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Na próxima sexta-feira (22), o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, sediado no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), que fica em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, promoverá uma mesa-debate para discutir a violência que atinge esse público e para repensar estratégias de enfrentamento. Intitulado “Nenhuma a menos: feminicídio no Estado de PE e os desafios para transformação de uma realidade inaceitável”, o evento começará a partir das 9h e será aberto ao público.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, serão discutidos temas como os contextos sociais diversos que levam a crimes violentos contra as mulheres; o auxílio dos órgãos de proteção para prevenir, investigar e punir o crime de feminicídio; explanação sobre o Protocolo de Feminicídio de Pernambuco; e abordagem da luta do movimento de mulheres estarão presentes.

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A deputada estadual e delegada Gleide Ângelo, juntamente com a secretária da Mulher do Estado, Sílvia Cordeiro, representantes do SOS Corpo – Instituto Feminista Pela Democracia e da Marcha Mundial das Mulheres participarão das discussões.

O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa completará 18 anos de funcionamento no próximo mês de junho. O local funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, para acolher e atender a mulher vítima de violência, principalmente sexual.

O local recebe pacientes de forma espontânea ou encaminhadas de algum serviço de saúde ou de proteção, como delegacias. Lá, a mulher é acolhida por uma equipe multiprofissional, formada por assistentes sociais, médicos, enfermeiros e psicólogos, que colocarão em prática o protocolo necessário para cada tipo de ocorrência.

Cresceu em 27% o número de atendimentos a mulheres vítimas de violência no Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, sediado no Hospital Agamenon Magalhães, no Recife. Em 2016, foram 1451 atendimentos, contra 1140 em 2015.

Apesar do aumento geral, houve redução de primeiros atendimentos. Em 2016, a unidade contabilizou 371 casos de primeiro atendimento, enquanto os demais são retornos para acompanhamento clínico, social e psicológico. Já em 2015, houve 398 primeiras consultas.

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Do número de mulheres atendidas no ano passado, 119 (32%) chegaram ao serviço após 72 horas do ocorrido, o que impossibilita alguns procedimentos, principalmente em casos de violência sexual. "Sabemos que esse é um momento de vulnerabilidade para a mulher, por isso precisamos divulgar que o Wilma Lessa funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, para acolher esse público e oferecer todo o suporte de saúde, mantendo o sigilo necessário para cada tipo de caso. Também ressaltamos a importância de procurar a unidade o quanto antes, principalmente em caso de violência sexual, já que o uso das medicações profiláticas de prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis e gravidez devem ser feitas com até 72 horas após a violência”, comenta a coordenadora do Wilma Lessa, Mayara Mendes.

Das 371 mulheres que procuraram o Wilma Lessa, 273 foram por violência sexual, 32 por violência física, 62 violência sexual e física e quatro por ameaça e violência verbal. Já com relação à faixa etária, 110 tinham entre 12 e 18 anos; 256 entre 19 e 59 anos; e cinco mulheres idosas.

Procura - Segundo o Governo de Pernambuco, do total de casos atendidos em 2016, 113 mulheres chegaram espontaneamente ao serviço, 131 foram encaminhadas por alguma delegacia/IML, 112 foram transferidas por outros serviços de saúde e cinco por meio de encaminhamentos de outros serviços, como conselhos tutelares e assitência social. 

Aborto - O Wilma Lessa é referência na realização de interrupções gestacionais nos casos em que a lei prevê. De acordo com o governo, 31 mulheres chegaram ao local com demanda para interrupção gestacional relatando violência sexual e, dessas, 23 optaram por realizar o procedimento. 

O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, que completa 15 anos em junho, realiza uma série de palestras e debates, que vão desde a quarta-feira (15) até sexta-feira (17), no auditório do 6º andar do Hospital Agamenon Magalhães, no bairro de Casa Amarela. O evento é gratuito e as temáticas abordadas serão as ações para o enfrentamento da violência contra a mulher em Pernambuco, as atribuições da Delegacia da Mulher e a cultura do estupro, entre outros.

O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa realiza diariamente atendimento de mulheres vítimas de algum tipo de violência (física, moral, sexual). O centro é aberto 24 horas por dia, sete dias por semana. O serviço conta com uma equipe que faz acolhimento e realiza todos os procedimentos de saúde necessários nas pacientes. De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, só em 2015, foram 1.140 atendimentos, entre primeiras consultas (398) e retornos para acompanhamento do quadro. Até o dia 11 de junho de 2016, foram mais 508 atendimentos (154 de primeira vez).

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Participam das atividades representantes da Delegacia da Mulher, da Secretaria da Mulher e de entidades da sociedade civil, além de profissionais do Wilma Lessa, do HAM e da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Para a coordenadora do Wilma Lessa, Mayara Mendes, o momento é importante para discutir questões relacionadas à violência contra a mulher. 

"Também queremos divulgar o Serviço para toda a população feminina. A expectativa é que a mulher não seja vítima de qualquer tipo de violência e não precise recorrer a um serviço de saúde. Mas se precisar, ela deve saber que o Wilma Lessa faz o acolhimento com todo o sigilo necessário para cada tipo de caso e realiza os procedimentos necessários para auxiliar na plena recuperação da vítima”, detalha Mayara Mendes.

Logística

Ao chegar ao Wilma Lessa, a mulher é recebida por uma assistente social, responsável pelo acolhimento. Depois, ela é encaminhada ao médico e enfermeira e ainda à psicóloga de plantão. Na consulta, verificam-se os protocolos necessários para cada tipo de caso.

Quando o atendimento é relacionado à agressão sexual, por exemplo, o protocolo inclui o uso de contraceptivo de emergência, do coquetel para DST/ HIV, exames subsequentes e, se necessário, o aborto previsto em lei (entre 2015 e 2016 foram 26 casos efetivados). Todas as medidas são rigorosamente analisadas pelos médicos e equipe de plantão.

Em caso de violência física, a mulher pode ser atendida na emergência do Hospital Agamenon Magalhães ou, se necessário, ela será encaminhada a outra unidade. A equipe do Wilma Lessa ainda orienta a vítima caso ela queira fazer denúncia na esfera judicial.

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