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Longe das quadras de basquete desde 9 de setembro do ano passado, quando defendeu o Brasil no jogo com os Estados Unidos pelo Mundial da China, o pivô Anderson Varejão vê o futuro incerto aos 37 anos por causa do novo coronavírus, mas, em entrevista exclusiva ao Estadão, afirmou que deseja jogar pelo menos mais um ano.

Neste momento, o jogador está se dedicando aos cuidados da filha Serenee, que nasceu no dia 8 de abril, em meio à pandemia da Covid-19, em Cleveland, nos Estados Unidos. O período afastado do basquete foi uma opção de Varejão para não perder nenhum momento da gravidez de Stacy, sua mulher.

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"Tenho vontade de jogar, sim, mais um ano", afirmou o pivô, que recebeu ter recebido diversas ofertas, inclusive da NBA, após o excelente desempenho no Mundial da China. No torneio conquistado pela Espanha, Varejão registrou médias de 10 pontos, sete rebotes e 1,8 assistências.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

Como tem sido sua rotina agora na função de pai?

Estou vivendo algo que nunca imaginei... É especial, maravilhoso, me preparei muito para ser pai, quis estar com a minha mulher ao longo de toda a gravidez para estar perto quando a minha filha nascesse. Tudo é novo, a pessoa tem de ser pai para entender o que é viver isso, cada dia é uma surpresa e estou aproveitando cada minuto ao lado delas.

Como foi lidar com o nascimento dela em meio à pandemia da Covid-19?

Já estávamos mais em casa antes mesmo do início da pandemia aqui nos Estados Unidos. Mas, claro, era diferente. Nos últimos meses, com o isolamento social, a rotina mudou, especialmente no que diz respeito aos cuidados nas saídas à rua, nas consultas médicas, com compras de supermercado, etc... Tudo correu bem, estamos bem, em casa e torcendo para que tudo isso passe logo.

O Estado de Ohio, onde fica Cleveland, tem atualmente quase 32 mil casos e se aproxima de 2 mil mortes pela Covid-19... Como avalia o atual cenário?

Estamos vivendo um momento muito delicado, muito grave e precisamos entender, ter consciência de que precisamos seguir as orientações das autoridades e seguir com os cuidados. Infelizmente, o mundo inteiro está sofrendo com a pandemia, é triste demais, tantas mortes, tantas vítimas, aqui nos EUA, no Brasil, no mundo todo... Resta torcer para que isso seja controlado e que seja encontrada uma vacina o mais breve possível para conter o vírus.

Em quanto tempo acredita que uma rotina normal pode ser retomada?

Não sei se podemos chamar de rotina nem de normal o que vem pela frente. Ninguém sabe. Acho que as nossas vidas vão mudar bastante a partir de agora, não apenas no dia a dia, na prática, mas também em termos de reflexões, de pensamentos e valores.

De fora, como vê o momento no Brasil nesta pandemia? Tem conversado com familiares?

Tenho, sim, sempre estou conversando com a minha família e meus amigos, meus pais são do grupo de risco, muitos conhecidos também são. É triste acompanhar as notícias, ver a velocidade e a letalidade do vírus, ver quantas vidas estão sendo perdidas.

Como está sua rotina de treinos? Tem conseguido se exercitar?

Estava mantendo uma rotina de treinos aqui, me mantendo ativo, fazendo um pouco de quadra e parte física. Mas, com a pandemia, com o isolamento social, estou em casa há mais de dois meses, fazendo o que posso em termos de parte física dentro de casa.

É possível, nesta altura, pensar em um retorno ao basquete?

Nesse momento a única coisa que importa é que possamos passar bem por essa pandemia. A saúde de todos é a prioridade.

Antes da paralisação geral das ligas, você havia recebido alguma proposta?

Sim. Tive propostas do Brasil, da Ásia, da Europa e da NBA. Fiquei feliz, claro, mas havia feito uma opção de estar ao lado da minha mulher para acompanhar o nascimento da minha filha. E fiz a escolha de coração, por entender o quanto é especial esse momento. Não sei o que vai acontecer agora, tenho vontade de jogar, sim, mais um ano, mas vamos ver.

Como viu o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio?

Foi a decisão mais acertada, não poderia ser diferente. O tempo mostrou isso. Se havia uma dúvida no começo do ano, sobre o quão grave era a situação, hoje vemos que foi feito o que era certo.

Tem conversado com o Petrovic? A sua intenção é ficar à disposição para o Pré-Olímpico do ano que vem?

Estamos sempre conversando. Tenho uma relação muito boa com o Petrovic. Eu estava me preparando para o Pré-Olímpico até que veio a pandemia. Vamos ver como as coisas vão caminhar.

