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O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE) requisitou ao Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife (CTM/Grande Recife), nesta terça-feira (29), informações sobre a redução da frota de ônibus em operação na Região Metropolitana do Recife. O Consórcio tem até cinco dias úteis para dar as justificativas.

Segundo informações que o MPC-PE teve acesso, o Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife (STPP) operava com uma frota de 2.459 coletivos e, agora, conta com 2.132 ônibus à disposição da população.

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"Realizamos uma requisição de informações para saber como foi tomada essa medida, se foi realizado um estudo técnico, bem como as justificativas necessárias para a ação", disse o procurador de Contas, Gilmar de Lima, que também manteve contato telefônico com representantes do CTM. "Queremos compreender melhor a situação antes de realizar a instauração de qualquer procedimento ou mesmo representação", completou ele.

Com informações da assessoria

A repórter Marília Parente, que assina o especial. (LeiaJá/Júlio Gomes)

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O LeiaJá é finalista do 19º Prêmio Urbana de Jornalismo, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope). O veículo concorre na categoria Reportagem em Texto, com o especial "Calçadas: caminho para a cidadania", assinado pela repórter especial Marília Parente. 

Em cinco reportagens, o trabalho conta histórias de pessoas e iniciativas que ajudam a construir cidades mais particip(ativas), em que o pedestre - ente mais frágil da mobilidade urbana - seja protagonista. "Calçadas: caminho para a cidadania" conta com edição de vídeo de James William, artes de Felipe Santana, além de imagens de Júlo Gomes e Chico Peixoto, que também fez o webdesign do hotsite.

"Embora sejam a primeira estrutura garantidora de cidadania e inclusão nas cidades, as calçadas sofrem com enorme desprestígio na destribuição de recursos da administração pública. Sobram leis e políticas públicas, mas falta ação, motivo pelo qual é necessário aquecer o debate sobre a mobilidade ativa. Para isso, produzimos um especial de jornalismo com os maiores especialistas no assunto do país, sem abrir mão do olhar local, trazendo o Recife, com suas particularidades culturais e históricas, para o centro da discussão", afirma a jornalista Marília Parente. 

A cerimônia de premiação acontecerá no dia 22 de agosto, no Armazém Blu’nelle, no bairro de Santo Amaro. “Estamos felizes em voltar a nos reunir para celebrar este prêmio que trata de um assunto tão importante para as cidades”, celebra o presidente da Urbana-PE, Luiz Fernando Bandeira.

Presidente do Sinjope, Jailson da Paz também reforça a relevância do Prêmio. “É uma iniciativa merecedora de aplauso. Ele reconhece e estimula a prática do bom jornalismo, que se torna cada vez mais necessária neste tempo de avanço das notícias falsas e da desinformação", frisa. 

Conheça os finalistas da 19ª edição do Prêmio Urbana:

Categoria Reportagem em Texto

1 – Calçadas: caminho para a cidadania - Marília Parente, do Portal LeiaJá

2 - Estudo Mobilize 2022 - Mobilidade Urbana em Dados e nas Ruas do Brasil – Marco de Souza, do Portal Mobilize Brasil.

3 - Trânsito Travado - Roberta Soares, do Jornal do Commercio

Categoria Fotografia

1 - Bloqueio de túnel alagado é reforçado - Bruno Campos, do Jornal do Commercio

2 - Nova Rota à beira-mar para pedalar - Bruno Campos, do Jornal do Commercio

3 - Mobilidade nos trilhos - Tom Cabral, da Revista Algomais

Categoria Audiovisual

1 - Eleições 2022: Desafios - Mobilidade, infraestrutura e turismo - Natália Ribeiro, da TV Jornal

2 - RotaViva – Pela preservação da vida - Roberta Soares, do Podcast Programa RotaViva

3 - Rotas da exaustão - Tércio Saccol, do Canal Vós

Nesta quinta-feira (27), o Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR participou da terceira reunião de conciliação com a Urbana-PE, que representa os empresários do transporte público do estado. Assim como nos encontros anteriores, um acordo não foi selado. Segundo o desembargador Fábio Farias, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), as partes têm opiniões “muito consistentes” sobre as próprias exigências. 

“Quando uma pessoa pede 100% de ticket, 500% do auxílio ao empregado e 10% do salário, torna a negociação inviável. Tem que ir pra uma realidade de inflação baixa no Brasil, então 10% é um absurdo. No momento, a realidade é a de queda de demanda e crise no setor; nada pode ser dado além da inflação”, defendeu um representante dos empresários após a reunião.  

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Aldo Lima, presidente do sindicato dos rodoviários, alegou que a reunião foi rápida e que a Urbana não ofereceu uma nova contraproposta. Assim, a conciliação perdeu sentido para as duas partes e foi encerrada.  

“Nossa pauta inicial pede o reajuste de salário, inflação, e mais um complemento que totalize 10% [de aumento]. Pedimos também o ticket de alimentação no valor de R$ 600 e uma ajuda para o trabalhador que exerce dupla função, através de gratificação no valor de R$ 500. A inflação é um direito do trabalhador e obrigação das empresas”, explica Aldo Lima. 

Nessa quarta-feira (26), o TRT-6 determinou o retorno de 60% da frota de ônibus na Região Metropolitana do Recife em horários de pico e 40% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, o Sindicato dos Rodoviários está sujeito a multa diária de R$ 30 mil. Nesta quinta-feira (27), a medida foi cumprida, mas o estado de greve se mantém por tempo indeterminado.  

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Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários, fala sobre continuidade da greve 

Vídeo: Victor Gouveia/LeiaJá 

Motoristas impedem tráfego em pontos da capital 

Os rodoviários impediram a passagem de ônibus em dois trechos do Recife, a Avenida Guararapes, no Centro da cidade, e as vias no entorno da Praça do Derby. A greve da categoria, que acontece simultaneamente à greve dos metroviários, completou 24h à meia noite desta quinta-feira (27).  

"Estamos dando continuidade ao que se iniciou, dentro da legalidade, deflagrado 72h antes e cumprindo o protocolo. A gente esperava que hoje pela manhã, durante a reunião no TRT, se chegasse em algum tipo de acordo com a Urbana. Infelizmente, a Urbana apresentou o mesmo percentual de outrora, de 3%, e R$ 7 de aumento no ticket, o que dá R$ 0,25 por dia e não dá pra nada. Não tem dia certo para que haja o julgamento do dissídio coletivo de greve, só o tribunal dirá o percentual correto", informou Roberto Carlos, presidente da Associação Beneficente Independente dos Rodoviários de Pernambuco (Abirpe), que comandava uma paralisação no Derby. 

"A gente sabe que a sociedade passa por algumas dificuldades de deslocamento. Claro que, no período da manhã, houve o que a Justiça determinou de 60% da frota na rua, mas essas mobilizações nas ruas são legais e eles não passarão o dia todo aqui. Temos a consciência de que, nos horários de pico, os carros estejam rodando para levar o pessoal em casa", acrescentou. 

LeiaJá também 

- - > ‘Sem acordo, rodoviários mantêm greve e bloqueiam vias’ 

--> ‘Greve: mais ônibus estão nas ruas no 2º dia de paralisação’ 

 

Após segundo dia de audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco decide por manter a greve marcada para começar a partir da meia-noite desta quarta-feira (26) no estado. A categoria não aceitou a contraproposta feita pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE).

Entre as reivindicações dos rodoviários está o aumento do ticket alimentação para R$ 600,00 e uma gratificação de R$ 500,00 para os motoristas que exercem a dupla função de conduzir o veículo e cobrar as passagens dos usuários. Em resposta, a Urbana ofereceu um aumento de sete reais no ticket e de 11 reais de gratificação para a dupla função dos motoristas.

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Diante da contraproposta da Urbana, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, afirmou que a categoria não vai aceitar. “Ela é um desacato, é um desrespeito, a toda a categoria”, declarou após a reunião.

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“O sindicato acha que isso é uma afronta a toda a categoria, por essa razão a greve está mantida. Precisamos fazer uma greve forte aqui no nosso estado. Precisamos dizer a essas empresas que nós vamos buscar a nossa valorização”, continuou Lima.

Em nota, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que a greve atingirá todas as linhas de ônibus, e orientou que toda a população utilize o transporte público até às 23h.

Categorias reagem

Além da paralisação por tempo indeterminado dos rodoviários, o sindicato da Polícia Civil (Sinpol), assim como o dos metroviários (Sindmetro-PE) deverão decidir ainda nesta quarta-feira (25) por aderir à greve. A demanda comum é sobre reajuste salarial, e o Sindmetro pede ainda que seja reavaliada a privatização, para que ela não ocorra.

Um jovem de 18 anos, cujo nome não foi revelado, morreu atropelado, no último sábado (30), enquanto “surfava” em um ônibus na saída de uma integração em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

O caso aconteceu por volta das 23h, em um veículo da linha TI Xambá/Águas Compridas, na saída do Terminal Integrado Xambá. De acordo com testemunhas, o homem se desequilibrou e caiu de cima do ônibus, em um ponto cego para o motorista.

