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Em um movimento nacional pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na tarde deste domingo (12) manifestantes se reúnem no Marco Zero do Recife, área Central da capital. Convocado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), o Vem Pra Rua e o Livres, o ato defende a pauta liberal e um candidato da "terceira via" para 2022.

"A expectativa é que muitas pessoas apareçam sem uma bandeira partidária pelo apoio ao impeachment. No momento tem que deixar as divergências políticas de lado, com várias vias políticas convergindo nessa luta", comentou a líder estadual do MBL, Gabi Ribeiro.

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Sensível às ações equivocadas do Governo Federal no controle da pandemia e por uma menor participação do Estado, a representante aponta que Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidades suficientes para iniciar o debate no Congresso para iniciar seu processo de destituição.

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Com apoio de núcleos do Cidadania, Rede, PDT, PSB e União da Juventude Livre (UJL), o coordenador estadual do movimento Livres, Francisco Layon, defendeu a liberdade de costumes e o processo eleitoral eletrônico.

"Nós precisamos de um Brasil sem Bolsonaro e sem Lula. Se existe alguma força política que é contrária, está pensando no próprio umbigo, no próprio bolso, no próprio poder", apontou.

Sem aderência de frentes da esquerda no ato, Gabi Ribeiro criticou a postura da oposição, sobretudo do PT. "É pior para a esquerda, tendo em vista que outros partidos se posicionaram", disparou.

Questionado sobre o nome para evitar a reeleição do presidente e o possível retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - que lidera as pesquisas de intenção de voto -, Layon lembra que o momento ainda não é de atividade eleitoreira.

"Em quem a gente vai votar em 2022, a gente discute em 2022. Mas primeiro a gente precisa defender a democracia. Não existe outra alternativa a não ser denunciar os crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro", complementou o representante do movimento Livres.

As manifestações pelo impeachment de Jair Bolsonaro marcadas para hoje ocorrem em meio ao esforço dos organizadores para manter um caráter apartidário e sem palanques para 2022. Os protestos foram convocado por movimentos de centro-direita e depois reforçados pela adesão de centrais sindicais e do PDT de São Paulo, mas sem a participação de PT e PSOL e de setores da esquerda organizados numa campanha paralela, que também pede a saída do presidente.

Este é o primeiro ato de rua organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), pelo Vem Pra Rua e pelo Livres na campanha pelo impeachment de Bolsonaro. Estão previstos atos em 15 capitais do País. Mesmo que tenham objetivo em comum com a esquerda, a aproximação é um tabu, uma vez que esses movimentos ganharam projeção nacional durante a campanha pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

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O protesto de hoje é encarado pelas lideranças como uma oportunidade de resposta aos atos bolsonaristas de 7 de Setembro, quando manifestantes pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma intervenção militar no País, e o presidente afirmou que deixaria de cumprir ordens judiciais do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. A carta na qual Bolsonaro sinalizou um recuo, publicada na quinta-feira, foi encarada com ceticismo pelos organizadores.

Até a semana passada, organizadores do ato de hoje defendiam uma oposição tanto a Bolsonaro quanto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para 2022. Após conversas com centrais sindicais, porém, o MBL concordou em revogar o mote "nem Lula, nem Bolsonaro" e focar apenas no impeachment do presidente, como mostrou a Coluna do Estadão. Ainda assim, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, não aderiu à manifestação.

Enquanto alguns líderes acreditam em uma aproximação entre as duas campanhas, ainda há hostilidade em relação ao PT entre integrantes do MBL e do Vem Pra Rua. "Entendo que essa manifestação não comporta uma pauta favorável a Lula", disse a porta-voz Luciana Alberto, do Vem Pra Rua. "Tenho muitos amigos de esquerda que não votam no PT e que vão aparecer na manifestação. São todos bem-vindos, mas entendemos, por outro lado, que o PT não está interessado no impeachment de Bolsonaro."

"Há um tabu e não é nem dos movimentos, é da própria população, das pessoas que vão lá se manifestar", afirmou a porta-voz do MBL Adelaide Oliveira.

Palanque. Os movimentos pretendem evitar o uso da manifestação como palanque político, mas os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM), João Amoedo (Novo), além de senadores com pretensões eleitorais como Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), e uma série de deputados estaduais e federais, são aguardados nos carros de som.

Para conter um eventual clima de pré-campanha, o MBL planeja uma "coreografia" que transmita a roupagem "suprapartidária". Segundo Adelaide, no momento em que figuras políticas subirem ao carro de som para discursos, a partir de 15h30, eles devem retirar bandeiras e cores do movimento e cobrir o veículo com uma bandeira branca e a palavra "democracia". O movimento também pediu a convidados que fossem ao ato vestidos de branco.

Para o presidente do PDT, Carlos Lupi, a discussão sobre o partido fazer ou não discursos no carro de som é secundária. "Nós não fazemos nem questão de falar, o importante agora não é campanha", disse ele, que vê necessidade de resposta aos atos do dia 7. "Nós temos de demonstrar claramente que somos a maioria. Esse movimento que começa no dia 12, independentemente de quem convoque e das diferenças políticas, não é campanha eleitoral. É a democracia que está em jogo."

