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O início do ano letivo marca o começo da corrida dos pais em busca do material escolar dos filhos. Atualmente, as listas de materiais são extensas e compostas por tantos livros, apostilas e outros itens que não é raro os pais parcelarem essa despesa ao longo de todo o ano, já que o custo geralmente é alto. 

Mas para além do valor, que pode variar de acordo com o estabelecimento, é preciso que os pais estejam atentos também ao que está sendo exigido pela escola, já que alguns materiais, por lei, não podem ser solicitados na lista.

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De acordo com a advogada e professora Aline Nicodemos, as escolas não podem exigir materiais de uso coletivo dos alunos/pais, de acordo com a Lei 9.870/99, art. 1º, parag. 7º. “Os custos com esses materiais deverão ser calculados nos valores de anuidade, mensalidade ou semestralidade da escola. Entre os itens que não podem ser pedidos podemos citar papel higiênico, material de limpeza, fitas adesivas, canetas para uso em quadros, entre outros”, explica.

A advogada esclarece ainda que as escolas não podem exigir marcas e nem locais para as compras dos materiais. “Os pais são livres para comprar onde e de qualquer marcas que desejarem, dentro de seus orçamentos. Sobre materiais produzidos pelas escolas e que os pais ou mães precisarão adquirir, como apostilas específicas, por exemplo, isso precisa ter sido informado anteriormente, na época do contrato, ou seja, os pais devem ser avisados previamente”, completa.

Uma dúvida muito comum dos pais e responsáveis é sobre o uniforme escolar, que geralmente é vendido na própria escola ou em lojas parceiras. “Sobre uniformes, a lei não fala especificamente sobre a exclusividade de compra em determinado estabelecimento ou venda exclusiva na escola. Podemos levar em consideração algumas interpretações que alguns Procon’s no Brasil utilizam, no sentido de que, se houver registro da logomarca, (seguindo as formalidades de direitos autorais e outras questões atreladas a esse direito) e, assim, ficar determinado como um direito da escola a produção exclusiva do fardamento, pode-se concluir que ela seria a única autorizada a vender”, afirma Aline.

A advogada completa que o uso de uniformes tem o intuito da padronização e traz alguns outros fatores atrelados, como segurança, entre outros objetivos. “Por isso, normalmente, a produção do uniforme termina sendo realizada pelas escolas e isso está dentro da lei”, observa. A docente do curso de direito também orienta que os pais não fiquem constrangidos em pedir explicações à escola caso identifiquem algum item abusivo.

“Caso exista uma irregularidade constatada, os pais devem procurar o Procon da sua cidade ou a orientação de um advogado e registrar a reclamação junto à instituição para que sejam tomadas as medidas cabíveis”, finaliza.

Muitas pessoas ainda estão contabilizando os gastos feitos no fim de ano e já chegam novas contas. Além dos impostos, uma que assusta os pais é a compra de materiais escolares. Assim, cair no descontrole financeiro no início do ano é um risco iminente, por isso é importante orientar quem está no limite do orçamento. Uma das perguntas que fica é: como economizar na compra desses materiais?

Para o especialista em Educação Financeira, Reinaldo Domingos, é importante ter em mente que os preços de materiais escolares variam muito entre as lojas e mesmo na internet, por esse motivo, é importante pesquisar e planejar as compras para economizar sem ter que abrir mão da qualidade nos estudos das crianças.

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“Para quem tem filhos, esse é um dos maiores gastos do início do ano e devido à falta de educação financeira, diversas despesas se acumulam e as famílias se perdem em meio a tantas contas para pagar, muitas vezes, ultrapassando o limite de seu orçamento financeiro. Para começar, sempre recomendo que pensem o quanto precisam trabalhar para conseguir o seu salário. A partir daí, fica fácil valorizar esse dinheiro, aprendendo a pesquisar preço e, principalmente, a negociar os valores das compras”, enfatiza

Segundo ele, o primeiro passo é realizar um diagnóstico da vida financeira da família, para saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais e quanto poderá dispor para a aquisição do material escolar. Veja as dicas dadas por

1- Por ser uma despesa recorrente, para que os gastos não fiquem muito pesados em janeiro, é válido poupar durante todo o ano para conseguir fazer os pagamentos à vista e obter bons descontos;

2- Antes ir às compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo;

3- No caso dos livros, vale a pena procurar pais de alunos mais velhos para emprestar ou comprar por um preço mais acessível, se estiverem em boas condições de uso;

4- Algo interessante é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas;

5- A partir daí, é preciso fazer muitas pesquisas e traçar um orçamento para ter noção do gasto total;

6- Não é preciso necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer é válido pedir descontos;

7- No dia das compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado;

8- O ideal é sempre fazer negociar como se fosse pagar à vista, mas depois buscar por um parcelamento se juros nas mesmas condições, mas sempre com parcelas que caibam no bolso, para não comprometer as finanças de 2022 por vários meses.

Um levantamento feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base nos dados do Impostômetro, revela a alta carga tributária em itens da lista de material escolar. Em alguns casos, o imposto equivale a cerca de 50% do valor do produto. No ranking de itens escolares com maior incidência de tributação, a caneta é campeã. 

O contribuinte paga o equivalente a quase 50% (49,95%) em impostos. A lista segue com calculadora (44,75%), régua (44,65%), tesoura (43,54%) e agenda (43,19%) entre os materiais com alto índice de tributos.

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A alta tributação, de acordo com a análise do economista Ulisses Ruiz Gamboa, do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV/ACSP), encarece não apenas os produtos, mas toda a cadeia institucional. “Se compararmos, o peso tributário embutido nesses itens escolares é maior que o da carga tributária bruta (CTB) do governo federal, que compreende o governo central, estados e municípios. Atualmente, esse índice é de 33,90% do Produto Interno Bruto (PIB)”, observou.  

