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A Sociedade para Conservação da Vida Selvagem (WCS, na sigla em inglês), que administra o Zoológico do Bronx, em Nova York, Estados Unidos, esperou 114 anos para pedir desculpas por ter exibido, em uma jaula juntamente com os macacos, o jovem negro Ota Benga. Para ser colocado como um atrativo do zoológico, Benga foi sequestrado de sua terra natal, onde hoje fica a República Democrática do Congo, em 1904. 

A WCS tentou esconder por todos esses anos que Ota Benga havia sido colocado contra a sua vontade juntamente com os macacos do zoológico, tentando colocar no imaginário das pessoas que o jovem era funcionário do local e estava ali a serviço. 

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Ota Benga ficou enjaulado do dia 8 de setembro de 1906 até o dia 28 de setembro do mesmo ano, quando ele foi libertado e colocado em um orfanato, já que era muito caro para ele voltar para o seu país de origem e o seu sequestrador não custeou o seu retorno.

Agora, 114 anos depois, o presidente da entidade, Cristian Samper, disse à BBC que é importante "refletir sobre a própria história da WCS e sobre a continuidade do racismo" na instituição. Juntamente com o pedido de desculpas pelo episódio de Benga, Cristian prometeu que a WCS vai dar total transparência sobre o episódio que, na época, foi notícia nos jornais dos Estados Unidos e da Europa.

Sansão está com saudade. Com mais de 100 dias sem interagir com visitantes, o orangotango do Zoológico de São Paulo parece ser o mais ansioso pela reabertura do parque - que deve ser anunciada nesta sexta-feira (3) pelo governo do Estado.

Ao notar uma presença humana, Sansão deixa para trás o seu reforçado café da manhã (com detox de folhas verdes, legumes, frutas, água de coco e suco de ameixa) para bater no vidro da jaula. É o chefe dos veterinários do Zoo, Fabrício Rassy, quem primeiro atende ao seu chamado. Ao se aproximar do vidro, o médico ganha um aceno de Sansão - que imediatamente começa a imitar os gestos do amigo e mostrar os dentes em aparente aprovação.

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Segundo Rassy e outros membros da equipe do Zoo, esse tipo de interação é comum para Sansão - e acontece principalmente com crianças. De todo o parque, o orangotango português, de 37 anos, seria o animal que, provavelmente, mais tem sentido falta do velho normal, do movimento das alamedas, das fotos, vídeos e excursões.

No Zoo fechado, a quarentena tem sido fértil. Nos últimos 3 meses, houve uma espécie de "baby boom". Erinde, a jovem leoa do parque, deu à luz quatro filhotes - que de tão pequenos ainda não podem ser expostos. Iduma, o pai leão, também não quer saber de dar publicidade aos futuros astros. Além dos leões do parque, a geração de "quarentinos" está completa com outro leãozinho nascido no Zoo Safari, 9 dragões-barbado (lagarto), duas araras-azuis-de-lear e cinco suricatas.

A quarentena no Zoo também mudou os horários de refeição da Jiboia do Rabo Vermelho. Quando o parque está em horário de visita, a jiboia não se refestela com um porquinho da índia (sim, um fofo porquinho da índia). Segundo o parque, a cena pode impressionar as crianças e se flagrada precisa ser acompanhada da explicação de um profissional. Por isso, com o Zoo aberto, os horários de almoço da jiboia são rígidos (para evitar plateia). Mas, ultimamente, a cobra está comendo em períodos mais flexíveis.

Rassy explicou que para diminuir o fluxo de funcionários, sem afetar o bem-estar dos animais, os cerca de 350 colaboradores foram escalonados ao longo do dia. A interação dos funcionários com os animais ficou ainda mais restritiva - com a obrigatoriedade do uso de máscaras e de outros equipamentos de segurança. Os cuidados são para evitar qualquer possibilidade de contaminação - mesmo sem registro da covid-19 entre animais do Zoológico. Um alerta foi dado depois que, em abril, tigres e leões do zoológico no Bronx, em Nova York, testaram positivo para o coronavírus.