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, acredita que é possível uma aproximação maior entre as campanhas da esquerda e da direita nos próximos meses. Ele disse que há conversas em curso para viabilizar uma mobilização nos moldes da campanha "Diretas Já" - uma comparação frequente entre os organizadores dos atos pelo impeachment -, com líderes de amplo espectro político.

"Esse ato de hoje é um ‘aperitivo’ para uma manifestação maior, com um palanque da direita à esquerda, com todos os representantes da sociedade. Estamos caminhando para isso", afirmou Torres.

Entre as 15 cidades com atos convocados, a capital federal é a que inspira preocupação aos organizadores. As forças de segurança do Distrito Federal tive dificuldade de retirar manifestantes que estavam na Esplanada dos Ministérios desde a véspera do dia 7. Os caminhoneiros concordaram em sair somente anteontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após as ameaças do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações do 7 de setembro, centrais sindicais decidiram, ness quarta-feira (8), aderir ao protesto pró-impeachment marcado por grupos de centro-direita, como o Vem Pra Rua, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Livres. Em São Paulo, o ato será realizado no domingo, às 14h, na Avenida Paulista.

A Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) divulgaram nota conjunta classificando como "deplorável" a participação do presidente na manifestação de 7 de Setembro e seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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"É inquestionável que o objetivo do presidente e de seus apoiadores é dividir a Nação, empurrar o País para a insegurança, o caos e a anarquia, resultado da reiterada incitação ao rompimento da legalidade institucional, do descumprimento dos preceitos contidos na nossa Constituição democrática", afirma a nota.

O PDT de São Paulo também anunciou que participará da manifestação. "Com ataques diários à democracia, às instituições e à Constituição, Bolsonaro segue cometendo dúzias de crimes de responsabilidade", diz o texto assinado por Antonio Neto, presidente do PDT em São Paulo e presidente da central CSB.

O protesto de domingo está sendo organizado desde julho e deve ocorrer em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília. Os organizadores dos protestos avaliam que as falas do presidente serviram para estimular reações contrárias às ameaças de ruptura feitas por Bolsonaro, e dessa forma esperam mais adesões aos protestos de domingo.

A presença de grupos de esquerda vinha sendo uma das dúvidas com relação a esses atos. Até o momento, os partidos desse campo do espectro político não manifestaram apoio aos atos. Mas o discurso de radicalização proferido por Bolsonaro pode ter mudado esse quadro.

"As ações de ontem repercutiram e acabaram reverberando na população que não compactua com esse governo, uma aderência à manifestação do 12", disse a advogada Luciana Alberto, do Vem Pra Rua.

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL, destaca que a fala do presidente fortalece a necessidade de impeachment. "O presidente foi explícito em suas intenções: não sair do poder exceto 'morto ou preso', e descumprir as determinações judiciais do STF. Isso é gravíssimo e soma mais razões ao pedido de impeachment", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento Vem Pra Rua, os dois grupos que lideraram as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, decidiram organizar um ato em conjunto contra o presidente Jair Bolsonaro. A data será divulgada em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), na Câmara dos Deputados.

"Ficou claro que não tem como unificar com a esquerda. Veja o que houve com os manifestantes do PSDB? Queremos fazer manifestações contra o Bolsonaro, mas sem levantar a bandeira do Lula", disse ao Estadão/Broadcast o coordenador nacional do MBL, Renato Battista.

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No último sábado (3), manifestantes do PSDB foram agredidos por integrantes do PCO durante a manifestação contra Bolsonaro na Avenida Paulista.

Na semana passada, lideranças de direita, centro e esquerda protocolaram um superpedido de impeachment de Bolsonaro, mas não chegaram a um consenso sobre unificar as estratégias de mobilização. De acordo com o deputado federal e um dos líderes do MBL, Kim Kataguiri (DEM-SP), o objetivo é atrair ex-eleitores de Bolsonaro. "Para derrubar Bolsonaro, precisamos falar com o eleitorado dele que foi traído. O governo hoje se sustenta apenas por uma articulação frágil com o Centrão. Enquanto governo, é uma tragédia em todos os aspectos".

Apesar da resistência do Centrão, os movimentos acreditam que a mobilização pelo impeachment está crescendo. Para Celina Ferreira, do Vem Pra Rua, "a CPI vem trazendo à tona a negligência, a corrupção e outros crimes de Bolsonaro e não há por que esperar mais para pedir seu impeachment. Só superaremos a pandemia e a crise econômica com Bolsonaro fora do governo".

O movimento Vem Pra Rua realizou, neste sábado (9), mobilização na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Manifestantes ocuparam uma quadra da via em caminhada de 1 quilômetro desde a Padaria Boa Viagem até o Segundo Jardim. O principal objetivo do protesto foi se posicionar contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu, por 6 votos a 5, na última quinta-feira (7) mudar entendimento sobre a prisão em segunda instância. A medida favoreceu políticos presos pela Lava Jato, entre eles, o ex-presidente pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa foi a primeira participação da cobradora de ônibus Isabela Regina, de 34 anos, em movimento pró-Bolsonaro. "Estou aqui pela PEC 410 e apoiando o pacote anticrime do (Sérgio) Moro. Viemos hoje não pelo presidente, mas pela nação, para acabar com essa safadeza do STF de ter soltado os bandidos", disse. A PEC 410, que deve ser votada em comissão na Câmara dos Deputados na próxima semana, permite prisão depois de condenação em segunda instância.

