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A Uefa definiu, em sorteio realizado nesta quinta-feira, os confrontos da repescagem para a Eurocopa, com a possibilidade de confronto entre Israel e Ucrânia, protagonistas dos noticiários em razão das guerras em seus territórios. Serão duas fases eliminatórias. A primeira tem seis confrontos e a segunda terá três, que definirão o trio que se juntará aos demais classificados para a principal competição europeia de seleções.

Todos os jogos da primeira fase, chamada pela Uefa de semifinais, serão disputados em 21 de março, enquanto as partidas decisivas estão marcadas para cinco dias depois, dia 26. Israel enfrentará a Islândia e, caso vença o duelo, irá enfrentar o vencedor do embate entre Ucrânia e Bósnia-Herzegovina. O chaveamento também definiu que a Polônia de Robert Lewandowski terá a Estônia como adversária e enfrentará a seleção que sobreviver ao duelo entre País de Gales e Finlândia. Os ouros confrontos são Geórgia x Luxemburgo e Grécia x Casaquistão.

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Por causa das guerras, israelenses e ucranianos têm jogado longe de suas nações, mas, no caso da primeira fase da repescagem, apenas Israel terá de se preocupar com definir um local de jogo, pois será o mandante da partida contra a Islândia, diferentemente da Ucrânia, que jogará como visitante contra a Bósina-Hezergovina. Locais neutros para os playoffs não precisam ser confirmados até algumas semanas antes dos jogos. A Ucrânia disputou recentemente jogos na Alemanha e Israel escolheu a Hungria para mandar suas partidas.

As 12 equipes entraram nos playoffs com base em seus resultados e classificações nos grupos da Liga das Nações disputados no ano passado. As posições nos grupos das Eliminatórias para o Euro 2024 deste ano não afetou a classificação para o sorteio de quinta-feira.

Israel, que se tornou membro da UEFA em 1994, busca se classificar para a Eurocopa pela primeira vez em sua história. Já Ucrânia, vista como uma das mais fortes entre as 12 seleções da repescagem, está de volta aos playoffs de um grande torneio de futebol depois de perder para o País de Gales por 1 a 0 no ano passado, na disputa por uma vaga na Copa do Mundo do Catar, em partida que teve de ser adiada depois que a Rússia invadiu a Ucrânia.

Confira o chaveamento da repescagem para a Eurocopa.

Caminho A

Polônia x Estônia

País de Gales x Finlândia

Caminho B

Bósnia x Ucrânia

Israel x Islândia

Caminho C

Geórgia x Luxemburgo

Grécia x Casaquistão

A Uefa anunciou nesta quinta-feira que o jogo entre Bélgica e Suécia pelas Eliminatórias da Eurocopa, paralisado no intervalo após o assassinato de dois torcedores suecos nos arredores do Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, não será retomado e terá o empate por 1 a 1, placar do momento da paralisação, como resultado final. As federações de futebol das duas nações envolvidas estão satisfeitas com a decisão.

"Em um momento como este, quando a família do futebol é atingida em seu coração, os resultados esportivos devem ficar em segundo plano", disse Manu Leroy, CEO interino da Federação Belga. "Estamos satisfeitos com a decisão da Uefa. De qualquer forma, o importante é apoiar as vítimas e suas famílias. Torcedores suecos inocentes se tornaram alvo de terrorismo e difícil prever as consequências disso para o futuro", acrescentou Hakan Sjostrand, presidente da Federação Sueca.

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O Grupo F das Eliminatórias da Eurocopa, ao qual as duas seleções pertencem, já está com as vagas diretas resolvidas, nas mãos de Bélgica e Áustria, ambas com 16 pontos. A Suécia, com seis, ainda briga para conseguir participar da repescagem e tem apenas mais duas rodadas para alcançar a missão, em jogos que serão disputados na Data Fifa de novembro.

Três torcedores foram atacados a tiros perto do estádio Rei Balduíno, pouco antes da partida entre Bélgica e Suécia, e dois deles acabaram mortos. Após o ocorrido, o jogo foi suspenso quando chegou ao intervalo. Um homem que postou um vídeo online reivindicando a autoria do ataque, dizendo que o "Alcorão é uma linha vermelha pela qual está pronto para se sacrificar", foi identificado na terça-feira e morto por autoridades belgas. Uma investigação ainda está em curso para determinar as motivações do ataque, tratado desde o início como um caso de terrorismo.

A seleção da Croácia corre o risco de sofrer uma dura punição da Uefa nos próximos dias. Nesta quarta-feira, a entidade denunciou a Federação Croata de Futebol porque torcedores exibiram uma bandeira fascista na arquibancada durante jogo das Eliminatórias da Eurocopa de 2024.

