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O presidente da França, François Holande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, discordaram neste sábado sobre a velocidade para implementar um órgão supervisor bancário único europeu. Hollande destacou que o Banco Central Europeu (BCE) deveria se tornar o único supervisor dos bancos na Europa o mais rapidamente possível, enquanto Merkel sugeriu que a "qualidade" é mais importante que a velocidade. Merkel afirmou também que o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM) "estará pronto para ser usado no início de outubro".

Os dois líderes disseram que trabalharão sobre a possibilidade de ratificação da fusão do grupo de defesa europeu EADS com a empresa britânica BAE Systems, mas ressaltaram que não tomaram nenhuma decisão sobre a questão. "Nós discutimos o que precisa ser considerado em conexão com a EADS e a BAE", embora "nenhuma decisão tenha sido tomada", disse a chanceler alemã, em uma entrevista coletiva com Hollande em Ludwigsburg, no sul da Alemanha.

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Ela afirmou que as preocupações em torno da fusão precisam ser "consideradas" cuidadosamente, até mesmo pelas próprias companhias. "Nós estamos cientes do prazo", acrescentou. Já Hollande ressaltou que a fusão é uma questão importante para a Europa, porque afeta o emprego. As informações são da Dow Jones.

Os dados sobre emprego na zona do euro ficaram estáveis no segundo trimestre deste ano. Essa foi a primeira vez em um ano que não houve queda no número de pessoas empregadas, o que elevou as esperanças de que a economia do bloco possa não estar tão fraca quanto o imaginado.

Segundo a Eurostat, a quantidade de pessoas empregadas nos 17 países que usam o euro ficou inalterada entre abril e junho, em comparação com os três meses imediatamente anteriores, e caiu 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A última vez em que o número de empregados não caiu foi no segundo trimestre de 2011.

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O emprego na Itália aumentou 0,6% no segundo trimestre, a primeira alta em um ano, e na Espanha caiu 0,4%, o menor declínio em um ano. Na Alemanha a quantidade de pessoas com trabalho cresceu 0,2%, o crescimento mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010. As informações são da Dow Jones.

A produção industrial dos 17 países da zona do euro se recuperou em julho, puxada por um aumento na fabricação de bens de capital. Segundo dados da Eurostat, a produção industrial subiu 0,6% em comparação com junho, mas caiu 2,3% em relação a julho do ano passado. Os dois números vieram melhores do que a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones, que previam alta mensal de 0,1% e queda anual de 3,3%.

A recuperação foi quase totalmente devida ao aumento de 2,4% na produção de bens de capital, com destaque para a Alemanha, onde houve alta de 1,3%. O aumento foi parcialmente contrabalançado pela queda de 0,5% na produção de bens de consumo duráveis e pelo declínio de 0,6% na produção de bens de consumo não duráveis. As informações são da Dow Jones.

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A Grécia apresentou um corte de bilhões de euros para os inspetores internacionais que visitaram o país neste domingo, um dia depois de dezenas de milhares de manifestantes ocuparem as ruas da segunda maior cidade do país para se oporem às medidas. Após um encontro de mais de duas horas entre o ministro das Finanças da Grécia e autoridades da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) - trio de instituições chamado de "troica" pelos gregos -, os dois lados afirmaram que o encontro foi positivo. "A reunião foi boa", disse Poul Thomsen, o chefe da missão do FMI.

Mas tanto a troica quanto o ministério de Finanças da Grécia enfatizaram que as negociações devem durar várias semanas, à medida que os inspetores examinem o progresso da Grécia em reformas que foram postergadas, indo do programa de privatização emperrado até os esforços em reformar o sistema tributário. "Nós estamos apenas começando", disse uma das autoridades do ministério das Finanças presentes no encontro. "A troica ficará aqui por um tempo."

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O principal item da agenda será o corte no orçamento de 13,5 bilhões de euros (ou US$ 17,1 bilhões) que as instituições exigem que o governo da Grécia realize em troca do mais recente pacote de ajuda de 173 bilhões de euros. Este corte será mais uma medida de austeridade para a Grécia, que nos últimos dois anos e meio vem tentando eliminar o déficit do orçamento que levou sua economia a uma recessão e as taxas de desemprego para recordes de alta, ao mesmo tempo em que reduziu o poder de compra dos assalariados para níveis não vistos desde 2003.

