Tópicos | vermífugo

Na última quinta-feira (4), a farmacêutica Merck, responsável pela fabricação da ivermectina, afirmou em comunicado que não há base científica ou dados que confirmem a eficácia do remédio contra a Covid-19. O medicamento faz parte do chamado ‘Kit Covid’, que vem sendo distribuído por alguns profissionais de saúde como um suposto ‘tratamento precoce’ da doença.

A ivermectina é um vermífugo, que tem como principal função eliminar parasitas do corpo como, por exemplo, piolhos. No anúncio, a farmacêutica destaca três pontos analisados, sendo eles a falta de base científica para um potencial efeito terapêutico contra Covid-19 em estudos pré-clínicos; a falta de evidências significativas para atividade clínica em pacientes com a doença; e uma ausência de dados sobre segurança da substância na maioria dos estudos.

##RECOMENDA##

"Não acreditamos que os dados disponíveis sustentem a segurança e a eficácia da ivermectina além das doses e dos grupos indicados nas informações de prescrição aprovadas por agências regulatórias", diz o comunicado.

A própria Anvisa já tinha alertado que o vermífugo não tinha comprovação científica de eficácia, em julho de 2020. Mesmo assim, em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde lançou um aplicativo que recomendava o uso do medicamento, entre outros remédios sem eficácia comprovada, mas a ferramenta saiu do ar no dia seguinte. 

Principal autora do estudo sobre o uso do vermífugo nitazoxanida contra a covid-19, a médica Patrícia Rocco afirma que não houve intenção de politizar o tema e ressalta que a divulgação dos resultados, feita em cerimônia no Palácio do Planalto no último dia 19, não quis incentivar o uso indiscriminado do remédio, mas, sim, compartilhar dados úteis para futuras pesquisas. "Jamais sugeri o uso da nitazoxanida em qualquer paciente ou em qualquer fase da covid-19. Entretanto, é importante fomentar a discussão na comunidade científica nacional e internacional", afirmou, em entrevista por e-mail ao Estadão.

O estudo, financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foi alvo de críticas de outros cientistas. Nas redes sociais, muitos médicos e cientistas se dividiram quanto à participação de Patrícia no estudo e na cerimônia do governo federal por conta do seu histórico respeitado na comunidade científica.

##RECOMENDA##

Pesquisadora renomada na área de doenças respiratórias, ela é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e chefe do Laboratório de Investigação Pulmonar do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da instituição. É uma das cinco mulheres a ocupar uma das cem cadeiras da Academia Nacional de Medicina (ANM) e membro titular também da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Ao Estadão, Patrícia afirma que o desenho do estudo não sofreu interferência do governo e que os resultados de redução de carga viral e melhora dos sintomas depois de sete dias são importantes.

Em nota, o Ministério da Ciência disse que a nitazoxanida se mostrou "promissora" e que a função da pasta é "produzir conhecimento científico", mas ressaltou que cabe ao Ministério da Saúde e aos médicos definirem se o medicamento deve ser prescrito ou não.

A senhora acha que a nitazoxanida tem um potencial benefício clínico no tratamento da covid?

Há vários artigos que já demonstraram que a redução da carga viral está associada à diminuição da transmissibilidade do vírus assim como o agravamento da doença. O conhecimento científico é uma construção e cada publicação tem a sua contribuição específica. É importante salientar que, se fôssemos testar uma nova molécula (remédio não existente no mercado), exclusiva para tratar a covid-19, levaríamos anos (mínimo de cinco anos) de pesquisa. Devido à pandemia e ao conhecimento de alta tecnologia, pudemos trabalhar de forma estratégica com a análise de reposicionamento de fármacos, reduzindo assim vários anos de pesquisa. No estudo que coordenamos com o antiviral nitazoxanida, observamos que, após cinco dias de tratamento, houve redução da carga viral, sendo que 30% dos pacientes deste grupo apresentaram teste negativo para SARS-CoV-2. Após sete dias do término do tratamento, 78% dos pacientes tornaram-se assintomáticos.

Ademais, o antiviral nitazoxanida mostrou ser seguro e de baixo custo. A nitazoxanida tem potencial benefício clínico no tratamento da covid-19, entretanto, caberá ao médico definir a conduta de cada paciente.

O resultado após sete dias é robusto, mesmo considerando limitações como o número pequeno de sintomas monitorados (febre, tosse seca e fadiga), o fato de apenas pacientes que não tinham sintomas no quinto dia seguirem contatados e a ausência de monitoramento por período prolongado de toda a amostra?

Como relatado no artigo, os dados mostram que houve aumento do número de pacientes assintomáticos quando comparados aos não tratados (placebo) após sete dias do final do tratamento. Isso é uma realidade e precisa ser informada, como relatado no próprio artigo. Todas as limitações foram descritas no artigo.

A nitazoxanida deveria já ser indicada para tratar a covid?