Para dar conta da lista de exigência das instituições de ensino, os pais devem fazer uma minuciosa pesquisa de mercado e comparar os preços, a fim de minimizar os custos. É o que aconselha Ruiz de Gamboa. “Os preços oscilam de loja para loja. Pesquisar e comprar em maior quantidade pode garantir a famosa pechincha para economizar no final da compra”, complementa. 

O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, lembra que a educação é uma necessidade básica e o Brasil é um dos poucos países que tributam itens de uso essencial neste segmento. “A educação deveria ter um retorno melhor em relação à qualidade dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos diante de tantos tributos pagos, que se fossem menores poderiam permitir uma formação melhor e mais acessível”, afirmou Olenike

Nesta quarta-feira (1º), a Prefeitura de Recife anunciou a volta às aulas presenciais nas escolas e creches da Rede Municipal de Ensino, após a suspensão das atividades durante a segunda-feira (30) e terça-feira (31). A paralisação foi devido às fortes chuvas que assolaram a Região Metropolitana de Recife (RMR), causando deslizamentos e desastres em diversos municípios.

De acordo com o secretario de Educação do Recife, Fred Amâncio, a volta às aulas será realizada em todas as unidades, com exceção de 17 escolas que hoje servem de abrigo para a população que ficou desabrigada ou desalojada após os temporais. Para os estudantes dessas escolas, as aulas seguirão on-line por meio da plataforma Educa Recife. Amâncio também informou que existem escolas fortemente afetadas pelas chuvas, precisando assim de manutenções antes do retorno presencial.

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Para os estudantes que ficarão longe das aulas presenciais nas próximas semanas, o secretário informa que serão realizadas atividades de reforço ao aprendizado. “Para essas escolas, que terão um período um pouco mais longo da interrupção das aulas presenciais, especialmente aquelas que estão servindo como abrigo, já estamos preparando um trabalho especial para fortalecer e recompor as aprendizagens dos nossos estudantes que estarão afastados por um período um pouco maior por conta das chuvas ao longo das últimas semanas", disse.

Além disso, a Prefeitura comunicou que será realizado um trabalho de acompanhamento dessas crianças afastadas da sala de aula, já que a grande maioria delas são pertencentes às comunidades que sofreram com os desastres causados pelas chuvas e tiveram grandes perdas. Entre as iniciativas realizadas, Fred Amâncio, citou o oferecimento de acompanhamento psicológico em apoio às crianças.

Nas escolas que estão servindo de abrigo, a Prefeitura informou que será de responsabilidade das respectivas unidades comunicar aos pais e responsáveis o momento de retorno ao presencial.

Confira quais são as escolas que estão servindo de abrigo no Recife:

- Creche-Escola Governador Miguel Arraes, Roda de Fogo

- Creche Escola Governador Miguel Arraes, Areais

- EM Diná de Oliveira - Iputinga

- EM Casarão do Barbalho - Iputinga

- EM São Cristóvão

- EM Padre José Mathias Delgado - Jardim São Paulo

- EM Água Fria - Água Fria

- EM Campina do Barreto - Cajueiro

- EM Paulo VI, Linha do Tiro

- EM Maria de Sampaio Lucena, UR01

- EM Poeta Paulo Bandeira, UR 02

- EM André de Mello, Estância

- EM Dom Bosco, Jardim São Paulo

- EM Parque dos Milagres - Barro

- EM Isaac Pereira - Areias

- EM 27 de Novembro - COHAB (Público Habitacional CAIC)

- Escola Municipal Célia Arraes - Várzea

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) anunciou o retorno das atividades presenciais nos 11 campi. Segundo a instituição, as aulas serão retomadas a partir desta quarta-feira (1º) e seguirão gradualmente até a próxima segunda (6).

Nests quarta, retomarão as atividades os campi Cabo de Santo Agostinho, Educação a Distância, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Palmares e Reitoria. Na quinta-feira (2), Abreu e Lima Olinda Paulista voltarão às aulas presenciais.

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Já na sexta-feira (3), Recife será o campus que retomará as atividades, enquanto próxima segunda-feira (6), será a vez do campus Igarassu. Nos campi Vitória de Santo Antão e Barreiros, as atividades presenciais foram retomadas nesta terça (31).

Doações

No último sábado (28), o IFPE lançou uma campanha de doações na instituição, arrecadando donativos para apoiar as comunidades atingidas pelas chuvas. Estão sendo recebidos materiais de higiene, roupas, cobertores, água, alimentos e demais materiais que podem ajudar as milhares de famílias que estão desabrigadas ou que perderam tudo. As doações podem ser feitas em todos os campi da instituição.

Com a volta às aulas, a Prefeitura do Recife continua a realizar entregas de tablets para auxiliar alunos, dentro e fora da escola. A entrega, que teve início no ano passado, envolve 48 mil aparelhos eletrônicos, para alunos e equipes pedagógicas da Rede Municipal, contemplando turmas do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da Educação Especial.

A iniciante é do programa EducaRecife, da Secretaria de Educação, que oferta aulas on-line para que os estudantes não percam os conteúdos de sala. Pelos tablets, os alunos terão acesso gratuito à plataforma e poderão acompanhar as atividades de onde estiverem.

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Na primeira fase foram distribuídos cerca de 1.700 aparelhos eletrônicos para a Educação Especial. Até o momento, 13.700 tablets já foram entregues nas unidades escolares. Vale ressaltar que os aparelhos são entregues às turmas do 6º ao 9º ano (anos finais).