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A cobradora, que apoia o Vem Pra Rua pelas redes sociais, acredita que o movimento é sensato e importante para o País. "É uma necessidade para todos nós brasileiros, temos que lutar contra essa impunidade na soltura de bandidos".

Já a psicóloga Sheyla Paes, de 40, afirmou que começou a frequentar protestos em Boa Viagem pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que, desta vez, se revoltou com decisão do Supremo. "Eu apoio o evento, apoio Bolsonaro, a PEC, a intervenção militar, porque chegou numa situação que é tudo ou nada, não tem meio termo", ressaltou.

Sheyla acredita que a interpretação da Constituição alterada pela Corte na última quinta-feira beneficia pessoas ricas. "Chegou ao ponto de (o STF) soltar pessoas corruptas. Bandidos, estupradores, assassinos vão ser soltos por advogados. Quem tem grana está solto hoje".

Procurada, a Polícia não estimou o público presente na Avenida Boa Viagem.

No Rio, o Movimento Vem Pra Rua reuniu poucas pessoas na manhã deste sábado, na praia de São Conrado, na zona sul, para protestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) por impedir a prisão em segunda instância. A decisão acabou permitindo a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há um ano e sete meses.

Os manifestantes se reuniram em torno de um pequeno carro de som e ocuparam menos de um quarteirão da praia de São Conrado, bem em frente ao prédio onde mora o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Muitos deles estavam vestidos de preto em protesto contra o STF. A maioria, no entanto, manteve a tradição do movimento e se vestiu de verde e amarelo.

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"A decisão do STF foi um golpe, um ato político", discursou uma das organizadoras do evento, Adriana Balthazar, do Vem Pra Rua/RJ. "Estamos na rua para pedir o fim da impunidade."

"A gente acordou com uma sensação de ressaca, sabe, dor de cabeça, uma sensação muito ruim", afirmou o administrador Bruno Miller, de 54 anos, que participava da manifestação ao lado da mulher, a advogada Karen Cabral, de 42 anos. "A gente dá dez passos para frente e cinco para trás, mas o Brasil está mudando, vai mudar."

Nos cartazes dos manifestantes, as palavras de ordem eram "Prisão em segunda instância sim, impunidade não", "Lula volta para a cadeia", "Meu partido é o Brasil" e "A nossa bandeira jamais será vermelha".

Na Zona Sul do Rio de Janeiro, manifestações neste domingo (25) saíram em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e de bandeiras ligadas ao Judiciário.

Segundo o Vem Pra Rua, foram realizados atos em 83 cidades com os seguintes lemas: veto ao projeto de lei de abuso de autoridade, nomeação de Deltan Dallagnol como Procurador-Geral da República (PGR), manutenção do ex-presidente Lula na cadeia e impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

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Além da agenda oficial, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi um dos alvos preferenciais. O Vem Pra Rua colocou um carro de som em frente da casa do congressista, em São Conrado, para "constranger" Maia, afirma a advogada e porta-voz do movimento Vem Pra Rua no Rio, Adriana Balthazar.

Acompanhada de seu segurança particular, Balthazar diz considerar uma "vergonha" a recente aprovação da lei do abuso de autoridade. Ela puxou coro em defesa do ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, e disse que Bolsonaro deveria apoiar Dallagnol para a PGR:

"Bolsonaro poderia deixar a população mais tranquila que as escolhas dele estão sendo feitas junto com o ministro da Justiça, para que não haja retrocesso no combate à corrupção e impunidade."

Favorito e nome de Moro para o cargo, Dallagnol não é bem visto pelo presidente. Em seu perfil oficial no Facebook, Bolsonaro compartilhou publicação em que classifica o chefe da força-tarefa da Lava Jato de "esquerdista estilo PSOL".

Balthazar pediu, do carro de som, para os manifestantes aplaudirem a Polícia Militar, levantou o coro de "nossa bandeira jamais será vermelha" e criticou a proposta de Maia de usar os R$ 2,5 bilhões do fundo da Petrobras para conter as queimadas na região amazônica. A porta-voz do Vem Pra Rua no Rio disse que, ao invés dos recursos da Petrobras recuperados pela Lava Jato, Maia deveria usar dinheiro do fundo partidário. 

Ela, contudo, disse que não iria entrar no "mérito" da discussão sobre as queimadas na Amazônia e foi acompanhada por um grito de "a Amazônia é nossa" do grupo de cerca de 100 pessoas que acompanhava o ato em São Conrado. 

