um pequeno protesto aconteceu no local. Os carros tiveram de pegar uma pista lateral para acessar o Corredor norte-sul.

Regras

O decreto de Haddad estabelece limites para o funcionamento dos aplicativos com base na quilometragem rodada. Os carros das empresas de tecnologia poderão fazer um número de viagens equivalente ao de 5 mil táxis tradicionais. E terão de pagar uma outorga, variável de acordo com a oferta e a demanda e estimada, inicialmente, em R$ 0,10 por quilômetro.

Os aplicativos deverão compartilhar as informações com o poder público, detalhando origem e destino de cada viagem, tempo do trajeto, quanto o passageiro esperou e os itens cobrados. A Prefeitura, por sua vez, promete compartilhar essas informações com a população. As empresas terão de ser credenciadas e passarão a chamar Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs).

A publicação do decreto que regulariza o uso de aplicativos para transporte individual de passageiros pode não ser o ponto final da novela que se tornou a liberação do Uber e de empresas similares em São Paulo. Mesmo depois da "canetada" do prefeito Fernando Haddad (PT), a Câmara Municipal promete manter o debate aceso e votar novo projeto de lei sobre o tema, desta vez atendendo a parte das reivindicações dos taxistas.

Quem lidera o movimento é a própria bancada do PT, que promete apresentar um esboço da ideia já na semana que vem. Segundo o vereador Paulo Fiorilo, a intenção é propor um texto que atenda a duas das principais demandas dos taxistas: limitar o número de carros de aplicativos nas ruas e criar um mecanismo que torne os preços praticados pelos aplicativos mais próximos da tarifa dos táxis. A proposta ainda deve englobar algumas das regras definidas pela Prefeitura, como a criação de um sistema de cobrança pelo uso do viário urbano, com base na venda de créditos por quilômetro rodado.

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"Podemos avançar nesse sentido e sem entrar nesse clima de Fla-Flu. Essa novela ainda não terminou. Não dá para os taxistas competirem com o Uber com valor mais alto de tarifa. O debate sobre o preço deve ser ampliado na cidade", disse Fiorilo, que admite não ter conversado pessoalmente com o prefeito sobre a intenção da bancada. "Mas ele sabe, não é traição, não", completou.

Os taxistas exigem que a Câmara limite a 2 mil os carros operados por aplicativos nas ruas - o equivalente a 5% da frota atual de táxis. O número é inferior ao divulgado pela Prefeitura, que pretende iniciar o credenciamento com 5 mil veículos, podendo chegar a 12 mil de forma gradativa. "Podemos encontrar um meio-termo nessa questão. Metade da proposta do prefeito, por exemplo", diz Fiorilo.

A posição do PT é a mesma de outros partidos, como PMDB, PSDB, PP e PV. Na semana passada, nove líderes partidários defenderam publicamente a continuação dos debates no Legislativo. Mesmo representantes dos taxistas, como os vereadores Adilson Amadeu (PTB) e Salomão Pereira (PSDB), sinalizam apoio a um novo projeto.

Se vingar, caberá a Haddad sancionar ou não lei que torne a regulação dos aplicativos definitiva. Um decreto, segundo o presidente da Casa, Antonio Donato (PT), "é frágil juridicamente". Já o respaldo de uma lei daria segurança tanto à Prefeitura como aos aplicativos.

Habilidade

Para a oposição, o resultado é fruto da falta de habilidade do prefeito. "O tema Uber foi muito mal conduzido por Haddad. O certo agora é começar tudo de novo", diz Ricardo Nunes (PMDB). Na terça-feira, 10, sem politizar o tema, o governo alegou que decisões judiciais delegam regulação ao Executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Fernando Haddad (PT) regulamentou na terça-feira (10), por decreto, o funcionamento do Uber e de outros aplicativos de transporte em São Paulo. Como reação, taxistas promoveram protestos na frente da Prefeitura e na Avenida 23 de Maio, principal corredor de ligação entre as regiões norte e sul da capital. Hoje, prometem bloquear o acesso aos dois aeroportos e às três rodoviárias (Tietê, Jabaquara e Barra Funda).

