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Após ver fracassadas duas tentativas de votação na Câmara Municipal para regulamentar aplicativos de transporte como o Uber, a gestão Fernando Haddad (PT) iniciou uma série de demissões de funcionários indicados por vereadores para ocupar cargos comissionados (sem concurso público) na Prefeitura. Ao todo, devem ser exoneradas 140 pessoas.

Nas edições do Diário Oficial da Cidade de sexta-feira, 6, e sábado, 7, o secretário municipal de Governo, Chico Macena, publicou a demissão de 86 servidores, a maioria indicada por parlamentares para trabalhar nas subprefeituras. O restante das exonerações será publicado ao longo desta semana por Haddad - parte será de comissionados da Subprefeitura da Mooca, onde trabalham servidores indicados pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), principal opositor à Lei Uber.

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Amadeu nega que ainda tivesse indicados seus ocupando cargos no Executivo. Afirma que pretende representar contra o prefeito no Ministério Público Estadual (MPE), caso Haddad mantenha a proposta de regular o serviço por decreto.

Entre os vereadores que perderam espaço na gestão municipal estão Edir Sales (PSD), George Hato (PMDB), Noemi Nonato (PSB), Sandra Tadeu (DEM) e Conte Lopes (PP), que votaram a favor de projetos do Executivo, mas são apontados como integrantes do grupo que esvaziou as sessões que aprovariam a regulamentação da Uber, no dia 4. O projeto não foi à votação por falta de quórum no plenário da Câmara: o mínimo é de 28 presentes dos 55 eleitos.

Reeleição e CPIs

"Meu pai me ensinou que o que é acordado é o que está valendo, que palavra só existe uma. Fiquei muito surpresa com tudo isso e ainda vou decidir como reagir. Certamente vou agir para mostrar minha indignação diante desse gesto", disse uma vereadora. Os partidos desses parlamentares também não devem apoiar a candidatura à reeleição de Haddad, em outubro. PSD e PMDB têm candidatos próprios: Andrea Matarazzo e Marta Suplicy, respectivamente.

Oficialmente, a Prefeitura informou não ter ciência de razões específicas para demissões. Interlocutores do prefeito, entretanto, afirmam que a não votação da Lei Uber foi "a gota d’água" na relação com o Legislativo. Ele alega que a Câmara havia pedido para "protagonizar" a liberação do aplicativo, mas os vereadores se recusaram a votar o projeto.

Os servidores exonerados, ainda na versão da Prefeitura, haviam sido indicados por parlamentares que chegaram a fazer parte da base de Haddad, mas deixaram de votar com o prefeito e passaram a trabalhar para outros candidatos que devem disputar as próximas eleições.

Por se recusar a votar com o prefeito - e com o cenário das eleições e apoios políticos praticamente definidos -, esses parlamentares viram os acordos para a indicação de cargos serem rompidos. Agora, vereadores ouvidos pela reportagem, sob condição de anonimato, já divulgam as estratégias de retaliação: pretendem colher assinaturas para instalar uma série de CPIs contra a gestão Haddad, para tentar "constranger" o prefeito.

"Isso é uma declaração de guerra aos vereadores que votaram o tempo todo com o governo e agora estão retaliados porque seus partidos não apoiarão o prefeito. A base na Câmara acabou", disse um dos parlamentares. Uma das CPIs na mira dos parlamentares é a do Teatro Municipal e tem como alvo o secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio, executivo da cota pessoal do prefeito, que nega relação com desvios na administração do Municipal.

Um dos efeitos colaterais do gesto foi expor um "racha" interno dentro do secretariado de Haddad. A execução das demissões teria sido de responsabilidade do secretário Macena, que agiu sem comunicar a ação ao secretário José Américo, titular da pasta de Relações Governamentais, encarregado de costurar a articulação com a Câmara.

Macena afirmou à reportagem que as demissões eram "técnicas", mas prometeu dar mais explicações nesta terça. Líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT) afirmou que só hoje será possível medir a reação da Casa diante das demissões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pesquisa pública iniciada nesta quinta-feira (5) pelo vereador Jayme Asfora (PMDB) sobre a regulamentação de aplicativos que conectam passageiros e motoristas já conta com mais de 2,3 mil opiniões. Um destes serviços, o Uber, está em funcionamento no Recife e gera polêmica entre usuários e taxistas. O formulário está disponível neste link e ficará acessível até o próximo dia 20.

"São perguntas para avaliarmos de forma quantitativa e qualitativa, a relação da sociedade com esse novo sistema. A pesquisa quer saber, inclusive,  que parâmetros deveriam ser levados em conta em uma possível regulamentação", explica Asfora. Para o peemedebista, a sociedade precisa ser escutada de forma ampla sobre esse processo.

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"Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura fez uma consulta pública durante um mês que recebeu quase 6 mil sugestões, mostrando o envolvimento da população que esse tema atrai", ressalta. Entre as perguntas incluídas estão, por exemplo, se o cidadão acredita ou não que o uso do aplicativo deva ser regulamentado. "É preciso encontrar soluções para esse impasse que, infelizmente, está desaguando em casos de violência que não podem se repetir. Nada se resolve no grito", pontua Asfora.

O Uber começou a operar no Recife em março, prometendo economia de até 40% aos seus usuários. A capital pernambucana foi a primeira cidade do Nordeste a receber o Uber. No mundo, mais 60 países contam com a ferramenta que oferece um serviço semelhante ao dos táxis, com diferenças nos preços das corridas, no conforto e no atendimento.

A disparidade de valores provoca uma eterna guerra entre o Uber e os taxistas em todo o mundo. Eles acreditam que os motoristas do aplicativo competem injustamente pela clientela, muitas vezes gerando manifestações violentas contra os condutores do Uber. Na última quarta-feira (4), a Câmara dos Vereadores do Recife colou o assunto em pauta, numa audiência pública que causou discussão entre as duas partes

A regulação dos aplicativos de transporte individual e particular de passageiros, como Uber, poderá render à Prefeitura de São Paulo arrecadação extra de R$ 54,7 milhões por ano. Segundo a gestão Fernando Haddad (PT), essa quantia será aplicada exclusivamente em investimentos no viário urbano, como, por exemplo, construção de corredores de ônibus e ciclovias ou recapeamento do asfalto.

A estimativa de receita leva em consideração um acréscimo inicial de 5 mil carros, que rodariam cerca de 1,5 milhão de quilômetros por dia. Considerando que o Município passe a cobrar R$ 0,10 por km rodado quando o decreto de regulamentação for publicado, a conta resultaria em R$ 54,7 milhões por ano - valor que pode variar para cima ou para baixo, de acordo com a quantidade de carros e o valor dos créditos, que ainda não está definido.