A entrega está sendo feita de maneira gradativa e deverá ser concluída em até três meses. Para esta semana, 22 a 25 de março, as escolas municipais Paulo VI (Linha do Tiro); Bola na Rede; Antônio Farias Filho (San Martin); Marechal Rondon (Tejipió); Cícero Franklin Cordeiro (Cohab) e Professor Florestan Fernandes (Ibura) terão seus alunos dos anos finais contemplados com os tablets.

A Universidade de Pernambuco (UPE) anunciou, nesta quinta-feira (17), a retomada das aulas presenciais do ensino de graduação a partir do dia 21 de março. Para isso, será adotado o formato de vivência com, no mínimo, 60% de atividades presenciais.

O retorno ao presencial será realizado para todos os componentes curriculares (teóricos, práticos e teórico-práticos), conforme o planejamento da unidade de educação para todos as partes pertencentes a comunidade acadêmica, como docentes, alunos e técnicos administrativos.

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A decisão foi tomada tendo como referência o quadro epidemiológico dos casos de Covid-19 no estado de Pernambuco, os boletins emitidos pela Secretaria Estadual de Saúde, as normas de biossegurança adotadas em todas as Unidades de Educação da UPE e outras diretrizes.

No domingo (13), o desembargador Marcello Granado, do TRF 2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), derrubou a decisão da 26º Vara Federal do Rio de Janeiro, que determinava que os pais de uma aluna de 11 anos matriculada no Colégio Pedro II, no campus localizado na zona oeste da capital, vacinassem sua filha contra a Covid-19.

A briga judicial começou após a mãe da estudante pedir à justiça um habeas corpus preventivo para contestar a exigência do colégio pela vacinação da criança, como uma condição para que a mesma pudesse frequentar o ambiente. Como retorno, a juíza Mariana Preturlan, da 26ª Vara, argumentou que a medida judicial se refere ao direito de ir e vir, e não diz respeito a temas como educação e saúde. 

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Ao derrubar a decisão, o desembargador afirma que a juíza Mariana Preturlan causou um “constrangimento legal”, ao negar o pedido de habeas corpus da mãe e extingui-lo sem julgamento do mérito ou posicionamento do Ministério Público Federal (MPF). Porém, Gramado ressalta que a juíza não praticou abuso de autoridade e jamais impôs a vacinação da criança.

Além disso, Marcello Gramado também diz que a exigência de vacinação do colégio, viola a liberdade de locomoção da aluna e ainda derrubou a determinação de que a mãe da criança, Andressa da Conceição Vasconcelos Bento Nogueira, devesse prestar esclarecimentos ao Conselho Tutelar.

Por Thaynara Andrade

Nesta sexta-feira (4), as escolas da rede municipal do Recife iniciaram o ano letivo. Neste primeiro momento, a volta à sala de aula presencialmente foi apenas para os ano finais do ensino fundamental, ou seja, do 6º ao 9º ano, e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Os estudantes do ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano) e Educação infantil iniciam as atividades escolares de forma remota e a retomada ao presencial será no dia 14 de fevereiro. De acordo com a assessoria da Prefeitura do Recife, o retorno em etapas foi estipulado "após uma análise da Rede Municipal de Ensino do Recife, que constatou o teste positivo de alguns gestores, coordenadores, professores e outros trabalhadores das escolas e creches municipais".

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Além das turmas citadas, o estudantes que optaram pelo ensino remoto podem acompanhar as atividades através do EducaRecife, que conta com transmissões ao vivo, na TV aberta e pelo canal oficial da iniciativa no YouTube. A plataforma também permite que os alunos e professores tenham acesso aos materiais pedagógicos.

Professores da rede municipal do Recife paralisaram as atividades nesta sexta-feira (4). O ato luta pelo reajuste do piso salarial de em 33,23% com repercussão em toda carreira e pede o retorno das aulas remotas devido ao surto de Covid-19 e influenza no estado. A mobilização iniciou às 9h e segue por todo o dia em frente à Prefeitura do Recife, na área central da capital pernambucana.

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Professores do Simpere realizam paralisação em frente à Prefeitura do Recife (Foto: Divulgação)

“Hoje, nossas aulas em Recife não voltaram porque estamos denunciando o descumprimento da lei do piso e a falta de condições sanitárias para o retorno seguro das aulas. Recife, hoje, paga o pior salário da Região Metropolitana aos seus professores. É preciso que a Prefeitura valorize seus profissionais”, afirmou a coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE), Anna Davi, ao LeiaJá.

Ainda segundo Anna Davi, o público-alvo da rede municipal sequer tomou a primeira dose da vacina, o que torna preocupante o retorno às aulas na modalidade presencial: “Hoje, nosso público alvo não está sequer com a primeira dose. Então nossa paralisação é em defesa da vida e o retorno seguro às aulas. Não podemos colocar 95 mil estudantes em salas pequenas, sem ventilação, em meio ao aumento da onda de Ômicron e influenza”, afirmou, ao LeiaJá.

Foto: Divulgação

Jaqueline Dornelas, também coordenadora do Simpere, explica que aplicar o reajuste apenas para profissionais que estão iniciando a profissão torna o salário igual aos professores que já trabalham há anos, “achantando” a carreira: “Não adianta o prefeito querer colocar esses 33% apenas no professor que tá numa etapa inicial da carreira, ele precisa rebater para toda a categoria independente da etapa que ele esteja no plano de carreira”, explicou, segundo informações da assessoria de comunicação.