Às 23h, os protestos contra o decreto já somavam 11 horas, chegando a atingir quatro locais simultaneamente. O movimento envolveu inicialmente mais de uma centena de carros na região do Anhangabaú, que se dispersou por volta das 20 horas. Um grupo seguiu acampado na frente da Prefeitura, outro se reuniu na Praça Charles Miller (Pacaembu).

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Motoristas ainda partiram na direção dos Aeroportos de Congonhas, na zona sul, e Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Um número menor de taxistas queimava pneus para bloquear os acessos ao Terminal do Tietê, enquanto outro grupo prometia buzinaço de madrugada na frente da casa de Haddad, no Paraíso. Após parar a Marginal do Tietê, no sentido de Guarulhos, um grupo mais ativo bloqueou a Via Dutra rumo a Cumbica. Na zona sul, a ação se concentrava na Marginal do Pinheiros, perto da Ponte do Morumbi. Apesar das manifestações, o trânsito geral na capital ficou abaixo da média.

Os atos de taxistas começaram ao meio-dia, na Prefeitura, após o anúncio das novas regras, e se intensificaram depois das 17h. No Corredor Norte-Sul, um motorista tentou avançar sobre os taxistas, que estavam fora dos carros, e houve confusão. Cinco motoristas acabaram atingidos nas pernas, com ferimentos leves.

O motorista teve o carro depredado - e o mesmo ocorreu com outro carro preto que tentou furar o bloqueio. Os manifestantes ainda lançaram rojões contra o Edifício Matarazzo. O Viaduto do Chá só foi liberado às 20 horas, mas um grupo de taxistas se manteve no local e organizou uma fogueira.

"Eu sou taxiiiista/ Com muito orguuulho/ Com muito amoooor", cantavam alguns dos 300 motoristas que fecharam o Viaduto do Chá. Outros eram menos educados e xingavam o prefeito. "O trabalhador taxista paga as taxas para a Prefeitura", reclamava a taxista Andréa Cachar, de 43 anos. "E agora o prefeito quer regulamentar um serviço que não cria arrecadação? É sem lógica."

O presidente do Sindicato dos Motoristas nas Empresas de Táxi (Simdetaxi), Antonio Matias, o Ceará, disse que a proposta do prefeito é "inconstitucional". "Vamos acampar na Prefeitura e vamos fechar os aeroportos e as rodoviárias desde a primeira hora (de hoje)."

Regras

O decreto de Haddad estabelece limites para o funcionamento dos aplicativos com base na quilometragem rodada. Os carros das empresas de tecnologia poderão fazer um número de viagens equivalente ao de 5 mil táxis tradicionais. E terão de pagar uma outorga, variável de acordo com a oferta e a demanda e estimada, inicialmente, em R$ 0,10 por km.

Os aplicativos deverão compartilhar as informações com o poder público, detalhando origem e destino de cada viagem, tempo do trajeto, quanto o passageiro esperou e os itens cobrados. A Prefeitura, por sua vez, promete compartilhar essas informações com a população. As empresas terão de ser credenciadas e passarão a chamar Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs).

"Hoje tivemos o primeiro passo para garantir que aplicativos que fazem a intermediação de viagens por meio de tecnologia tenham um lugar na cidade", declarou o Uber, por meio de nota, sem informar se iria adaptar-se às regras. Pedro Somma, executivo da 99, antiga 99Táxis, também elogiou a iniciativa. "Vimos como uma evolução", afirmou. A empresa, no entanto, não sabe se vai operar nessa modalidade. "O taxista é um motorista profissional, não é uma pessoa querendo complementar a renda", disse.

Haddad defendeu a regulamentação como forma de impedir que os aplicativos crescessem a ponto de inviabilizar os táxis. "Do jeito que está, as empresas coletam Imposto sobre Serviços e não pagam outorga. Mas o número de táxis é insuficiente para uma cidade do nosso tamanho e há espaço para os dois tipos de serviço." (Colaborou Mariana Diegas)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que começou a operar nos Estados Unidos, em 2009, o Uber vem causando polêmica. Em março deste ano, o aplicativo passou a funcionar também no Recife, prometendo economia de até 40% aos seus usuários. A novidade agrada, já que 98,9% dos que já utilizaram o Uber aprovam o novo modo de transporte. Os dados são de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio.