Outro núcleo, mais numeroso, das manifestações bolsonaristas deste domingo se reuniu na Praia de Copacabana. Carros de som próximos do Vem Pra Rua defenderam a interpretação do artigo 142 da Constituição que, na visão dos manifestantes, abriria caminho caminho para uma intervenção militar das Forças Armadas.

Antônio Marcos é paraquedista da reserva das Forças Armadas e defensor do uso do artigo 142 para "limpar o que está aí e promover uma nova eleição". Ele também afirmou que um "tribunal militar para julgar os traidores da pátria" seria necessário e que o STF é "o lugar mais corrupto" do Brasil. 

Um grupo de paraquedistas da reserva uniformizados com camisa preta das Forças Armadas participou do ato e um dos seus membros filmou a entrevista de Marcos com a Sputnik Brasil. 

Integrante do núcleo do Vem Pra Rua no Rio de Janeiro, o engenheiro Sérgio Bruno não acredita que a posição de Marcos seja autoritária: "Não temos nenhuma crítica a fazer, até porque isso é um artigo da Constituição, não temos posição oficial sobre isso".

Por Thales Schmidt, da Sputnik Brasil

O humorista Marcelo Madureira teve que sair escoltado pela Polícia Militar de um ato organizado pelo Movimento Vem Pra Rua na praia de Copacabana, no Rio, por fazer críticas ao governo Jair Bolsonaro.

Do alto do carro de som, ele foi alvo de gritos de "fora" e "desce, teu carro é outro" por parte de manifestantes vestidos de verde amarelo e com camisas com o rosto do presidente da República e do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro.

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"Não tenho medo de vaias. Votei no Bolsonaro e vou criticar todas as vezes que for necessário. Como justificar uma aliança do Jair Bolsonaro com o Gilmar Mendes para acabar com a Operação Lava Jato? É isso que está acontecendo", disse Madureira antes de ter o microfone cortado.

Os organizadores tiveram que apelar ao público para "não dividir o movimento". Pouco depois, Madureira desceu e foi escoltado por policiais militares até um táxi, recebendo vaias de alguns e os parabéns de outros. "É uma minoria de pessoas que não sabem viver em um regime democrático. O governo está fazendo coisa errada", disse ao Estadão/Broadcast.

Liderando manifestações em mais de 60 cidades contra a Lei do Abuso de Autoridade neste domingo, o Movimento Vem Pra Rua, de apoio à Lava Jato, escolheu a casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) como um dos dois pontos de concentração no Rio. Ele é visto pelo movimento como o comandante de "manobra" que levou à aprovação "à toque de caixa e de madrugada" do projeto pelos deputados federais no último dia 14.

Por volta das 10h30 cerca de 80 pessoas vestidas de verde e amarelo se concentraram na porta do prédio de Maia, na praia de São Conrado, aos gritos de "Fora Maia" e "Veta Bolsonaro". Também levavam cartazes e faixas com inscrições como "Rodrigo Maia Inimigo da Lava Jato", "Botafogo apoia a corrupção", em referência ao suposto codinome atribuído a Maia em planilha da Odebrecht.

O texto aprovado na Câmara define os crimes de abuso de autoridade cometidos por servidores públicos, militares, membros dos poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, do Ministério Público e dos tribunais ou conselhos de contas. A proposta lista uma série de ações que poderão ser consideradas crimes com penas previstas que vão de prisão de três meses até 4 anos, dependendo do delito, além de perda do cargo e inabilitação por até cinco anos para os reincidentes.

Na ocasião Maia disse que o texto aprovado é o mais justo, por abranger todos os Poderes: "O texto é o mais amplo, onde todos os poderes respondem a partir da lei", destacou.

"É uma lei que não está protegendo o cidadão comum, mas os bandidos da velha política. O vetar tudo seria o recado de que ele (Bolsonaro) não vai retroceder na luta contra a corrupção", disse a coordenadora do Vem Pra Rua no Rio, Adriana Balthazar, para quem Maia é considerado um traidor.

O presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo pressão de políticos, entidades de classe e até de Moro para barrar a lei. A medida é vista como uma reação do mundo político à Operação Lava Jato, pois permitiria criminalizar condutas que têm sido comuns em investigações no País. Na quinta-feira, 22, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao presidente que vete o texto.

"O que temos visto é um ataque orquestrado contra algumas das maiores instituições do País, responsáveis pela maior operação anticorrupção do mundo, como o Ministério Público e seus agentes", diz o Vem Pra Rua no texto de convocação da manifestação.

Além do veto, os atos do Vem Pra Rua pedem que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, encaminhe para discussão na casa os pedidos de impeachment de Dias Toffoli, presidente do Supremo; a manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a indicação de Deltan Dallagnol para procurador-geral da república.

Durante o ato, os manifestantes criticaram a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Justiça. Por medida provisória, o órgão foi transferido para o Banco Central, transformado, teve seu nome mudado para Unidade de Inteligência Financeira e teve sua composição alterada, permitindo o recrutamento de integrantes fora do serviço público, o que foi visto como uma forma de abrir o órgão para indicações políticas.