Anteriormente, o sindicato conseguiu que a Secretaria da Educação adiasse o retorno das aulas para o dia 14 de fevereiro para estudantes da educação infantil e anos inicias. Agora, Jaqueline afirma que o sindicato tenta conseguir o mesmo para estudantes do 6º ao 9º ano: “Pedimos que as escolas de 6º ao 9º ano também tenham o início das aulas adiadas, como conseguimos para educação infantil e anos iniciais. O secretário insiste em deixar as escolas abertas com professores, estudantes e funcionários dentro, mesmo com a Ômicron e influenza lotando os hospitais”, completou.

O Simpere pede não só a aplicação do valor do piso salarial do magistério para 2022, no valor de R$ 3.845,43, e a volta das aulas de forma remota, como que a educação pública municipal não seja privatizada.

Após um período de descanso, muitos estudantes se preparam para o retorno às aulas e início de mais um ano letivo, o que também pode vir acompanhado de muitas expectativas e ansiedade.

Além disso, a psicóloga especialista em trauma, Ediane Ribeiro, lembra que esse retorno também é marcado em algumas localidades pela volta das aulas presenciais, que se mantiveram no ensino remoto por dois anos, devido à pandemia de Covid-19. “Esse retorno às aulas presenciais é realmente importante para ajudar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos estudantes, mas é também importante que alguns cuidados sejam agregados a esse novo contexto escolar que eles vão encontrar”, explica.

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Uma das recomendações da psicóloga é que seja criada uma rotina para dormir e acordar, já que esses horários costumam ficar desregulados nas férias. Como consequência, os estudantes sentem dificuldades para acordar cedo e se manterem dispostos nas aulas. “Então, já comece alguns dias antes do retorno a estabelecer uma rotina de dormir e acordar no horário. Assim, seus primeiros dias de aula não serão tão sofridos no quesito sono”, orienta Ediane.

Para ajudar a evitar a ansiedade, Ediane explica que é importante se organizar com antecedência. “Nos dias anteriores ao início das aulas já separe o vai precisar: uniforme, livros, cadernos, material escolar em geral, máscaras, álcool em gel e o que mais achar importante”, descreve.

Além de estabelecer conhecimento, a psicóloga aconselha o aluno a utilizar o espaço escolar para desenvolver habilidades sociais. “Converse com colegas, procure novas amizades, tire dúvidas com os professores, troque dicas de atividades, livros e séries de que gosta”, recomenda Ediane. “Mas lembre-se, mesmo com uso de máscaras, prefira locais abertos e arejados para a interação com colegas e mantenha sempre a distância recomendada”, complementa.

Ediane reforça que os cuidados aprendidos durante a pandemia precisam ser mantidos. “Uso de máscara nas salas de aula, retirando somente para alimentação; levar pelo menos duas máscaras para que seja possível trocar a cada quatro horas; lavar as mãos com água e sabão com mais frequência, e utilizar álcool em gel”, ressalta.

De acordo com Ediane, o retorno às aulas podem gerar diferentes sentimentos, por um lado, a alegria e excitação por parte de alguns devido ao reencontro, mas também existe o desconforto e ansiedade por parte de outros.

Por conta disso, a psicóloga lembra que o estudante precisa ter em mente que é normal se sentir inseguro, principalmente depois de dois anos de ensino remoto e que ele não deve se exigir demais. “Vá no seu tempo, se aproximando de pessoas que sente afinidade, caso a sensação de desconforto seja muito grande e não passe nos primeiros dias, converse sobre ela com seus pais/responsáveis ou com professores que você tenha maior proximidade”, finaliza Ediane.

A poucos dias da volta às aulas, o estudante Juan Rocha Dominguez, de 17 anos, está tentando voltar à rotina: acordar cedo e ir à escola. Ele terminou o ensino médio, mas vai iniciar o cursinho pré-vestibular. “Ano passado, ia para a cama umas 22h30 e acordava às 5h30 todos os dias. Nas férias, estou indo dormir mais tarde e acordando tarde, perdi o ritmo legal. Agora estou tentando voltar ao ritmo que eu tinha quando estava em aula, indo dormir mais cedo e acordando mais cedo também.” 

O estudante, que se prepara para o vestibular de medicina, conta ainda que costumava acordar na madrugada para estudar mais. “Eu acabava acordando de madrugada para estudar mais por nervosismo mesmo, ficava ansioso para a prova e queria ter certeza que eu sabia de tudo para ir bem. Depois que fazia a prova deixava de ficar ansioso e o sono vinha.” 

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O hábito não é adequado, explica o pediatra e pesquisador do Instituto do Sono, Gustavo Moreira. “Caso a redução de tempo de sono seja substancial, isso poderá repercutir na atividade intelectual e no desempenho acadêmico. Isso é comum nos países asiáticos. Não existe um número mágico de horas de sono para guiar o jovem. O importante é ele reduzir as atividades de lazer diurnas e estudar. Assim, não precisará acordar no meio da noite”, afirma o médico.  

O sono é importante para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e regulação emocional. Por isso, o especialista sugere várias estratégias fundamentais para quem quer dormir bem. “No recomeço das aulas é importante que os estudantes voltem a ter os hábitos de sono do período de aulas, evitar dormir tarde e acordar tarde como nas férias. A cada noite, umas três ou quatro noites antes do início das aulas, vai se puxando o horário, se costuma dormir às 2h da manhã, faz um dia dormir à 1h, depois à meia-noite, às 11h, às 10h, até que encontre o horário ideal, e para isso, vai ter que acordar mais cedo, que é importante. Outro aspecto importante é não deixar dormir à tarde, porque se dormir à tarde não vai ter sono à noite.”