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Esse sistema de pagamento de outorga por meio de créditos foi desenvolvido pela empresa municipal SP Negócios como forma de recompensar a cidade pelo uso mais intenso das vias públicas. Hoje, os carros da Uber, por exemplo, rodam sem pagar nada, diferentemente dos táxis. Cada um dos 5 mil alvarás da categoria táxi preto, por exemplo, é vendido pelo Município por R$ 60 mil.

Oficialmente, no entanto, a intenção não é arrecadar, mas ordenar. Os recursos serão "consequência" e "carimbados". "Isso quer dizer que só poderão ser usados para investimentos, não para custeio. A ideia é devolver essa arrecadação para o viário", afirma Rodrigo Pirajá, diretor-presidente da SP Negócios. A classificação da verba será estipulada em decreto previsto para sair até o fim de junho.

Ciro Biderman, diretor da empresa municipal, diz que o modelo escolhido ainda permitirá um maior controle do tráfego, especialmente nos horários de pico. Isso porque a Prefeitura vai cobrar mais caro de viagens feitas no centro expandido em períodos de trânsito carregado.

Há expectativa ainda de que o sistema possa elevar a quantidade de passageiros que hoje ocupam os carros particulares. "Na média, a taxa atual é de apenas 1,4 por veículo e a meta é chegar a 2. Com isso, retiraríamos 25% da frota das ruas. É muito coisa", afirma o diretor.

As empresas que se cadastrarem terão dois dias para pagar pelos quilômetros rodados. O cálculo será feito por meio dos aparelhos de GPS instalados nos veículos conectados aos aplicativos. A Prefeitura quer estimular que cada carro rode 100 km por dia. Os táxis fazem cerca de 300 km, em média.

A médio e longo prazo, a frota dos apps pode alcançar 12 mil veículos, que se somarão aos 38 mil táxis de São Paulo. Quando isso ocorrer, a arrecadação com a venda de créditos vai mais que dobrar. O número final - 50 mil - é considerado o ideal hoje para suprir a demanda.

Iniciada há uma semana, a categoria da Uber em que o passageiro aceita dividir o carro com estranhos, em troca de corrida com preço mais baixo, já responde por 30% das viagens realizadas pela empresa na capital, conforme a Über.

O Uber Lotação, ou oficialmente Uberpool, dá um porcentual de remuneração maior para o motorista e tem um preço mais em conta para o passageiro. A opção de dividir o carro constará do decreto de Haddad. O modelo, segundo a Uber e a Prefeitura, ajuda a reduzir o número de carros nas ruas.

A imposição de limites nos lucros das empresas, porém, não entrará no ato do prefeito. No projeto de lei que tramitava na Câmara Municipal, essa taxa de intermediação não poderia superar 15% do valor da viagem. A Uber chega a cobrar 25%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura de São Paulo confirmou a autenticidade de denúncia divulgada na manhã desta quarta-feira, 4, sobre o prefeito Fernando Haddad (PT) ser tio de um de um funcionário operacional da Uber. A acusação é do Simtetaxi, sindicado de funcionários das grandes empresas de frota de táxi da cidade.

Guilherme Haddad Nazar é sobrinho do prefeito. Haddad vem enfrentando forte oposição de parte dos vereadores e de taxistas porque vem afirmando que, caso projeto de lei que libera o aplicativo, de autoria do vereador José Police Neto (PSD), não seja aprovado, irá regulamentar o aplicativo na cidade por meio de decreto.

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Desde a noite de terça, taxistas já trocavam mensagens de áudio pelo WhatsApp questionando o parentesco do prefeito com o diretor da empresa, apresentado como "presidente operacional" na gravação, e cobrando providências.

Haddad foi questionado durante agenda na manhã desta quarta sobre o parentesco e o eventual conflito de interesses em apoiar a liberação do aplicativo. Ele se esquivou de comentar o conflito. Preferiu destacar que já sancionou, no ano passado, lei que proíbe o que chamou de "liberou geral" dos aplicativos.

"Esse tipo de ataque pessoal não vai prosperar. Tiveram na frente da minha casa, fazendo buzinaço, eu sempre os recebi com a maior educação. Se eles tiverem qualquer denúncia a fazer, tragam a meu conhecimento. Se tiver qualquer irregularidade, temos toda a disposição de atendê-los. As portas do meu gabinete estão abertas. Agora, não tem cabimento esse tipo de coisa na rua", disse Haddad.

"A proibição foi sancionada por mim no ano passado. Agora, estamos buscando entendimento. Nos esforçamos ao máximo para buscar conciliação", disse Haddad.

A previsão é que o projeto de lei que libere o aplicativo seja votado nesta quarta. Na semana passada, com taxistas sitiando a Câmara Municipal, o projeto não tramitou por falta de quórum.

Por meio de nota, a Uber classificou como "incorreto e injusto" dizer que a presença de Guilherme na equipe da empresa tem qualquer relação com seu parentesco com Haddad. "Na Uber, contratamos os melhores profissionais com as melhores qualificações para o trabalho. Guilherme Nazar é extremamente talentoso e acredita em nossa missão de oferecer transporte acessível como água corrente à todos. Esse é o motivo pelo qual o contratamos. Sugerir qualquer outra coisa é incorreto e injusto", diz o texto. Em seu site, a empresa informa operar em 11 regiões metropolitanas do País.

Além da manifestação do prefeito, a Prefeitura enviou uma nota, assinada pelo secretário municipal de Finanças, Rogério Ceron, comentando o Über:

 

"Visando dar total transparência das ações conduzidas pelo Município, a Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico esclarece os seguintes fatos acerca da atuação de empresas de intermediação de negócios relacionados ao transporte individual de passageiros na capital, notadamente em relação a Uber do Brasil Tecnologia Ltda:

1 - Em abril de 2015, a Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico, com ciência do Prefeito Fernando Haddad, abriu operações fiscais para verificação e fiscalização do adequado cumprimento das obrigações tributárias por parte das empresas que prestam serviços relacionados a intermediação de serviços relacionados ao transporte individual de passageiros na capital.

2 - Em relação à Uber Tecnologia, como pode ser notado no gráfico abaixo (montado em número índice para preservar o sigilo das informações econômicas do contribuinte), a partir da abertura das fiscalizações tributárias pela Prefeitura a empresa passou a recolher valores substancialmente maiores.

3 - As operações fiscais foram finalizadas com lavraturas de autos de infração que inclusive já foram pagos pela empresa Uber do Brasil Tecnologia Ltda, o que somado ao incremento exponencial dos recolhimentos de ISS ao longo dos últimos meses, evidenciam o rigor do monitoramento e fiscalização da Administração sobre o setor.