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, no entanto, o jovem já estava sem vida no momento em que os socorristas chegaram. O corpo foi velado nesta segunda-feira (2) no Cemitério de Águas Compridas.

Prática arriscada

“Surfar” nos ônibus significa subir na parte externa do veículo e simular exatamente a prática de surfe, só que utilizando o ônibus como “prancha”. Geralmente, as pessoas envolvidas nessa prática retornam ao veículo pelas saídas de emergência e ventilação.

O surfe nos ônibus foi pauta de protesto dos rodoviários recentemente. A categoria denuncia medo e insegurança no transporte coletivo da Região Metropolitana do Recife, além de condições de trabalho ruins.

O que dizem as empresas?

O LeiaJá entrou em contato com o Consórcio Grande Recife, que afirmou estar apurando o ocorrido. A empresa ressaltou que a prática é proibida, além de colocar em risco a vida do “surfista”, do motorista e dos passageiros.

Confira a nota na íntegra:

O Grande Recife informa que está investigando as circunstâncias do acidente do último sábado (30). A prática de surfar e/ou morcegar nos ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros é proibida, pois coloca em risco a vida de quem o faz e a dos demais usuários. O Consórcio informa que, segundo seu Regulamento, ao perceber essas situações, o motorista deve parar o ônibus e solicitar que a pessoa desça do veículo. Em caso de acidente, o condutor deve parar o veículo e acionar o Samu, salvo em situações em que ele se sinta ameaçado. Em caso de dúvidas ou para enviar sugestões e queixas, o usuário pode entrar em contato via Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou pelo WhatsApp (9.9488.3999), exclusivo para reclamações.

A reportagem também entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE). A Urbana lamentou a morte do jovem e pediu maior participação das famílias e do poder público para orientar e coibir o tipo de prática que levou à morte do rapaz no último sábado. Confira abaixo a nota completa:

“A Urbana-PE lamenta profundamente o acidente ocorrido na noite do último sábado (30), no TI Xambá, envolvendo um veículo de uma das suas associadas, a Rodoviária Caxangá. Informações iniciais apontam que o acidente ocorreu quando um jovem se pendurou na porta de um ônibus que manobrava para sair do terminal.

A Urbana-PE esclarece que as suas associadas orientam os operadores a não seguirem viagem com pessoas penduradas nas portas, nos pára-choques ou sobre os ônibus e a solicitarem apoio policial sempre que for identificado qualquer indício de atividade ou comportamento que possa comprometer a segurança dos passageiros ou motoristas. O sindicato destaca ainda que empresas do setor têm promovido campanhas e ações educativas e de conscientização sobre o correto procedimento de embarque e normas de segurança do transporte coletivo, incluindo ações de sensibilização contra o surf nos ônibus.

Para que esses esforços surtam efeito e novas fatalidades sejam evitadas, é imprescindível o apoio da população, em especial dos familiares de jovens que praticam tais atos, no sentido de orientar sobre os riscos envolvidos. Também é indispensável a atuação do poder público para coibir a prática e zelar pela segurança de todas as pessoas que fazem uso do sistema viário.

A Urbana-PE e a Caxangá se solidarizam com os parentes e amigos da vítima e se colocam à disposição das autoridades competentes a fim de prestar todos os esclarecimentos necessários e colaborar com a investigação sobre o caso”.

Por fim, o LeiaJá buscou também a Associação dos Rodoviários, mas não houve sucesso no contato. O espaço segue aberto.

A Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP) propôs extinguir o Anel B e reduzir as demais tarifas de ônibus para R$ 3,40 na Região Metropolitana do Recife (RMR). Uma reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) vai discutir as propostas de reajuste da tarifa de ônibus da região na próxima sexta-feira (11).

O Governo de Pernambuco propõe um reajuste de 9,69% na passagem, já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) quer um aumento de 22,67%. Tradicionalmente é a proposta do governo que recebe a aprovação na reunião do CSTM. Caso seja mesmo aprovada, a recomposição reajustará o anel A para R$ 4,1080 e o anel B para R$ 5,6159.

--> PE: empresas de ônibus querem aumento de 22% nas passagens

A FLTP discorda das propostas e aponta que os reajustes dos últimos anos foram acima do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A Frente destacou que a crise econômica foi agravada pela pandemia e reforçou que a medida vai “penalizar ainda mais os trabalhadores, desempregados, estudantes e os usuários que mais precisam”.

O grupo reivindica uma nova licitação com maior custeio do Estado e a redução do valor da tarifa atrelado aos gastos das empresas de transportes. "Assim como saúde e educação, o transporte não é uma simples mercadoria, é um direito social", criticou o movimento.