Higiene do sono

Para o médico, uma boa higiene do sono para crianças e adolescentes inclui dormir no horário adequado. “Crianças na idade pré-escolar e escolar, ou seja, antes dos 12 anos, devem dormir antes das 21h. Já adolescentes podem dormir até às 22h. Antes de dormir, umas duas horas antes, é importante diminuir a quantidade de luzes da casa, não fazer atividades físicas e, principalmente, desligar as telas: TV, celular, computador, tablet, tudo isso tem aquela luz que vai nos olhos e vai dizendo para o nosso cérebro que é dia. Então, é importante desligar esses equipamentos, fora o conteúdo deles que é sempre muito estimulante”, recomenda Moreira. 

A rotina do sono é importante para dizer ao cérebro que é hora de dormir, ressalta o pediatra. “Duas horas antes, diminui a quantidade de atividades da casa, desliga os eletrônicos e faz atividades mais calmas e uma sequência de eventos que leva a criança para dormir, um beijo de boa noite, uma reza, vai para o banheiro, escova os dentes, vai para o quarto. Para a criança pequena, canta uma música, para o maior conta uma história, para o adolescente fala para ele ler um livro, o importante é que essa rotina se repita de forma que vai dando informações para o cérebro que é hora de dormir no horário adequado.”

Jet lag social 

Segundo o médico, essa regularidade é importante, porque muitos estudantes que acordam cedo para ir à escola, ficam na cama até mais tarde nos finais de semana, na tentativa de compensar a privação de sono. É o chamado jet lag social. 

“O jet lag social é uma sequência de eventos que compõem as atividades de dia de semana e final de semana que são muito díspares, e simula uma viagem transmeridional, como se o indivíduo fosse para o outro lado do mundo e voltasse, porque tem uma diferença de fusos horários. A criança e o adolescente dormem pouco durante a semana, a gente vê isso principalmente em adolescentes, ao invés de dormirem nove horas de sono, eles dormem seis, sete horas de sono. Vai faltando sono e quando chega no fim de semana, ele compensa: se durante a semana ele dorme da meia-noite às 6h, no fim de semana vai dormir das 2h até o meio-dia. Então, essa diferença que repõe do jet lag social, a gente sabe que acima de duas horas já representa um déficit de sono.” 

Mais uma vez, a rotina do sono ajudar a evitar o jet lag social. “A rotina de dormir nos horários adequados para a idade e dormir sempre no mesmo horário, no máximo uma hora de diferença de dia de semana e fim de semana, é isso que vai fazer com que evite esse jat lag social que é muito frequente,um terço dos adolescentes têm esse problema”.

O médico explica que os adolescentes têm maior necessidade de sono do que os adultos e são mais sonolentos. “Não é normal que o adolescente precise dormir à tarde, se acontece é porque pode estar dormindo pouco à noite, menos de nove horas. A soneca da tarde, feita pelo adolescente, é utilizada para compensar o fato de dormir pouco à noite. Este é um cenário que leva ao jet lag social. Como dorme à tarde, não terá sono à noite, irá dormir tarde. Vira um ciclo vicioso. No fim de semana irá compensar, acordar ao meio-dia no sábado e domingo (ter mais horas de sono). Não conseguirá dormir cedo na noite do domingo”. Reforça o ciclo vicioso. Na matemática, a jovem está cansada e sonolenta à medida que a semana progride, pois piora a privação de sono.”

A irmã do Juan, a estudante Julia Rocha Dominguez, de 14 anos, é uma exceção. Ela conta que raramente dorme à tarde, somente quando o dia foi muito cansativo. “Nas férias, a rotina não muda tanto, é difícil eu conseguir ficar acordada depois da meia-noite, eu sempre acabo acordando às 5h, mas consigo voltar a dormir por mais tempo.”

Ela diz que segue uma rotina de sono. “Eu faço exercícios para soltar o maxilar, já que por causa do meu bruxismo, que aumenta muito na época das aulas, eu tenho que usar uma placa dentária muito desconfortável. Em relação às telas, o meu óculos tem proteção a luz azul e meu computador está configurado para mudar a luminosidade quando passa das 21h, isso me ajuda a desacelerar.” 

Privação de sono

A privação de sono pode comprometer o desempenho escolar porque tem impacto no córtex pré-frontal, que executa funções cerebrais superiores, incluindo linguagem, memória de trabalho, raciocínio lógico e criatividade. Reduz o estado de alerta e prejudica a atenção, tornando o processamento cognitivo mais lento. Além disso, provoca alterações de humor, como irritabilidade, depressão e também obesidade, explica o médico.

“A privação de sono tem diversas consequências, primeira é que as atividades cerebrais não ficam adequadas, a memória fica ruim, altera o humor, o indivíduo não consegue se concentrar nas suas coisas, se for um adulto que opera máquina, pode ter acidente, o jovem que está andando de bicicleta, pode ser acidentado. Também compromete o metabolismo, o organismo do indivíduo que está dormindo pouco entende que está numa situação de stress, e o que [o organismo] faz? Ele aumenta o apetite, então ele tem um desbalanço entre todos os hormônios de saciedade e de fome, esse desbalanço faz com que o indivíduo coma mais, então a privação do sono também aumenta a obesidade, tanto em adultos quanto em crianças”, alerta Moreira.

Estratégias para dormir melhor

- exercícios físicos devem ser evitados à noite

- fazer atividades relaxantes antes de ir para a cama

- contar histórias e cantar músicas de ninar ajudam a relaxar as crianças menores

- jogos de carta ou de tabuleiro são uma boa forma de entretenimento familiar envolvendo as crianças maiores. 

- adolescentes podem ser incentivados a ouvir música ou se dedicar à leitura

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiu que as atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão da instituição do segundo semestre de 2021 vão voltar à modalidade presencial na próxima segunda-feira (31).