A bandeira faz referência ao regime da Ustase, partido da direita radical da Croácia entre as décadas de 20 e de 40 do século passado. O partido tinha ligação com uma organização paramilitar terrorista croata nazista, acusada de assassinar milhares de sérvios, judeus, além de dissidentes políticos durante a Segunda Guerra Mundial.

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Os torcedores exibiram a bandeira durante a goleada de 5 a 0 sobre a Letônia, na sexta-feira, na cidade croata de Rijeka. A denúncia pode fazer a seleção croata jogar sua próxima partida nas Eliminatórias sem a presença de torcedores no estádio, contra a Turquia, no dia 12 de outubro, em Osijek.

O risco é grande porque a federação croata já estava em processo condicional por "comportamento discriminatório", devido a outras denúncias do tipo. Uma delas havia acontecido em jogo da Liga das Nações da Uefa, em partida contra a Holanda, em junho. Por causa do comportamento inadequado de torcedores, a Croácia não pôde vender ingressos para sua torcida na partida de segunda-feira, contra a Armênia - venceu por 1 a 0.

A seleção croata lidera o Grupo D das Eliminatórias, com três vitórias em quatro jogos. Soma 10 pontos.

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) pediu à Uefa, nesta segunda-feira, a suspensão da própria entidade em todas as competições internacionais, afetando os clubes da Espanha e a seleção do país. A iniciativa é uma tentativa de defender Luis Rubiales, presidente da RFEF, de possíveis interferências governamentais que tentam tirá-lo do poder.

Desde que beijou à força a jogadora Jenni Hermoso na final da Copa do Mundo feminina, o mandatário tem sofrido duras críticas por seu comportamento, das mais diversas partes do planeta. Foram inúmeras as manifestações para que saísse do poder após o episódio. A medida da Federação é vista como uma forma de silenciar justamente aqueles que o criticam, que inclui ministros do governo espanhol, que pediram a destituição de Rubiales.

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A medida impediria todas as equipes da Espanha de disputar competições como a Liga dos Campeões, por exemplo. Isso poderia influenciar a opinião pública a favor de Rubiales, fazendo com que continue em seu cargo como presidente da entidade. A tendência é que a Uefa não conceda essa suspensão à Federação Espanhola, de acordo com a agência de notícias The Associated Press.

As entidades que regem o futebol ao redor do mundo têm regras que proíbem a interferência de governos e políticos nas federações. Rubiales foi suspenso pela Fifa por 90 dias. Assim, não poderá participar de qualquer evento que esteja ligado ao futebol.

O pedido é algo inédito. Nunca na história uma federação pediu à Uefa para que deixe de participar de torneios europeus. O objetivo era influenciar grandes e populares clubes como Real Madrid e Barcelona a aderir à causa de Rubiales, além da seleção masculina. Além de presidente da federação, ele também é vice-presidente da Uefa. A suspensão da Fifa continua válida enquanto o processo disciplinar estiver ocorrendo.

Nesta quinta-feira (17), a UEFA divulgou a lista dos melhores jogadores da temporada 2022-2023. A relação da entidade é referente aos indicados ao prêmio de melhor da Europa. A votação é feita por jornalista e treinadores de seleções e clubes que disputam competições europeias.

Vinícius Júnior, grande nome da seleção brasileira e do Real Madrid, ficou fora da disputa. Na temporada, Vini jogou 56 jogos, com 23 gols marcados e 22 assistências. Ele foi campeão da Copa do Rei, vice-campeão espanhol e levou o time madrilenho até às semifinais da Champions League.

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Por tudo misso, a falta do brasileiro no Top 10 gerou revolta por parte dos internautas nas redes sociais. “Sei lá, me parece que um fator decisivo para essa escolha começa com R e termina com ACISMO, mas pode ser coisa da minha cabeça", postou um internauta no X, antigo twitter.

“Aparentemente o Vinícius Júnior precisa ganhar a La Liga, Copa do Rei, Champions League, marcar 67 gols, dar 45 assistências, ser o artilheiro e campeão da Copa do Mundo, Olimpíadas e Eurocopa e obviamente solucionar o confronto entre Rússia e Ucrânia. Aí talvez esteja no top 5”, disse outou usuário no X.

A Juventus está oficialmente fora das competições internacionais na próxima temporada. Punida com a perda de 10 pontos no Campeonato Italiano após violar o limite do Fair Play Financeiro, o clube despencou para o sétimo lugar, com vaga somente para a Liga Conferência. A Uefa definiu, nesta sexta-feira, que a equipe de Turim ficará suspensa por um ano de todos os torneios internacionais organizados pela entidade e ainda terá de pagar uma multa de 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 104,2 milhões). Os dirigentes do clube reprovaram a punição, mas descartaram entrar com recurso, acatando a determinação final.

Por causa de irregularidades na contratação de jogadores, com investigação apontando para fraudes fiscais, um tribunal do futebol italiano puniu a Juventus com a perda de 15 pontos no Campeonato Italiano. Graças a um recurso, a pena foi reduzida para 10, mas a equipe ainda confiava em ser absolvida na Uefa. Mas em nota, a entidade resolveu também impor sanções aos italianos.

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"Durante a temporada 2022/23, a Primeira Câmara do CFCB (Órgão de Controle Financeiro de Clubes), presidida por Sunil Gulati, abriu investigações sobre a Juventus (ITA) e o Chelsea FC (ENG) por possíveis violações do Fair Play Financeiro e de Licenciamento de Clubes da Uefa Regulamentos de jogo. A Juventus violou o marco regulatório da Uefa e descumpriu o acordo assinado em agosto de 2022", anunciou a entidade nesta sexta-feira, em nota, revelando a punição ao clube.

"A Primeira Câmara do CFCB decidiu excluir a Juventus das competições de clubes masculinos da Uefa 2023/24; e impor uma contribuição financeira adicional de € 20 milhões ao clube. Deste montante, 10 milhões de euros são condicionais e só serão aplicados se as demonstrações financeiras anuais do clube para os anos financeiros de 2023, 2024 e 2025 não cumprirem os requisitos contabilísticos estabelecidos no Anexo G do Regulamento de Licenciamento e Sustentabilidade do Clube financeiro Uefa."

A Juventus, também em nota, reprovou a punição, mas resolveu acatar para evitar mais danos no futuro. "A Juventus Football Club anuncia que a Primeira Câmara do Órgão de Controle Financeiro de Clubes da UEFA (UEFA CFCB) tomou hoje a decisão de encerrar definitivamente o processo iniciado em 1º de dezembro de 2022 com o objetivo de verificar o cumprimento dos regulamentos da Uefa estrutura. A Juventus, embora continue a considerar as supostas violações inconsistentes e suas ações corretas, declarou que aceita a decisão renunciando ao recurso, excluindo expressamente, e o CFCB da UEFA tomando nota, que isso poderia configurar uma admissão de qualquer responsabilidade contra ela", escreveu.

"Lamentamos a decisão do Organismo de Controlo Financeiro dos Clubes da Uefa. Não compartilhamos da interpretação que tem sido dada às nossas teses de defesa e continuamos firmemente convictos da correção de nossas ações e da validade de nossos argumentos", afirmou o presidente da Juventus, Gianluca Ferrero.

O dirigente, porém, mostrou-se conformado com a punição. "No entanto, decidimos não recorrer desta sentença. Preferimos pôr fim ao período de incerteza e garantir aos nossos stakeholders internos e externos plena visibilidade e certeza quanto à participação do clube nas futuras competições internacionais. O recurso e possivelmente outros níveis de julgamento, com resultados e prazos incertos, aumentaria a incerteza em relação à nossa eventual participação na Liga dos Campeões 2024/25. Em vez disso, queremos que o time principal, nossos torcedores, nossos patrocinadores, fornecedores e parceiros financeiros possam viver a temporada 2023-24 com a maior serenidade e certeza quanto aos resultados que podem ser alcançados em campo."

A Uefa e a Conmebol anunciaram, nesta sexta-feira, a criação do Desafio de Clubes, torneio que promoverá um embate em jogo único entre o campeão da Copa Sul-Americana e o campeão da Liga Europa. A primeira edição será realizada daqui a menos de duas semanas, dia 19 de julho, com a participação de Independiente del Valle e Sevilla, vencedores das últimas edições dos torneios continentais, no Ramón Sánchez-Pizjuán, estádio do time espanhol.

O comunicado das entidades classifica o novo torneio como "parte da cooperação ampliada entre a Uefa e Conmebol". As duas entidades têm se aproximado e já firmaram outras parcerias, como a Finalíssima, que coloca as seleções masculinas e femininas campeãs da Eurocopa em confronto com as campeãs da Copa América. Segundo a nota, a cooperação também se estende a "categorias juvenis, futsal, troca de árbitros e programas de treinamento técnico".

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A edição inaugural do novo torneio de clubes recebeu o nome de "Antonio Puerta XII" , em homenagem ao ex-lateral-esquerdo do Sevilla que morreu em 2007, aos 22 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Não haverá prorrogação, portanto a decisão do título será nos pênaltis caso a disputa termine empatada no tempo normal.

Campeão da Copa Sul-Americana no ano passado ao bater o São Paulo na grande final, o Independiente Del Valle tem aterrorizado os clubes brasileiros desde então. Em fevereiro deste ano, superou o Flamengo na decisão da Recopa Sul-Americana. Em seguida, entre maio e junho, venceu o Corinthians duas vezes pela fase de grupos da atual edição da Libertadores.

O Sevilla, por sua vez, terminou a temporada 2022/2023 mostrando mais uma vez a sua familiaridade com a Liga Europa, competição que venceu pela sétima vez ao bater a Roma de José Mourinho na final.

O técnico José Mourinho pode pegar uma punição grave da Uefa por causa de seu comportamento inadequado para com o árbitro inglês Anthony Taylor na decisão da Liga Europa, quarta-feira. O treinador português da Roma foi denunciado pela entidade nesta sexta-feira por "linguagem insultuosa/abusiva contra um árbitro." A equipe italiana e o Sevilla, campeão nos pênaltis, também terão de prestar explicações pelo clima quente durante o jogo em Budapeste, capital da Hungria.

Mourinho ficou bastante indignado com a arbitragem do inglês na decisão em Budapeste. Na visão do técnico, além de um pênalti não marcado por toque de mão na área, Taylor ainda teria deixado de expulsar dois jogadores do Sevilla que já tinham amarelo e fizeram faltas duras, passíveis de novo cartão. E foram aplicados 13 cartões pelo inglês na decisão.

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A Uefa usou câmeras da televisão do jogo que flagraram Mourinho disparando ofensas contra o árbitro por vezes ao longo da final. Ainda usará a entrevista coletiva do português e um "encontro" com Taylor já no estacionamento do estádio, no qual o técnico definiu o juiz como "desgraça". O inglês e sua família foram agredidos por torcedores da Roma no aeroporto, na quinta-feira.

Em comunicado, a Uefa anunciou que um processo disciplinar foi instaurado de acordo com o Artigo 55 do Regulamento Disciplinar da entidade. Além de enquadrar Mourinho no artigo 15 (4) por linguagem insultuosa/abusiva contra um árbitro, a entidade ainda revelou que a Roma responderá por "arremesso de objetos" no campo pela torcida e por ela "acender fogos de artifício", além de "atos de dano", "distúrbios da multidão" e "conduta imprópria da equipe", que por vezes cercou a arbitragem para protestar.

O Sevilla também não escapou. O time espanhol responderá nos tribunais por "invasão de campo de jogo", de torcedores, "arremesso de objetos", "acender fogos de artifícios" e também por "conduta imprópria da equipe."

A Juventus escapou, ao menos temporariamente, de uma dura punição no Campeonato Italiano. Mas poderá enfrentar dificuldades para evitar uma sanção em nível continental. A Uefa vai investigar o time de Turim, que corre o risco de ser excluído da Liga dos Campeões, de acordo com o jornal italiano Gazzetta dello Sport.

Segundo o veículo, as autoridades da Uefa já teriam em mãos documentos para iniciar a investigação. A entidade não confirma a apuração. Casos deste tipo, se levarem a uma punição, podem excluir a Juventus de todas as competições europeias por uma ou mais temporadas.

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No momento, o time de Turim disputa as semifinais da Liga Europa. Em caso de título, obteria a vaga na próxima edição da Liga dos Campeões. Mas uma sanção da Uefa acabaria com os planos do famoso time italiano.

O clube foi punido no início deste ano por causa de fraudes fiscais que teriam sido cometidas em contratações de jogadores. A Federação Italiana de Futebol (FIGC) impôs a perda de 15 pontos do time na tabela da atual edição do Campeonato Italiano, além de suspensão de dirigentes e até do então presidente Andrea Agneli. Havia suspeitas de contabilidade falsa e até manipulação do mercado.

As punições, contudo, foram parcialmente revertidas em decisão em âmbito nacional na semana passada. A Juventus até recuperou seus pontos na tabela, dando um salto de 44 para 59 pontos, pontuação e posição que ainda exibe no momento. O alívio, momentâneo, nas punições em nível nacional, contudo, poderá ser trocado pela preocupação diante de uma sanção internacional.

Os jogos de volta das quartas de finais da Liga dos Campeões começam nesta terça-feira (18), com o duelo entre Real Madrid e Chelsea, no estádio Stamford Bridge. Os donos da casa entram em campo com uma desvantagem depois de serem derrotados no primeiro jogo.

Depois de receber o Chelsea no Santiago Bernabéu e vencer por 2x0, o Real Madrid vai agora viajar até Londres podendo empatar e até perder por um gol de diferença que ainda assim garante a classificação.

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O jogo que começa às 16h. Além de ter transmissão pelo streaming do HBO Max, será transmitido pelo SBT, na TV aberta, e no canal fechado da TNT Sports.

A Uefa pediu nesta quinta-feira a abertura de uma investigação sobre as acusações de que o Barcelona teria realizado pagamentos de milhões de dólares à empresa do árbitro espanhol José María Enríquez Negreira, ex-vice-presidente do Comitê de Arbitragem da Espanha. Sob o risco de punições severas, o clube catalão, que já está sendo investigado pela Justiça, pode ser até banido da Liga dos Campeões.

Em comunicado, a Uefa informou que pediu ao seu comitê disciplinar que investigue "a potencial violação de regras cometidas pelo FC Barcelona em conexão com o 'Caso Negreira'", nome pelo qual vem sendo tratado o episódio. Documentos judiciais mostram que o clube pagou 7,3 milhões de euros (R$ 38,4 milhões na cotação atual), entre 2001 e 2018, para a empresa de Negreira.

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Procuradores da Espanha já fizeram acusações formais de corrupção no esporte contra o Barcelona, que também responde por gestão fraudulenta e falsificação de documentos. A investigação está em andamento e não há punições definidas até o momento, pois a Justiça ainda não apresentou publicamente nenhuma evidência de que árbitros foram influenciados pela relação entre o Barcelona e Negreira.

O clube não nega os pagamentos, mas diz que foram realizados para obter relatórios técnicos sobre árbitros e não para obter vantagens ou influenciar decisões dentro de campo. Caso sejam apresentadas provas de que houve manipulação, a Uefa pode excluir o Barcelona de suas competições por um ano e abrir um processo disciplinar.

O time catalão tem vaga praticamente garantida na próxima edição da Liga dos Campeões, pois ocupa a lidera o Campeonato Espanhol com 68 pontos, 12 acima do vice-líder Real Madrid e 23 mais que o quarto colocado Betis. Faltam 12 rodadas para o fim da competição.

A proposta de um grupo de investidores do Catar para a compra do Manchester United, da Inglaterra, fez voltar à tona os riscos da formação de conglomerados de um mesmo dono por vários clubes. Tudo isso porque a Qatar Sports Investments, interessada na equipe inglesa, já possui uma outra potência europeia, o Paris Saint-Germain, da França. O problema em torno disso tem a ver com o regulamento da Uefa, que diz que times do mesmo proprietário majoritário não podem disputar as mesmas competições, como a Liga dos Campeões, por exemplo.

"O debate pode ser ampliado de forma explosiva se for confirmada a notícia que de haveria uma proposta do Catar para a compra do Manchester United, o que potencialmente significaria que dois clubes que são frequentes na Champions League estariam sob a propriedade de um mesmo dono, o que é proibido pela Uefa", aponta Eduardo Carlezzo, advogado especializado em direito desportivo.

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"O próximo item da macro agenda do futebol internacional é a multi propriedade de clubes. É de esperar que a Fifa apresente alguma regulação sobre este assunto, já que hoje não há nada específico em seus regulamentos, a não ser um dispositivo de cunho mais generalista que proíbe o controle de mais de um clube quando isso possa colocar a integridade de um jogo ou competição em risco", continuou Carlezzo.

"Atualmente esse é um tema que afeta mais a Uefa, já que a enorme maioria das aquisições de clubes ocorre dentro do continente e pode ter impacto nas competições europeias, na medida que clubes que tenham um mesmo acionista se classifiquem para umas das três competições de clubes."

O xeque Jassim Bin Hamad Al Thani, que é torcedor do Manchester United, confirmou na última sexta-feira uma proposta oficial para adquirir 100% do time inglês. O clube está à venda desde novembro e apenas Al Thani, filho do ex-primeiro-ministro do Catar, Hamad bin Jassim bin Jaber, e Jim Ratcliffe (ainda em janeiro) fizeram declarações formais de que desejam comprar o clube.

Para Jorge Braga, que foi o CEO no processo de transformação da SAF do Botafogo, os donos multiclubes se tornaram uma tendência crescente no futebol europeu, mas não sem controvérsias. "A Uefa afirma que a tendência está sendo alimentada predominantemente por investidores americanos e acrescentou que o aumento do investimento em múltiplos clubes tem o potencial de representar uma ameaça material à integridade das competições europeias de clubes, com um risco crescente de ver dois clubes com o mesmo dono ou investidor se enfrentando no campo. Na verdade, esse risco extrapola as quatro linhas e abarca todas as transações que envolvam dois ou mais clubes com o mesmo proprietário ou investidor", afirmou.