"Os terminais integrados, ainda inacabados, permanecem sucateados, as empresas de ônibus permanecem roubando viagens, o SIMOP (Sistema de Monitoramento e o aplicativo para o usuário) nunca foi implantado e a população continua sofrendo diariamente estas mazelas, além da insegurança e riscos de contaminação por covid-19 em razão das superlotações", declarou a FLTP.

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  Para evitar um novo aumento das passagens de ônibus proposto pela Urbana-PE, o Sindicato dos Rodoviários promove uma reunião com a sociedade civil nesta quinta-feira (27). A categoria criticou o governador Paulo Câmara (PSB) e a precariedade do serviço oferecido aos passageiros. 

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) já apresentou a proposta de reajuste de 22,67% no valor das tarifas. 

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Contra o plano da entidade patronal, os rodoviários ressaltaram as "péssimas" condições de trabalho impostas aos profissionais e sugerem uma relação entre o governador e as empresas.

"O Governo Paulo Câmara dá tudo para os empresários de transporte e para os rodoviários apenas demissão e péssimas condições de trabalho. Para a população, resta a qualidade precária do serviço e os altos preços das passagens", apontou em comunicado. 

A reunião aberta foi marcada para às 14h, na sede do sindicato, na Rua Araripina, 111, bairro de Santo Amaro, área Central do Recife.

Usuários do transporte público do Grande Recife podem comprar créditos para o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) por meio do WhatsApp e realizar o pagamento com o Pix. A novidade começou a funcionar nesta segunda-feira (23).

O novo serviço é uma parceria do Grande Recife Consórcio de Transporte com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE). A recarga estará disponível nos validadores dos ônibus e terminais de autoatendimento VEM em até 10 minutos após a confirmação do pagamento.

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Para acessar o serviço, basta iniciar uma conversa como WhatsApp do VEM (81 3320.2001) e escolher a opção "Recarga do cartão VEM". Após a confirmação dos dados do titular do cartão, será solicitado o valor da recarga e a forma de pagamento. Em seguida, será gerado um código QR dinâmico, que deverá ser copiado e colado na função Pix Copia e Cola do aplicativo do banco. 

Após o pagamento, para concluir a compra, o cliente deve retornar ao WhatsApp do VEM e seguir o fluxo para confirmação e disponibilização da recarga. Será cobrada a taxa de R$ 2,45.

Além da recarga, também está sendo lançada a opção de solicitação de segunda via dos cartões VEM por meio do WhatsApp. O pagamento será efetuado com o Pix e a retirada dos cartões deve ocorrer em até 24 horas úteis depois da confirmação do pagamento, sendo realizada no Posto de Atendimento do VEM na Rua da Soledade, 259, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

As novas opções se somam aos demais serviços já disponíveis no WhatsApp do VEM: bloqueio de cartões VEM, atualização cadastral e solicitação da primeira via do VEM Estudante. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a Prodata Mobility, TicketPay e Weni.

Após anunciar ato na manhã desta segunda-feira (16), o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana voltou a negociar com a Urbana o reajuste salarial da categoria. Anteriormente, a representante dos consórcios de transportes do Estado havia mostrado interesse em negociar a campanha apenas em 2022, mas os interessados recusaram a sugestão. No entanto, nas discussões recente, rodoviários e empresários podem ter se aproximado de um acordo que será decidido na próxima terça-feira (24).

A proposta dada pela Urbana é de reajustar o salário dos rodoviários em 9.22%, índice recomendado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas o reajuste teria pagamento parcelado em duas vezes. Assim, em setembro, seriam pagos 4,61% (retroativo a julho e agosto) e em novembro, o restante seria pago, complementando o percentual total estipulado.

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O Ticket Alimentação, benefício que complementa a renda dos trabalhadores, teria o retroativo aos meses de julho e agosto pago sem parcelamento.

A assembleia decisiva acontecerá na próxima terça (24), nos turnos da manhã, com primeira convocação às 9h30 e a segunda às 10h; e da tarde, com primeira convocação às 15h30 e a segunda convocação às 16h.

Nesta sexta-feira (5), o Conselho Superior de Transporte Metropolitano aprovou o aumento das passagens dos ônibus da Região Metropolitana do Recife. A partir do próximo domingo (7), o Anel A passa dos atuais R$ 3,45 para R$ 3,75 - já o anel B sai dos R$ 4,70 para R$ 5,10. 

Também foi ratificada a criação de uma tarifa mais barata no que será chamado "horário social", fora do pico. Das 9h às 11h da manhã e das 13h30 às 15h30 da tarde, a passagem deve ficar 10 centavos mais barata, passando dos atuais R$ 3,45 para R$ 3,35 no anel A, e de R$ 4,70 para 4,60 no Anel B.