4 - Assim, do ponto de vista tributário, a conduta da Prefeitura tem sido de rigor absoluto com o monitoramento e fiscalização acerca do integral e tempestivo cumprimento das obrigações da empresa perante o Município. Cabe lembrar que a incidência tributária não está condicionada a regularidade ou não da operação da empresa, mas tão somente com o fato de estarem sendo prestados serviços na capital.

5 - Em relação a regulação da atividade, cabe destacar que no segundo semestre de 2015 o Prefeito Fernando Haddad, no âmbito das discussões sobre a sanção ou veto ao projeto de lei que proibia a exploração não regulamentada de serviços de transporte individual na capital, solicitou a Secretaria de Finanças, Secretaria de Transportes e Secretaria de Negócios Jurídicos estudos para proposição de soluções para essas atividades.

6 - Por intermédio da SP Negócios, a Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico, em conjunto com as demais secretarias, propôs e o Prefeito Fernando Haddad acatou integralmente a proposta de criação de uma nova modalidade de taxi, denominada "taxi preto", como forma de melhorar os serviços de táxis existentes e propiciar maior concorrência com os novos serviços prestados por intermédio de aplicativos (sendo à Uber a mais conhecida do mercado, embora não a única). Ou seja, neste momento a Prefeitura criou solução para propiciar que os taxistas existentes e novos pudessem concorrer em melhores condições com as empresas que estavam entrando neste mercado.

7 - Em outubro de 2015 Prefeito Fernando Haddad sancionou o projeto de projeto de lei que proibia a exploração não regulamentada de serviços de transporte individual na capital, ao mesmo tempo que anunciou a criação da modalidade de taxi preto para melhorar a concorrência com empresas que prestam serviços semelhantes à Uber e ainda constituiu formalmente Grupo de Trabalho Intersecretarial para estudar e propor soluções para os serviços ainda não regulamentados (por exemplo os serviços prestados pela Uber).

8 - O Grupo de Trabalho, contando sempre com o apoio técnico da SPNegócios, realizou estudos, discutiu o assunto com dezenas de especialistas, profissionais do mercado e produziu proposta inovadora de regulação, que atualmente vem sendo debatida não só na Cidade mas no mundo todo como sendo a mais adequada e inteligente regulação já proposta para essas novas tecnologias, uma vez que preserva o interesse público assim como permite a coexistência de diversos prestadores de serviços, evitando uma possível monopolização privada que seria danosa para a Cidade.

9 - Atualmente as empresas, inclusive a Uber, possuem autorização judicial para explorar serviços na capital, mas além da tributação do ISS não revertem nenhuma outra contrapartida ao Município pela exploração econômica da infraestrutura viária pública.

10 - A proposta em discussão adiciona encargos e contrapartidas das empresas ao Município em relação ao que existe hoje. Assim, com a regulação proposta passarão a ressarcir o Município pelo uso econômico do viário público e esses recursos, que antes representavam lucro adicional para a empresa, reverter-se-ão em benefícios a todos os paulistanos, além de permitir aos taxistas melhores condições de concorrer e coexistir com essas novas tecnologias e empresas.

Por todo o exposto, esperamos ter esclarecido de forma inequívoca, com fatos, a conduta irretocável da Prefeitura e do Prefeito Fernando Haddad no que tange a defesa dos interesses dos paulistanos nas discussões que envolvem serviços semelhantes ao prestados pela empresa Über.

Rogério Ceron

Secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico"

Um grupo de aproximadamente 30 taxistas entrou em confronto com simpatizantes do governo de Fernando Haddad (PT) na manhã desta quarta-feira, 4, antes da agenda pública do prefeito. Ele iria para a inauguração da Ponte Laguna, na região sul de São Paulo. Homens da Guarda Civil Metropolitana (GCM) chegaram ao local após o conflito.

A agenda estava prevista para as 10h30, mas o prefeito ainda não havia chegado no momento da confusão.

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Com faixas e cartazes contra a postura da Prefeitura em relação a Uber, taxistas gritavam "Fora, Haddad" e acusavam o prefeito de ter um sobrinho como gerente da Uber. Eles cobravam explicações de Haddad.

Os defensores do governo puxaram e rasgaram as faixas dos manifestantes. Na confusão, taxistas reuniram pedaços de pau que sobraram da faixa arrancada. Houve confronto com socos, pontapés e pauladas, mas ninguém ficou machucado. O protesto durou cerca de 10 minutos. Os taxistas foram expulsos do local e preferiram sair pedindo "paz".

Taxistas contrários ao projeto de lei que regulariza aplicativos de transporte individual e particular na capital, como Uber e WillGo, protestam na manhã desta quarta-feira (4) em São Paulo. Eles iniciaram uma carreata ao redor do Aeroporto de Congonhas, na zona sul, e colocaram faixas em frente à Câmara Municipal.

Nesta terça-feira, 3, a base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) na Câmara Municipal conseguiu incluir na pauta de votação desta quarta-feira, 4, o projeto de lei. A proposta entrou no chamado "pé de pauta" (último item do dia), depois que o líder do governo, vereador Arselino Tatto (PT), reuniu as 28 assinaturas necessárias. Para iniciar de fato a votação, porém, o governo precisa manter o apoio para tornar o projeto prioridade.

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Até o meio da tarde desta terça, no entanto, a movimentação de vereadores sinalizava para novo adiamento. Líderes de nove partidos conseguiram impedir que a proposta fosse colocada na pauta da sessão desta quarta por ordem do presidente Antonio Donato (PT).

Ela só entrou depois que Tatto apresentou requerimento com os 28 nomes. Mas sem apoio formal dos integrantes do PR, DEM, PP, PV, PRB, PTB, PMDB, PSB e PSDB não há qualquer garantia de que a lei será aprovada. Caso isso não ocorra mais uma vez, Haddad deve optar pela liberação do serviço via decreto municipal.

A possibilidade já havia sido sinalizada pelo petista na semana passada, quando os vereadores se negaram a colocar a proposta em votação - até mesmo integrantes da base aliada de Haddad afirmaram que as regras pretendidas ainda precisavam de mais tempo de debate no Legislativo. Uma ideia que tem tomado corpo na Casa é a elaboração de um novo projeto de lei, desta vez que contemple as reivindicações dos taxistas.

Desenvolvido em parceria com o vereador José Police Neto (PSD), o projeto de lei defendido por Haddad obriga empresas que conectam passageiros e motoristas via aplicativos a obter cadastro para operar no Município, pagando, por isso, taxas anuais ou mensais. Além disso, os aplicativos terão de comprar créditos para usar o viário urbano.