Vestida com uma camiseta com a foto de Moro e a hashtag #Morobloco, a manifestante Suzana Correa disse que a fritura do ministro pelo governo Bolsonaro " é coisa da imprensa". Afirmou, porém, que o ex-juiz e o ministro da Economia Paulo Guedes são os pilares do atual governo. "Não sou Bolsonaro, votei contra o que estava aí", disse.

Em São Conrado, a repórter do Estadão/Broadcast foi, por duas vezes, abordada de forma ameaçadora por manifestantes. Não houve agressão física.

O movimento Vem Pra Rua anunciou que fará uma manifestação no próximo domingo (25), no Recife. O ato, de acordo com o comunicado do grupo, é para pressionar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a vetar itens do projeto de lei que versa sobre abuso de autoridade, já aprovada pelo Congresso Nacional. O ato está marcado para às 14h, na Avenida Boa Viagem, bairro homônimo, na Zona Sul da capital pernambucana. 

Além disso, o protesto também deve levantar bandeiras defendendo o impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; a manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a indicação do procurador Deltan Dallagnol ao comando da Procuradoria Geral da República (PGR). 

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Na convocação para o ato, o Vem Pra Rua observa que a Lava Jato sofreu um “duro golpe” com a aprovação das novas regras sobre abuso de autoridade e sentencia: “a subjetividade do texto é uma clara demonstração do propósito de intimidar, enquadrar e criminalizar a atitude dos agentes da lei que ousarem combater a corrupção e o crime organizado”. 

“Esse PL não beneficia ninguém, além dos políticos corruptos, ministros do STF, fiéis àqueles que os indicaram, empresários corruptos, como também, o crime organizado, o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro”, observa o movimento. “Ou vamos pra rua pressionar pelo veto deste absurdo, ou, voltaremos a ser um país dominado pelos corruptos”, completa. 

Apesar da mobilização do Vem Pra Rua, Jair Bolsonaro já estuda vetos ao texto. O presidente, inclusive, está reunido com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para tratar do assunto. 

Militantes do Vem Pra Rua vão ao Cais do Apolo, área central do Recife, na próxima segunda-feira (12) em uma mobilização em repúdio a “medidas arbitrárias que vêm tomando alguns Ministros do STF, ‘defensores da impunidade’, que não satisfeitos em censurar a imprensa e promover atos de busca e apreensão, usurpando a competência do Ministério Público, ainda determinam a suspensão de todos os procedimentos investigatórios instaurados pela Receita Federal, em relação a 33 contribuintes, por neles estarem incluídos o Ministro Dias Toffoli, Gilmar Mendes e seus familiares”.

O ato está marcado para começar a partir das 19h e também cobrará uma postura melhor do Supremo com os procuradores da Operação Lava Jato. Segundo a organização, o STF tem o intuito de desarticular a força-tarefa.

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Além disso, o grupo pretende mostrar indignação com o julgamento de representações contra o procurador Deltan Dallagnol, que deve acontecer na terça-feira (13), baseadas em mensagens divulgadas pelo site The Intercept.

“Deltan, pela sua árdua luta contra a corrupção merece o reconhecimento e gratidão de toda a sociedade brasileira, e não punição”, considerou o Vem Pra Rua, que também vai mostrar apoio ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

“O STF, com essas condutas, está criando uma insegurança jurídica sem precedentes transformando-se numa Corte deslegitimada e desmoralizada perante o povo brasileiro. Chega de autoritarismo dessa Instituição que infringe os princípios da moralidade e da legalidade”, finaliza a nota do grupo.

Ausentes nas recentes manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro, no fim de maio, os grupos Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL) convocaram para o domingo atos em todo o País em defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O ministro tem sido alvo de críticas depois de o site The Intercept Brasil publicar mensagens atribuídas a ele, na época em que era juiz, e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Essas conversas, segundo o site, indicariam interferência de Moro no andamento das investigações da operação. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a invasão do celular do ministro e de procuradores.

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Os dois grupos, que lideraram os movimentos de rua pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, afirmam que optaram por adotar uma agenda que não inclui a defesa do governo Bolsonaro. Além do apoio a Moro, eles defendem o pacote anticorrupção enviado pelo ministro ao Congresso - cuja tramitação tem enfrentado resistência de parlamentares - e a reforma da Previdência.

Os movimentos querem mobilizar o mesmo público entusiasta da Lava Jato que foi às ruas contra o PT e as denúncias de corrupção que atingiram o partido em 2015. "Os primeiros atos (em favor do governo) surgiram de uma rede coordenada que prega pautas com as quais não concordamos. O MBL não é pró-Bolsonaro e mantém uma linha independente. A decisão de participar agora foi uma reação à invasão do celular do Sérgio Moro", disse Renato Battista, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre.

Segundo ele, surgiu agora "uma necessidade" de defender a Lava Jato. Sobre a suposta mensagem na qual Moro teria chamado os integrantes do MBL de "tontos", Battista afirmou que o episódio foi levado por eles "na brincadeira". "Muitos querem jogar o MBL contra a Lava Jato", disse.

O grupo de Kim Kataguiri e Fernando Holliday vai receber em seu carro de som políticos que despontaram no MBL e que hoje são filiados ao DEM.