O encerramento deste semestre está previsto para março de 2022. As aulas estavam no modelo presencial desde novembro de 2021, mas, por causa do aumento repentino de casos de covid-19, a reitoria emitiu nota no dia 6 de janeiro deste ano com a orientação de retorno à modalidade remota até o fim deste mês.

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Na nota emitida nesta quarta-feira (26), a UFRJ informou que os boletins epidemiológicos emitidos pelo estado e pela cidade do Rio de Janeiro têm indicado uma baixa ocorrência de quadros graves e internações pela covid-19, ainda que as taxas de transmissão da variante Ômicron estejam altas.

A decisão do retorno à modalidade presencial foi tomada após consulta ao Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 (GT-Coronavírus) da UFRJ.

“As atividades administrativas consideradas essenciais devem retornar à modalidade presencial para o funcionamento básico das atividades didático-pedagógicas, de pesquisa e extensão, seguindo os protocolos e planejamentos anteriores realizados pelas unidades”, informou.

A Reitoria da UFRJ, acrescentou que monitora a pandemia com o apoio do GT-Coronavírus e reiterou que a segurança sanitária da comunidade acadêmica é uma prioridade.

“Lembramos, ainda, que a comprovação do esquema vacinal completo contra a covid-19 é obrigatória para o acesso a espaços da Universidade e que a organização de eventos que causem aglomeração não deve ocorrer”, diz a nota, destacando que é essencial a manutenção das medidas não farmacológicas preventivas como o distanciamento interpessoal, uso correto de máscara apropriada e higienização frequente das mãos.

Mais um ano letivo se aproxima, e os pais têm que dar a atenção aos filhos em férias e, ao mesmo tempo, cuidar da compra do material escolar. Em grande parte das escolas, a volta às  aulas está programada para fevereiro. Com estimativa de alta de até 30% nos preços do material escolar, uma das alternativas é reaproveitar os itens do ano anterior.

É o que pretende fazer a dona de casa Amanda Oliveira do Nascimento. Mãe de Ana Luísa, de 6 anos, que vai para a 1ª série do ensino fundamental em uma escola particular no Rio de Janeiro, Amanda diz que vai reaproveitar alguns itens, como lápis, borracha e apontador.

A dona de casa, que já comprou os demais itens da lista, constatou aumento de preços do material escolar. “Aumentaram justamente quando começou a campanha da volta às aulas. Por exemplo, um caderno brochura de 96 folhas, estava por R$ 7,90, no mesmo dia que coloquei no carrinho do aplicativo, aumentou para R$ 9,90 antes de eu conseguir finalizar a compra.”

A educadora financeira Lorelay Lopes diz que reutilizar o que está conservado é uma boa alternativa para economizar. “Guardando o material do ano anterior, a pessoa vai apenas repondo o necessário. Isso vale, por exemplo, para lápis de cor e canetinhas, priorize a marca. Assim, você pega aquela cor que desapareceu da sobra de anos anteriores. Borrachas de qualidade duram muito. O principal é conscientizar a criança de que, ao comprar algo apenas para ter uma coisa nova, gera-se lixo desnecessariamente. O resultado é economia e educação.”

Lorelay indica o comércio eletrônico para fazer a comparação de preços. “Quanto ao que precisa realmente ser comprado, a internet está aí para que possamos comparar preços. Com muitos sites oferecendo frete grátis, comprar tudo pela internet salva seu tempo e seu dinheiro.”

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No entanto, o ambiente virtual também pode ser um influenciador para crianças desejarem materiais novos e diferentes, ressalta a educadora financeira. “A internet está cheia de vídeos com crianças expondo material escolar importado. Mas também tem muito conteúdo sobre como reaproveitar o material antigo. Fique de olho nas influências, no por quê as crianças acham tão importante ter tudo novo na volta às aulas. Conscientize, explique o impacto das compras”, recomenda Lorelay.

Já a analista financeira Rosana Archila Michelin, mãe de Diego, que vai para o 3° ano do ensino fundamental em uma escola pública de São Paulo, não precisa se preocupar com a compra de material escolar. É que o estado fornece kits de material escolar para os estudantes.

Mesmo assim, Rosana diz que reaproveitará material do ano passado porque a entrega dos kits é feita em meados de fevereiro, depois de iniciadas as aulas. “O kit vem com uma quantidade que dá para aproveitar nos outros anos. Então, aproveito os lápis de escrever, apontador, régua, borracha e cola branca”. Na rede pública, os livros também são fornecidos pelo estado.

Livros usados

Segundo Claudia, no colégio anterior, existia a Ciranda de Livros, que são livros de literatura que os alunos leem ao longo do ano. “Estes eu conseguia emprestar ou pegar emprestado, às vezes, pois a própria escola não repetia. Então, os do Juan [filho mais velho], que já havia passado da 5ª série, por exemplo, às vezes, eu conseguia emprestar para uma amiga quando o filho dela chegava à 5ª série.”

Para a educadora financeira Lorelay, é importante essa rede de contatos para troca ou venda de livros usados. “Use e abuse dos grupos de pais e mães do WhatsApp. A troca entre os anos faz toda diferença nessa hora. Venda os seus livros nos grupos de alunos que ingressam no ano escolar anterior ao de seu filho e compre dos que estão um ano à frente. Sem vergonha de economizar e cuidar do planeta.”

No entanto, muitos livros didáticos das séries iniciais são interativos, ou seja, usam recursos didáticos como jogos de recortar, adesivos, desenhos para colorir e lacunas de preenchimento que inviabilizam a reutilização. O jeito é ficar de olhos nos descontos, como faz Amanda, do Rio de Janeiro. “Nunca comprei livros didáticos usados. Porque a escola oferece e dá desconto pagando tudo de uma vez e também porque é o primeiro ano do ensino fundamental.”