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Esse desconto se aplicará exclusivamente nos dias úteis e através do uso do VEM Comum. O Grande Recife, idealizador do "horário social", aponta que "o objetivo é estimular o melhor escalonamento do uso do sistema, reduzindo a pressão no horário de pico, mantendo maior modicidade tarifária para seu usuário". 

O consórcio afirma que, desde o início da pandemia da Covid-19, o Sistema Público de Transporte Público (STPP) vem sofrendo com a redução da demanda, que atualmente reprenta 62% da que existia em março de 2020 - segundo aponta o órgão.  

Mesmo com o aumento da passagem e a continuidade dos flagras de coletivos lotados no Grande Recife, o consórcio não tem previsão de quando todos os coletivos devem voltar a circular. 

O Grande Recife diz que, até o dia 4 de fevereiro, a frota atual em circulação era de 76%, enquanto a demanda de passageiros está em 60%. A partir do dia 25 de janeiro, a frota de veículos das linhas mais movimentadas começou a receber reforço.

"Até o momento, 100 veículos voltaram a circular. Na próxima semana, serão mais 50 à disposição dos usuários do transporte público, que vão ajudar a evitar lotação, principalmente nos horários de pico. Algumas linhas, inclusive, já circulam com 100% da frota e, em alguns casos, até mais", assegura o consórcio.

O vereador do Recife, Tadeu Calheiros (Podemos), vice-líder da oposição, protocolou na Câmara dos Vereadores um pedido para que a frota de ônibus retorne ao patamar de 100% na Região Metropolitana do Recife. 

Calheiros aponta o fato de que, mesmo diante da pandemia da Covid-19 e com a necessidade do distanciamento social, a frota de ônibus continua reduzida na RMR - o que não contribui para o cumprimento dos protocolos de combate ao novo coronavírus.

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"A gente fez esse requerimento, já que o Consórcio faz parte da administração indireta do Recife, pedindo para que, pelo menos, 100% da frota volte a atuar. Também enviamos esse requerimento ao presidente do Consórcio Grande Recife, Erivaldo Coutinho", explica Tadeu.

O Grande Recife diz que, até o dia 4 de fevereiro, a frota atual em circulação era de 76%, enquanto a demanda de passageiros está em 60%. A partir do dia 25 de janeiro, a frota de veículos das linhas mais movimentadas começou a receber reforço.

"Até o momento, 100 veículos voltaram a circular. Na próxima semana, serão mais 50 à disposição dos usuários do transporte público, que vão ajudar a evitar lotação, principalmente nos horários de pico. Algumas linhas, inclusive, já circulam com 100% da frota e, em alguns casos, até mais", assegura o consórcio.

Aumento das passagens

Nesta sexta-feira (04), o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) realizará sua primeira reunião ordinária em 2021 para debater as propostas de revisão tarifária apresentadas pelos membros do conselho. 

O Consórcio Grande Recife quer que o Anel A, mais usado por quem depende do transporte público, saia dos atuais R$ 3,45 para R$ 3,75. Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), pede que a tarifa do Anel A seja reajustada para R$ 4,00 - o que representa um acréscimo de 16%. 

Sobre a possibilidade de aumento nas tarifas dos ônibus, Tadeu aponta que esse não é o momento mais adequado para isso, principalmente por conta da pandemia. "Estamos em uma notória crise econômica, onde se discute subsídios para auxiliar a população que está mais vulnerável economicamente neste período - justamente a população que é mais usuária do transporte público”, salienta o vereador.

Como vice-líder da bancada de oposição na Câmara dos Vereadores do Recife, o parlamentar esclarece que está estudando o assunto, que deve ser pauta de debate entre os deputados - caso o aumento seja confirmado na Região Metropolitana do Recife.

O Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE) informou, na tarde desta terça-feira (22), que o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região concedeu medida liminar determinando que o Sindicato dos Rodoviários se abstenha de bloquear os acessos às garagens das empresas de ônibus da Região Metropolitana do Recife.

Ainda conforme anunciado pela Urbana, o TRT também estabeleceu operação mínima de 50% da frota nos horários de pico, das 5h às 9h e das 16h às 20h. "Esperamos que o Sindicato dos Rodoviários cumpra a decisão judicial e que deixe de penalizar a população e a economia locais, especialmente no contexto complexo em que nos encontramos, em plena crise sanitária e às vésperas das festividades de final de ano", diz a Urbana-PE. 