A covid-19 é uma doença com comprometimento orgânico múltiplo e uma patogênese extremamente complexa. O estudo foi realizado na fase precoce da doença, quando os pacientes apresentavam sintomas durante um a três dias. Os dados científicos obtidos com o estudo restringem-se à análise do uso da medicação na fase precoce da covid. Diversos medicamentos vêm sendo utilizados de forma empírica, o que não é salutar.

O artigo já foi submetido para publicação em periódico científico? Há previsão de data?

Sim, o artigo já foi submetido para a publicação em periódico científico internacional. Não temos como precisar a data da publicação. O nome do periódico segue em sigilo.

O ministro Marcos Pontes chegou a afirmar que "podemos dizer que temos um remédio para o tratamento inicial da covid-19" e que isso "ajuda a mudar o cenário da pandemia" no País. A senhora concorda?

Esse foi o primeiro estudo multicêntrico, randomizado, duplo cego, placebo controlado, em 1.575 voluntários, realizado em um tempo recorde. O governo não interferiu no desenho do estudo e não quis politizar esse tema. Jamais sugeri o uso da nitazoxanida em qualquer paciente ou em qualquer fase da covid-19. Entretanto, é importante fomentar a discussão na comunidade científica nacional e internacional. A ciência não pode omitir dados durante uma pandemia e todo conhecimento precisa ser revelado. O que revelamos é que a nitazoxanida mostrou redução da carga viral, aumento do número de pacientes testados negativos, melhora tardia dos sintomas, além de ser segura, de baixo custo e poder ser utilizada no domicílio, não necessitando de admissão hospitalar.

O seu grupo de pesquisa pretende continuar os estudos com a nitazoxanida?

Nosso grupo estuda também os efeitos do antiviral nitazoxanida em 500 pacientes em fase mais avançada da doença (com pneumonia) e admitidos no hospital. O recrutamento dos pacientes voluntários foi finalizado e o banco de dados com os resultados está sendo analisado pelo estatístico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal apresentou em coletiva de imprensa, na noite desta segunda-feira (19), resultados de um estudo clínico sobre o uso do vermífugo nitazoxanida na fase precoce da Covid-19. O Ministério da Ciência e Tecnologia diz que os testes mostraram eficácia do produto, mas a pesquisa não foi divulgada. Na apresentação, em evento com o presidente Jair Bolsonaro e ministros do primeiro escalão, um gráfico usado no material promocional não tem base em dados reais. A fonte da animação de um gráfico em barras decrescente genérico é um banco de imagens.

É possível ver o momento que o gráfico é usado a partir dos 26 minutos no vídeo que está no ar no canal oficial do próprio Planalto. "A missão dada pelo governo federal ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações foi cumprida. E o resultado comprovou de forma científica a eficácia do medicamento na redução da carga viral na fase precoce da doença", diz o narrador no trecho da gravação em que o gráfico fraudado é usado.

##RECOMENDA##

O gráfico em movimento está disponível no banco de imagens Shutterstock pelo ID 1054927550. Procurado pela reportagem, o ministério apenas enviou uma cópia do discurso feito no evento pela coordenadora do estudo, a professora da Universidade Federal do Rio (UFRJ) Patrícia Rocco, que não menciona o gráfico.

"Temos um medicamento que é comprovado cientificamente capaz de reduzir a carga viral", disse o ministro da Ciência, Marcos Pontes. "Estamos anunciando algo que vai começar a mudar a história da pandemia", disse.

Coordenadora da pesquisa promete publicação em revista científica

Patrícia Rocco disse que o estudo ainda será publicado em uma revista científica. "Infelizmente, nesse momento não poderei relatar mais detalhe sobre o estudo já que ele foi submetido à uma revista internacional e isso faria com que perdêssemos o ineditismo, limitando a publicação. Entretanto, no Brasil continuam morrendo em torno de 500 indivíduos por dia", disse.

Rocco afirmou que a pesquisa foi submetida à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e também aos conselhos de ética de cada unidade hospitalar onde o estudo foi feito. No comunicado à imprensa do ministério, é afirmado que as pesquisas com a nitazoxanida se basearam em um estudo do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, organização vinculada ao ministério. Segundo o governo, a nitaxozanida foi o fármaco que apresentou a melhor capacidade de inibir a carga viral da Covid-19 nesse estudo.

Segundo Patrícia, foram 1.575 voluntários. Foram admitidos os que tinham até três dias de sintomas da Covid-19. Parte dos pacientes receberam doses de 500 miligramas do medicamento, três vezes ao dia, por cinco dias. Outro grupo recebeu placebos - um "falso remédio" sem qualquer efeito. Segundo o governo, o estudo foi conduzido em centros de saúde de sete cidades, São Caetano, Barueri, Sorocaba, Bauru, Guarulhos, Brasília e Juiz de Fora (MG). Pontes disse que o medicamento não pode ser usado de forma profilática, ou seja, para prevenir a doença.

O ministro afirmou ainda que ele mesmo foi voluntário nos testes. Ele divulgou ter contraído a Covid-19 no final de julho. A iniciativa faz parte das ações da RedeVírus, comitê formado por pesquisadores da saúde criado pela pasta em fevereiro deste ano.