Qualidade de vida

Seria possível afirmar que o período em que o Zoológico permaneceu fechado foi positivo para a saúde dos animais? A professora do curso de Ciências Biológicas e pesquisadora responsável pelo Laboratório de Taxonomia e Ecologia Animal na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Paola Lupianhes Dall'Occo, diz que a diminuição da poluição sonora e visual podem, sim, ter trazido benefícios aos animais.

"Além do benefício eventual, nós precisamos aproveitar esse período de quarentena para trabalhar na educação de quem visita um zoológico. É comum ver crianças gritando e batendo nos vidros dos animais. Ou, em alguns casos, gente que joga comida para animais. As instituições precisam investir em ações educacionais para que isso não aconteça", disse.

Neste sentido, Paola afirma que a quarentena pode ter tido uma influência positiva para alguns animais. Ainda assim, pondera: "Por outro lado, existem animais que estão acostumados com a presença humana. A falta desses estímulos também pode ser um problema."

A professora do curso de ciências biológicas do Mackenzie Mônica Ponz Louro diz que, como na maioria dos casos são animais que já nasceram em cativeiro ou foram resgatados em apreensão, eles estariam acostumados com a presença humana, condicionados a ela e, em alguns casos, podem até sentir falta. Por outro lado, outros animais podem se sentir mais protegidos e menos sujeitos a estímulos externos quando afastados do convívio com os humanos.

A reabertura

Quando o Zoo estiver aberto ao público, algumas mudanças poderão ser notadas. A capacidade máxima será de 6 mil visitantes (antes da pandemia, em dias movimentado, recebia até 15 mil). Todos os visitantes (maiores de 2 anos) serão obrigados a usar máscaras. E, logo na entrada do parque, o visitante vai encontrar um tapete para a higienização dos pés.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O olhar parece ser a comunicação universal entre todas as espécies. Sem rochas para virar, um tronco para se esfregar, terra para cavar ou mesmo tanque adequado para se banhar, o letárgico casal de ursos pardos alojados no Parque Estadual Dois Irmãos (PEDI), localizado na Zona Norte do Recife, é incapaz de transmitir felicidade aos visitantes. O macho, nascido em 1998, e a fêmea, do ano de 2001, vêm sendo mantidos no equipamento estadual sob a promessa de condições dignas durante boa parte de suas vidas, assim como os demais cerca de 600 animais que habitam o local. Desde 2011, arrasta-se o processo de reforma do Parque, que segue sem prazo ou perspectiva de conclusão. Embora defenda que não possui recursos para colocar o projeto Bioparque em prática, o Governo de Pernambuco chegou a contar, em 2013, com R$ 278,14 milhões oriundos de compensação ambiental. O montante, contudo, foi direcionado, a partir de algumas leis assinadas pelo governador Paulo Câmara (PSB), para outras finalidades, como a construção de cinco barragens no Estado, das quais apenas uma foi concluída. 

Criada no ano 2000 através da lei federal nº 9.985, a Compensação Ambiental é um mecanismo financeiro imposto aos empreendedores responsáveis por obras de grandes impactos negativos não mitigáveis ao meio ambiente. “Quando você instala uma refinaria, por exemplo, destrói tudo que há em volta e esse impacto tem que ser compensado. Essas verbas são cobradas pelo estado através de sua agência ambiental, que gere o fundo estadual do meio ambiente. Esse dinheiro é ‘carimbado’, ou seja, só pode ser utilizado com a recuperação de ambientes degradados”, explica o promotor de Justiça de Meio Ambiente do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Ricardo Coelho.

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O promotor Ricardo Coelho cobrou, ainda em 2015, o início das obras. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

Foi ele, aliás, que, em 2015, propôs uma ação civil pública exigindo que o Governo do Estado iniciasse a reforma do Parque, cujo investimento era previsto em R$ 58 milhões. ''A Justiça recebeu essa ação mas ainda não proferiu julgamento. Já o Estado, a contestou, alegando que iniciou a reforma do zoológico'', afirma.

De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas), a intenção do projeto seria a de superar ''o conceito de zoológico como mera exposição de animais'', convertendo a estrutura em um bioparque, através de ''uma visão holística do meio ambiente, trabalhando os aspectos didáticos, agrupando os animais de acordo com seus biomas''. Ainda segundo a Semas, ''a nova proposta, portanto, reorganiza os recintos segundo origem geográfica, ilustrando todos os biomas brasileiros e alguns internacionais, destacando-os como componentes fundamentais para a garantia do equilíbrio ambiental de nosso planeta. Com a nova estrutura física, a perspectiva é dar suporte a diversos programas de reprodução e ações de conservação, com ênfase nas espécies brasileiras ameaçadas''.

Manobra 

Parte da verba da compensação ambiental foi usada na construção de barragens, como a de Serro Azul. (Foto: Divulgação/PAC)

No dia 30 de outubro de 2019, o promotor Ricardo Coelho recebeu um ofício assinado pela deputada estadual Priscila Krause (DEM) que versava sobre o destino tido pelos recursos de compensação ambiental. ''A gente percebeu algumas movimentações atípicas na execução orçamentária do Estado e fez o caminho do dinheiro para encontrar a fonte, de onde vinha um aporte tão grande de recursos. Encontramos exatamente essa transferência das contas de compensação ambiental para a conta do Governo e a origem disso não era 2019, mas 2015", explica Krause. Acontece que no dia 28 de outubro de 2015, o governador Paulo Câmara assinou a Lei de número 15.626, responsável por autorizar o poder Executivo a utilizar os recursos ''oriundos de receitas próprias dos órgãos e entidades da administração direta e indireta do orçamento fiscal do Poder Executivo, que apresentem superávit financeiro para o qual não haja destinação específica no orçamento do exercício”, para realizar “obras ou implementações de ações estruturadas de defesa civil, especificamente as que visem ao combate à seca ou a prevenção de desastres naturais causados por enchentes, vedada sua utilização para despesas de custeio e manutenção da Administração Pública'', segundo institui seu artigo primeiro.

Para Krause, a legislação é um ''jabuti'', chavão utilizado no nicho político para definir a inserção de norma alheia ao objetivo principal em um lei, de forma disfarçada. ''Aprovamos essa lei na Assembleia, inclusive com meu voto, porque eu particularmente nunca imaginei que os recursos de compensação ambiental pudessem ser usados para um fim diferente. O texto não deixava claro que seu alvo eram os recursos de compensação ambiental'', completa.  

No dia 1º de dezembro de 2015, por meio do ofício 001/2015, o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni Monteiro Morais, e o procurador geral do Estado, Antônio César Caúla Reis, solicitam à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o depósito na conta única do Tesouro Estadual de R$ 145 milhões alocados na fonte 0261- Recursos Captados para Compensação Ambiental, para utilização do mecanismo previsto justamente na Lei 15.626. Apenas dois dias depois, na data de três de dezembro, na quarta Reunião Ordinária da Câmara Técnica de Compensação Ambiental (CTCA) do Estado de Pernambuco, fica decidida a operacionalização do ofício 001/2015 e definido pelo colegiado que o valor seria disponibilizado a partir de três Termos de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA). Do TCCA número 012/2015, oriundo da Refinaria Abreu e Lima, R$ 14 milhões; do TCCA número 007/2013, pago pela Fábrica da Fiat, a quantia de R$ 9 milhões; e, por fim, do TCCA 001/2014, das verbas da Petroquímica Suape, mais R$ 9 milhões.

Registros de contas bancárias confirmam que os valores foram resgatados. 

Registros das três contas bancárias confirmam que os valores supracitados foram resgatados entre os dias três e sete de dezembro (registros acima). Além disso, em sua primeira reunião ordinária do ano de 2016, a CTCA debateu o monitoramento  do ressarcimento do recurso de compensação ambiental depositado na conta única do tesouro estadual, decidindo que “deverão ser depositados os valores das parcelas mensais, até que sejam recompostos os saldos, na seguinte ordem: TCCA nº 001/2014- Petroquímica SUAPE; TCCA nº 007/2013- Fábrica da Fiat; TCCA nº 012/2013- Refinaria Abreu e Lima”. 