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A greve dos Rodoviários foi deflagrada porque os empresários e o Governo de Pernambuco não cumpriram o acordo firmado no dia 23 de novembro, que determinou o pagamento retroativo a partir de julho do salário e ticket alimentação, o fim das demissões, estabilidade de seis meses dos rodoviários e o fim da dupla função.

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-> Sem acordo, greve dos rodoviários continua, diz sindicato

O Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) decide sobre a greve dos ônibus nesta quarta-feira (16). Além da recontratação de cobradores, a categoria alega que o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE) desrespeita o acordo selado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Os trabalhadores cobram pelo cumprimento da Portaria 167/20, que determina o retorno do cobrador aos coletivos. Eles também alegam que ainda não foi garantida a estabilidade de seis, nem o valor retroativo de julho a dezembro do ticket alimentação, combinados em conciliação com a Urbana-PE. Para os rodoviários, os patrões não respeitam "nada nem ninguém. Só respeitam o dinheiro arrancado com o suor, o sangue e a vida dos trabalhadores".

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Por isso, a categoria debate sobre a paralisação do serviço em reuniões durante a manhã e à tarde, na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife. "A Urbana-PE não cumpriu nada, e diante disso, eu quero convocar toda a categoria para que a gente possa discutir e dar uma resposta à altura, tanto a Urbana, que tem descumprido tudo, quanto ao Governo, para que tome uma medida enérgica, para que as empresas cumpram a portaria que foi publicada", afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima.

Na manhã da quarta (9), representantes dos rodoviários foram às garagens das empresas Caxangá, Metropolitana, Pedrosa e Transcol, e bloquearam a saída de coletivos sem cobrador. A fiscalização foi dissolvida pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Um dia antes da greve, anunciada para o dia 24 de novembro, eles conseguiram a portaria do Governo de Pernambuco, que indicava o retorno dos cobradores nos ônibus da Região Metropolitana do Recife. A categoria ainda negociou a estabilidade de seis meses e o reajuste de 2,64% no salário e no ticket retroativo a julho deste ano.

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Insatisfeito com o descumprimento das leis que estipulam o retorno dos cobradores, o Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) pode paralisar o serviço de transporte coletivo nesta semana. A categoria agendou assembleias nesta quarta-feira (16) e vai debater sobre a possibilidade de instaurar uma greve de ônibus.

"A dupla função não acabou e os cobradores não voltaram. As demissões continuam e os retroativos não foram pagos", pontou o sindicato ao anunciar as reuniões, que ocorrem em dois turnos, na sede da organização, localizada no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife.

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Na ocasião, os trabalhadores vão discutir sobre a aprovação do valor negociado para o ticket alimentação e a deliberação da greve, em face ao descumprimento da Lei Municipal 18.761/20, da Portaria 167/20 e do acordo firmado com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE) em uma conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região.

Na manhã da última quarta (9), os representantes dos rodoviários foram às garagens das empresas Caxangá, Metropolitana, Pedrosa e Transcol, e bloquearam a saída de coletivos sem cobrador. A fiscalização foi dissolvida pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Um dia antes da greve, anunciada para o dia 24 de novembro, os rodoviários conseguiram a portaria do Governo de Pernambuco, que indicava o retorno dos cobradores nos ônibus da Região Metropolitana do Recife. A categoria ainda negociou a estabilidade de seis meses e o reajuste de 2,64% no salário e no ticket retroativo a julho deste ano.

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O Sindicato dos Rodoviários afirma que os donos das empresas de ônibus da Região Metropolitana do Recife estão alegando que não irão cumprir a determinação do Governo de Pernambuco que determinou o fim da dupla função e o retorno de todos os cobradores, exceto os veículos do tipo BRT.

Essa determinação do governo estadual se deu no final do mês passado, o que fez com que o sindicato não deflagrasse uma greve marcada para o dia 24 de novembro, bem próximo do segundo turno das eleições municipais.

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O retorno dos cobradores e o fim do acúmulo de trabalho estão previstos para a próxima quinta-feira (3) - o acordo foi fechado em audiência perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRT).

Aldo Lima, presidente do sindicato, pede que os seus companheiros fiquem tranquilos porque, segundo ele, o que a Urbana enviou ao Consórcio Grande Recife foi "um ofício 'choramingando' que não teve tempo hábil para recontratar os cobradores". Aldo garante que isso é uma mentira e que as empresas continuam demitindo os rodoviários. 

"A Urbana presta serviços ao Estado e é obrigada a cumprir as determinações impostas ao transporte público", salienta Aldo. O presidente do Sindicato dos Rodoviários pede que o Governo de Pernambuco se comprometa em fazer cumprir a determinação.