Proposta

Porta-voz do Vem Pra Rua, Adelaide Oliveira reforçou o discurso de independência em relação ao presidente Bolsonaro e fez uma defesa enfática do ex-juiz da Lava Jato. "O hackeamento do telefone dele foi um crime. O conteúdo revelado até agora, segundo juristas, não é comprometedor", afirmou Adelaide.

Questionada sobre a ausência do grupo nos atos mais recentes, a porta-voz disse que as manifestações pró-Bolsonaro estavam "excessivamente personalistas". "Não apoiamos governo nenhum, mas ideias."

Já o movimento Nas Ruas, que também esteve na linha de frente em 2015, apoia Bolsonaro e estará na manifestação de domingo em defesa de Moro. Desta vez, porém, o presidente não estará na pauta. "Não vejo necessidade de defender o Bolsonaro agora", disse a deputada Carla Zambeli (PSL-SP), fundadora do Nas Ruas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Vem Pra Rua organiza mais uma manifestação nacional em prol do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, do pacote anticrime e da reforma da Previdência neste domingo (30).

No Recife, a manifestação acontecerá na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, com concentração a partir das 14h em frente à Padaria Boa Viagem. O mesmo grupo fez um ato semelhante no último dia 26 de maio.

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De acordo com a organização, o objetivo é “defender aqueles que realmente combatem a corrupção, a impunidade e querem pôr um fim à violência no nosso país”.

Além de sair em defesa de Sergio Moro, os manifestantes também vão mostrar apoio à Operação Lava Jato, que teve sua credibilidade colocada em cheque desde os recentes vazamentos feitos pelo site The Intercept

“Em um país, onde Ministros do Supremo como Gilmar, Toffoli, Lewandowisk e Marco Aurélio lutam abertamente pelo fim da Lava Jato, onde um ex-presidente condenado por corrupção, dá entrevistas com autorização do STF, é inconcebível se colocar em suspeita, mensagens pinçadas fora de contexto, adquiridas ilegalmente através de hackers, entre as pessoas que mais fizeram pelo Brasil, para desbaratar uma organização criminosa constituída por gente poderosa, que saqueou o nosso país”, afirma a nota do Vem pra Rua.

Os primeiros 100 dias de um novo governo é sempre marcado por altos e baixos. Nesta quarta-feira (10), a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) completa o período dividindo a opinião de políticos e especialistas. Mas e os eleitores, como avaliam a administração dele? 

O LeiaJá foi às ruas, durante manifestações que aconteceram no último domingo, para questionar os pernambucanos sobre o assunto. Confere o resultado no vídeo:

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Vereador do Recife, João da Costa (PT) alfinetou a comemoração de um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feita pelo movimento Vem Pra Rua durante ato na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (7). Para o petista, os que celebram a reclusão do ex-presidente “apoiam ladrões”.

“A gente não deve comemorar a prisão de ninguém. No Brasil, os verdadeiros ladrões  estão soltos. A turma que comemora a prisão de Lula apoia muitos deles”, disparou, em conversa com o LeiaJá, ao participar de um ato político-cultural pela liberdade de Lula na Praça do Arsenal, no bairro do Recife.

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Na ótica do parlamentar, na realidade, os brasileiros deveriam estar preocupados com o que ele chamou de “retrocessos” que aconteceram neste último ano. “A gente está preocupado é que em um ano a gente viu um grande retrocesso no Brasil. Ataque à liberdade, à democracia; a perda de soberania no Brasil com atitude de subserviência internacional e o direito dos mais pobres bastante ameaçados. Não é um ano só da prisão de Lula, mas um ano de retrocesso no Brasil”, observou.

João da Costa acredita que é preciso “exigir a liberdade de um homem que está preso sem provas” segundo o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). “Lula é um preso político e como ele, qualquer dia pode ser um de nós”, declarou.

Além de João da Costa, diversos políticos participaram do ato que integra a chamada “Jornada Lula Livre”. Entre eles, os deputados estaduais João Paulo (PCdoB) e Teresa Leitão (PT), o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), e a ex-candidata governadora Dani Portela (PSOL).  

Para Teresa Leitão, o dia foi para “reviver o que Lula disse há uma ano: eu sou uma ideia”. “Não é uma festa, poderia ser. Mas é a festa da resistência, da solidariedade. Vamos seguir nas ruas até que Lula seja livre e a democracia volte, estamos aí ameaçados por uma reforma que vai acabar a previdência pública. A rua e a tribuna é o nosso lugar”, frisou a parlamentar.

Para o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, “a prisão de Lula é e sempre foi um marco na política brasileira na atualidade porque é resultante, produto, do golpe que afastou a presidenta Dilma e levou ao ambiente as circunstâncias que levou a eleição de Bolsonaro”.

“Como é que num país em que as pessoas para estarem presas dependem de provas e se tem uma figura como Lula preso sem que até hoje se tenha um documento que comprove as acusações contra ele? É uma arbitrariedade. A liberdade para Lula é uma tarefa eminentemente política. Depende da resistência democrática e do sucesso da luta para que possamos estabelecer a plenitude da reconstrução do país... É preciso libertá-lo”, cravou Siqueira.

