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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avançará neste ano sobre a criação de uma lista de "passageiros indisciplinados", o que na prática poderá impedir indivíduos de voar por até 12 meses. O mecanismo já existe em países como os Estados Unidos, sendo usado para, em teoria, garantir segurança ao evitar o embarque de pessoas com histórico de problemas em voos anteriores. Apesar de haver embasamento legal para a criação da lista, as definições finais são vistas como delicadas por advogados e até mesmo pela diretoria da Anac.

A discussão está prevista na agenda regulatória, pautada em razão de dispositivo da Lei 14.368, conhecida como Lei do Voo Simples, que foi sancionada em junho de 2022. Essa lei determina a criação de medidas para punir os passageiros que afrontam previsão do artigo 232 do Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7565/86). O artigo em questão estabelece que "a pessoa transportada deve sujeitar-se às normas legais constantes do bilhete ou afixadas à vista dos usuários, abstendo-se de ato que cause incômodo ou prejuízo aos passageiros, danifique a aeronave, impeça ou dificulte a execução normal do serviço".

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Agora, a Anac deve regulamentar o tratamento aos passageiros que atentem contra essas regras. O órgão regulador deverá determinar, por exemplo, quais atos de indisciplina são considerados gravíssimos. Conforme a Lei 14.368, os registros desses atos servirão para todas as companhias, que poderão compartilhar histórico dos clientes indisciplinados entre elas. Para esses, as empresas poderão deixar de vender passagens por até 12 meses, resguardado passageiro em cumprimento de missão de Estado ou outras exceções a serem definidas pela Anac.

"Indisciplina pode ser aquele indivíduo que agrediu a aeromoça, um tripulante, um passageiro ou até mesmo o importuno sexual. Serve para coisas graves", explica o diretor-presidente da Anac, Tiago Sousa Pereira. O representante avalia, contudo, que a discussão sobre a lista é difícil do ponto de vista jurídico. "Temos o direito constitucional de ir e vir, por exemplo", cita sobre um dos possíveis entraves que devem pautar as discussões. A previsão do diretor é de que o tema vá para audiência pública até o fim deste semestre.

Associações apoiam

As associações do setor apoiam a adoção da lista. No último levantamento sobre o tema, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) apontou que, apenas no primeiro trimestre de 2023, as companhias registraram 114 episódios que incluem comportamento agressivo de passageiro, envolvendo agressão física e/ou ameaças. Em 2022, foram 585 ocorrências, recorde em quatro anos. Os números dos demais meses de 2023 devem ser atualizados nos próximos dias, segundo informa a Abear.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) pediu no ano passado que os países adotem as medidas necessárias para processar os passageiros indisciplinados, em conformidade com o Protocolo de Montreal 2014 (MP14). "A tendência crescente de incidentes indisciplinados com passageiros é preocupante. Os passageiros e a tripulação têm direito a uma experiência segura e sem complicações a bordo", destacou o vice-diretor-geral da entidade, Conrad Clifford.

Controvérsias

Com base no que prevê a atualização da legislação em 2022, a avaliação dos analistas consultados é de que há base legal para a criação da lista, restando tão somente o detalhamento. A advogada Roberta Andreoli, sócia do Leal Andreoli Advogados e presidente da Comissão Especial de Direito Aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), diz que antes mesmo dessas definições, é necessário observar que, quando o passageiro adquire uma passagem, é celebrado um contrato que pressupõe o cumprimento de obrigações e deveres por ambas as partes.

"No caso do passageiro se demonstrar indisciplinado, comprovadamente colocando em risco o voo, terceiros e a infraestrutura aeroportuária, a linha aérea não deve ser obrigada a celebrar outros contratos posteriores. Mesmo porque o Código Penal tipifica como crime o atentado contra a segurança do transporte aéreo", explica sobre o que deve ficar amparado de forma clara com a regulamentação a ser feita pela Anac.

Ao citar casos de assédio contra mulheres, a advogada Mariana Covre, especialista em Ambientes Regulados, diz que a criação da lista será uma importante ferramenta de proteção. "Assim como o motorista que comete infração pode ser sancionado e ter suspenso, ainda que temporariamente, sua habilitação para ir e vir dirigindo, essa medida colocaria uma limitação ao direito de ir e vir daquele cidadão que ultrapassa a linha limítrofe do seu direito violando direito de outrem", defende.

Quando os debates sobre a criação da lista forem superados, ainda restará um ambiente com complexidades, avalia o advogado Leo Rosenbaum, especializado em Direitos do Passageiro Aéreo, sócio do Rosenbaum Advogados. A partir da experiência dos EUA, Rosenbaum diz que o processo de inclusão e remoção de nomes da lista tem sido por vezes controverso. "Por lá, a lista cresceu significativamente ao longo dos anos, levantando preocupações sobre a eficácia e direitos civis", afirma.

Outra controvérsia na experiência americana é a existência de denúncias da inclusão de nomes de indivíduos por supostamente se negarem a serem informantes do FBI. "No Brasil, a legislação específica deverá considerar situações em que os passageiros podem ser barrados, assegurando que as restrições sejam justas, baseadas em critérios objetivos, e alinhadas com a Constituição Federal", destaca Rosenbaum.

Os reguladores dos Estados Unidos aprovaram um plano detalhado de inspeção para permitir que os aviões Boeing 737 MAX voltem a voar, após um pouso de emergência que os manteve em solo desde o início de janeiro, anunciaram autoridades de segurança nesta quarta-feira (24).