O modelo proporcionará um melhor controle do viário urbano, segundo a Prefeitura, já que o valor dos créditos vai variar de acordo com o horário e o percurso da viagem, além da quantidade de passageiros no carro. Se a corrida foi feita em horário de pico e no centro expandido, por exemplo, o preço ficará mais caro. Já se for na periferia, sairá mais em conta.

Com a pressão dos líderes partidários, Police Neto já reconhece que a Câmara pode perder a chance de legislar sobre o tema. "Há um movimento contrário à votação, o que representa um prejuízo para a Câmara, que pode não dar uma resposta a um tema que a sociedade espera. A consequência disso é que a cidade corre o risco de ser pautada por decisões judiciárias", disse, referindo-se ao fato de a Justiça já ter se manifestado a favor da atividade prestada por aplicativos como a Uber - os carros da empresa, por exemplo, não podem ser apreendidos pela Prefeitura por ordem da Justiça.

Taxistas estão organizando um protesto para o começo da tarde desta quarta-feira (4). Eles pretendem sair em carreata de dois pontos: nas proximidades do Hospital de Aeronáutica de Recife, em Jaboatão dos Guararapes, e da Avenida Norte, na Zona Norte da capital. 

O ato é uma resposta contra o aplicativo Uber. A categoria pretende se encontrar em frente à Câmara Municipal do Recife, onde, às 15h, será realizado um debate sobre o aplicativo e os casos de violência que estão ocorrendo.

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Foram convidados para participar do debate taxistas, integrantes do Uber, representantes da Polícia Civil, Militar, do Ministério Público e do poder executivo municipal. A expectativa da Associação dos Taxistas de Pernambuco é que cerca de 100 carros participem da carreata. 

A iniciativa da reunião é do vereador Luiz Eustáquio. Dados de relatório divulgados pelo vereador apontam que já foram registrados casos de agressão verbal, de impedimento do direito de ir e vir do passageiro e de agressões físicas. Desde do dia 25  de abril, uma comissão especial de parlamentares foi criada para estudar alternativas para a solução de conflitos entre o Uber e os taxistas.  

Um dia após ser derrotado na Câmara Municipal, o prefeito Fernando Haddad (PT) deu um ultimato na quinta-feira (28) aos vereadores para que a "Lei Uber" seja aprovada brevemente. Caso o processo não avance no Legislativo, ele ameaça regular o transporte individual de passageiros, com carro particular, por meio de decreto municipal.

A posição de Haddad abre um novo capítulo na novela que se tornou a regularização da Uber na cidade. No ano passado, após sinalizar ser contrário ao modelo - e sancionar leis nesse sentido -, o petista apresentou uma minuta de decreto propondo a liberação de aplicativos que usam carros particulares (não táxis) por meio de um sistema de venda de créditos. Pelo formato, os interessados só receberiam aval para rodar pela cidade após se cadastrar e pagar pelo uso do viário urbano.

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Diante da pressão dos vereadores, que reivindicaram a responsabilidade de legislar sobre o tema, Haddad recuou e passou a trabalhar ativamente para que a Câmara regulamentasse a Uber e os demais aplicativos que não têm taxistas como motoristas. Na quarta-feira, 26, o Executivo chegou a enviar duas novas versões do texto para agradar a representantes da base aliada e mesmo da oposição, mas o esforço foi em vão. Não houve quórum nem sequer para colocar a proposta em votação em plenário.

Com a derrota, Haddad adotou discurso mais incisivo e já ameaça liberar a Uber na "canetada". "Não fomos bem ontem (anteontem) em função da falta de espaço para o debate e a deliberação. Vamos ainda aguardar alguns dias. O processo não corre só no Legislativo, mas também no âmbito do Judiciário. A Prefeitura, em um determinado momento, vai tomar a sua posição", disse, indicando que pode optar pelo decreto.

WillGo

Sem lei, as empresas estão atuando livremente na cidade. Hoje, a WillGo, concorrente da Uber, começa oficialmente a operar em São Paulo e também no Rio. Nos próximo mês pretende expandir os serviços para Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

Para atrair clientes, a empresa vai oferecer 5% de desconto por um ano para quem fizer o download do aplicativo em 30 dias. Também promete frota mais diversificada de veículos, com utilitários e até blindados.

Para regular o serviço o mais rápido possível, Haddad afirmou que conversaria com o presidente da Câmara, Antonio Donato (PT), para verificar se a Casa já estaria satisfeita com o prazo dado pela Prefeitura para que os vereadores "se debruçassem sobre o assunto". O prazo termina amanhã.

"Vou verificar se ele vai pedir mais algum tempo para deliberar, mas o fato é que o Executivo não pode se omitir diante de decisões judiciais", disse Donato.

A decisão sobre quando o projeto voltará à pauta da Câmara deve ser tomada na próxima terça-feira, durante a reunião semanal dos líderes de bancada. Donato afirmou ontem que definir o assunto via decreto pode ter repercussão na Justiça. "É um mecanismo mais frágil e fácil de contestar", disse, em comparação à força de uma lei.

Autor do projeto original de compartilhamento de veículos - alterado em acordo com a gestão Haddad para regular também os aplicativos de carros particulares -, o vereador José Police Neto (PSD) vai trabalhar para conseguir os 28 votos necessários para a aprovação já na próxima semana, impedindo assim uma decisão unilateral do prefeito.

Líder do governo, Arselino Tatto (PT) também afirmou que tenta articular os votos favoráveis ao projeto, mas admitiu que o decreto é uma possibilidade, dada a resistência de parte dos vereadores sobre a deliberação da proposta antes das eleições. "Ele (Haddad) pode até fazer por decreto, mas ele quer respeitar a postura do Legislativo e os debates que foram feitos na Câmara. A melhor saída é essa, e acredito que na terça-feira a gente consiga", afirmou.

Para ser vitorioso, o governo terá de convencer até aliados que se mostram receosos em votar a favor da proposta. Nessa lista estão integrantes do DEM, PSD e PTB.

Segundo o vereador Milton Leite (DEM), a proposta ainda precisa ser aperfeiçoada, mas dentro do processo legislativo. Regular a atividade por decreto seria "atropelar" a Câmara, disse ele, apesar de não demostrar surpresa com a possibilidade.

Urgência

Para o diretor da SPNegócios, Ciro Biderman, que participou da elaboração do projeto, o Executivo não pode se omitir em uma questão que tem "urgência". Segundo ele, sem regras, "a situação só tende a piorar". A Uber também diz ter pressa e defende a proposta de lei.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por muito tempo, o Uber parecia destinado a conquistar o mercado do transporte oferecido por aplicativos. O polêmico serviço, no entanto, não está mais sozinho no asfalto. Em maio, começa a operar em São Paulo a empresa espanhola Cabify, que prometer oferecer preços mais atrativos do que seu famoso concorrente norte-americano, tanto para o passageiro quanto para o motorista.