Três anos depois, o governador Paulo Câmara enviou à Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, na data de nove de novembro de 2018, o PL 2097/2018, cujo texto imputa modificações à Lei 12.523, de 30 de dezembro de 2003- a mesma que institui o Fundo Estadual de Combate à Erradicação da Pobreza- e à Lei nº 15.626, de 17 de março de 2016, relacionada ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). O texto da matéria, contudo, também modifica a Lei nº 15.626, que, até então, justificava o depósito dos recursos de compensação ambiental na conta do Estado. À época, a totalidade do recurso de R$ 145 milhões repassado pela CPRH à conta única do estado já havia sido devolvido.

CTCA debateu o monitoramento do ressarcimento do recurso de compensação ambiental.

No dia três de dezembro de 2018, o governo sanciona outra Lei com texto aparentemente voltado para o ICMS e o FECEP, a de número 16.489. Em seu artigo 6º, a matéria determina a extensão do prazo para recomposição dos valores utilizados conforme a Lei nº 15.626 de dezembro de 2018 para dezembro de 2022. Já seu artigo 7º autoriza “a retrocessão dos recursos previstos no artigo 1º da Lei nº 15.626, de 2015, que, até a data da publicação desta Lei, tenham sido recompostos com base no termo final fixado na redação original do artigo 2º da referida Lei”, conforme descreve o texto da legislação.

Com impressionante agilidade, apenas um dia depois da sanção da Lei 16.489, a Secretaria da Fazenda encaminha à CPRH o ofício nº 837/2018, que solicita a reversão ao tesouro estadual o “valor de R$ 145.000.000,00 (cento e quarenta e cinco milhões de reais) que foi recomposto ao caixa dessa CPRH em atendimento à redação anterior do artigo 2º da Lei nº 15.626, de outubro de 2015”.  

Em abril deste ano, o governo estadual altera a Lei nº 16.559, de 15 de janeiro de 2019, responsável por instituir o Código de Defesa do Consumidor, com a sanção do PL 171/2019. Em seu ofício encaminhado ao promotor Ricardo Coelho, a deputada Priscila Krause chega a pontuar que a medida versa “indevidamente” sobre recursos decorrentes da compensação ambiental. Depois disso, ainda foi aprovada a Lei nº 16.570, no dia 16 de maio, que revoga em seu artigo 4º o parágrafo único do artigo 7º da Lei nº 16.489, de três de dezembro de 2018, que colocava: “a recomposição prevista no art. 2º da Lei nº 15.626, inclusive no que concerne aos valores decorrentes da retrocessão autorizada pelo caput deste artigo, ocorrerá em parcelas mensais e sucessivas, de acordo com o quantitativo remanescente de meses entre a data de publicação desta Lei e o dia 31 de dezembro de 2022”.

Deputada Priscila Krause encaminhou denúncia pedindo restituição dos fundos de compensação ambiental. (Roberto Soares/Alepe)

Tal costura passou a permitir que a Secretaria da Fazenda não precisasse mais devolver os recursos a partir de repasses mensais, os quais deveriam ter sido efetuados a partir de janeiro de 2019. A partir daquele ponto, seria obrigatório apenas que os valores retrocedidos retornassem aos cofres da CPRH até o dia 31 de dezembro de 2022. “O que a gente coloca é que, infelizmente, os recursos da compensação ambiental que deveriam ser utilizados nas execução das políticas ambientais, nas ações que estavam previstas ainda no TCCA não foram utilizados. O Parque de Dois Irmãos foi, inclusive, uma das poucas utilizações corretas desse recurso. Aí a gente encaminhou a denúncia para os órgãos competentes pedindo a restituição imediata dos fundos de compensação ambiental e a aplicação do dinheiro nas ações ambientais”, comenta Priscila Krause. 

Para a deputada, a maior parte do recurso da compensação ambiental acabou sendo utilizada para financiar as despesas do próprio Estado. “Uma lei autorizava a utilização do saldo positivo das contas do Estado, da administração direta e indireta por um motivo nobre, a conclusão das obras das barragens para enfrentamento às enchentes e secas, aí é claro que todo mundo aprovou o projeto. Esses recursos não foram utilizados em sua totalidade para as barragens, pelo contrário, a maior parte deles, a gente defende essa tese, serviu para compor o fluxo de caixa e para terminar o ano de 2015”, defende. 

Movimentações dos oito termos de compensação

As movimentações de cada um dos oito termos de compensação, que supostamente teriam sido utilizados para financiar as despesas do próprio Estado, demonstram que as receitas decorrentes da compensação ambiental somam o total de R$ 278,14 milhões, enquanto as despesas na legislação ambiental chegam ao montante de R$ 81,37 milhões. Assim, chega-se em um crédito de compensação ambiental não utilizado de R$ 196, 77 milhões. 

Conforme indicado no quadro acima, do total de R$ 145 milhões repassados pela CPRH à conta única do Poder Executivo Estadual, a quantia de R$ 106,28 milhões serviu para financiar ações da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco. “Para você ter uma ideia da costura equivocada do governo, as obras de barragem são, por definição, danosas ao meio ambiente. Os valores de compensação ambiental acabaram servindo para financiar novos termos de compensação ambiental do próprio Estado. Ele (Paulo Câmara) pagou a compensação ambiental que ele devia com o dinheiro que tirou?”, questiona Priscila Krause. A deputada chama atenção ainda para a dificuldade de localizar o restante do recurso. “Outra coisa que é mais grave. Quando a gente faz o caminho do dinheiro não dá o valor total da compensação ambiental, dá muito menos. Por que não conseguimos achar esse recurso? Porque ele foi utilizado para fins diversos, para fechar a contabilidade do governo”, conclui. 

Verbas encaminhadas para obras em barragens. 

Improbidade administrativa?

Ao se deparar com o percurso do dinheiro, o procurador Ricardo Coelho logo concluiu que a ação do Governo de Pernambuco constituiu um ato de improbidade administrativa. “O que descobrimos foi estarrecedor: Pernambuco tinha uma verba de compensação ambiental muito grande, cerca de R$ 300 milhões que estavam ali para serem utilizados, por exemplo, na recuperação dos rios e no zoológico. É importante ressaltar que esse dinheiro é ‘carimbado’, como a gente diz, mas o governador aprovou uma lei retirando todo esse dinheiro para outras áreas do governo”, explica. A partir desta concepção, Coelho encaminhou, no dia 19 de setembro deste ano, o ofício nº 527/2017 a Francisco Dirceu Barros, procurador-geral de Justiça do Estado de Pernambuco. “Não tenho poderes para processar o Estado, mas é um ato ilegal e inconstitucional. Sabendo disso, o que eu, promotor de justiça, fiz? Uma representação ao procurador-geral, chefe do Ministério Público, para que ele processasse o governador pela inconstitucionalidade dessa lei (a 15.626/2015) que tirou todo o dinheiro do meio ambiente do estado. Cerca de 80% do Recife precisa de obras de saneamento, vivemos a questão do óleo nas praias, dentre outras questões”, frisa. 

Apesar das evidências apresentadas, o procurador-geral, contudo, arquivou o pedido. No auto nº 2017/2814132, assinado pela procuradora de Justiça e assessora técnica em matéria administrativo-constitucional, Taciana Alves de Paula Rocha, é respondido que: “não se vislumbra inconstitucionalidade a ser combatida” e que a norma “em nenhum momento, especifica acerca de superávit relacionado à verba de compensação ambiental”, ainda que a argumentação da promotoria envolvesse a tese de que a aprovação da matéria constituiu o expediente compreendido como ‘jabuti’, propositalmente omitindo suas reais intenções. 

Precariedade

Animais passam boa parte do tempo enclausurados em ambientes úmidos e escuros. (Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens)

O promotor Ricardo Coelho conta que chegou a apurar a morte de animais de médio e grande porte no zoológico Dois Irmãos. “Basta que qualquer pessoa com mínimo  discernimento faça uma visita ao zoológico que ela sai deprimida com um equipamento tão precioso se encontrar num estado de decadência e degradação absoluta”, lamenta. As condições do parque chegaram a ser debatidas em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta no Congresso Nacional pela Câmara dos Deputados para discutir maus tratos contra animais. Embora não tenha estado presente, o biólogo e ex-estagiário do Parque Dois Irmãos, Igor Morais, é citado algumas vezes nas discussões, conforme ficou registrado no texto final oficial da reunião 2340/15. À época, o biólogo havia fundado, ao lado de outros especialistas, o movimento 'Por um Novo Parque Dois Irmãos'. “O movimento não está mais ativo. Tentamos, entre 2014 e 2016, gerar alguma mudança, mas fomos derrotados pela força do Governo do Estado de Pernambuco. Eu costumava achar que o Parque Dois Irmãos tinha salvação, mas cada dia vejo mais que aquilo vai definhar até fechar. Fico feliz se fechar, mas também triste, porque é uma oportunidade perdida”, afirma o biólogo. 

Morais cita os ursos pardos e o hipopótamo, que perdeu seus dentes, como símbolos do suplício vivenciado por parte do plantel. “Há um relatório que diz da vistoria do Ministério Público, em 2013, que aborda um dos eventos mais chocantes. O Parque Dois Irmãos tem o hábito de prender os animais na área de manejo, que chama de cambiamento, por volta das cinco da tarde e só vai soltar as oito e meia da manhã do dia seguinte. O cambiamento dos grandes felinos, onças, leão, é escuro e úmido, um calabouço”, denuncia. Recintos inapropriados também são criticados pelo especialista. “Recife é a única cidade no mundo em que um hipopótamo sobe morro, porque o recinto é uma ladeira. O Parque Dois Irmãos nunca teve uma gestão técnica, que entendesse do assunto zoológico”, acrescenta. 

Projeto original é o de mudar completamente o conceito do PEDI, com animais em recintos mais fiéis ao habitat de que são provenientes. 

Igor critica ainda a distribuição das etapas e as prioridades da reforma traçada pelo Governo de Pernambuco. De acordo com a Semas, o projeto de transformação do zoológico em Bipoarque é dividido da seguinte maneira:

1ª Etapa- Formada pelo prédio administrativo (que abriga os setores de Educação Ambiental e Administrativo do equipamento público); pela clínica médica-veterinária, além dos setores de Biologia, Nutrição, Extra, Quarentena, Necrópsia, Manutenção e Logística.

2ª Etapa – Reestruturação da área de visitação do Zoológico do Recife (Reestruturação dos recintos e ambientes, com mudança de conceito para bioparque, com divisão dos animais por seus biomas, garantindo bem-estar animal, segurança e conforto aos visitantes);

3ª Etapa – Restauração do sítio histórico do Açude do Prata;  

4ª Etapa – Implantação de um funicular e de um teleférico;

5ª Etapa – Implantação de um Centro de Pesquisas da Sustentabilidade e Conservação de Espécies.

“O governo preferiu começar pelo prédio administrativo e não pelos recintos. Quando nós participamos da reunião, disseram que tinham que começar pela quarentena, pelo hospital veterinário, porque não teriam onde colocar os animais enquanto fizessem a obra nos recintos. Na ocasião, propus mostrar que era possível reformar todos os recintos sem tirar os animais do Parque”, garante Igor. 

Obras foram abandonadas

Instalação da parte elétrica da primeira etapa da obra não foi concluída. (Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo)

Embora os primeiros processos licitatórios, conforme registrado nos diários oficiais do Estado, para execução da primeira etapa do projeto datem de 2013, apenas no dia 27 de junho de 2015, o Governo de Pernambuco anunciou que a Construtora Ingazeira Ltda havia sido habilitada a iniciar o trabalho. De acordo com a Semas, no entanto, a empresa deixou a obra desde o fim de 2018, com 98% do serviço concluído. “O prédio administrativo já foi entregue e o complexo que inclui a clínica médica-veterinária e os demais setores especializados estão em fase de acabamento. Contudo, a construtora responsável abandonou a obra e agora os ajustes finais da obra serão realizados por outra empresa a ser contratada via licitação pública”, informou a Secretaria por meio de nota.