Lula está preso há um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo a condenação de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, um dos desdobramentos da Lava Jato. O ex-presidente, inclusive, já foi condenado a mais 12 anos de prisão, em primeira instância, no caso do sítio Atibaia. Os dois processos apontam que o líder petista recebeu propinas de empreiteiras em troca de favores no governo. Ele nega as acusações.

Após ter visto êxito na pressão aos parlamentares para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o movimento Vem Pra Rua agora tem um novo alvo: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O grupo foi à Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (7), para pedir apoio à solicitação de abertura de um processo no Senado para destituir o magistrado do cargo.

O pedido foi apresentado pelo advogado Modesto Carvalhosa no último dia 14 de março e é subscrito também pelo advogado Luís Carlos Crema e pelo desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Laércio Laurelli.

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Segundo a líder do Vem Pra Rua no Recife, Maria Dulce Sampaio, “o povo está querendo tirar Gilmar Mendes” porque ele “só faz soltar corruptos”.

“É considerado o laxante nacional. A Lava Jato prende, ele solta. E ele diz abertamente que está contra a Lava Jato. O pedido de Modesto Carvalhosa tem 32 fatos que justificam o impeachment. Se você tirar um ministro já mostra a eles que não são deuses e são passíveis de penalidade”, considerou em conversa com o LeiaJá.

Para porta-voz do movimento, “não é possível termos um ministro desta qualidade que está claramente atentando contra a Justiça e a Lava Jato, inclusive, dizendo impropérios contra os procuradores. Chamando-os de canalhas, gangster, gentalha”.

No ato do Vem Pra Rua deste domingo também foi questionada a atuação do STF no país. Para o grupo, a Alta Corte “é uma vergonha”.

Com direito a "parabéns para você", o um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi comemorado neste domingo (7), no Recife, durante uma manifestação na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana. 

O ato foi organizado pelo movimento Vem Pra Rua e pediu a manutenção da prisão após condenação em segunda instância mesmo que ainda caiba recursos, como é o caso de Lula, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

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"Um ano da prisão do maior bandido da história do País", bradou do trio elétrico uma das lideranças do movimento, pouco antes de cantar parabéns pelo aniversário da prisão.

"O ato também é uma espécie de comemoração porque Lula foi considerado o chefe não é do maior esquema de corrupção que já teve no Brasil. Foi institucionalizado o que ele fez no Congresso Nacional. Queremos que Lula continue na cadeia. Foi o grande responsável por essa situação que se encontra o Brasil", salientou uma das organizadoras da manifestação e líder do Vem Pra Rua no Recife, Maria Dulce Sampaio.

Além de celebrar o um ano da prisão de Lula, a manifestação também pede o impeachment do ministro Gilmar Mendes e defende a Lava Jato.

Uma crítica dura e direta para a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) é o mote principal da manifestação que acontece na tarde deste domingo (7), na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O ato é organizado pelo movimento Vem Pra Rua - que ganhou notoriedade no país por apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e agora pede a destituição do ministro Gilmar Mendes do cargo.

Vestidos em sua maioria de verde e amarelo, além de camisas estampadas com apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao ministro da Segurança Pública e Justiça, Sérgio Moro, os presentes exibem placas dizendo que "a mudança começou com Bolsonaro", o "STF é a vergonha do Brasil" e em apoio a Lava Jato e ao projeto anticorrupção apresentado por Moro.

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Entre uma música e outra, também com alfinetadas ao STF, um grupo fez uma intervenção artística insinuando que a Justiça está anulada no Brasil. 

Com máscaras dos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandovsky, Celso de Melo e Dias Tofolli, presidente da Alta Corte, um grupo com foices nas mãos encenavam a morte da Justiça, representada por uma mulher vestida de branco e com uma mordaça.

A manifestação também pede que os presentes apóiem o impeachment de Gilmar Mendes, considerado, por eles um "libertador de corruptos".

O domingo (7), quando se completa um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também vai ser marcado por ato do movimento Vem Pra Rua no Recife. O protesto está marcado para acontecer na Avenida Boa Viagem, zona sul da capital pernambucana, a partir das 14h.

De acordo com a organização, o foco da mobilização é pela manutenção da prisão em segunda instância, mesmo que a condenação ainda seja passível a recursos - fato que reforça a prisão de Lula. Além disso, o ato também é em apoio à Operação Lava Jato e pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

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Na convocatória para o protesto, o Vem Pra Rua alega que “a Corte Suprema está contaminada por ligações partidárias, fisiológicas e ideológicas que comprometem a imparcialidade de alguns de seus ministros e  consequentemente a sua legitimidade”.

O texto também diz que é “lamentável” ver os magistrados agindo com o “intuito de acabar com a Lava Jato para proteger seus padrinhos” políticos. E ressalta, ainda, que a “revogação da manutenção da prisão em 2ª instância, é outro exemplo, cujo entendimento foi mudado, como já declararam os Ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, quando a Lava Jato alcançou os seus amigos”.