Erica Cardoso, gerente de Marketing e Comunicação da Estante Virtual, um sebo que vende livros usados pela internet, explica que 80% dos livros comprados no início do ano são seminovos e usados. “A procura de paradidáticos é para todos os anos do ensino fundamental ao ensino médio. Já os didáticos mais buscados são os a partir do 6º ano.”

No caso dos livros em que os estudantes escrevem, muitos são aceitos, mas os didáticos têm algumas particularidades, diz Erica. “Primeiro, é o fato de as edições terem tempo de validade, que varia de dois a quatro anos. Normalmente, as escolas pedem uma edição específica, a mais atual. Os livros didáticos no Brasil não são feitos para durar. Muitas coleções até quebram o conteúdo em um caderno principal e um de exercícios, o que permite a compra separada apenas da parte perecível, mas este não é um padrão universal.”

Livros já usados ou com grifos e anotações podem ser vendidos na Estante Virtual. “Todos os seminovos e usados disponíveis no site têm descrições detalhadas dos vendedores sobre o estado de conservação e condições gerais”, explica Erica, que lamenta o fato de edições muito antigas e de publicações com muitos exercícios feitos não serem atrativas e perderem valor. “Já os paradidáticos, que são as leituras obrigatórias e/ou sugeridas pelas escolas, não sofrem tanto esse efeito.”

Erica ressalta que o cenário econômico tem impulsionado a procura por livros usados. “Estamos com aumento de visitas e de vendas de 40% em relação ao mês de dezembro, muito puxado pela busca de livros didáticos. A compra de livros seminovos e usados é uma realidade no atual cenário de inflação, com preços mais altos em tudo que é essencial. Então, vemos o sebo como uma oportunidade para os pais economizarem neste período em que a compra de material didático pesa no orçamento.”

Dicas para economizar

O educador financeiro Roberto de Souza Barbosa, da Escola de Pais XD, tem dicas para que os pais economizem na compra do material escolar e recomenda que estes ensinem educação financeira aos filhos:

 – Faça uma lista do que é básico. “Algumas escolas já oferecem aos alunos, mas, se este não for o seu caso, faça a própria lista e lembre-se de colocar o que for realmente básico, porque na papelaria há muitas coisas que são uma tentação aos olhos dos pais e dos filhos.”

– Pesquise em pelo menos três sites na internet e veja os orçamentos. “Compare os preços das lojas, olhe em aplicativos, que sempre têm promoções e vendem a preços acessíveis, pois, às vezes, mesmo pagando o frete, os produtos ainda saem mais baratos.”

 – Cuidado com as exigências dos pequenos. Todos os pais e mães já devem ter passado por isso: os filhos veem aqueles artigos coloridos, com desenhos, que custam o triplo ou quatro vezes mais que os outros. “Estamos vivendo uma época em que toda economia é bem-vinda, seja a curto ou longo prazo. E estamos em um período em que o IPTU e o IPVA vão começar a chegar. Portanto, tenham equilíbrio para agradar a criança, mas não se endividar com isso.”

 – Compre em conjunto. “Junte-se a outros pais para comprar o material em conjunto, pois no atacado sai bem mais barato. Por exemplo, ao invés de comprar cinco lápis de escrever, compra-se uma caixa fechada e divide-se com os demais. Haverá uma quantidade maior e ainda sairá mais barato para todo mundo.”

 – Compre à vista. “Eu sei que talvez este não seja um bom momento, porém, se puder, pense a respeito, pois à vista é possível conseguir um descontinho maior, que vai ajudar bastante.”

 – Dê prioridade ao que for urgente. “Se sua condição na hora da compra estiver difícil, priorize o que for urgente e compre o restante no decorrer das aulas.”

Em um levantamento realizado pelo Procon-PE, materiais escolares sofrem variações de quase 300% de um estabelecimento para outro. A pesquisa foi realizada em 16 lojas do Recife e da Região Metropolitana com 77 itens verificados.

Segundo o levantamento, o item que mais se destacou foi o apontador de lápis com depósito. O produto foi encontrado por R$ 1,25 em uma loja e por R$ 4,90 em outra, totalizando uma variação de 292%.

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Em contrapartida, o item com menor variação foi o papel dobradura, com 11,01%: de R$ 9,90 para R$ 10,90. Em comparação ao mesmo item pesquisado em janeiro de 2021, houve um aumento em 36 itens. O que mais sofreu alteração, foi a borracha bicolor, saindo de R$ 0,46 para R$ 1,00. O único item que baixou de preço foi a pintura de dedo, 1,80%.

A pesquisa de material escolar foi realizada no período de 10 a 14 de janeiro deste ano, e está disponível para o consumidor no site do Procon-PE. O documento mostra marcas, nomes dos estabelecimentos e os preços praticados por cada um.

Nesta quarta-feira (15), foram aprovadas, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), as normas de retorno às atividades presenciais e o protocolo de biossegurança para o ano de 2022. Entre as determinações estão presentes as orientações para o retorno presencial de servidores, docentes e técnicos, que acontecerá a partir do dia 17 de janeiro.

Todos os espaços do campus estão em funcionamento, de forma que ficam liberadas a realização de todas as atividades acadêmicas como as aulas, orientações e defesas de Trabalho de Conclusão de Curso, Estágio Supervisionado Obrigatório, Práticas de Vivência interdisciplinares, aulas de campo e ações de projetos de ensino, pesquisa e extensão.