Ele entende que em mercados mais maduros existem agentes reguladores e órgãos que garantem que não exista concentração excessiva de mercado, significativo poder econômico. "Esses órgãos anticoncentração pró-concorrência de mercado, certamente vão começar a aparecer no futebol também. Por exemplo, no Brasil nós temos o CADE, e quando é uma empresa de capital aberto, a CVM também faz essa regulação. Para garantir que um mesmo investidor não tenha um poder desproporcional em relação a outros players de mercado", complementa.

A Uefa fez questão de soltar um comunicado e alertar contra o aumento crescente de investidoras que adquirem vários clubes de futebol. Para a entidade que comanda o futebol europeu, isso ameaça a integridade de suas competições.

"Resultado de partidas, transferência de atletas, patrocínios e compartilhamento de receitas, despesas e receitas, e base de dados de torcedores são conflitos potenciais entre 'partes relacionadas' que merecem transparência, fiscalização e regulação, sob pena de destruir valor e desacreditar os campeonatos, os clubes, os investidores e a própria profissionalização do futebol", afirmou Braga.

Em decisão aprovada de forma unânime nesta terça-feira, o Conselho técnico da Fifa definiu a alocação de vagas para a disputa do novo Mundial de clubes, que terá uma nova versão e contará com 32 equipes. Com este novo formato, a competição será disputada entre os meses de junho e julho de 2025.

De acordo com a entidade que comanda o futebol, a decisão foi tomada com base em um conjunto de métricas e critérios objetivos para se chegar ao modelo desejado pelos organizadores.

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Pela divisão, a Uefa será a confederação com direito ao maior número de integrantes: 12. A Conmebol, que representa a América do Sul, terá seis inscrições. A Concacaf (América Central) a AFC (Confederação Asiática de Futebol) e a CAF (Confederação Africana de Futebol) vão ser contempladas com quatro vagas. Completando o total de 32 times, a Oceania e o país sede terão um candidato no torneio.

Esta nova versão do Mundial de clubes não terá sede definida e vai ter a mesma periodicidade de uma Copa do Mundo de seleções, ou seja, será disputada de quatro em quatro anos.

Já sobre o Mundial de clubes correspondente à temporada 2023, a fórmula de competição não terá nenhum tipo de alteração em relação à tabela que tem sido cumprida nos últimos anos.

O torneio segue o estilo atual e contará com a presença de sete equipes. O local também já está definido. A Arábia Saudita vai ser o palco da disputa e o campeonato vai ser realizado entre os dias 12 e 22 de dezembro. Esse mesmo modelo será repetido ao final de 2024.

A Uefa anunciou nesta quarta-feira que as próximas edições das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo e da Liga das Nações terão mudanças em seus formatos. As alterações foram aprovadas pelo Comitê Executivo da entidade em reunião realizada na Casa do Futebol Europeu, em Nyon, na Suíça.

"Foi decidido modificar ligeiramente os formatos da Liga das Nações da Uefa e das Eliminatórias Europeias para oferecer competições mais atraentes e emocionantes dentro das datas existentes, bem como para fortalecer os recursos das associações nacionais e garantir uma recuperação estável do impacto da pandemia", diz o comunicado oficial sobre as adaptações.

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Nas Eliminatórias, a novidade é relacionada ao número de grupos e à quantidade de integrantes em cada chave. Os dez grupos com cinco ou seis integrantes que constituíam a primeira fase até as qualificatórias para a Copa do Catar serão substituídos por 12 grupos com quatro ou cinco equipes. Os líderes ao final desta fase avançam diretamente para a Copa. O mesmo formato será adotado nas eliminatórias para a Eurocopa.

"O novo formato das qualificatórias para a Eurocopa ou para a Copa do Mundo será mais consolidado, revitalizando a competição fazendo dela menos previsível e mais dinâmica. Com as tradicionais partidas fora e dentro de casa e o princípio de todos jogam contra todos mantidos, este formato simples vai oferecer grupos mais competitivos em todos os níveis", explica a Uefa.

Já a Liga das Nações, que funcionava com semifinais logo após a fase de grupos, passará a ter a disputa de quartas de final. Com isso, será formado uma fase com os líderes e vice-líderes dos grupos da Liga A para a disputa de uma eliminatórias de ida e volta que decidirá os classificados às semis. O terceiro da Liga A e o vice-campeão da Liga B, assim como o terceiro da Liga B e o vice da Liga C, irão disputar playoffs decisivos para definir rebaixamento ou acesso.

A União das Associações Europeias de Futebol (Uefa) confirmou nesta terça-feira (29) que as cidades holandesas de Roterdã e Enschede receberão as fases finais da Liga das Nações, entre os dias 14 e 18 de junho do próximo ano.