Já sobre o impeachment de Mendes, a Vem Pra Rua observa que vai “chamar o Senado à responsabilidade, apoiando o pedido de impeachment protocolado pelo jurista Modesto Carvalhosa em que aponta 32 motivos que justificam o afastamento de Gilmar Mendes”. O ministro foi classificado pelo grupo como “inimigo público número um do Brasil”.

O movimento Vem Pra Rua, famoso pelas manifestações que pediam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), volta às ruas do país no próximo domingo (21) para realizar atos contra a candidatura do PT à Presidência da República, protagonizada pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. No Recife, a manifestação será a partir das 14h30, na Avenida Boa Viagem, Zona Sul da capital pernambucana, com concentração em frente à padaria homônima.

O ato é nacional e, segundo a organização, deve acontecer em mais de 200 cidades. Com o mote “#PTNão” o convite para a manifestação pontua que o Vem Pra Rua se coloca “contra a volta da cleptocracia e do projeto bolivariano de poder do PT,  ao comando do país”.

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Não há citações diretas ao adversário de Haddad, Jair Bolsonaro (PSL) na convocatória para o ato, mas o movimento pontua que fará uma “corrente de solidariedade em defesa da pátria, da família e da ética na política”, além disso, salienta que a sociedade “não aguenta mais desmandos que corroeram” os “valores éticos e morais, deixando uma população inteira à mercê de marginais, sociopatas, onde a corrupção endêmica foi o tom principal imposto pelas hostes do governo, deixando grande parte da população mais carente, cega e subserviente, pelas bolhas de um falso desenvolvimento e pelos vícios dos Bolsas Caridade”.

“Se não nos comprometermos de corpo e alma, com o progresso, com mais liberdade e menos intervencionismo, com a diminuição do estado hipertrofiado, não iremos a lugar nenhum; poderemos nos transformar sim numa Venezuela, caso o PT volte ao poder”, observa o movimento Vem Pra Rua, sobre a disputa presidencial do segundo turno.

Movimentos como RenovaBR, Agora!, Vem Pra Rua, Frente Favela Brasil, Livres e outros preparam um encontro unificado com o apresentador Luciano Huck para um "debate sobre a renovação da política nacional". A reunião está prevista para a próxima semana, em São Paulo, e na prática deverá significar mais um estímulo ao projeto presidencial de Huck.

O apresentador, que chegou a anunciar em novembro do ano passado que não seria candidato, voltou a considerar a hipótese e nos últimos dias intensificou consultas com políticos e representantes do setor econômico.

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Huck é um membro efetivo do RenovaBR e do Agora!. A nova movimentação do apresentador aumentou as expectativas nestes e em outros grupos, que já consideram que hoje há mais chances de Huck aceitar entrar na disputa pelo Palácio do Planalto do que o contrário.

Os movimentos redigiram a versão inicial de uma carta-convite para o encontro com o apresentador da TV Globo. O texto, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, fala em "janela de oportunidade propícia à renovação" e afirma que "a mudança começa com novos personagens comprometidos em construí-la".

"Já estamos vendo as sementes da mudança nascer. São milhares de novos nomes e movimentos que se lançam para participar da vida pública e que serão testados democraticamente na ruas", diz a carta. "É com esse espírito que convidamos o empresário e apresentador Luciano Huck para um debate. Seja ele candidato ou não, Luciano será uma peça importante no debate sobre a renovação da política nacional."

A carta termina destacando que "esse encontro não significa um apoio dos grupos e sim um convite para o debate democrático". A ressalva atende à diversidade partidária que compõe os movimentos.

Para o apresentador, a identidade com os grupos é essencial para consolidar a imagem de novo na política. "Como ele já afirmou, os movimentos cívicos são parte fundamental do processo de renovação política. E contribuirá, como puder, para fortalecê-los", disse a assessoria de Huck.

Suprapartidários

Há, porém, entre os grupos o receio de que o encontro se transforme em uma "chancela" à candidatura Huck. "Estamos interessados em ouvir todos os candidatos. Um encontro não pode ser entendido como um apoio", disse Pedro Henrique Cristo, coordenador do Movimento Brasil 21.

O movimento Acredito, por exemplo, ainda não endossou a carta. "Estamos mais preocupados com a candidatura ao Legislativo e em respeitar a diversidade partidária dos nossos componentes", afirmou o coordenador do movimento, Zé Frederico.

Um dos grupos que lideraram os atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Vem Pra Rua afirmou que o "movimento luta para que as eleições de 2018 promovam renovação na política nacional de forma qualitativa e está aberto a dialogar com outros nomes que defendam essa proposta". "O Vem Pra Rua esclarece ainda que não irá fornecer apoio político: o movimento é suprapartidário."

A possibilidade de Huck entrar na política e se candidatar voltou a ganhar força depois da confirmação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, decisão que pode ter inviabilizado o nome de Lula na disputa pela Presidência.

Na semana passada, o apresentador jantou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. Ele deverá manter contatos também com o deputado e presidente do PPS, Roberto Freire. A sigla tenta filiar Huck. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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