A disparidade de valores entre o serviço prestado pelo Uber e pelos taxistas provoca uma eterna guerra entre os profissionais e, até mesmo, clientes. Na última quarta-feira (4), a Câmara dos Vereadores do Recife colou o assunto em pauta, numa audiência pública que causou discussão entre as duas partes

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Ao ser descrita em números, a rivalidade mostra uma diferença quando se trata da avaliação dos clientes. Segundo a pesquisa do IPMN, 39,8% dos recifenses utilizam o táxi para deslocamento, mas apenas 2,9% destes passageiros acreditam que o serviço prestado pode ser avaliado como ótimo - no Uber, o índice de aprovação chega a impressionantes 98,9%.

Apesar do alto índice de aprovação, cerca de 36,3% dos recifenses nunca ouviram falar do aplicativo que conecta passageiros e motoristas. Entre os que conhecem o Uber, 67% dos entrevistados acreditam que o serviço deve continuar operando no Recife. Este debate originou uma pesquisa pública iniciada pelo vereador Jayme Asfora (PMDB), na última quinta-feira (5). O formulário questiona se aplicativos como o Uber devem ser regulamentados na capital pernambucana. 

Até esta segunda-feira (9), 5,6 mil pessoas responderam ao questionário. Para o peemedebista, a sociedade precisa ser escutada de forma ampla sobre esse processo. "É preciso encontrar soluções para esse impasse que, infelizmente, está desaguando em casos de violência que não podem se repetir. Nada se resolve no grito", pontua Asfora. O formulário está disponível neste link e ficará acessível até o próximo dia 20.

Levantamento

A pesquisa do IPMN ouviu 623 pessoas no Recife, nos dias 3 e 4 de maio. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Um grupo de 50 taxistas bloqueia os acessos à Prefeitura de São Paulo como protesto contra liberação do aplicativo Uber. Pelo WhatsApp, estão convocando colegas a participar do protesto.

O número de manifestantes ainda é pequeno. São cerca de 50 pessoas que bloquearam, com os carros, o acesso à Rua Doutor Falcão Filho. À pé, fora do carro, impedem também o trânsito pela Rua Líbero Badaró e pelo Viaduto do Chá, enquanto xingam o prefeito Fernando Haddad (PT) em coro. Deste local, é possível ouvir motoristas presos no trânsito buzinando.

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Presente no protesto, o vereador Adilson Amadeu (PTB) disse que o decreto, que ele ainda não havia lido, "detonava" a categoria. "O prefeito está passando por cima da Câmara", declarou.

Ao elaborar o decreto, Haddad se baseou em uma liminar da Justiça que atribuiu ao poder Executivo a autoridade de regulamentar o tema.

Nenhum taxista manifestante quis falar com a reportagem. Pelos celulares, convocaram colegas a parar outras ruas da cidade. Motoboys que tentavam, desmontados da moto, furar o bloqueio, foram cercados pelos manifestantes.

O prefeito Fernando Haddad (PT) detalhou na manhã desta terça-feira (10)a regulamentação de aplicativos de transporte como a Uber em uma entrevista coletiva na Prefeitura. A regulamentação por decreto deverá ocorrer nesta quarta-feira (11).

As empresas de transporte que rodarem por aplicativo na cidade terão de pagar uma outorga ao poder público. A expectativa é de que o preço inicial seja de R$ 0,10 por quilômetro rodado. As empresas também terão de fornecer à Prefeitura as informações da viagem, como itinerário e tempo decorrido.

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Na prática, o decreto é uma tentativa de Haddad de evitar que a Uber e outros aplicativos acabem com o táxi na cidade. O valor da outorga servirá, segundo o plano da Prefeitura, para regular a quantidade de serviço oferecido: se a demanda por táxi cair muito, o poder público pode limitar a quantidade de quilômetros rodados vendidos ou aumentar o preço do quilômetro.

A Prefeitura não deixou claro quantos quilômetros vai liberar inicialmente para as empresas rodarem. "Será o equivalente a colocar mais 5.000 táxis na rua", informou o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto.

Como há carros da Uber que não rodam o dia todo, como os táxis, Tatto afirma que o número de veículos em circulação possa ser maior.

Haddad afirmou esperar que a publicação do decreto possa permitir à Prefeitura fiscalizar e apreender carros da Uber caso a empresa não se adapte às novas regras. Por decisão da Justiça, tomada antes da criação de nova legislação, o poder público não pode guinchar carros de aplicativos.

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