No sábado, milhares de manifestantes foram para as ruas de Tessalonica, ao norte da Grécia, realizar protesto em larga escala contra as medidas de austeridade que devem ser implantadas, com cortes nas pensões, saúde e nos salários dos funcionários públicos. De acordo com a polícia, de 30 mil a 35 mil manifestantes participaram de cinco diferentes passeatas organizadas por sindicatos e organizações de esquerda. Nas mãos, os manifestantes carregaram cartazes que diziam "Nós queremos trabalho, não desemprego" e "Parem com as medidas neoliberais".

Em um esforço para ganhar credibilidade com os credores estrangeiros, a coalizão de partidos que governam a Grécia está determinada a realizar os cortes, o que vai contra as promessas feitas por ela três meses atrás, quando fizeram campanha, antes das eleições, para reduzir as medidas de austeridade. O Ministério das Finanças informou também que a troica fez objeções a algumas medidas, pedindo mais detalhes e questionando se algumas delas irão funcionar.

A Grécia depende de um relatório positivo da troica para assegurar a próxima parcela da ajuda. Se os inspetores ficarem convencidos de que o país está no caminho certo, Atenas conseguirá obter mais 31,5 milhões de euros no próximo mês, que serão direcionados em grande parte para a recapitalização do setor bancário.

O relatório da troica deverá ser entregue antes da reunião dos ministros de finanças da Europa, que ocorrerá em 8 de outubro e que terá um papel importante na definição da extensão no período para se realizar os cortes orçamentários pretendidos pela Grécia. O governo grego tornou a extensão o centro de sua plataforma política, já que, com a ampliação no período de aplicação da redução, os ajustes do país ficariam mais fáceis de ser realizados. As informações são da Dow Jones.

Um parlamentar alemão que integra o grupo de aliados conservadores da chanceler Angela Merkel disse neste domingo que entrou com processo no Tribunal Constitucional da Alemanha contra o plano do Banco Central Europeu (BCE) de comprar bônus soberanos para ajudar países da zona do euro que enfrentam dificuldades. Em comunicado por escrito, o parlamentar Peter Gauweiler anunciou que fez a reclamação porque o plano do BCE constitui uma "autodelegação de poder não democrática".

Gauweiler, que integra a União Social Cristã (CSU), partido bávaro irmão da União Democrática Cristã, acrescentou que a nova queixa pode atrasar a decisão sobre uma reclamação apresentada anteriormente contra o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM).

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Segundo ele, o ESM não deve ser ratificado a menos que o BCE volte atrás no plano de comprar títulos. Para Gauweiler, se necessário o tribunal constitucional deveria adiar o anúncio da decisão sobre a denúncia contra o ESM, marcado para a próxima quarta-feira, dia 12. As informações são da Dow Jones.

As negociações sobre os pacotes de socorro para países endividados da zona do euro precisam ser rigorosas, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle.

Em uma coletiva de imprensa em Viena com o ministro das Relações Exteriores, Michael Spindelegger, o ministro alemão disse "nós precisamos negociar com rigor. Nós precisamos dizer também para os nossos parceiros, incluindo a Grécia, que a ajuda não é uma via de mão dupla, e que os acordos anteriores precisam ser implementados."

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Os líderes da Grécia e da Alemanha, o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se reuniram no mês passado para discutir a possibilidade de Atenas conseguir garantir uma extensão do prazo para cumprir suas metas de redução de déficit.

Westerwelle afirmou, em uma aparente referência à Grécia, que as negociações precisam ser decisivas, abrangentes e respeitosas. Ele disse que seus comentários foram dirigidos "a quem possa interessar".

Westerwelle declarou também que era favorável a punições para países-membros que quebrassem regras da UE sobre disciplina orçamentária. As informações da Dow Jones.

As vendas no varejo da zona do euro diminuíram em julho, à medida que o aumento do desemprego e a queda na confiança do consumidor pesou sobre a demanda. Segundo dados da Eurostat, o volume de vendas no bloco caiu 0,2% na comparação com junho e 1,7% em relação a julho do ano passado, praticamente em linha com a previsão dos economistas de alta mensal de 0,3%.

Na Alemanha as vendas no varejo tiveram queda mensal de 0,9% em julho e na Espanha o recuo foi de 1,9%, enquanto na França houve alta de 0,9% e na Irlanda houve aumento de 1,7%. A fraqueza na Alemanha é mais uma evidência de que a maior economia da zona do euro está começando a sentir os efeitos da crise de dívida e da desaceleração econômica que afetou muitos países da região.

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Em junho as vendas no varejo da zona do euro haviam subido 0,1% ante maio e recuado 0,9% ante junho de 2011. O declínio anual foi revisado de 1,2% calculado inicialmente. Em todos os 27 países da União Europeia as vendas no varejo ficaram estáveis em julho ante junho e caíram 0,2% ante julho do ano passado. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse neste domingo (2) ao jornal local ABC que uma união bancária na zona do euro deve incluir ferramentas para lidar com a liquidação ou reestruturação de instituições falidas.

A Espanha busca apoio para a implementação de uma união bancária assim que possível e está fazendo esforços diplomáticos para alcançar um acordo no bloco em dezembro. A medida é importante para o país porque o governo continua buscando ajuda para os bancos espanhóis na União Europeia até a implementação da união bancária.

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Ao mesmo tempo, a liquidação ou reestruturação ordenada de bancos falidos continua um problema em alguns países como a própria Espanha devido a complicações legais. Rajoy disse que a união também precisa incluir um supervisor comum - provavelmente o Banco Centro Europeu, que expressou relutância em assumir esse papel - e um fundo da zona do euro para garantir depósitos bancários no varejo.

Todos esses pontos, disse o premiê, estão mencionados na proposta da Espanha para a união fiscal e bancária enviada ao presidente da UE, Herman Van Rompuy.

As informações são da Dow Jones. 

O presidente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria, fez um apelo ao Banco Central Europeu (BCE) neste domingo (2) para que a instituição ofereça um sinal crível aos mercados e retome a compra de títulos para ajudar a Itália e a Espanha o mais rápido possível.

"Acho que o BCE é o poder de fogo capaz de chegar ao mercado e dizer: sim, nós vamos conseguir", disse Gurria durante uma conferência. Questionado se o BCE deveria comprar títulos da dívida italiana e espanhola, ele respondeu: "sim, deveria, e se perguntar quando, a resposta é quanto mais rápido, melhor".

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No mês passado, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que a instituição "pode" retomar as compras de títulos sob condições rigorosas. Mas a Alemanha se opõe ao programa, dizendo que poderia ter repercussões negativas sobre a credibilidade e confiança nos bancos e no euro.

As informações são da Dow Jones.

A confiança entre os consumidores e as empresas da zona do euro caiu para o nível mais baixo em quase três anos em agosto, abaixo das previsões e sugerindo que a economia do bloco terá mais contração.

O Indicador de Sentimento Econômico da Comissão Europeia recuou para 86,1, de 87,9 em julho, o quinto mês seguido de queda e o menor patamar desde o fim de 2009. A estimativa dos economistas consultados pela Dow Jones era de declínio para 87,6.

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A confiança do consumidor diminuiu fortemente, passando de -21,5 em julho para -24,6 em agosto, em linha com as previsões. No setor industrial a confiança caiu de -15,1 para -15,3, ante previsão de -15,0, e no setor de serviços a confiança diminuiu de -8,5 para -10,8.

O índice de clima para negócios subiu levemente de -1,27 para -1,21, melhor do que a estimativa de queda para -1,30. As informações são da Dow Jones.

Após dois meses de queda, os bancos europeus voltaram a aumentar o volume de empréstimos corporativos em julho. A reversão da tendência acontece em meio à estratégia do Banco Central Europeu (BCE) de manter a taxa de juros em patamares mínimos históricos e ainda aumentar a oferta de liquidez no sistema bancário.

Segundo o BCE, em julho os bancos aumentaram o volume de empréstimos às empresas em 8,06 bilhões de euros. Em junho, a carteira de financiamentos às pessoas jurídicas havia diminuído em 3,48 bilhões de euros. Apesar da reação nesse segmento, a carteira de crédito para as famílias manteve a trajetória negativa e diminuiu em 7,61 bilhões de euros no mês passado.

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Aos governos, o total emprestado pelos bancos europeus em julho aumentou em 11,56 bilhões de euros, o que indica aceleração em relação aos meses anteriores. O ritmo forte dos empréstimos pode ser indicação de que os bancos preferem usar os recursos ofertados pelo BCE para financiar governos de olho no elevado potencial de lucro nesse tipo de operação.

Apesar da reação do mercado corporativo, o BCE avaliou que a demanda por empréstimos entre empresas e consumidores segue fraca. A economia regional estagnada e a crise da dívida em alguns países têm gerado essa fraqueza no mercado de crédito, cita a instituição.

O BCE informou também que a oferta monetária ampla, conhecida como M3, acelerou em julho e teve expansão de 3,8% na comparação com igual mês de 2011, acima do ritmo previsto pelos analistas de 3,3%. Em termos mensais, o montante cresceu 0,7% em julho ante junho, com aumento de 70,5 bilhões de euros. Em junho, esse valor havia crescido 0,2% na comparação com maio.

Na média móvel entre maio e julho, o M3 registrou expansão de 3,4% na comparação anual, acima dos 3,1% esperados pelo analistas. A velocidade observada foi mais rápida que a registrada no trimestre anterior, entre fevereiro e abril, cujo ritmo ficou em 3,0% na mesma base de comparação. As informações são da Dow Jones.

O ministro da Economia da Alemanha, Philipp Roesler, disse que é "desejável que a Grécia permaneça na zona do euro", informou a agência de notícias Dapd, dizendo que Roesler deu as declarações em uma entrevista à TV que será transmitida mais tarde neste domingo. Ontem, o presidente da França, François Hollande, afirmou que a Grécia "deve continuar fazendo parte da zona do euro", enquanto luta para superar seus problemas econômicos.

Roesler, no entanto, rejeitou as propostas para dar mais tempo para a Grécia cumprir as reformas acordadas. "Mais tempo significa mais dinheiro", disse ele, acrescentando que agora é crucial que o governo grego mantenha suas promessas.

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No mês passado, Roesler causou polêmica ao dizer que era cético sobre se a Grécia cumpriria seus compromissos sob o memorando de entendimento para seu programa de ajuda internacional, no valor de 173 bilhões de euros, e afirmar que a discussão sobre a possibilidade de uma saída da Grécia da zona do euro já não era mais um tabu. As informações são da Dow Jones.

O presidente da França, François Hollande, disse neste sábado que a Grécia "deve continuar fazendo parte da zona do euro" enquanto luta para superar seus problemas econômicos. Após encontro de uma hora com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, Hollande disse também que Atenas precisa demonstrar que seu programa de recuperação é "confiável" e que seus líderes têm a vontade política de levá-lo adiante.

Samaras, que ontem se reuniu também com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, prometeu que a Grécia permanecerá na área do euro, mas criticou aqueles "que continuam a especular contra" seu país. "Nós vamos ser bem sucedidos e continuaremos na zona do euro", disse o premiê. As informações são da Dow Jones.

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A saída da Grécia da zona do euro seria um cenário de pesadelo para o país, poderia prejudicar a Europa e causar problemas sociais, afirmou o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, em entrevista publicada na edição de hoje do jornal francês Le Monde.

Para Samaras, as autoridades europeias deveriam parar de falar sobre a possibilidade de a Grécia abandonar a área da moeda única.

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"Como podemos fazer privatizações quando, todos os dias, oficiais europeus especulam publicamente sobre a potencial saída da Grécia da moeda comum? Isso tem de parar", disse Samaras ao jornal.

O premiê alertou também que a saída da Grécia alimentaria especulação sobre o possível abandono da zona do euro por outros países da região.

Perguntado se Atenas considera a venda de ilhas, Samaras respondeu que embora a Grécia não tenha ilhas privadas, existem algumas ilhotas particulares, a maioria das quais é inabitada.

"Desde que não haja ameaça à segurança nacional, algumas destas ilhotas podem ser usadas com propósitos comerciais. A ideia não é vendê-las por um valor baixo, mas sim transformar terras sem uso em ativos que possam gerar receita, pelo preço certo", disse o primeiro-ministro.

Samaras deverá se reunir com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta sexta-feira, e com o presidente da França, François Hollande, no sábado. A expectativa é que o premiê reitere a disposição de Atenas de se esforçar para sanar suas contas públicas.

Também ao Le Monde, Samaras repetiu que a Grécia necessita de mais tempo para tomar fôlego, enquanto luta para reduzir os gastos públicos, e reafirmou que o país precisa sair da espiral recessiva se quiser aumentar a arrecadação de impostos. As informações são da Dow Jones.

A Grécia não sairá da zona do euro, afirmou o presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, antes da reunião que terá com o governo grego. "Não, eu não acho que isso acontecerá", disse Juncker ao jornal austríaco Tiroler Tageszeitung ao ser perguntado se a Grécia deveria deixar o bloco monetário.

"Se a Grécia rejeitar a consolidação orçamentária completa e reformas estruturais, então teremos de considerar essa questão", observou. "Mas como eu acredito que a Grécia vai tentar redobrar seus esforços para cumprir as metas, então não há razão para esperar que esse cenário de saída seja relevante", acrescentou.

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Juncker se reunirá com o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, em Atenas na quarta-feira (22), em meio a relatos de que o governo grego pedirá mais tempo para implementar os cortes de gastos prometidos em troca de dois pacotes de ajuda financeira internacional.

Samaras também se reunirá com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na sexta-feira em Berlim, antes de viajar para Paris, onde se encontrará com o presidente da França, François Hollande, em seguida a uma reunião entre Merkel e Hollande na quinta-feira em Berlim. As informações são da Dow Jones.

O euro opera em torno da estabilidade diante do dólar enquanto a falta de novidades sobre a zona do euro e as férias de verão no hemisfério norte reduzem o volume de negócios no mercado de câmbio. Os operadores aguardam mais detalhes sobre os planos para solucionar a crise de dívida da zona do euro à medida que os líderes europeus voltam ao trabalho.

"Há poucos dados econômicos previstos para a próxima semana, mas como os políticos europeus estão voltando das férias poderemos ter mais informações circulando com relação à Grécia, à Espanha, à Itália, à Linha de Estabilidade Financeira Europeia e outras coisas", comentou Michael Sneyd, estrategista do BNP Paribas.

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Existe relutância entre os operadores para impulsionar mais o euro, apesar da redução do yield (retorno ao investidor) dos bônus espanhóis e do contínuo otimismo nos mercados de ações. Analistas disseram que o mercado de câmbio permanece preso à promessa do Banco Central Europeu (BCE) de comprar dívida soberana sob certas condições específicas e aos sinais do Federal Reserve, que realizará o encontro de Jackson Hole no fim deste mês e poderá adotar uma terceira rodada de relaxamento quantitativo em setembro.

O dólar australiano atingiu a mínima de US$ 1,0435, depois de superar US$ 1,05 no começo da sessão asiática, em seguida a relatos de que o Tesouro da Austrália levantou a possibilidade de cortes nas taxas de juros para enfraquecer a moeda. O iene, enquanto isso, recuou frente ao dólar e ao euro, mas se estabilizou posteriormente.

As moedas emergentes, no geral, estão em queda, incluindo o rand da África do Sul, onde violentos confrontos em uma mina de platina deixaram 34 mortos.

Às 8h50 (pelo horário de Brasília), o euro operava quase estável a US$ 1,2357, de US$ 1,2358 no fim da tarde de quinta-feira, e o dólar subia levemente para 79,39 ienes, de 79,35 ienes. A libra caía para US$ 1,5704, de US$ 1,5733 ontem. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal estava em 71,690, de 71,607 na quinta-feira. As informações são da Dow Jones.

Um aumento nas exportações em junho impulsionou o superávit comercial da zona do euro para 14,9 bilhões de euros (US$ 18,4 bilhões), segundo dados da agência de estatísticas do bloco, a Eurostat. Esse foi o nível mais alto desde pelo menos 1999, quando os números começaram a ser acompanhados.

O superávit de junho foi maior do que o de 7,1 bilhões de euros registrado em maio, em dados revisados, e o de 200 milhões de euros de junho do ano passado, afirmou a Eurostat.

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As exportações cresceram 12% em junho, em comparação com o mesmo mês de 2011, superando de longe o aumento de 2% nas importações. A força das exportações, puxadas pelos bens manufaturados, pode ser um reflexo da fraqueza do euro diante do dólar e de outras moedas desde meados do ano passado em razão das preocupações com a sobrevivência da divisa europeia na forma atual diante da crise de dívida soberana da região.

A baixa demanda dos consumidores e das empresas, que também é um aspecto da crise, pode ser evidenciada pelo fraco crescimento das importações. As informações são da Dow Jones.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 2,4% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados finais da Eurostat. O dado indica inflação estável pelo terceiro mês seguido. Em base mensal, o CPI caiu 0,5% em julho, depois de recuar 0,1% em junho ante maio.

Os resultados ficaram inalterados em relação aos cálculos preliminares da Eurostat para julho, como previsto pelos economistas consultados pela Dow Jones. Embora a taxa tenha permanecido acima da meta do Banco Central Europeu (BCE) de 2% ou menos, existem poucos sinais de um aumento iminente e, assim, as preocupações inflacionárias não são consideradas ameaça para uma ação do BCE para impulsionar a economia da região.

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Os preços da energia subiram 6,1% no ano em julho, a mesma alta de junho, enquanto alimentos, álcool e tabaco avançaram 2,9%, um crescimento menor do que o de 3,2% registrado em junho. O núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, aumentou 1,7% em julho ante julho de 2011 e 1,6% ante junho. Excluindo tabaco, a inflação foi de 2,3% em julho, a mesma de junho.

Nos 27 países da União Europeia o CPI caiu 0,4% em julho ante junho e subiu 2,5% ante julho de 2011, inalterado em relação ao dado revisado de junho. As informações são da Dow Jones

Depois de ter atingido máxima em uma semana em relação ao dólar no início da sessão europeia, o euro reduziu seus ganhos, afetado por dados que mostraram que a economia da zona do euro registrou contração no segundo trimestre, ofuscando o entusiasmo gerado por dados melhores que o esperado da França e da Alemanha.

A moeda iniciou a sessão em alta, registrando uma máxima de US$ 1,2387, impulsionada por relatórios que mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 0,3% no segundo trimestre, acima da expectativa de 0,2% e que a economia francesa registrou variação zero no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre, um pouco melhor que as estimativas de contração de 0,1%.

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Mas o momento positivo do euro foi interrompido pela divulgação dos números do PIB da zona do euro, que caiu 0,2% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro e ficou em linha com a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones.

Os dados também pesaram sobre a libra e moedas ligadas a commodities, como os dólares da Austrália, Nova Zelândia e Canadá.

Outro relatório também lançou uma cortina de fumaça sobre o desempenho futuro da economia da Alemanha. O Centro para Pesquisa Econômica Europeia, também conhecido como ZEW, afirmou que as expectativas econômicas da Alemanha caíram inesperadamente pelo quarto mês consecutivo em agosto, para uma mínima em oito meses.

No mercado de títulos, a Grécia vendeu 4,063 bilhões de euros em notas do Tesouro de 13 semanas, no maior leilão de dívida federal do país em dois anos, assegurando que terá dinheiro para pagar os bônus detidos pelo Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana. No entanto, a notícia teve pouco impacto nos mercados cambiais, que continuam a registrar volumes extremamente baixos.

Os investidores observarão logo mais o anúncio dos números das vendas no varejo e do índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA, previsto para as 9h30 (pelo horário de Brasília), e dos estoques das empresas, às 11h (pelo horário de Brasília).

Nos mercados emergentes, o leu da Romênia subiu ante o euro, após a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial fecharem um acordo preliminar sobre medidas econômicas que serão implementadas pelo governo romeno para colocar a economia do país de volta no caminho de um crescimento sustentado.

Às 9h (pelo horário de Brasília), o euro era negociado em US$ 1,2346, de US$ 1,2335 no fim da segunda-feira em Nova York. O dólar operava em 78,64 ienes, de 78,30 ienes ontem. A libra estava em US$ 1,5698, de US4 1,5684. As informações são da Dow Jones.

Itália não precisa apelar aos fundos de resgate da zona do euro, porque a ação do Banco Central Europeu (BCE) pode ser suficiente para aliviar a tensão nos mercados de títulos soberanos da região, afirmou o ministro da economia italiano Vittorio Grilli, em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, publicada neste domingo.

"Os instrumentos do BCE, quando operacionais, podem aliviar substancialmente a pressão nos spreads", disse Grilli, referindo-se aos spreads crescentes entre os rendimentos dos bônus da Alemanha e da Itália. "Temos um superávit primário significativo e no próximo ano vamos alcançar o equilíbrio orçamentário em termos estruturais", explicou o ministro. "A única coisa que precisamos é que os mercados continuem a confiar em nós e que os investimentos em nosso país sejam mantidos".

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Grilli disse ainda que "se (o BCE) interviesse nos mercados de dívida soberana para estabilizá-los, isso estaria perfeitamente dentro do seu poder... (porque) a alta volatilidade nas taxas de juros dos países da zona do euro torna complicado, se não impossível, mudar corretamente o tom das políticas monetárias".

O ministro afirmou ainda que o governo está planejando vender ativos estatais, especialmente imóveis, para reduzir a dívida em um ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) por ano durante os próximos cinco anos, como parte do plano de reduzir a relação dívida/PIB em 20 pontos porcentuais no período.

No entanto, o ministro disse que o governo estuda outras propostas de redução do endividamento. "Estamos em conversações com aqueles que nos criticaram por sermos excessivamente prudentes", afirmou Grilli. Na entrevista, ele destacou ainda que não há planos de introdução de um imposto sobre fortunas na Itália. As informações são da Dow Jones.

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