Como vê esta discussão sobre o possível retomada da NBA?

Tenho lido bastante sobre isso, visto as notícias que saem, e vejo que a NBA está monitorando a situação da pandemia, está cautelosa em voltar e em como voltar. E precisa ser assim. Se for para retornar, que seja de maneira prudente, sem pressa, tudo precisa ser bem calculado, bem avaliado, a saúde de todos está em primeiro lugar.

Imagino que viu 'The Last Dance'... É possível traçar qualquer comparação de Michael Jordan com LeBron James, que foi seu companheiro por tantos anos?

Não consegui assistir ainda... Sou um dos poucos que ainda não viu o documentário, mas os meus dias, mesmo dentro de casa, estão bastante ocupados com a minha filha. De tudo que eu li e ouvi, do que entendi que era o Michael Jordan, as personalidades são diferentes. LeBron não tem, ou não tinha isso na época do Cavs, quando convivi com ele. Ele cobrava, buscava conversar com os companheiros, mas não era tão agressivo quanto Jordan parece ser no documentário. Eram épocas diferentes também. Vou ter uma ideia melhor depois de assistir.

O pivô Anderson Varejão, do Golden State Warriors, não poderá disputar os Jogos Olímpicos do Rio com a seleção masculina de basquete por causa de uma hernia de disco.

"É frustrante, triste, ainda não estou querendo acreditar nisso. Disputar a Olimpíada no meu país, com a minha família, meus amigos e o público brasileiro nunca mais vai acontecer. Parece um pesadelo", lamentou o jogador de 33 anos, que atuou muito pouco nas últimas duas temporadas da NBA por sofrer repetidas lesões.

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Varejão já vinha sentindo dores na coluna há tempos e foi diagnosticado com hernia de disco depois de ser submetido a uma ressonância magnética nos Estados Unidos.

No seu lugar, o técnico argentino Rubén Magnano convocou Cristiano Felício, do Chicago Bulls, que chegou a pedir dispensa da seleção para poder disputar a Liga de Verão (Summer League) da NBA, na qual foi destaque.

A Liga de Verão é um meio para jogadores pouco aproveitados nas suas equipes de mostrar serviço para ganhar mais espaço e um contrato estável. O Brasil já tinha um desfalque de peso na posição de pivô, Tiago Splitter, do San Antonio Spurs, também lesionado.

Varejão disputou os Jogos de Londres-2012, quando o Brasil terminou em quinto lugar. O basquete masculino já rendeu três medalhas de bronze ao país, em Londres-1948, Roma-1960 e Tóquio-1964.

No Rio, os comandados de Rubem Magnano terão jogos difíceis logo na primeira fase, no chamado 'grupo da morte', o B, com Lituânia, Espanha, Croácia, Argentina e Nigéria. Os quatro primeiro se classificam para o mata-mata.

O pivô Nenê foi um dos grandes destaques da rodada deste sábado na NBA. O brasileiro saiu do banco de reservas para comandar a vitória do Washington Wizards sobre o Detroit Pistons por 97 a 95, fora de casa. Mesmo ficando em quadra por apenas 22 minutos, ele foi o cestinha da sua equipe, com 18 pontos - registrou ainda sete rebotes.

Nenê contou com a ajuda de Otto Porter Jr., responsável por 17 pontos, e da dupla formada por Marcin Gortat e Ramon Sessions. Cada um contribuiu com 14 pontos. Juntos, eles levaram o Washington a sua sexta vitória na temporada regular. Contando ainda com quatro derrotas, o time ocupa o sexto lugar da Conferência Oeste.

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Nenê não foi o único brasileiro a entrar em quadra nesta rodada. Anderson Varejão e Tiago Splitter, acostumados a jogar juntos pela seleção brasileira, estiveram em lados opostos na quadra em Cleveland na noite deste sábado. E Varejão levou a melhor, por causa da vitória do Cleveland Cavaliers sobre o Atlanta Hawks, por 109 a 97.

Os brasileiros, contudo, foram ofuscados pelo grande desempenho da dupla composta por LeBron James e Kevin Love - ambos registraram duplo-duplo. Eles comandaram o 10º triunfo do Cavaliers, que segue isolado na liderança da Conferência Leste. Love foi o cestinha da partida, com 25 pontos. Anotou ainda 11 rebotes. LeBron marcou 19, também cravou 11 rebotes e ainda deu oito assistências.

Kyle Korver e Paul Millsap foram os destaques do Atlanta, cada um com 14 pontos. Splitter, que vem ganhando poucas chances na nova equipe (defendeu o San Antonio Spurs na temporada passada), teve atuação discreta. Anotou quatro pontos nos nove minutos em que esteve em quadra.