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Na ocasião, também foi aprovado o calendário acadêmico definitivo. De acordo com o documento, o semestre 2022.1 terá início em 14 de fevereiro e seguirá até o dia 27 de maio de 2022. O semestre de 2022.2 vai de 27 de junho a 8 de outubro de 2022. Enquanto em relação ao Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas da UFRPE (Codai UFRPE), o retorno das atividades presenciais está previsto para o dia 1º de março de 2022.

Estão liberados do retorno ao modelo presencial:

I-Servidores que apresentem as condições ou fatores de risco (comorbidades) listados no art. 4º da IN nº 90/2021.

II-Servidores que tiverem filhos em idade escolar, nos locais onde ainda estiver mantida a suspensão das aulas presenciais e creches.

Nesses dois casos, deverão permanecer em trabalho remoto e mediante preenchimento  de autodeclaração, conforme modelo específico proposto pela IN nº 90/2021.

Já servidores que apresentem as condições ou fatores de risco/comorbidades e deseje retornar ao trabalho presencial devem preencher autodeclaração de outro modelo, que está disponível na resolução definitiva a ser disponibilizada pela universidade. 

Em 11 de agosto é comemorado o Dia do Estudante, data para celebrar um direito básico do cidadão. As aulas (sobretudo no ensino médio e fundamental), de forma gradual, estão de volta. Porém, o principal desafio para as escolas é conscientizar os alunos a seguirem os protocolos contra a COVID-19.

A vice-diretora Alessandra Kehdi Cipullo, da escola estadual Professor Máximo Ribeiro Nunes, localizada em São Paulo, relembra sobre os desafios da volta às aulas e de conscientizar as crianças. "Vai ser um dia de cada vez, falar, repetir. Porque infelizmente, apesar de toda orientação que a sociedade recebe, dentro de casa temos outro tipo de vida. Os alunos estão aprendendo a ficar de máscara e respeitar os protocolos", afirma.

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Além do desafio da conscientização, a vice-diretora disse que o comportamento social das crianças também mudou. "As crianças estão tendo que reaprender a conviver, ver o amigo e não poder chegar perto. Mas a gente percebeu uma felicidade imensa deles voltarem à escola. Eles estavam necessitados de ter esse convívio", diz Alessandra. "Eu estou na educação há 31 anos, e a gente até brinca que o aluno estava com saudades de tomar bronca", completou.

Segundo a vice-diretora, os protocolos que a escola segue são: medição de temperatura na entrada; álcool em gel em todas as salas e em alguns pontos da escola; divisão de alunos por turnos; as salas estão organizadas para respeitar o distanciamento; os recreios estão divididos em três grupos; exigência das máscaras; não pode ter o empréstimo de material.

Nesse intervalo, a escola faz um monitoramento junto aos pais e alunos. Em caso de suspeita ou sintomas, a diretoria deve fazer um registro dos casos na Secretaria Escolar Digital.

Em novo posicionamento para defender a volta às aulas presenciais, o Ministério da Educação (MEC) cravou, nesta terça-feira (27), que o retorno às atividades é urgente. Como argumento, a pasta informou que, com base em dados do Ministério da Saúde, o processo de vacinação da primeira dose dos profissionais da educação, contra a Covid-19, chegou a “praticamente 100%”.

“Entre os vacinados, estão professores, diretores e todos os funcionários que trabalham para o funcionamento das escolas e universidades. Em outubro do ano passado, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, havia solicitado a inclusão dos trabalhadores da educação no grupo prioritário, a fim de garantir o retorno ao presencial de forma segura”, sustentou o MEC, em nota enviada à imprensa.

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No dia 20 deste mês, Milton Ribeiro disse que a volta às atividades nas instituições de ensino não pode estar condicionada à vacinação total de todos os profissionais da educação. Por outro lado, entidades que representam os trabalhadores, como no caso do Sindicato Municipal dos Profissionais da Rede Oficial de Ensino do Recife (Simpere), apontam para riscos de contaminação nas escolas, defendendo o retorno apenas quando os professores tomarem a segunda dose do imunizante.

O MEC, por sua vez, diz que o fechamento das escolas trará sérias consequências educacionais para os estudantes. A pasta também comunicou que 3,2 milhões de profissionais da educação básica já tomaram a primeira dose, e mais de 518 foram imunizados completamente.

“Entre os profissionais da educação superior, mais de 340 mil já tomaram uma dose e mais de 30 mil estão imunizados com as duas doses ou com a única. Os dados são da plataforma LocalizaSUS, do Ministério da Saúde”, acrescentou o Ministério.

O Sindicato Municipal dos Professores da Rede Oficial do Recife (Simpere) realizará, nesta sexta-feira (23), uma coletiva de imprensa sobre a volta às aulas nas escolas da capital pernambucana. De acordo com o sindicato, serão expostas contradições dos argumentos usados pela prefeitura, bem como a ineficiência dos protocolos de segurança na prática nessa primeira semana de retorno às salas.

"O calendário imposto arbitrariamente pela Prefeitura obriga toda a comunidade escolar a se expor ao covid-19 sem que nem os docentes estejam plenamente vacinados com segunda dose, muito menos com imunização completa", argumenta o Simpere, em nota enviada pela assessoria de imprensa.

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Ainda de acordo com o sindicato, os docentes só indicam previsão de retorno seguro no final de setembro, "com possibilidade de reavaliação a depender de qualquer agravamento da situação sanitária da cidade". Por fim, o Simpere salienta a falta de estrutura nas escolas indicando que o distanciamento mínimo dificilmente será garantido, assim como condições adequadas de higiene, tendo em vista a falta de água constantes em bairros do Recife.

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