A escolha das sedes estava nas mãos da Federação Holandesa de Futebol, que recebeu tal mérito do Comitê Executivo da Uefa. A ideia era explorar outras cidades do país através de grandes eventos e não concentrá-los na capital Amsterdã.

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As semifinais serão disputadas por Croácia, Espanha, Itália e Holanda, entre os dias 14 e 15 de junho. Os confrontos serão conhecidos através de sorteio, que será realizado em janeiro, na cidade de Nyon, na Suíça. Já a grande decisão, assim como a partida pelo terceiro lugar, estão previstas para o dia 18 de junho.

A Holanda possui melhor campanha entre as seleções classificadas para as fases finais, com cinco vitórias e um empate, em um grupo com Bélgica, Polônia e País de Gales. Já a Itália despachou Hungria, Alemanha e Inglaterra para chegar na semifinal.

A Espanha não teve vida fácil e conquistou a vaga com uma vitória sobre Portugal na última rodada da fase de grupos. Suíça e República Checa também estavam na briga. Por fim, a Croácia levou a melhor em uma chave com Dinamarca, França e Áustria.

A criação da Superliga Europeia, encabeçada por Juventus, Real Madrid e Barcelona, voltou à pauta da Uefa em reunião realizada nesta terça-feira, em Nyon, mas foi novamente recebida com "oposição esmagadora", conforme afirmado pela entidade máxima do futebol europeu. O diretor da Superliga, Bernd Reichart, e outros integrantes da A22 Sports Management, empresa responsável pelo projeto, foram recepcionados pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, e representantes de importantes clubes do continente.

Em comunicado, a Uefa informou que, ao lado dos clubes, reforçou que "a oposição à autoproclamada Superliga continua esmagadora hoje, assim como já era desde abril de 2021", data em que a proposta foi apresentada e logo rechaçada. Além disso, disse que a A22 não está "representando os interesses dos clubes em nenhum nível, nem mesmo dos três que continuam apoiando abertamente a ideia".

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De acordo com a agência de notícias Associated Press, Bayern de Munique e Paris Saint-Germain estavam entre os clubes que enviaram representantes à reunião para fortalecer a oposição da Uefa à criação da Superliga. Líderes de sindicatos de jogadores e representantes de torcidas também estiveram presentes na reunião.

A A22, por sua vez, viu a reunião como "um importante sinal de que é preciso debater o tema, mesmo sendo difícil". Disse ainda que está "comprometida com competições baseadas no mérito esportivo e com o papel fundamental desempenhado pelas ligas nacionais, que seriam complementares".

A ideia inicial da Superliga era reunir os grandes clubes da Europa e realizar um torneio fechado, sem rebaixamentos ou acesso e sem qualquer vínculo com a Uefa. Depois de muitas críticas, a direção do projeto ajustou o discurso e promoveu mudanças grandes em seus planos para evitar a oposição. Também pretende envolver mais clubes e um maior número de países, além de criar divisões, com rebaixamento e acesso, para gerar mérito e maior competitividade no torneio.

A Uefa multou o Celtic, atual campeão escocês, em 15 mil euros (cerca de R$ 78 mil) nesta terça-feira por conta de uma faixa anti-monarquia exposta nas arquibancadas de um jogo da Liga dos Campeões, dias após a morte da rainha Elizabeth II. A Escócia é um dos países que compõem o Reino Unido.

A entidade que rege o futebol europeu considerou que a manifestação da torcida "é uma mensagem que não se enquadra em um evento esportivo (faixa provocativa)". A faixa continha palavrões contra a monarquia num momento sensível no Reino Unido, devido à morte da rainha Elizabeth II.

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A manifestação aconteceu durante o empate por 1 a 1 entre o Celtic e o Shakhtar Donetsk, no dia 14 de setembro, em Varsóvia, na Polônia, pela fase de grupos da Liga dos Campeões.

O clube escocês tem ligação histórica como movimento republicado da Irlanda e muitos torcedores do time tradicionalmente fazem oposição à monarquia britânica.

Em outras decisões anunciadas nesta terça, o Estrela Vermelha, de Belgrado, foi multado em 20 mil euros (cerca de R$ 100 mil) por cânticos provocativos e ilícitos por parte de torcedores em jogo contra o Monaco na Liga Europa. O Malmö e o Viktoria Plzen também foram multados em 17,5 mil euros (R$ 88 mil) e 10 mil euros (R$ 50 mil), respectivamente, por "mensagens de natureza ofensiva".

O Comitê Executivo da Uefa se reuniu nesta terça-feira e confirmou que a seleção russa não participará do sorteio para a fase qualificatória da Eurocopa de 2024, mas permitiu a participação de Belarus, decisão que vai contra o posicionamento da Alemanha, anfitriã do torneio. Em pronunciamento recente, Nancy Faeser, ministra do Interior alemã, pediu que os dois países fossem banidos da competição.

A exclusão da Rússia dá continuidade à série de sanções direcionadas ao país desde o início da invasão à Ucrânia promovida pelo presidente Vladimir Putin. A Uefa decidiu, em fevereiro, suspender os clubes e a seleção russa de suas competições. Com isso, a Rússia foi proibida de disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo e a Liga das Nações da Uefa, e os times ficaram de fora dos campeonatos europeus.

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Belarus também vinha sofrendo com punições nos mais diversos esportes, já que é um aliado militar importante dos russos, muito em razão de sua localização, por isso a Alemanha defendia o veto. Liberado para jogar a Euro, o país não poderá ficar no mesmo grupo que a Ucrânia, conforme decidido pelo Comitê.

A Federação Russa de Futebol informou que estuda formas de tomar "novas medidas no âmbito de proteção jurídica". A confirmação da ausência dos russos foi celebrada nas redes sociais por Andriy Pavelko, presidente da Federação Ucraniana de Futebol.

"Os russos simplesmente não têm nada para se prepararem. Como solicitado, a federação russa não estará em Frankfurt, na Alemanha, no dia 9 de outubro. E, ao menos até 2024, eles não poderão participar de uma competição internacional de futebol. A Euro 2024 será realizada sem um país agressor", escreveu o dirigente.

O sorteio marcado para 9 de outubro distribuíra 53 seleções em dez grupos da fase qualificatória da Eurocopa 2024. A Alemanha, por ser o país-sede do torneio, já tem vaga garantida na fase final, portanto não participará da qualificação.

Uma ministra do governo alemão pediu à Uefa para remover Belarus de tentar se classificar para o Campeonato Europeu de 2024, que será disputado na Alemanha, citando o apoio desse país à Rússia.

A Uefa disse nesta sexta-feira que recebeu a carta da ministra do Interior Nancy Faeser e entregou ao seu presidente Aleksander Ceferin. Segundo a revista Der Spiegel, o dirigente irá se pronunciar nos próximos dias.

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O pedido foi feito três semanas antes da Alemanha ser sede das Eliminatórias da Euro 2024, em Frankfurt, competição que a Rússia já foi banida pela Uefa.

Uefa e Fifa excluíram todos os times russos das competições do futebol internacional em fevereiro, poucos dias após a invasão militar da Ucrânia.

Em 3 de março, a Uefa proibiu equipes de Belarus de sediar jogos em seu território, mas não chegou banir os times das competições.

Belarus foi descrita nesta sexta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin, como um pai aliado e parceiro em uma conferência no Usbequistão também com a presença do presidente belarusso Alexander Lukashenko.

Belarus nunca se classificou para um grande torneio de futebol e ganhou apenas um jogo em cada um de seus grupos de qualificação para a Copa do Mundo de 2022 e Euro 2024.

Em seu grupo da Liga das Nações da Uefa em junho, Belarus jogou suas partidas como mandante em Novi Sad, na Sérvia. Os jogos foram disputados com portões fechados.

A federação de futebol da Rússia anunciou nesta quarta-feira dois amistosos para os próximos meses. Serão os primeiros jogos da seleção masculina de futebol do país desde as punições aplicadas pela Fifa e pela Uefa como retaliação pela invasão à Ucrânia, em fevereiro deste ano.

Os russos vão enfrentar o Quirguistão no dia 24 deste mês, praticamente sete meses após as suspensões aplicadas pelas duas entidades. O jogo está marcado para a cidade de Bishek, capital do Quirguistão. O duelo com o Irã será em novembro, também fora de casa, em data ainda a ser definida. A federação russa pretende anunciar mais um amistoso nos próximos dias.

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"A comissão técnica da seleção russa está feliz por ter a oportunidade de unir o grupo novamente para um período de treino completo para os jogos. Nos próximos dias, vamos anunciar uma lista grande de jogadores convocados para estas partidas", afirmou o técnico russo, Valery Karpin.

A seleção russa não disputa uma partida oficial desde 14 de novembro do ano passado. Na ocasião, perdeu para a Croácia por 1 a 0, pelas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo do Catar. E caiu para a repescagem, quando enfrentariam a Polônia. Mas o jogo não foi disputado por causa da suspensão ao time russo, em decorrência da guerra.

A equipe russa foi excluída das Eliminatórias da Copa e também da Liga das Nações da Uefa. Os russos também poderiam ter entrado em campo nos meses de junho e setembro deste ano, em Datas Fifa, porém foram impedidos devido à suspensão, que se estendeu também aos clubes do país na Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência.

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