"Se não for dessa forma, nós vamos para a luta. Nós  não vamos permitir que seja praticado um estelionato político, pelo fato das eleições terem passado, o candidato (João Campos) se elegeu e agora deixar as empresas passarem o trator por cima dos trabalhadores, descumprindo um acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho", garante Aldo Lima. 

Confirmada para a próxima terça-feira (24), a greve dos motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana do Recife foi criticada por entidades envolvidas com a mobilidade da região. O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (GRCTM), que gerencia o sistema de transporte público metropolitano, e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, (Urbana-PE) se mostraram contrários à paralisação.

Em prol do reajuste salarial, da suspensão de demissões e da estabilidade de um ano, o Sindicato dos Rodoviários anunciou a greve nessa terça (18), após debate com os trabalhadores. Eles ainda exigem o cumprimento da lei 18.761/20, que proíbe a dupla função dos motoristas, que tiveram o serviço dos cobradores aglutinado à rotina.

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O Consórcio Grande Recife afirmou que vai notificar tanto o sindicato dos trabalhadores quanto o dos empresários para evitar a greve, visto que o transporte público é um serviço essencial e sua operação é garantida por lei. Em comunicado, o GRCTM informou que os coletivos vão rodar em esquema especial, com prioridade às linhas de maior demanda, nos principais corredores da região.  Entretanto, a assessoria não deu detalhes sobre o reforço da frota, mas pretende confirmá-lo até esta sexta (20).

Já a Urbana-PE disse que tenta negociar a campanha salarial de 2021 desde julho, mas o sindicato mostrou-se “inflexível”. Os empresários afirmaram que as propostas de aumento de até 29% nos salários e 79% no auxílio alimentação eram incompatíveis com o cenário atual, que sofre com uma das maiores crises mundiais.

“O setor faz um apelo para que a greve anunciada seja suspensa, evitando novos transtornos à população e à economia local e prejuízos ao exercício da democracia, tendo em vista o segundo turno das eleições municipais em duas cidades da Região Metropolitana do Recife”, lembrou a assessoria.

Em nota, a Urbana destacou que as constantes paralisações que antecederam o anúncio da greve são ilegais e reiterou o compromisso em dialogar com a categoria para fechar um acordo.

Foi por unanimidade de votos que os rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) aprovaram uma nova greve da classe, prevista para acontecer na próxima terça-feira (24). A decisão é parcial e foi tomada no primeiro turno da assembleia realizada na manhã desta terça (17), na sede do sindicato da categoria, em Santo Amaro, no centro do Recife. O segundo turno para votação começa às 15h.

Os votos de ambas as sessões serão somados para a conclusão da assembleia. Em pauta, está a retomada das negociações da campanha salarial, a suspensão das demissões na categoria e estabilidade de um ano de trabalho. Além disso, os trabalhadores também reivindicam a adequação à Lei 18.761/20, antes PLO 05/19, que proíbe a dupla função no Recife, ou seja, motoristas acumularem a função de cobrador. Após ambas as votações, caso as solicitações em pauta não sejam atendidas, a greve estará garantida.

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Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR, cobra que as empresas se adequem à lei em vigor, que já foi sancionada. “Acredito que, na reunião à tarde, os rodoviários também aprovem a greve. A unanimidade dos votos prova a insatisfação da categoria. Internamente, nos nossos grupos, todos estão bem dispostos. Já demos o indicativo de greve, mas estamos abertos a discutir até lá com os patrões esse impasse. Se for possível diálogo, convocamos uma nova assembleia e pautamos a deliberação da greve novamente”, destacou o líder sindical.

Sobre a adesão dos consórcios de transportes do Recife à lei de proibição da dupla função, Aldo diz que a demanda por uma resposta é ainda mais urgente. “Queremos que o Governo do Estado de Pernambuco, órgão gestor, atue de acordo com o Art. 167 da resolução regulamentadora do transporte público. A retirada de trabalhadores da categoria deve ser expressa para o conhecimento de todos, de forma justa e de acordo com a lei”, finalizou.

 Na noite da última quarta (8), através de mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Pernambuco (Sttrepe) conseguir firmar acordo pela não demissão de 3 mil profissionais com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE). Foi combinado entre as partes que a estabilidade dos rodoviários estará garantida entre os meses de abril e setembro deste ano.

No último trimestre de 2020, o acordo, contudo, inclui possibilidade de redução de jornada e de salário, caso haja redução do veículos de circulação, a cuja quantidade o desconto seria proporcional. Para a função de motorista de ônibus, os cortes terão percentual máximo de até 40% dos salários para o mês de julho/2020; de até 30% para o mês de agosto/2020 e de até 20% para o mês de setembro/2020. Já para os cobradores, a redução proporcional poderá chegar a 30% para o mês de julho/2020; até 20% para o mês de agosto/2020 e até 10% para o mês de setembro/2020.

