Tópicos | Yuriko Koike

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, declarou nesta terça-feira não ver "qualquer cenário" suscetível que possa levar ao cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano devido à pandemia do novo coronavírus. Ela reconheceu que uma maioria do público japonês continua a se opor à realização em 2021 do evento, devido a um aumento dos casos de Covid-19, mas disse estar convencida que estas preocupações podem ser ultrapassadas.

"O público japonês e os residentes de Tóquio estão focados na situação atual", declarou Koike em declarações dadas nesta terça-feira. "Nós estamos voltados para o futuro", acrescentou.

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A governadora advertiu que o futuro de Tóquio-2020, inicialmente marcado para o verão (do hemisfério norte) deste ano, terá um impacto nos futuros eventos olímpicos como os Jogos de Inverno de 2022, em Pequim, na China, e a Olimpíada de 2024, em Paris, na França.

Os Jogos de Tóquio-2020 foram os primeiros da história a serem adiados em tempo de paz e um novo adiamento foi já excluído pelos organizadores e responsáveis japoneses.

Uma sondagem divulgada pela cadeia de televisão pública japonesa NHK mostra que apenas 27% dos japoneses apoiaram a realização dos Jogos Olímpicos em 2021, sendo 32% favoráveis à anulação e 31% a um novo adiamento.

Outras sondagens de opinião confirmaram as reticências do público japonês. Na segunda-feira, a agência de notícias Jiji divulgou uma sondagem, na qual 21% dos entrevistados defenderam a anulação e cerca de 30% um novo adiamento. Em uma pesquisa idêntica, publicada no último dia 6 pela agência de notícias japonesa Kyodo, 61,2% opuseram-se à realização de Tóquio-2020 no próximo ano.

O recente lançamento de campanhas de vacinação em diferentes regiões do mundo veio reforçar a confiança dos organizadores na possibilidade de realizar os Jogos Olímpicos, mesmo se ela não for obrigatória para atletas ou torcedores.

No entanto, e ao mesmo tempo que as primeiras vacinas começam a ser distribuídas, novos casos de infecções estão surgindo em vários países, incluindo o Japão, onde o balanço é relativamente baixo, com menos de 2.600 mortos desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.

No início de dezembro, os organizadores anunciaram que os Jogos Olímpicos iriam custar 2,1 bilhões de euros (mais de R$ 13 bilhões, na cotação atual) a mais do que o inicialmente previsto, o que elevou o orçamento total provisório para cerca de 13 bilhões de euros (quase R$ 81 bilhões).

Em 2021, os Jogos Olímpicos acontecerão entre 23 de julho e 8 de agosto e os Paralímpicos entre 24 de agosto e 5 de setembro.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, foi reeleita para comandar a capital do país. Yuriko, 67 anos, foi a primeira mulher a chefiar Tóquio e ganhou apoio da população pela forma como lidou com a pandemia da Covid-19, ainda que o recente aumento do número de infectados tenha elevado as preocupações sobre o avanço da doença. "A tarefa mais urgente são as medidas de combate ao coronavírus", disse ela em discurso após o resultado das votações. "Agora é um momento muito importante para se preparar para uma possível segunda onda, e continuarei tomando medidas firmes neste sentido".

Segundo a emissora pública japonesa NHK, 74% dos eleitores apoiavam Koike, com 63% dizendo que aprovaram sua gestão da crise do coronavírus. Os casos de covid-19 voltaram a crescer em Tóquio no fim de junho - 131 novas infecções foram confirmadas neste sábado, o terceiro dia consecutivo com mais de 100 novos casos. As infecções diárias também aumentaram nas últimas semanas em todo o país, para cerca de 19.645, incluindo 977 mortes.

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Yuriko é vista como potencial candidata à sucessão do primeiro-ministro Shinzo Abe quando seu mandato terminar, em setembro de 2021. Por enquanto, ela diz estar focada em proteger a vida dos 14 milhões de moradores de Tóquio, cidade que movimenta US$ 1 trilhão. Ela também tentou ganhar a compreensão do público sobre uma versão mais simples das Olimpíadas de Tóquio, após o adiamento dos jogos neste ano.

Embora não tenha cumprido totalmente suas promessas do primeiro mandato, como aliviar o congestionamento nos trens, garantir a disponibilidade adequada de instalações para cuidados com crianças e idosos e acabar com o excesso de trabalho, Yuriko foi elogiada pelo trabalho frente à pandemia inclusive por críticos. Enquanto isso, o primeiro-ministro Abe foi criticado por fazer muito pouco e muito tarde, assim como pelo severo impacto da crise na economia.

Ex-apresentadora de TV, Koike ganhou o apelido de "Migratory Bird" (ave migratória), por mudar de partidos e formar novas alianças - ao menos sete vezes -, algo raro entre políticos japoneses, conhecidos por sua lealdade a ações de seu partido. Fonte: Associated Press.
 

Pela primeira vez, uma mulher, Yuriko Koike, foi eleita governadora da cidade de Tóquio, informaram neste domingo as redes de televisão japonesas, baseando-se em suas próprias pesquisas de boca de urna.

Yuriko Koike, de 64 anos, ex-ministra do Meio Ambiente e da Defesa e que fala inglês e árabe, assumirá o cargo por quatro anos e terá que supervisionar a preparação dos Jogos Olímpicos de 2020.

"Dirigirei a política de Tóquio de uma maneira sem precedentes, será a Tóquio nunca vista antes", declarou Koike, afônica após duas semanas de campanha.

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"Quero uma Tóquio onde cada um possa brilhar, das crianças aos idosos e as pessoas com deficiência, com o objetivo de que a vida de todos seja melhor", declarou.

Seu mandato terminará logo depois da abertura dos Jogos.

Os preparativos já atravessaram vários episódios embaraçosos: a eleição da cidade de Tóquio é atingida por suspeitas de corrupção investigadas pela justiça francesa; o primeiro projeto de estádio, muito caro, foi anulado após semanas de polêmica e a logomarca inicial foi retirada por acusações de plágio.

Por último, o governador anterior, Yoichi Masuzoe, acusado de ter utilizado fundos políticos com fins pessoais, apresentou sua renúncia em junho.

Koike também terá que gerenciar a economia de uma cidade do tamanho da Indonésia, enfrentar o problema da falta de creches e preparar uma população de 13,6 milhões de habitantes diante um possível terremoto grave, uma eventualidade que continua assombrando seus habitantes desde o terremoto e tsunami de março de 2011.

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