A empresa opera na Espanha, México, Perú, Chile e Colômbia, num total de 14 cidades. O aplicativo da Cabify permite aos usuários solicitar um carro com motorista para uso imediato ou para reserva antecipada, com pagamentos via cartão de credito ou PayPal. Uma das principais vantagens em relação aos seus concorrentes é o valor da corrida.

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Diferente do Uber, a corrida realizada pelo Cabify possui um preço fixo, que é mostrado ao usuário no momento da reserva. O valor é calculado exclusivamente pela distância do percurso, sem levar em conta o tempo da viagem. Além de transparência no valor cobrado, a segurança é outro grande pilar para a empresa, segundo seus gerentes.

Antes de começarem a operar em nome da empresa, os motoristas passam por uma rigorosa bateria de exames médicos e psicotécnicos. Além disso, é necessário fornecer uma ficha de antecedentes criminais durante o cadastro e passar por uma série de testes online.

Também é avaliada a qualidade do carro. “Tudo para garantir que apenas os candidatos de um grupo de qualidade elevada sejam nossos motoristas”, afirmou chefe das operações da Cabify no Brasil, Daniel Velazco Bedoya, em entrevista à Infomoney.

Serão duas categorias de carro disponíveis, a Cabify Light e Cabify Executivo, sendo a primeira com valores mais baratos. Bedoya diz que o interesse inicial da Cabify envolve mais quatro cidades do Brasil, mas não cita detalhes sobre os planos de expansão.

"O Brasil tem possibilidade de ser a maior fonte de receita da empresa. Vai ter uma operação independente dos outros países na região", disse Bedoya à Reuters. Atualmente, o aplicativo está disponível para os sistemas Android e iOS. Os motoristas interessados devem acessar a página online do serviço.

Por decisão unânime, a Câmara de Salvador aprovou na quarta-feira (27) projeto de lei, de autoria do vereador Alfredo Mangueira (PMDB), que proíbe a atividade da Uber na capital. Dos 41 vereadores que integram o legislativo municipal, 36 participaram da sessão e acolheram a matéria, aprovada em poucos minutos. O projeto segue agora para sanção do prefeito ACM Neto (DEM), que já havia se posicionado contra o funcionamento do aplicativo.

Dezenas de taxistas assistiram à sessão e aplaudiram a declaração do vereador Mangueira, que entende a Uber como concorrência "desleal e perigosa" ao serviço tradicional de táxi. Ele argumentou que o sistema é clandestino e "vende a falsa ideia de transporte seguro, confortável e rápido".

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Em caso de descumprimento da lei, o serviço fica sujeito a advertência, na primeira ocorrência, e multa de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil em caso de reincidência.

Os responsáveis pelo funcionamento do aplicativo na Bahia discordam da justificativa apresentada pelo vereador e afirmam que a Uber não funciona como táxi, limitando-se a oferecer transporte privado individual, exclusivamente por meio de aplicativo. Taxistas e motoristas da Uber já entraram em confronto na cidade.

Soltando rojões, tocando cornetas e gritando em carros de som, cerca de 5 mil taxistas, segundo policiais militares, cercaram a Câmara Municipal nesta quarta-feira (27) durante a votação do projeto de lei de regulamentação da Uber. Por desconhecimento do processo legislativo, chegaram a comemorar o adiamento da votação, por volta das 19h30, como se o texto tivesse sido rejeitado. Diante da "vitória", rojões foram lançados na direção da Casa. Uma funcionária do 6.º andar ficou ferida.

Os taxistas se desentenderam com guardas-civis, PMs e entre si. Durante a tarde, um empurra-empurra entre manifestantes e supostos motoristas da Uber terminou com quatro detidos. Eles foram levados para o 1.º Distrito Policial (Sé), onde ainda eram ouvidas até as 20 horas desta quarta.

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Entre a primeira confusão e a votação, os taxistas ficaram concentrados ao redor de vendedores ambulantes e em bares e padarias na região da Câmara, no Viaduto Jacareí. "Era uma corrida de Santo Amaro até o aeroporto. Deu R$ 43. A Uber fica com 20%. Não tem chance", dizia um taxista, para colegas, mostrando no celular uma foto de um marcador de preço da Uber. Os taxistas reclamavam da dificuldade de concorrer com os motoristas do aplicativo. No carro de som, taxistas anunciavam a presença de colegas do Rio, de Minas e até de Pernambuco.

As conversas se encerraram quando um telão passou a transmitir a votação. Os taxistas, porém, não sabiam o que estava acontecendo. No plenário, os vereadores decidiam se o projeto iria à votação, mas os taxistas comemoravam cada "não" como se fosse a rejeição ao projeto. Encerrada a sessão, abraçavam-se euforicamente.

Confusão. Neste momento foram lançados rojões. PMs que acompanhavam o protesto de longe entraram na multidão para impedir mais disparos. Um grupo de manifestantes cercou os policiais. Houve, então, confusão. Do carro de som, lideranças pediam calma. Guardas-civis, que estavam em maior número, foram ao resgate dos PMs e a confusão se encerrou.

Novos focos de empurra-empurra começaram a surgir, entre os próprios taxistas, à medida que eles entendiam que o processo de votação havia apenas sido adiado. "O prefeito Fernando Haddad arregou! É um frouxo!", esbravejava o presidente do Sindicato dos Motoristas nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo, Antonio Matias, que já disse, em fevereiro que haveria violência caso o projeto fosse aprovado.

Com constantes relatos de violência verbal e física envolvendo taxistas, motoristas e passageiros do sistema Uber, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) prometeu agir contra as atitudes violentas. O órgão estadual deverá instaurar de imediato um procedimento administrativo para a cassação da licença do taxista para realizar o transporte de passageiros.

Segundo Promotor de Transporte Humberto Graça, a medida se fez necessária devido a uma grande procura da população para que medidas sejam tomadas contra os taxistas que estão agredindo os usurários do aplicativo. "Independente da legalidade ou ilegalidade do serviço, os motoristas dos táxis não podem agir assim", pontuou Humberto. 

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Em conversa com o Portal LeiaJá na última segunda-feira (25), o presidente do Sindicato dos Taxistas, Everaldo Menezes, afirmou que a violência não é recomendação para a categoria. “O sindicato orienta que ninguém agrida ninguém", falou. Ele explicou que há uma provocação de ambos os lados. "Os motoristas do Uber provocam muito. Eles param o carro em frente aos pontos de táxi, ficam esperando o cliente mexendo no celular e saem dando ‘tchauzinho’ para os taxistas’. Os taxistas estão se controlando”, explicou Menezes.