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“A maior expectativa do MPT nesta audiência foi contar com a presença da Urbana-PE. Após intensos debates, em que vários cenários foram construídos ativamente pelos atores em questão e pelos mediadores, chegamos às condições aceitas por todas as partes, considerando, a situação de instabilidade econômica e, principalmente, a manutenção dos postos de trabalho”, relata o procurador do Trabalho titular do procedimento, José Laízio Pinto.

O Sindicato dos Rodoviários do Recife garante que, após uma audiência com as Empresas de Transporte Integrado (Urbana-PE), foi determinado o cancelamento da demissão de cerca de três mil profissionais da categoria. Na negociação mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PE), nessa quarta-feira (8), o salário dos motoristas, cobradores e fiscais precisou sofrer redução. Em contrapartida, eles não poderão ser desligados das funções por seis meses.

O pagamento dos rodoviários será regido pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, instituída na MP 936 para resguardar o emprego no contexto da pandemia. Dessa forma, até junho, a classe sofrerá a redução de 70% na jornada, 40% no salário do motorista, 25% no do fiscal e 3% no do cobrador, com parte do abono sendo paga pelo Governo Federal.

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Ao término do prazo, caso a conjuntura da Covid-19 permaneça, em julho, o salário dos motoristas e fiscais sofrerá uma nova redução máxima de 40%. Já em agosto pode ocorrer a redução de mais 30% e, em setembro 20%. No caso dos cobradores, a redução máxima será de 30% em julho, 20% em agosto e 10% em setembro, informou a categoria.

"Sabemos que essa MP que reduz os salários não é o ideal, mas pelo momento difícil que o país está passando, a garantia dos empregos é sim uma importante vitória", avaliou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, que garantiu o pagamento dos dias parados.

Uma nova reunião com a Urbana-PE foi convocada para esta sexta-feira (10). A intenção é acertar entre as partes o aditivo do acordo coletivo em relação aos pontos discutidos e cobrar o pagamento da quinzena dos tickets.

Procurada pela reportagem do LeiaJá, a Urbana-PE preferiu não se posicionar sobre a medida e aguarda uma nova reunião.

Parte dos rodoviários, que atua no Recife e Região Metropolitana, começou esta terça (31) mobilizada  em frente à garagem da empresa Transcol, em um movimento de protesto contra demissões em massa que estão sendo promovidas pelas empresas locais de transporte urbano. Através da página do Sindicato dos Rodoviários no Facebook, vídeos da manifestação e até uma transmissão ao vivo está em curso atualizando a situação. De acordo com o presidente do sindicato, Aldo Lima, estima-se que cerca de 10 mil profissionais serão dispensados.

Em entrevista à emissora TV  Clube, Aldo relatou que diversos profissionais se depararm com uma lista que informava quem estava sendo desligado das empresas, na manhã desta terça (31), ao chegarem para o trabalho. O presidente do sindicato afirma que as demissões estão acontecendo nas empresas Transcol, Pedrosa, Caxangá, Metropolitana e Itamaracá, entre outras. “Todas as empresas estão demitindo, estão nesse processo de demissão em massa. Mesmo que seja uma afronta legal, mas as empresas estão demitindo seus trabalhadores e estão jogando esses trabalhadores na rua da amargura”. Ele estima que cerca de 10 mil profissionais estão sendo desligados.  . 

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Aldo falou, também, que entre os demitidos estão cobradores, motoristas, funcionários de serviço gerais e manutenção, e que estes estão sendo dispensados sem seus direitos trabalhistas, como percentagem de Fundo de Garantia e rescisão. “Os trabalhadores estão perdendo os seus empregos em um momento como esse onde todos os empregos devem estar assegurados, a renda dos trabalhadores deve ser assegurada para poderem se alimentar. Nós estamos aqui querendo cobrar dos orgãos públicos e das empresas que revoguem essas demissões de forma imediata. Estamos flexíveis para discutir”. 

Procurada pelo LeiaJá, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco, Urbana, se posicionou através de nota. Confira na íntegra.

A Urbana-PE esclarece que o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) enfrenta um quadro de dificuldades sem precedentes em sua história. A redução da demanda de transporte por ônibus já passa de 75% face às medidas impostas de isolamento social para conter a disseminação do Covid-19. Esse cenário de crise repercute diretamente na operação do serviço, uma vez que o modelo de custeio atualmente adotado depende, quase que exclusivamente, da quantidade de passageiros transportados e da arrecadação tarifária.

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