Pouco depois de a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciar os protocolos de inspeção para os Boeing 737 MAX 9, a United Airlines disse que espera que as aeronaves paradas voltem ao serviço a partir de domingo.

"Só devolveremos cada avião MAX 9 ao serviço uma vez que este processo de inspeção abrangente tenha sido concluído", disse um comunicado de Toby Enqvist, diretor de operações da United.

"Estamos preparando os aviões para voltar ao serviço programado a partir de domingo".

O anúncio da FAA é um passo importante depois que a agência deixou em terra 171 aviões MAX 9 após o incidente em 5 de janeiro em um avião da Alaska Airlines.

Os aviões 737 MAX parados têm a mesma configuração do avião da Alaska Airlines que sofreu a ruptura de um painel da fuselagem, expondo os passageiros ao ar livre e forçando um pouso de emergência.

Ninguém ficou ferido no incidente, mas os inspetores de segurança disseram que poderia ter sido catastrófico.

Sob o processo de "manutenção aprimorada" da FAA, as companhias aéreas realizarão uma inspeção em porcas e acessórios específicos, inspeções visuais detalhadas de plugues e componentes e abordarão "qualquer dano ou condição anormal", disse a FAA.

A inspeção garantirá que as peças "estejam em conformidade com o design original, que é seguro para operar", afirmou a FAA.

"Esta aeronave não será operada até que o processo seja concluído e a conformidade com o design original seja confirmada".

A Azul vai aumentar a oferta de voos no Rio de Janeiro a partir de 2024. A empresa vai passar de 50 decolagens no Estado, em janeiro do ano que vem, para 59 em abril de 2024, um aumento de 18%. A ampliação considera os voos a partir do Galeão, Santos Dumont e do Aeroporto de Jacarepaguá.

O principal impulsionador da ampliação da oferta será a volta gradativa de voos saindo do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ) com destino ao aeroporto internacional de Guarulhos (SP), a Belo Horizonte (MG) e a Campinas (SP).

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Em nota, a Azul informou que "a companhia segue otimista e focada em ampliar as operações no Rio de Janeiro" e que a decisão atende à nova política da aviação no Rio de Janeiro, que limita as operações no Aeroporto Santos Dumont em 6,5 milhões de passageiros por ano.

Além das operações no Santos Dumont, a Azul segue com a ampliação anunciada em outubro no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), voando para Belo Horizonte, Campinas, Campina Grande (PB), Curitiba (PR), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Recife (PE).

Passageiros da Latam enfrentam atrasos e voos cancelados na manhã desta segunda-feira (30) no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a empresa, o motivo são "condições meteorológicas adversas". Os problemas nos voos da empresa estão provocando grandes filas no aeroporto e reclamações de passageiros, que alegam falta de assistência da companhia. A companhia nega.

Vídeos e fotos nas redes sociais mostram grandes filas de passageiros desde a madrugada. Em um deles, um passageiro mostra boa parte dos guichês da Latam vazios, enquanto uma enorme fila aguarda atendimento. Os passageiros gritam "vergonha, vergonha".

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"Há quase 3 horas na fila para ser atendida, aeroporto Guarulhos. Meu voo partiu pois houve um atraso em Maringá. Falta de estrutura de atendimento para orientação".

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Outra passageira, identificada como Ozeane Castilho, fez vídeos de uma enorme quantidade de bagagem espalhada pelo saguão do aeroporto. "Estamos no aeroporto de Guarulhos-SP e as malas do voo LA3962 João Pessoa X Guarulhos estão jogados dessa forma, sem ninguém da empresa @LATAM_BRA para fiscalizar", lamentou.

Em nota, a Latam informou que "devido às condições meteorológicas adversas no aeroporto de São Paulo/Guarulhos no último domingo (29/10), fato totalmente alheio ao seu controle, alguns voos com destino e origem à localidade foram alternados e cancelados".

A companhia afirmou que as operações estão sendo retomadas de "forma gradual" e sustentou que está dando toda a assistência aos passageiros. "A companhia está reacomodando e prestando toda a assistência necessária aos passageiros prejudicados" e orientou que ele verifiquem a situação dos voos no site da empresa.

A companhia aérea americana Delta cancelou nesta segunda-feira (9) todos os seus voos para Israel até o fim do mês, após a ofensiva militar do Hamas.

"Enquanto acompanhamos os acontecimentos naquela região, tomamos a difícil decisão de cancelar nossos voos para Tel Aviv até 31 de outubro de 2023", informou a Delta, ressaltando que suas equipes buscam "encontrar alternativas seguras para os clientes que tentam deixar" a cidade israelense.

Após a ofensiva militar do Hamas, seguida de ataques israelenses à Faixa de Gaza, várias companhias aéreas, entre elas United, American Airlines, KLM-Air France e Lufthansa, suspenderam suas conexões no aeroporto internacional de Tel Aviv. Já a israelense El Al decidiu ontem manter seus voos regulares.

Funcionários de empresas terceirizadas que atuam no Aeroporto de Guarulhos fazem uma manifestação nesta terça-feira, 3, devido à proibição do uso de celulares em áreas de carga e descarga dos terminais durante o horário de trabalho. A paralisação afeta os voos de pelo menos uma companhia aérea.

A proibição do uso de celulares foi determinada após o caso em que duas passageiras tiveram as etiquetas de suas malas trocadas e acabaram presas erroneamente na Alemanha por acusação de tráfico de drogas.

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A paralisação envolve funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços às companhias aéreas. Voos da Latam estão sendo afetados. Mais cedo, um voo da empresa com destino a Belém atrasou mais de três horas porque não havia funcionários para colocar as bagagens no avião. Os passageiros tiveram de aguardar dentro da aeronave. Apesar da impaciência, não houve tumulto.

Um dos cartazes carregados pelos manifestantes traz a inscrição "Ditadura, não. Celular, sim". Os funcionários alegam que o uso do equipamento é importante para que eles possam manter contato com familiares durante o dia, visto que muitos têm crianças em idade escolar ou parentes que necessitam de cuidados médicos.

Em nota, a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto internacional de Guarulhos, informou que "devido à paralisação de parte dos trabalhadores terceirizados que prestam serviço às cias aéreas, e ainda, à greve de funcionários do Metrô e CPTM, deu início à operação de contingência conforme protocolo pré-definido" e orientou os passageiros a procurarem as companhias aéreas para informações sobre status dos voos.

A Latam declarou que "voos com origem ou destino em Guarulhos nesta terça-feira podem sofrer atrasos ou cancelamentos em função da manifestação de funcionários terceirizados que realizam as atividades de solo do aeroporto".

A Latam ressalta que a medida é "totalmente alheia" à sua vontade. Ainda assim, a empresa está dando opção de remarcação. "Passageiros com voos de/para Guarulhos que não foram afetados nesta terça-feira (3/10) também podem realizar a remarcação da sua viagem sem multa. A mudança poderá ser feita para outros voos com a mesma origem e destino, desde que o primeiro trecho esteja programado para os próximos 15 dias", diz o texto.

As companhias aéreas Gol e Azul informaram que a greve não causa nenhum impacto em suas operações.

A proibição do uso de celulares em áreas de carga e descarga do aeroporto foi determinada em portaria publicada pela Delegacia da Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos. A medida entrou em vigor no início de junho, mas até 15 de agosto o uso era permitido dentro de determinadas regras. Agora, o acesso de telefones celulares, tablets e similares, sejam eles de uso particular ou empresarial, só é permitido a funcionários da receita e pessoas que tenham expressa autorização.

No início de março, duas brasileiras foram presas no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, após a polícia local apreender duas malas etiquetadas com os nomes delas e que continham 20 quilos de cocaína. A Polícia Federal do Brasil identificou através de imagens de câmeras de segurança que funcionários que trabalhavam no setor de cargas do aeroporto de Guarulhos haviam trocado as etiquetas das malas. Ainda assim, as brasileiras ficaram 38 dias presas até serem libertadas.

Os fortes ventos registrados entre a noite de segunda-feira (11) e a manhã desta terça (12) em Porto Alegre causaram o cancelamento de voos e provocam grandes filas no Aeroporto Salgado Filho. Pelo menos seis voos de três companhias aéreas diferentes foram cancelados nesta manhã - cinco deles tinham destino para aeroportos do Estado de São Paulo.

Entre os voos cancelados, dois são da Latam com destino a Congonhas e Guarulhos; três da Azul, para Viracopos, Guarulhos e Confins (MG); e um da Gol, para Congonhas. O Estadão pediu posicionamento à administração do aeroporto, mas até o momento não obteve retorno.

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A Infraero, que administra o aeroporto de Congonhas, informou que até às 9h30 da manhã a suspensão dos voos em Porto Alegre não provocava reflexos no aeroporto paulista.

Os fortes ventos começaram pouco antes das 23h de segunda-feira. A Metsul informou que a estação meteorológica do Aeroporto Salgado Filho registrou rajadas de vento de 76 km/h naquele momento.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira, 5, uma ação de improbidade contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pelo uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) quando ele era presidente do Senado.

Ao dar entrada na ação, em 2015, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o senador pediu as aeronaves alegando compromissos institucionais, mas fez viagens privadas.

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O processo contestava quatro voos, entre junho e dezembro de 2013, quando Renan estava em seu segundo ciclo como presidente do Senado. Ele viajou para Trancoso, na Bahia, para o casamento da filha do senador Eduardo Braga (MDB-AM), e para Recife, onde fez um implante capilar.

Ao arquivar a ação, Toffoli argumentou que, por uma questão de segurança, o senador poderia evitar viajar em voo comercial.

"O deslocamento de chefe de Poder constitui interesse público pertinente à segurança, voltado à proteção da estabilidade institucional do Estado Brasileiro", escreveu. "Observada a necessidade de segurança do chefe do Poder Legislativo, é necessário considerar a possibilidade de inviabilidade de uso de avião comercial."

O ministro também argumentou que não houve má-fé nem prejuízo aos cofres públicos, porque Renan Calheiros devolveu, 'voluntariamente', o dinheiro gasto com os voos da FAB.

A decisão acontece em um momento em que, como revelou o Estadão, ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também usaram jatinhos da Força Aérea Brasileira para eventos particulares, como leilões de cavalo e festas de aniversário.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO LUÍS HENRIQUE MACHADO, QUE REPRESENTA RENAN CALHEIROS

"Importante salientar que a função do chefe de Poder constitui interesse público pertinente à segurança, voltado à proteção da estabilidade institucional do Estado Brasileiro, o que justifica a utilização de aeronaves. Além do mais, de acordo com a Lei de Improbidade, o Ministério Público deveria ter comprovado o dolo por parte do senador, o que não se revelou na espécie. Posto isso, é de se reconhecer que a decisão do ministro Toffoli é irretocável."

Neste sábado (19), quatro voos com destino ao Recife foram desviados e um quinto foi cancelado. Segundo a Aena, que administra o Aeroporto dos Guararapes, as medidas foram adotadas por causa das fortes chuvas registradas na capital pernambucana. 

A empresa também informou que, dos quatro voos alterados, três conseguiam chegar ao Recife, após desvios em outras cidades. Por fim, a Aena orientou que os passageiros entrem "em contato com a sua companhia aérea para confirmar a situação do seu voo antes de sair de casa".

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Nesta semana, é a terceira vez que voos são desviados do Recife. Na última sexta-feira (18), cinco aviões precisaram mudar de rota. Já na segunda-feira (14), passageiros de voos oriundos dos Estados Unidos tiveram que desembarcar em Fortaleza, também por causa do mau tempo, chegando ao Recife com cinco horas de atraso.

Por causa da forte chuva que atinge o Rio de Janeiro nesta manhã de segunda-feira (14), diversos voos foram cancelados e outros estão com registro de atraso no Aeroporto Santos Dumont, segundo informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o aeroporto. Até 11 horas da manhã, foram registrados 62 voos cancelados e 46 atrasados, entre partidas e chegadas.

"Nesta segunda-feira, o Aeroporto Santos Dumont operou de 6h20 às 10h01, abaixo dos mínimos para decolagens em função de condições meteorológicas adversas. No momento os pousos e decolagens ocorrem com auxílio de instrumentos. Neste período, 10 voos alternaram do Santos Dumont para Galeão", afirmou a Infraero.

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Nas redes sociais, há relatos de passageiros que estão no aeroporto desde as 5h30 da manhã. Os voos cancelados das companhias Gol, Latam e Azul tinham como destinos São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Brasília, Campinas, Salvador, entre outras cidades.

"Para informações sobre os motivos dos atrasos e cancelamentos, orientamos contato com as empresas aéreas", orienta a Infraero.

Chuva provoca cancelamento de voos

A vinda de umidade do oceano para o continente mantém o tempo instável nesta segunda-feira, 14, no Rio. Conforme o Centro de Operações da prefeitura da cidade, o dia terá predomínio de céu nublado e ainda há previsão de chuva fraca a moderada, de forma isolada, a qualquer momento. A temperatura deve variar entre 17°C e 25°C.

Na noite de domingo, 13, o município entrou em estágio de mobilização, às 22h25, em razão do registro de chuva moderada (entre 5,1 mm/h e 20 mm/h) em cinco estações meteorológicas.

Passageiros também relatam o caos enfrentado no Aeroporto Santos Dumont, com muitas pessoas aglomeradas em frente aos guichês das companhias aéreas, em busca de informações sobre os cancelamentos e atrasos. Muitos reclamam da falta de informação e que nos painéis das partidas apenas constam as informações: cancelados, atrasados ou atraso meteorológico.

Alerta para ressaca do mar

A Marinha do Brasil também emitiu aviso de ressaca, que teve início às 9 horas da manhã desta segunda-feira, com duração até às 21 horas da terça-feira, 15. Há previsão de ondas de 2,5 m de altura.

Na terça-feira, a previsão é de céu nublado, com possibilidade de chuva fraca isolada durante a madrugada.

Entre quarta-feira, 16, e sexta-feira, 18, haverá redução de nebulosidade sobre a cidade fluminense e não há previsão de chuva. Segundo o Centro de Operações da prefeitura do Rio, as temperaturas estarão em elevação.

O ciclone extratropical do Sul que trouxe ventania, causou a queda de árvores, acidentes e mortes em São Paulo nesta quinta-feira (13) impactou também o funcionamento dos aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, que tiveram rotas alteradas e voos arremetidos ao longo do dia.

No Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos), três voos foram arremetidos ainda durante a manhã, graças às "condições meteorológicas adversas", como informou em nota a GRU Airport, responsável pela gestão do local. Segundo a concessionária, as operações já estão normalizadas no início desta noite, para pousos e decolagens.

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Em Congonhas, os ventos fortes causaram arremetidas de seis voos entre o fim da manhã e início da tarde, mas o aeroporto já opera "normalmente" para pousos e decolagens, de acordo com a Infraero. Ainda assim, pelo menos 11 voos foram cancelados nesta noite.

"Ao todo, até as 18h, 71 voos com decolagem prevista em CGH (Congonhas) na tarde de hoje operaram com algum atraso em decorrência dos fortes ventos. Foram também seis cancelamentos devido à meteorologia adversa em CGH, GRU e bases da região Sul", disse em nota a Gol.

"Este é um fato totalmente alheio ao controle da companhia, que adota todas as medidas técnicas e operacionais necessárias para garantir uma operação segura para todos", disse a empresa, afirmando que os clientes afetados têm sido notificados diretamente e recebido "a assistência necessária". O status dos voos oferecidos pela companhia pode ser acompanhado aqui.

Ainda no início desta noite, a Azul e a Latam tiveram quatro voos com destino a Congonhas cancelados, além de outros com atrasos previstos variando entre 30 minutos e duas horas. Procuradas, as empresas não se manifestaram até a publicação.

Impacto no Paraná

Na região Sul, a Portos do Paraná informa que os portos de Paranaguá e Antonina seguem operando parcialmente devido à intensidade dos ventos. Desde a noite da quarta-feira, 12, algumas atividades alternam períodos de operação e paradas, para segurança dos trabalhadores portuários, disse a concessionária em nota.

"A empresa pública segue monitorando as condições meteorológicas, operando em contingência enquanto durar os alertas. Conforme orientação da Marinha do Brasil, autoridade portuária e demais agentes mantêm o estado de alerta, já que a navegação na região segue restrita", disse.

Os pousos e decolagens neste mês de julho, período de férias escolares, terá um crescimento de mais de 10% em relação ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia.

O dado foi apontado pela Unidade de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco (Setur)/Empetur. Para este mês, a previsão é de aumentar em mais de 20% a malha aérea do Aeroporto Internacional dos Guararapes - Gilberto Freyre. Vale destacar que Pernambuco está operando cinco voos internacionais pela primeira vez desde a pandemia: Orlando (EUA), Fort Lauderdale (EUA), Buenos Aires (Argentina), Lisboa (Portugal), Montevideo (Uruguai). 

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 O Aeroporto do Recife, para este mês de julho, conta com a liberação da ANAC para operar outros 39 destinos nacionais. A previsão é de que sejam 7.222 voos, entre pousos e decolagens. O levantamento foi feito a partir de informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

  “Temos uma expectativa positiva com a malha área de julho por se tratar de um mês de férias, aquecimento da temporada. Há atividades em todo o Estado de Pernambuco neste período, como o FIG, Fenearte, Festival Virtuosi, em Gravatá, e muitas outras opções. Para quem vai sair do Estado e viajar, também tivemos um incremento na oferta de assentos, o que garante mais comodidade ao pernambucano que quer viajar”, destaca o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Daniel Coelho. 

PETROLINA COM BOA PREVISÃO 

Além do Aeroporto do Recife, outros terminais do Estado apresentam bons resultados na previsão do mês de julho. Os números alcançam o Aeroporto Senador Nilo Coelho, em Petrolina, que conta com cinco destinos, sendo 11 voos diários, entre pousos e decolagens. Para este mês, a expectativa é que o terminal contabilize 352 pousos e decolagens.

Nesta sexta-feira (7), o Aeroporto Internacional do Recife teve sete voos cancelados e outros dez alternados para outros aeroportos, dos quais quatro já retonaram para a capital pernambucana. De acordo com a Aena, as alterações se devem às fortes chuvas que ocorrem na cidade. 

Por meio de nota, a administradora do equipamento informou ainda que o aeroporto operou por equipamentos até as 9h46 de hoje. A medida é autorizada pelos organismos nacionais de aviação e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para aterrissagens em que o piloto não consegue visualizar suficientemente a pista, utilizando os equipamentos tecnológicos que norteiam o pouso.

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O aeroporto já voltou a operar em condições visuais, mas a Aena recomenda que os passageiros consultem a situação de seus voos com as companhias aéreas antes de sair de casa. Confira a nota da Aena na íntegra:

"Devido às fortes chuvas que atingem a capital pernambucana nesta sexta-feira (7), o Aeroporto do Recife operou por instrumentos na manhã de hoje. Desde 9h46, voltou a operar em condições visuais. Dez voos foram alternados para outros aeroportos. Destes, quatro já retornaram ao Recife. Sete foram cancelados por causa do mau tempo. As equipes de operações estão monitorando a situação meteorológica. Recomendamos aos passageiros que consultem a situação do seu voo com a companhia aérea antes de sair de casa".

 

Cerca de 60 voos foram cancelados nesta sexta-feira (30) no aeroporto internacional de Genebra, o segundo mais movimentado da Suíça, devido a uma greve dos funcionários.

Os voos foram cancelados logo após o início da greve, por volta das 6h locais (1h no horário de Brasília), de acordo com as autoridades aeroportuárias.

As atividades de decolagem e pouso foram retomadas cerca de quatro horas depois, quando as equipes de pista voltaram ao trabalho - embora os sindicatos tenham votado para manter a greve até sábado.

"O tráfego foi retomado, mas será mais lento do que o normal", disse à AFP o porta-voz do aeroporto de Genebra, Ignace Jeannerat.

Os funcionários do aeroporto convocaram a greve na quinta-feira, depois que a diretoria desta plataforma aeroportuária pública anunciou a aprovação de uma polêmica política salarial para os trabalhadores.

Muitos voos internacionais para a América do Norte e Oriente Médio foram afetados pela greve.

Esta é uma greve histórica, já que é a primeira paralisação feita por funcionários do aeroporto que inclui controladores e a equipe das pistas, segundo uma companhia aérea suíça.

Havia policiais e seguranças na entrada do aeroporto nesta sexta-feira, permitindo apenas a passagem de pessoas com voos mantidos.

Enquanto isso, dezenas de trabalhadores em greve e sindicalistas protestavam do lado de fora da entrada principal do terminal.

Um diretor sindicalista manifestou seu descontentamento por ter chegado a esta situação extrema, num país com poucas greves registradas.

"O aeroporto é uma empresa lucrativa, que se beneficia de um monopólio e que está atacando as condições da equipe", disse o presidente do Sindicato Suíço (USS), Pierre-Yves Maillard.

Cerca de 6,8 milhões de passageiros utilizaram este aeroporto entre janeiro e maio, segundo dados oficiais.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou que o Aeroporto Santos Dumont passará a ser de ponte aérea Congonhas-Rio e Brasília-Rio; já o Aeroporto do Galeão receberá os demais voos domésticos. Segundo o prefeito, contudo, a decisão não é imediata.

O anúncio foi feito após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (14), no Palácio do Planalto. "O presidente Lula deu o comando", garantiu o prefeito. Em sua avaliação, a mudança é "importantíssima, sob todos os aspectos".

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Apesar de o Aeroporto Santos Dumont não oferecer voos diretos com destino internacional, Paes citou o fato de um passageiro fazer o check-in no local e pegar a carga no destino final. "Isso não será mais possível", afirmou.

O prefeito afirmou que as medidas não terão efeito imediato. "Você tem passagens vendidas por sei lá, seis meses, então provavelmente essas medidas vão valer a partir de janeiro", declarou.

"É uma decisão política; não vai prejudicar Guarulhos, não vai prejudicar ninguém. É dessas coisas que o Brasil tem a jabuticaba e a burrice humana às vezes; interesse dos outros que a gente não sabe nem de onde veio", disse. Em sua avaliação, a decisão aponta para uma recuperação do Aeroporto do Galeão.

Concessão

Conforme o prefeito do Rio, o tema da concessão conjunta entre os aeroportos não foi conversado. "Estou comemorando a vitória de hoje; o que vamos fazer depois com a concessão estou à disposição do governo federal para ajudar", disse.

"Tem uma burocracia, certos cuidados e zelos, que têm que ser tomados. A Changi, concessionária do Galeão, já disse que quer ficar. Desistiu de desistir. Mas eu sinceramente não estou aí para quem vai ficar; acho que é bom ela ficar, mas tem que ter as condições de ela ficar", declarou. "O que importa é que tenha voos no Galeão."

Na segunda-feira, 12, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), conversou com Lula sobre uma gestão compartilhada dos Aeroportos Santos Dumont e do Galeão. A administração dos dois terminais aéreos seria feita em parceria entre União, Estado e prefeitura.

Para o prefeito, a gestão compartilhada é um caminho. "Pode ser uma alternativa, mas esse tema é absolutamente irrelevante neste momento. Pode ser um caminho para superar a dificuldade jurídica", pontuou.

As autoridades da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, confirmaram, nesta terça-feira (6), à AFP que organizaram os dois voos que levaram migrantes da fronteira sul do país, no Texas, até Sacramento, na Califórnia, na semana passada e na segunda-feira.

A Divisão de Gestão de Emergências da Flórida afirmou em comunicado que os dois grupos de migrantes embarcaram nesses voos de forma "voluntária" e que a empresa contratada para o transporte os deixou sob os cuidados da ONG Catholic Charities.

A agência da Flórida também enviou um vídeo no qual várias pessoas são vistas lendo documentos com uma caneta na mão, sorrindo para a câmera ou dizendo que foram bem tratadas.

No entanto, segundo a PICO California, um grupo dedicado a ajudar migrantes, eles concordaram em voar atraídos por ofertas de emprego.

Ron DeSantis, governador da Flórida e candidato à nomeação republicana para as eleições presidenciais de 2024, tem promovido há meses uma política rigorosa contra a imigração ilegal e culpa o presidente democrata, Joe Biden, por negligenciar a fronteira com o México.

Em fevereiro, ele aprovou uma lei que autoriza seu governo a transferir imigrantes em situação irregular para outro estado, mesmo que eles vivam fora da Flórida.

Mais de uma dezena de cidadãos da Colômbia e da Venezuela desembarcaram em Sacramento na sexta-feira, segundo a imprensa americana.

O segundo grupo, composto por cerca de 20 pessoas, a maioria venezuelanas, chegou três dias depois, de acordo com o The New York Times.

Sua chegada indignou o governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom: "@RonDeSantis homem patético e insignificante, acusações de sequestro?", tuitou na segunda-feira.

A Divisão de Gestão de Emergências da Flórida respondeu nesta terça-feira.

"Para os prefeitos esquerdistas de El Paso (Texas) e Denver (Colorado), a realocação daqueles que cruzam ilegalmente a fronteira dos Estados Unidos não é algo novo. Mas, de repente, quando a Flórida envia estrangeiros ilegais para uma cidade santuário, isso se torna detenção ilegal e sequestro", escreveu em seu comunicado.

Não é a primeira vez que as autoridades da Flórida transportam migrantes indocumentados da fronteira para um reduto democrata. Em setembro, enviaram 48 migrantes do Texas para a ilha de Martha's Vineyard, um local de férias muito apreciado pela alta sociedade americana, localizado no leste do país.

Segundo o Miami Herald, naquela ocasião, os imigrantes foram atraídos para os voos com falsas promessas de trabalho e oportunidades.

Aeroportos de todo o país registram muito movimento no retorno de foliões aos estados de origem nesta Quarta-feira de Cinzas (22), depois do carnaval. De acordo com a Inframerica, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Brasília, o fluxo é de aproximadamente 35 mil passageiros para embarques, desembarques e conexões. Ao todo, estão previstos 257 pousos e decolagens no terminal brasiliense, entre 0h e 23h59 de hoje.

A empresa informou que os voos mais frequentes são de passageiros vindos do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA). E as decolagens da capital federal são em maior número para Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

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A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Rede Infraero - espera receber nesta quarta-feira cerca de 147 mil passageiros e mais 131.994 na quinta-feira (23).  Para conhecer as estimativas de movimentação para alguns dos aeroportos da Infraero, durante todo o carnaval, o interessado pode acessar o link da empresa.

Avisos aos passageiros

Devido ao aumento na movimentação neste período de carnaval, e para evitar a perda do voo, a Infraero recomenda aos passageiros que cheguem com antecedência de pelo menos 1 hora e 30 minutos para voos domésticos e três horas antes para voos internacionais.

A Inframerica recomenda que os passageiros fiquem atentos à lista de objetos que não podem ser levados na bagagem de mão, a fim de evitar o descarte no canal de inspeção e o atraso no embarque. O uso da máscara segue obrigatório nas salas de embarque dos aeroportos e no interior das aeronaves, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Infraero ainda recomenda a higienização das mãos dentro dos terminais, que estão sinalizados e têm veiculado mensagens sonoras e em painéis de informação sobre a pandemia de covid-19.

Nos saguões dos aeroportos administrados pela Infraero, a população conta com o atendimento e as orientações dos funcionários de colete amarelo com a frase Posso Ajudar/May I Help You?, apelidados de “amarelinhos”.

Os viajantes também têm à disposição três edições da publicação Consumidor Turista, produzidas pelos Ministérios do Turismo (MTur) e da Justiça e Segurança Pública. Os guias informam sobre direitos e deveres dos consumidores como a realização de check-in, presencial ou via internet; a apresentação do cartão de embarque, online ou impresso, para a entrada no voo; e a quem procurar, no caso de desrespeito aos direitos do consumidor, entre outras informações.

 

O tráfego mundial de passageiros voltará neste ano ao nível pré-pandemia, estimou, nesta quarta-feira (8), a Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, sigla em inglês).

A estimativa prevê um novo aumento do transporte aéreo, após um ano de 2022 em que o número de passageiros alcançou 74% do volume de 2019, último ano completo antes da Covid-19.

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O tráfego de passageiros diminuiu 60% em 2020 em relação ao ano anterior. Em 2021, ainda foi 49% menor do que em 2019, segundo a agência da ONU, com sede em Montreal (Canadá).

A Icao estima que "a demanda voltará rapidamente aos níveis anteriores à pandemia na maioria dos destinos no primeiro trimestre" de 2023. Calcula que, até o fim do ano, o número de viajantes será cerca de 3% superior ao de 2019, e espera que o mesmo aumente até 4% acima deste ano em 2024.

A organização espera que o setor recupere a rentabilidade operacional (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) no último trimestre de 2023, “após três anos consecutivos de prejuízo”.

Várias companhias aéreas voltaram a ter lucro, devido ao apetite renovado pelo turismo e as viagens de avião, que não diminuiu com os aumentos acentuados das tarifas.

Mais de 2.200 voos foram cancelados nos Estados Unidos nesta quinta-feira devido à tempestade de inverno Elliot, que atrapalhou os planos de viagem para o Natal com a ameaça de nevascas e fortes e ventos, além do frio intenso.

Ao menos cinco estados (Kentucky, Missouri, Oklahoma, Geórgia e Carolina do Norte) implementaram planos de emergência e é provável que outros façam o mesmo.

"Isto não é como um dia de neve quando você era criança", disse o presidente Joe Biden aos jornalistas, em uma reunião informativa na Casa Branca sobre a situação do clima e do transporte. "Isto é algo sério", acrescentou, pedindo que as pessoas fiquem atentas às advertências das autoridades locais.

Em algumas partes do país, atingidas por uma perigosa frente fria do Ártico, já havia registro de nevascas que impedem a visibilidade e tornam perigosas as condições nas estradas.

Além dos 2.200 voos cancelados até as 22h GMT, outros 6.900 foram adiados, segundo o rastreador FlightAware. A maioria dos cancelamentos ocorreu nos aeroportos de Chicago O'Hare ou Denver, ambos internacionais.

Meteorologistas da AccuWeather disseram que a tormenta poderia se transformar rapidamente no que se conhece como um "ciclone bomba", quando a pressão cai e uma massa de ar frio se choca com outra de ar quente.

O meteorologista do Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês) Michael Charnick publicou um vídeo no Twitter no qual é possível observar motoristas lutando contra o tempo ruim em uma estrada entre Colorado e Wyoming, onde a temperatura com ventos gelados despencou para -40°C.

O NWS emitiu mensagens de advertência no Twitter, afirmando que rajadas de neve já estavam ocorrendo ou eram esperadas das planícies centrais até a costas leste e nordeste do país.

"As pessoas expostas ao frio extremo estão suscetíveis ao congelamento em questão de minutos", advertiu o serviço de meteorologia. "As áreas mais propensas ao congelamento são a pele desprotegida e as extremidades, como mãos e pés. A hipotermia é outra ameaça durante o frio extremo".

O frio é tão intenso que permitiu às pessoas publicar vídeos fazendo o chamado "desafio da água fervendo", no qual água fervente é jogada no ar e congela imediatamente.

'Aconselha-se a NÃO VIAJAR' 

No Centro-Oeste, as condições de vento deixaram cerca de 100 motoristas ilhados em Rapid City e Wall, na Dakota do Sul, tuitou o escritório do xerife do condado de Pennington. "Aconselha-se NÃO VIAJAR", acrescentou.

Em Minneapolis e Saint Paul caíram mais de 20,3 centímetros de neve no espaço de 24 horas, informou o NWS em uma atualização na manhã de hoje.

Mais a leste, em Buffalo, Nova York, os meteorologistas disseram que se trata de uma "tempestade única em uma geração", com rajadas de vento de mais de 105 km/h, sensação térmica de entre 10 e 20 graus abaixo de zero e cortes de energia dispersos ou possivelmente generalizados.

Do outro lado da fronteira, o leste do Canadá se preparava para condições similares, com fortes nevascas e temperaturas em rápido declínio.

O aeroporto de Toronto, o mais movimentado do país, já sentia a crise do caos climático, com atrasos e cancelamentos.

Pico de movimento

A tempestade coincide com um boletim da Administração de Segurança no Transporte, que afirma que o volume de viagens para as festas de fim de ano estava próximo dos níveis anteriores ao pico da pandemia de covid-19, com maior movimento nesta quinta, três dias antes do Natal.

As companhias American Airlines, Southwest Airlines e United Airlines já haviam tomado medidas para emitir isenções e permitir aos passageiros mudar seus voos sem custos adicionais.

A Associação Automobilística Americana (AAA) estimou que mais de 112 milhões de pessoas farão deslocamentos superiores a 80 km entre sexta-feira e 2 de janeiro, a maioria deles em automóveis.

Quando um voo atrasa ou é cancelado, gera dor de cabeça e aborrecimentos para os passageiros, que muitas vezes ficam sem saber o que fazer nesses casos. Nesta semana, véspera das festas de Natal e ano-novo, quando o volume de voos e de passageiros nos aeroportos é maior, uma greve dos aeronautas complica ainda mais o períodos de viagens, com impacto no horário de decolagem ou de chegada dos aviões.  

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta os passageiros quanto aos direitos e deveres no caso de atrasos e cancelamentos por motivos diversos, seja greve ou adversidade climática, entre outros. Sergundo a Anac, para minimizar o desconforto dos passageiros que aguardam voo, as empresas aéreas devem:

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manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos aviões atrasados;

informar imediatamente a ocorrência do atraso, do cancelamento e da interrupção do serviço;

oferecer gratuitamente, de acordo com o tempo de espera, assistência material;

oferecer reacomodação, reembolso integral ou execução do serviço por outra modalidade de transporte, cabendo a escolha ao passageiro, quando houver atraso de voo superior a quatro horas ou cancelamento. 

Preterição de embarque

De acordo com a Anac, a preterição ocorre quando a empresa aérea precisa negar embarque a passageiros que compareceram para viajar, cumprindo todos os seus requisitos de embarque. Isso pode acontecer em algumas situações, como a necessidade da empresa de trocar a aeronave prevista por outra com menor número de assentos; pela necessidade de a aeronave precisar voar mais leve por motivo de segurança operacional; ou quando houve venda de passagens acima da capacidade da aeronave, o chamado overbooking. .

Nesses casos, a empresa deverá procurar por passageiros voluntários que aceitem embarcar em outro voo, mediante a oferta de vantagens como, por exemplo, dinheiro, passagens extras, milhas, diárias em hotéis, negociadas livremente. Caso o passageiro aceite a vantagem, a empresa poderá solicitar a assinatura de recibo, comprovando que a proposta foi aceita.

Caso não consiga voluntários em número suficiente e algum passageiro tenha seu embarque negado, a empresa deverá pagar, imediatamente, compensação financeira no valor de 250 DES, no caso de voos domésticos, ou de 500 DES, para voos internacionais. 

DES significa Direito Especial de Saque e é uma cesta de moedas do Fundo Monetário Internacional. O valor atualizado pode ser consultado no site do Banco Central ou então no site do FMI.

Além dessa compensação financeira, a empresa tem que oferecer ao passageiro impedido de embarcar as alternativas de reacomodação, reembolso integral ou execução do serviço por outra modalidade de transporte. A assistência material também é devida, se for o caso.

Assistência material

A assistência material deve ser oferecida gratuitamente nos casos de atraso, cancelamento, interrupção de voo e preterição (negativa) de embarque. Ou seja, quando o passageiro se encontra no aeroporto, explica a Anac.

De acordo com o tempo de espera, contado a partir do momento em que houve o atraso, cancelamento ou preterição de embarque, devem ser fornecidas as seguintes assistências:

a partir de uma hora: comunicação (internet, telefone etc.);

a partir de duas horas: alimentação (voucher, refeição, lanche etc.);

a partir de quatro horas: hospedagem (somente em caso de pernoite no aeroporto) e transporte de ida e volta. Se o passageiro estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para sua residência e de sua casa para o aeroporto.

O Passageiro com Necessidade de Assistência Especial (PNAE) e seus acompanhantes sempre terão direito à hospedagem, independentemente da exigência de pernoite no aeroporto.

Segundo a Anac, em qualquer situação, independentemente do motivo do atraso, cancelamento ou preterição, a assistência deve ser oferecida e se aplica tanto para os passageiros aguardando no terminal quanto aos que estejam a bordo da aeronave, com portas abertas. A empresa poderá suspender a prestação da assistência material para proceder o embarque imediato.

Caso o consumidor tenha problema com a empresa aérea, pode abrir reclamação na agência. 

As dúvidas podem ser sanadas no número 163. A ligação é gratuita de qualquer estado do país e funciona todos os dias, das 8h às 20h.

*Com informações da Anac

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