Para Graça, não há justificativa para essas atitudes violentas. "Essa forma de se comportar não é permitida, é violência e é crime. Todo profissional que for flagrado utilizando de violência para coibir o uso do uber poderá perder o direito de transportar os passageiros. Iniciaremos de imediato um procedimento administrativo para a cassação da TP do motorista", argumentou.

Os usuários do serviço se dizem irritados com a demora de uma providência da justiça e decidiram criar um documento online com o objetivo de reunir relatos e denúncias de violência cometida por taxistas na capital pernambucana. No documento, eles criticam que nas situações que foi necessária ação de uma autoridade, nada foi feito. 

A recomendação do Ministério Público de Pernambuco é que quem for vítima da violência dos taxistas preste uma queixa em alguma delegacia e procure o MPPE. "Os taxistas não podem se comportar assim. O cidadão que procura o serviço de táxi tem que confiar no profissional. Com eles agindo dessa maneira, estão desmantelando o serviço e quebrando a confiança do cliente", afirmou o promotor de transportes.

Casos

No último sábado (23), o estudante Thiago estava dirigindo com destino ao bairro da Torre, na Zona Norte do Recife e segundo o jovem, em relato no Facebook, um taxista bateu na traseira de seu veículo, fazendo com que ele parasse. O estudante nem estava usando algum dos serviços, nem era taxista e nem motorista do Uber.

Ele contou que foi confundido com o motorista do Uber e teria levado chutes, pisadas nos joelhos e tórax. Thiago acredita que pode ter sido confundido por estar usando roupa social, vestimenta padrão nas reuniões das quais participa e que isso teria motivado o espancamento, que só teve fim com a ajuda de populares. 

No último final de semana, a área central do Recife foi palco de mais um embate. Em uma postagem, o internauta Breno Alencar explicou o momento em que ele e sua esposa foram abordados e agredidos física e verbalmente por taxistas que trancaram o veículo que haviam solicitado através do aplicativo, no Recife Antigo, na Avenida Marquês de Olinda.

Outros internautas também publicaram vídeos e depoimentos de agressões como perseguição, na Avenida Agamenon Magalhães, carros trancados por veículos de táxi em várias outras áreas da cidade. 

Os relatos de violência entre taxistas e passageiros do sistema Uber não param de aparecer nas redes sociais. No último final de semana, a área central do Recife foi palco de mais um embate. Em postagem, o internauta Breno Alencar contou o momento em que ele e sua esposa foram abordados e agredidos física e verbalmente por taxistas que trancaram o veículo que haviam solicitado através do aplicativo, no Recife Antigo, na Avenida Marquês de Olinda. 

“Para evitar confusão, resolvemos nos distanciar, e ir até a Av. Marquês de Olinda, onde estava meio deserto, e de lá chamamos um UBER. Ao embarcar no veículo, mas sem sair do local, fomos trancados por 3 taxistas, que exigiram que saíssemos do carro, e aos gritos dizendo que de lá não iríamos sair a não ser que fossemos de táxi”, relata.

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Com a expectativa de sair do local em que se encontravam encurralados, a esposa do passageiro desceu do carro e mostrou um caminho alternativo para que o Uber pudesse passar. “O motorista do Taxi alterado agrediu minha esposa, a empurrando, dizendo para não encostar no carro dele, enquanto o outro tomou uma garrafa que estava na mão da minha dela, e ameaçou partir pra cima de mim com a garrafa em punho”, explicou a sequência do ocorrido.

Na intenção de se resguardar, o passageiro resolveu filmar as placas dos veículos, momento em que os taxistas foram ainda mais incisivos nas ameaças. Veja o vídeo abaixo:

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“Comecei a filmar as placas dos carros, com medo de sofrer outras agressões. Fui novamente ameaçado, e aos gritos dizendo que eu não filmasse os carros deles não. O número de taxistas se multiplicou rapidamente e muitos que já nem estavam no começo da confusão começaram a agitar e partir para a briga. Com a chegada da polícia, os taxistas quiseram ir embora, e o que tentou me agredir com uma garrafa de vidro, já estava se encaminhava para o táxi discretamente, quando alertamos a polícia”. 

Um dos taxista também registrou a confusão em vídeo. Em seguida, todos os envolvidos, inclusive os passageiros, se encaminharam à delegacia. Durante relatos aos policiais, os taxistas, de acordo com Alencar, ainda acusaram os passageiros de terem proferido palavras de racismo contra a categoria. Apesar disso, quiseram minimizar o ocorrido, solicitando que as vítimas fossem para casa e ainda seriam levados sem custo. 

Outros casos

Outros internautas publicaram vídeos e depoimentos de agressões como perseguição, na Avenida Agamenon Magalhães, carros trancados por veículos de táxi em várias outras áreas da cidade. Além disso, outro condutor foi confundido com motorista de Uber e foi espancado na Zona Norte da capital pernambucana.  

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O conflito entre taxistas e motoristas do Uber no Recife tem gerado uma série de reações violentas. A última aconteceu com o estudante Thiago Magalhães, que nem estava usando algum dos serviços, nem era taxista e muito menos motorista do Uber.

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O fato aconteceu na tarde do último sábado (23). Thiago estava dirigindo com destino ao bairro da Torre, na Zona Norte do Recife, onde iria a uma reunião de uma ordem filantrópica maçom. Segundo o jovem, em relato no Facebook, um taxista bateu na traseira de seu veículo, fazendo com que ele parasse.

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“Esse mesmo taxista já desceu do carro dele vindo me agredir, sem nem ao menos dar uma satisfação por ter batido no meu carro”, Thiago relata no texto. O estudante lembra que enquanto era agredido pelo taxista, outros dois chegaram, sendo que um deles lhe passou uma rasteira.

O estudante, por ter sido confundido com o motorista do Uber, teria levado chutes, pisadas nos joelhos e tórax. Thiago acredita ter sido confundido por estar usando roupa social, vestimenta padrão nas reuniões das quais participa.

A confusão só teria cessado após populares começarem a constranger os agressores, chamando a atitude de covarde e ameaçando acionar a polícia. Os três taxistas teriam fugido do local após a agressão.

Fotos dos ferimentos após a confusão foram publicadas por Thiago em seu perfil no Facebook. Com as placas dos táxis anotadas, ele deve fazer um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (25).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas, Everaldo Menezes, violência não é recomendação para a categoria. “O sindicato orienta que ninguém agrida ninguém. Em São Paulo, nós tivemos carros sendo destruídos e não vemos isso por aqui”, ele destaca. “Estamos pedindo fiscalização. Mas os motoristas do Uber provocam muito. Eles param o carro em frente aos pontos de táxi, ficam esperando o cliente mexendo no celular e saem dando ‘tchauzinho’ para os taxistas’. Os taxistas estão se controlando”, responde Menezes.

Recife possui a Lei Municipal 18.176/2015, que trata da regulamentação de aplicativos destinados ao serviço de táxi, como Easy Taxi e 99Taxis, mas não trata do Uber. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) tem autuado motoristas do Uber com base na Lei Federal 12.468/2011, que diz que é atividade exclusiva dos profissionais taxistas a utilização de veículo automotor para o transporte público individual remunerado de passageiros. 

Mudanças de comportamento – Enquanto o impasse não é resolvido, a chegada do Uber tem proporcionado algumas mudanças significativas. Disputando com um serviço que oferece preços mais baratos, os taxistas, quando não partem para a violência e ameaça, têm procurado se renovar. Por exemplo, o serviço de táxi Teletaxi lançou na última semana o Teletaxi Prime, que oferece veículos com wi-fi, água, bombons e carregadores de smartphone. 

A corrida de Uber poderá ficar mais barata em São Paulo se for feita em carro com mais de um passageiro. O desconto para o compartilhamento de viagens é uma das novidades do projeto de lei em desenvolvimento pelo vereador José Police Neto (PSD) em parceria com a gestão Fernando Haddad (PT). Na quinta-feira (14) foi realizada na Câmara Municipal a segunda audiência pública para tratar do tema. A intenção é aprovar a regulamentação do serviço até o fim do mês.

De acordo com a última versão da proposta, as operadoras que se credenciarem - além da Uber, estima-se que ao menos outras três ou quatro empresas devam aderir ao modelo - pagarão menos para rodar pela cidade caso utilizem a capacidade máxima de seus veículos em cada viagem. Como a intenção da Prefeitura é aproveitar a liberação dos aplicativos para regular o trânsito, especialmente nos horários de pico, a ideia é incentivar as empresas a lotar seus carros.

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Os descontos podem passar de 50%. Segundo Police Neto, as faixas serão definidas de acordo com a quantidade de passageiros. Na próxima semana, representantes da Prefeitura devem apresentar simulações na terceira e última audiência pública agendada para debater a proposta. A lei terá como base a criação de um sistema de controle do viário urbano, a partir da venda de créditos.

Para receber aval para rodar pela cidade será preciso efetuar um cadastro prévio e pagar o preço fixado pela Prefeitura por quilômetro rodado. Pelo compartilhamento de viagens, a operadora pode passar a receber créditos, em vez de pagar por eles.

"Vamos imaginar que um condutor opte por ter um carro para seis passageiros. Se ele rodar com os seis, deixa de pagar e, assim, repassa a vantagem no preço. Temos de gerar um fator positivo para que os carros rodem menos vazios. Isso é gestão de viário", diz o vereador.

Haddad

A proposta também é defendida pela gestão Haddad. Segundo o diretor de Inovações da SP Negócios, Ciro Biderman, a otimização de veículos, com o transporte simultâneo de vários passageiros, deve ser recompensada financeiramente.

Biderman, assim como Police Neto, tem tentado quebrar a resistência dos taxistas em relação ao projeto de lei. A expectativa é de que, depois de aprovada, a legislação possa atrair condutores que hoje alugam táxis para trabalhar. Algumas empresas de aplicativo já até mudaram seus nomes, em um possível sinal de adesão ao modelo proposto.

Mas a aprovação da medida ainda está longe de ser consenso entre os vereadores. Alguns deles, como Adilson Amadeu (PTB) e Salomão Pereira (PSDB), criticam qualquer tentativa de regulamentação da Uber na cidade a partir de novas regras.

"Já temos uma lei aprovada e sancionada pelo prefeito Haddad que determina as condições para funcionamento de aplicativos. A Uber precisa se enquadrar. Não dá para atuar com carros particulares, sem identificação. Os passageiros precisam saber quem são os motoristas. Isso é segurança", diz Salomão.

Periferia

O sistema de venda de créditos, de acordo com a gestão Haddad, tem a intenção, a médio prazo, de evitar parte dos deslocamentos de veículos realizados em horários de pico da manhã e da tarde. Isso porque nesses períodos o valor cobrado pelo quilômetro rodado será maior, especialmente se as viagens forem feitas no centro expandido, onde os congestionamentos são mais intensos.

Na contramão, corridas efetuadas pelas empresas credenciadas em áreas periféricas, onde a oferta de táxis hoje é menor, pagarão créditos mais baratos, como forma de incentivo - assim como no caso do compartilhamento de viagens. Inicialmente, a previsão é que a cobrança pelo uso dos créditos seja feita por meio de boleto bancário, com prazo de vencimento de três dias após a corrida.

A Câmara agendou a votação do projeto para o dia 27. Até lá, a base aliada de Haddad precisará convencer 28 vereadores a votar a favor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um ex-motorista do Uber e sua esposa estão lançando um serviço de transporte alternativo apenas para passageiros do sexo feminino. O aplicativo Chariot for Women funciona de forma semelhante ao Uber e só terá mulheres no banco do motorista, com o objetivo de oferecer mais segurança as usuárias. A novidade será lançada ainda neste mês em Boston e tem planos para chegar em breve a outras cidades dos EUA.

"Tendo milhares de passageiros no meu banco de trás, ouvi histórias sobre viagens inseguras e motoristas Uber que batem nas mulheres e apenas um monte de problemas de insegurança", disse Michael Pelletz à ABC News.

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O serviço de carro também vai atender a mães com crianças de até 13 anos, assim como transgêneros. Além disso, o aplicativo planeja criar um sistema que cria uma senha única para que a motorista e passageira chequem seus dados antes de começar uma corrida. A identidade das condutoras também estará disponível no aplicativo.

"Nós estamos fazendo isso porque existe uma grande desigualdade quanto à segurança. As mulheres de todo o mundo são perseguidas e agredidas por condutores do sexo masculino. Em meus oito meses como motorista do Uber, nunca ouvi qualquer reclamação de passageiros homens", disse Pelletz ao TechCrunch.

Apesar de a ideia parecer inovadora, esta não é o primeiro serviço exclusivo para o sexo feminino. Em 2014, foi lançado em Nova York o SheTaxis, um serviço de transporte só de mulheres. Esta empresa disse à ABC News que recebeu uma resposta extremamente positiva das clientes, mas teve que fechar temporariamente, tanto porque não podia atender a demanda e por causa de acusações de discriminação de homens à procura de corridas. 

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ameaçou cassar a licença de taxistas caso insistam em paralisar a cidade em manifestação, como aconteceu na última sexta-feira. "A gente quer ajudar os taxistas, mas fechar via ninguém vai fechar. Tem que respeitar o direito de ir e vir das pessoas", disse Paes, após evento de inauguração do primeiro trecho da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, ao lado do Museu do Amanhã, no Centro do Rio.

Os taxistas protestam contra a concorrência do Uber, que vem ganhando espaço no mercado ao oferecer o mesmo serviço a preços menores para o consumidor. "Não acho nem inteligente. Se há um combate ao Uber, esse tipo de ação vai tornar ainda mais popular o Uber", avaliou o prefeito, que prometeu ainda multar os motoristas que atrapalharem o trânsito. "A guarda municipal, se não me engano, já aplicou 180 multas de R$ 5 mil (cada)", afirmou.

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Segundo Paes, o atual movimento de taxistas "é mais desorganizado" e, por isso, teve dificuldade de identificar as lideranças da manifestação da última sexta-feira. "Lá pelas 9h30 eles pediram para conversar comigo. Mas foi muito breve. (Eu falei) ou termina imediatamente, ou começo a cassar concessão e a partir daí eles começaram a liberar as vias", contou.

Passageiros que desembarcaram nesta sexta-feira (1°) no Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio não encontraram táxis para se deslocar pela cidade. Desde o início da manhã, motoristas que fazem ponto no aeroporto paralisaram as atividades em protesto contra o aplicativo Uber. Funcionários da Infraero orientavam os passageiros a utilizarem ônibus ou percorrerem a pé o caminho até o centro da cidade. Taxistas que tentavam embarcar passageiros eram hostilizados e o policiamento teve que ser reforçado na região.

O bancário Frederico Tinoco, que chegou de São Paulo, era um dos que cogitavam a segunda opção. "Tenho uma reunião no centro e estou há meia hora tentando um táxi. Se soubesse dessa greve nem teria embarcado para o Rio hoje. Estou pensando em fazer o meu trajeto a pé, mas, com esse calor e usando terno, a caminhada de 30 minutos não vai ser boa. Acho que a luta deles contra um serviço não homologado é justa, mas manifestar parando a cidade acho errado. Vira bagunça", disse.

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A taxista Maria da Graça Fernandes, de 68 anos e há 20 na profissão, passou pelo aeroporto com o carro enfeitado com bandeiras do Brasil. "Não é justo eu, que trabalho na madrugada, ver o passageiro entrar em um carro particular." Gasto R$ 700 reais de taxas todos os anos para manter o custo do carro", reclamou.

Ato

Desde o início da manhã desta sexta, taxistas do Rio de Janeiro promovem manifestações em diferentes pontos da capital fluminense em protesto contra o aplicativo Uber e contra o que consideram lentidão da prefeitura e da Justiça para proibi-lo. Os profissionais seguem em carreata em vias de grande movimento, como Avenida Brasil, Via Dutra, Ponte Rio-Niterói, Rodoviária Novo Rio e nas proximidades dos aeroportos Santos Dumont, no Centro, e Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador.

Na Avenida Atlântica, em Copacabana, após reunião no Posto 6, taxistas ocuparam as três faixas da pista, no sentido centro. Vias expressas foram afetadas com grande congestionamentos, como a Linha Amarela e Linha Vermelha. Taxistas de Niterói e São Gonçalo também se deslocaram para a ato na capital.

O taxista Ernane Nunes contou que participa da manifestação para pressionar o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), a ser mais rigoroso com o Uber. "Nosso dinheiro está sendo tirado por um grupo que ninguém sabe quem é. Enquanto nós fazemos quatro vistorias por ano, eles não fazem nada e não são cobrados como a gente, em toda esquina", argumentou.

Desconto

O Uber divulgou nota em que informa que dará desconto de R$ 20 aos passageiros que tenham como início ou término em uma lista de locais afetados pelo movimento. O Uber também lançou a hashtag #ORIONAOPARA. (Colaborou Wilson Tosta)

Taxistas do Rio de Janeiro promovem nesta sexta-feira (1°) manifestações em diferentes pontos da capital fluminense contra o aplicativo Uber e contra o que consideram lentidão da prefeitura e da Justiça para proibi-lo.

Os profissionais fazem carreata em vias de grande movimento, como Avenida Brasil, Via Dutra, Ponte Rio-Niterói, Rodoviária Novo Rio e nas proximidades dos aeroportos Santos Dumont, no Centro, e Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador. O protesto foi articulada via redes sociais. As concentrações começaram durante a madrugada, em pontos combinados em São Cristóvão, Copacabana e Ilha do Governador.

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Na Avenida Atlântica, em Copacabana, após reunião no Posto 6, taxistas ocupavam, no início da manhã, as três faixas da pista sentido centro. Vias expressas foram afetadas com grande congestionamentos, como a Linha Amarela e Linha Vermelha. Taxistas de Niterói e São Gonçalo também se deslocaram para a manifestação na capital.

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Taxistas de Pernambuco seguem em carreata à Prefeitura do Recife em protesto contra o Uber. Mais cedo, a categoria realizou uma mobilização contra o aplicativo em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na área central do Recife, nesta segunda-feira (28). Nesta manhã, a Comissão de Negócios Municipais da Alepe realizou uma audiência pública para discutir o impasse entre os taxistas e o aplicativo de transporte de passageiros.

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Lideranças dos taxistas estiveram presentes no plenário da Assembleia, protestando contra o aplicativo. Para o presidente da Cooperativa de Taxi de Paulista (Cooperpam), Márcio Rodrigues, é a primeira vez que a categoria está sendo ouvida. “Os deputados ficaram surpresos com a quantidade de informações que obtiveram. A gente vai conseguir mudar esse quadro porque o sistema é ilegal”, comenta Rodrigues.

De acordo com o representante da Associação dos Condutores de Taxis Auxiliares do Recife, Everaldo Pereira da Silva, os taxistas já estão sentindo queda na renda. “Só neste início, já estamos com prejuízo de 40%. Isso porque o Uber está com 250 carros, e eles querem chegar a 2,5 mil”, destaca. 

A vereadora Isabella de Roldão (PDT) esteve presente na Alepe em apoio aos taxistas. Segundo ela, desde agosto do ano passado a questão do aplicativo havia sido levada à Câmara dos Vereadores, pois temiam o impacto que o Uber causaria. “As kombis na cidade do Recife foram proibidas porque eram ilegais. Hoje entra o Uber com concorrência 100% desleal, eles não pagam imposto, não são regulamentados, não passam por exigência alguma e cobram muito menos”, critica. 

Uma comissão formada por seis representantes da categoria foi recebida na Prefeitura do Recife para tentar uma negociação.

Com informações de Eduarda Esteves

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