O governo federal fez uma apresentação, na noite desta segunda-feira (19), no Palácio do Planalto dizendo ter comprovação científica sobre o uso do medicamento nitazoxanida para reduzir a carga viral em pacientes na fase precoce da Covid-19. O estudo completo, no entanto, não foi apresentado e ainda não há qualquer publicação mais completa sobre a investigação.

O estudo foi liderado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. "Temos um medicamento que é, comprovado cientificamente, capaz de reduzir a carga viral", disse o ministro.

##RECOMENDA##

A coordenadora do estudo, Patrícia Rocco, professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse que o estudo ainda será publicado em uma revista científica. "Infelizmente, nesse momento não poderei relatar mais detalhe sobre o estudo já que ele foi submetido à uma revista internacional e isso faria com que perdêssemos o ineditismo, limitando a publicação. Entretanto, no Brasil continuam morrendo em torno de 500 indivíduos por dia", disse.

Rocco afirmou que a pesquisa foi submetida à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e também aos conselhos de ética de cada unidade hospitalar onde o estudo foi feito.

Segundo Rocco, foram 1.575 voluntários. Foram admitidos os que tinham até três dias de sintomas da Covid-19. Parte dos pacientes recebeu doses de 500 miligramas do medicamento, três vezes ao dia, por cinco dias. Outro grupo recebeu placebos - um "falso remédio" sem qualquer efeito.

Segundo o governo, o estudo foi conduzido em centros de saúde de sete cidades, São Caetano (SP), Barueri (SP), Sorocaba (SP), Bauru (SP), Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG).

O ministro disse que o medicamento não pode ser usado de forma profilática, ou seja, para prevenir a doença. "Estamos anunciando algo que vai começar a mudar a história da pandemia", disse.

Pontes afirmou ainda que ele mesmo foi voluntário nos testes. O ministro divulgou ter contraído a Covid-19 no final de julho.

Anitta virou a ‘cura’ para o coronavírus após a última entrevista coletiva realizada pelo Ministério da Saúde. Na verdade, a menção a um remédio homônimo à cantora, no pronunciamento do ministro Luiz Henrique Mandetta, como uma possível solução ao novo vírus fez os fãs entrarem numa brincadeira colocando a artista como salvadora da pandemia. Os memes começaram a  circular pela internet para que a piada não se perdesse. 

Em coletiva de imprensa na última quarta (15), o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falaram sobre um medicamento que seria eficaz no combate às células infectadas pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Os testes com o remédio começarão  nas próximas semanas. Em análises in vitro, o medicamento reduziu em 94% a carga viral em células infectadas pelo novo coronavírus. “Tem um anti-helmíntico, dizendo que essa linha aqui, que é um vermífugo. Mata muito bem in vitro. E agora vai começar os testes em pessoas. Vermífugo mata vírus, cloroquina mata vírus", disse Mandetta”.

##RECOMENDA##

Logo, os fãs de Anitta ligaram os pontos e concluíram que o medicamento em questão seria um vermífugo que leva o mesmo nome da cantora, porém, com grafia diferente: Annita. A brincadeira, claro, foi imediata e os memes começaram a surgir. O público não deixou passar a piada e inundou as redes sociais de comentários e montagens trazendo a artista como salvação da pandemia. Confira alguns. 

“Amo que a Anitta é tão lendária que resolveu colocar o nome dela no vermífugo que pode ajudar a combater o coronavírus”.

“Anitta vai performar Medicina no festival da Gaga e curar todo o planeta do coronavírus "

“E a Anitta mais uma vez faz tudo dessa vez com a cura do Corona”

“Annita é o possível remédio pra combater o Corona  e mais uma vez essa mulher faz tudo, além de salvar o pop agora a Anitta vai salvar o mundo e curar a população  com a sua Medicina”.

“Já sabia que a Anitta era capaz de matar o gosto musical das pessoas, agora o corona já é demais “.

O Parque Urbano da Macaxeira recebe, neste sábado (26), mais uma edição do programa Meu Bairro É o Bicho. A ação terá início às 9h com término previsto para às 12h. Dentro das atividades do programa estão o atendimento veterinário para os animais, a aplicação de vermífugos e o agendamento de castração canina e felina.

 A expectativa é atender cerca de 100 animais e moradores da região. Todos os serviços prestados pelo programa são totalmente gratuitos e frutos de parceria com empresas, cursos técnicos e clínicas veterinárias.

##RECOMENDA##

Os moradores do bairro também terão atendimento clínico com aferição de pressão e medição de glicose, além de consultoria jurídica.

Essa é a quarta edição do programa que já foi realizado no Alto do Mandu, Nova Descoberta e Campina do Barreto. Ao todo, mais de 400 pessoas e animais já foram beneficiados com a ação.

SERVIÇO:

Meu Bairro É o Bicho

DATA: 26 de outubro (sábado)

HORÁRIO: das 9h às 12h

LOCAL: Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, s/n - Macaxeira

(Parque Urbano da Macaxeira)

Com informações de assessoria

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando