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O robô Bina48 tornou-se o primeiro a dar aula numa universidade quando ajudou a lecionar um curso em West Point, a academia militar dos EUA. A humanoide participou de duas aulas de filosofia, abordando tópicos que incluíram temas como ética, até o uso da inteligência artificial na sociedade.

O pesquisador William Barry decidiu colocar o robô na frente dos alunos na sala de aula para ver se ele poderia sustentar um modelo de educação liberal. Havia cerca de 100 alunos na turma. Antes do início das aulas, a máquina se preparou fazendo o download de dados sobre o material do curso de filosofia.

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Com aparência feminina, o robô é capaz de ministrar uma palestra, bem como responder imediatamente às perguntas feitas pelos alunos. Durante o teste, a Bina48 ficou desconectada da internet para evitar que a Wikipédia ou outras enciclopédias fossem consultadas.

No entanto, apesar da boa recepção dos estudantes, a universidade decidiu não ter Bina48 como professora, pois o robô teve problemas para manter o ritmo com a classe, o que pode tornar a máquina mais adequada para países com baixas taxas de alfabetização, disse seu responsável.

Essa não foi a primeira vez que a Bina48 interagiu com os cadetes da Academia de West Point. Ela também participou, no ano passado, de um debate sobre o uso de armamento não letal em situações de combate.

Bina48 foi revelada pela primeira vez em 2012 e foi desenvolvida pela empresária Martine Rothblatt, que criou o robô como um clone de sua esposa real. A humanoide compartilha as ideias e a personalidade de sua versão humana, criando um banco de dados de suas memórias, crenças e pensamentos, juntamente com informações retiradas de interações de mídia social e blogs que a mulher compartilha.

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Forças de segurança isolaram um bairro à beira-mar em Monróvia, capital da Libéria, nesta quarta-feira, intensificando as medidas do governo para interromper a disseminação do Ebola. A medida deixou os moradores preocupados e provocou um protesto no local.

Na região central da capital havia poucos carros ou pessoas, já que os moradores decidiram ficar dentro de casa depois de a presidente Ellen Johnson Sirleaf ter ordenado o isolamento do bairro de West Point e a imposição de um toque de recolher noturno, afirmando que as autoridades não têm conseguido conter o avanço da doença em razão do desafio às recomendações feitas.

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Sirleaf ordenou o fechamento de locais de aglomeração de pessoas como cinemas e clubes noturnos e colocou a cidade de Dolo, 50 quilômetros ao sul da capital, sob quarentena. "Estas medidas têm como objetivo salvar vidas", disse ela em discurso na noite de terça-feira.

O ebola já matou pelo menos 1.129 das mais de 2.200 pessoas infectadas na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A Libéria tem o mais alto número de mortos e a quantidade de infectados sobe rapidamente.

O medo e as tensões aumentam na capital, especialmente em locais como West Point, onde há forte desconfiança nas autoridades. Corpos são jogados diariamente nas ruas por parentes que temem ser infectados. Moradores temerosos ligam para uma linha direta do governo pedindo a remoção, mas algumas vezes os mortos ficam ao relento por horas e até mesmo dias.

Nesta quarta-feira, policiais e soldados foram enviados para impedir qualquer pessoa de entrar ou sair de West Point, bairro que ocupa uma península onde o rio Mesurado se encontra com o oceano Atlântico. Poucas vias dão acesso à área e uma rodovia principal passa pela base da península, servindo como uma barreira entre o bairro e o restante da capital. Um barco da guarda costeira também fazia a patrulha das águas num raio de um quilômetro ao redor da península.

Moradores do bairro saquearam um centro de triagem de ebola no final de semana, acusando o governo de levar pessoas doentes de toda a cidade, para perto do local.

Sirleaf diz que a doença continua a se espalhar por causa de pessoas que escondem infectados ou desafiam as ordens para não tocar nos mortos, mas muitos liberianos acreditam que o governo não está fazendo o suficiente para protegê-los do ebola. Fonte: Associated Press.

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