Do lado do Cleveland, Varejão ganhou mais tempo de jogo, mostrando que vem reconquistando a confiança do treinador após lesões. Em 19 minutos, anotou sete pontos e pegou três rebotes.

Com o resultado, o Atlanta Hawks tem nove vitórias e seis derrotas, na quinta posição na tabela do lado Leste.

 

Confira os resultados da noite deste sábado:

Sacramento Kings 97 x 91 Orlando Magic

Milwaukee Bucks 86 x 123 Indiana Pacers

Atlanta Hawks 97 x 109 Cleveland Cavaliers

Washington Wizards 97 x 95 Detroit Pistons

Philadelphia 76ers 91 x 96 Miami Heat

New York Knicks 107 x 102 Houston Rockets

Memphis Grizzlies 82 x 92 San Antonio Spurs

Jogos deste domingo:

Toronto Raptors x Los Angeles Clippers

Boston Celtics x Brooklyn Nets

Phoenix Suns x New Orleans Pelicans

Dallas Mavericks x Oklahoma City Thunder

Golden State Warriors x Denver Nuggets

Portland Trail Blazers x Los Angeles Lakers

Cada vez mais embalado na temporada, Anderson Varejão voltou a brilhar na NBA, na noite de sexta-feira. O ala-pivô brilhou em quadra e até bateu recorde na vitória do Cleveland Cavaliers sobre o Atlanta Hawks por 113 a 111, fora de casa.

O brasileiro ajudou o Cleveland a encerrar uma sequência de quatro derrotas seguidas ao obter mais um double-double, o seu sétimo seguido, com 20 pontos e 18 rebotes. Com esta série, ele bateu o recorde da equipe em número de partidas com 15 ou mais rebotes.

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O bom desempenho de Varejão e os 22 pontos de Jeremy Pargo, cestinha da equipe, o Cleveland se afastou da última colocação da Conferência Leste. É o antepenúltimo colocado, agora com 4 vitórias e 12 derrotas.

Com atuação mais discreta, Leandrinho também entrou em quadra na sexta. O brasileiro registrou 9 pontos e uma assistência no triunfo do Boston Celtics sobre o Portland Trail Blazers pelo placar de 96 a 78, diante de sua torcida. O reserva Jeff Green foi o destaque do Celtics, com 19 pontos.

Suspenso nesta rodada, por causa da briga na partida anterior, contra o Brooklyn Nets, Rajon Rondo foi substituído por Courtney Lee, responsável por dez pontos, sete rebotes e cinco assistências. Ronjo tem mais um jogo a cumprir suspensão. O Celtics soma 9 vitórias e 7 derrotas.

Ainda na noite de sexta, o Los Angeles Lakers contou com participação fundamental de coadjuvantes para vencer o Denver Nuggets por 122 a 103, em casa. O reserva Antawn Jamison foi o grande destaque da partida, com 33 pontos e 12 rebotes, ofuscando Kobe Bryant (14 pontos e oito assistências) e Pau Gasol (6 pontos e 8 assistências).

PUNIÇÃO - O San Antonio Spurs foi multado em US$ 250 mil pela organização da NBA por ter poupado seus principais jogadores na partida contra o Miami Heat, que foi transmitido em cadeia nacional na noite de quinta. Sem Tim Duncan, Tony Parker, Manu Ginobili e Danny Green, todos poupados, o Spurs foi derrotado por 105 a 100.

 

Confira os resultados da noite de sexta-feira:

Toronto Raptors 101 x 97 Phoenix Suns

Charlotte Bobcats 98 x 104 Philadelphia Sixers

Orlando Magic 86 x 98 Brooklyn Nets

Boston Celtics 96 x 78 Portland Trail Blazers

New York Knicks 108 x 87 Washington Wizards

Atlanta Hawks 111 x 113 Cleveland Cavaliers

Memphis Grizzlies 90 x 78 Detroit Pistons

Oklahoma City Thunder 106 x 94 Utah Jazz

Minnesota Timberwolves 95 x 85 Milwaukee Bucks

Sacramento Kings 92 x 97 Indiana Pacers

Los Angeles Lakers 122 x 103 Denver Nuggets

Jogos deste sábado:

Miami Heat x Brooklyn Nets

Cleveland Cavaliers x Portland Trail Blazers

Chicago Bulls x Philadelphia Sixers

New Orleans Hornets x Oklahoma City Thunder

Houston Rockets x Utah Jazz

Milwaukee Bucks x Boston Celtics

San Antonio Spurs x Memphis Grizzlies

Dallas Mavericks x Detroit Pistons

Los Angeles Clippers x Sacramento Kings

Golden State Warriors x Indiana Pacers

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