A reportagem do LeiaJá procurou o empreiteiro Marcus Travassos, responsável pela construtora, que se disse surpreso com a notícia de que uma nova licitação será aberta. “Os serviços que estavam faltando eram terceirizados: central telefônica, instalação elétrica e sistema de climatização. Serviços que não são contemplados pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC) e tem outro tipo de reajuste. Então fomos para o mercado, pegamos a cotação e mostramos para a Secretaria, que ficou de dar uma resposta. Estou sabendo agora que eles vão destratar com a gente”, coloca Travassos. 

Só no ano de 2018, o governo chegou a anunciar dois adiamentos da obra. O primeiro, de 21 de junho, prorrogou o prazo de finalização da obra em noventa dias. Já o segundo, publicado no Diário Oficial de 13 de setembro, autorizou a extensão do trabalho por mais 138 dias. Travassos garante que as razões do atraso nada têm a ver com a construtora. “Logo que começou o primeiro contrato, a gente teve que extrair algumas árvores, o que não estava contemplado pela licitação. Fomos para o mercado e apresentamos os preços, esse serviço demorou um bocado. Outra coisa que atrapalhava muito era o horário de funcionamento da obra, se a gente tivesse que fazer algum serviço com máquina, tinha que ser entre 10h e 15h, para não irritar os animais”, coloca. O empreiteiro aponta ainda a dificuldade de comunicação com a empresa de arquitetura que desenhou o projeto, a Architectus. “É uma empresa de Fortaleza. Se a gente tivesse dúvida com o projeto não era uma coisa rápida”, completa.

Portal da Transparência funciona?

Portal da Transparência de Pernambuco mostra quantia diferente do que Estado e construtora dizem ter movimentado com a obra. (Reprodução/Portal da Transparência)

Embora não tenha concluído a obra, Travassos afirma que recebeu do Estado, durante todos os anos de obra, R$ 11.567.672,00. No Portal da Transparência do Governo de Pernambuco, contudo, é apontado que, apenas no ano de 2015, a Semas teria desembolsado um total R$ 28.587.847,65 em pagamentos destinados à Construtora Ingazeira. O LeiaJá solicitou à Semas esclarecimentos a respeito da divergência entre os valores. Por meio de nota, a pasta alegou que o dado apresentado no Portal - principal instrumento da população e da imprensa no concernente ao monitoramento dos gastos públicos - está errado e que irá solicitar a alteração da informação. Segue o posicionamento da secretaria na íntegra:

“O projeto completo do Bioparque tem um investimento estimado em R$ 58 milhões. Para a implantação da primeira etapa, foi contratado pela Semas o valor de R$ 12.432.556, 48. No período de 2015 a 2018, o valor efetivamente pago foi da ordem de R$ 11.734.692,81. O recurso proveniente da diferença entre o valor contratual e o valor pago, ou seja, R$ 697.863,67, será alvo de novo processo licitatório, para a conclusão das obras referentes à primeira etapa, como já informado. Os serviços foram interrompidos por abandono da empresa contratada (Construtora Ingazeira). Quanto ao valor de contrato para as obras da primeira etapa do Bioparque exposto no Portal da Transparência, a Semas esclarece que houve um erro na alimentação do Portal. Os dados estão sendo corrigidos para garantir a plena transparência dos processos públicos”.

Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), responsável pela plataforma Portal da Transparência, a Lei de Acesso à Informação prevê, em seu artigo 32, punição para fornecimento de informação incorreta, incompleta ou imprecisa, quando isso ocorrer de forma intencional. “Os dados do Portal são oriundos de diversos sistemas (mais detalhes em http://transparencia.gov.br/origem-dos-dados). Desta forma, a correção dos dados deve ser feita no próprio sistema, o que será refletido no Portal após a atualização da base. Os procedimentos de correção de informação são determinados por cada um desses sistemas”, considerou a CGU, em resposta ao LeiaJá

Na última semana, a equipe do Zoológico de Guarulhos, na Grande São Paulo, devolveu à natureza três corujas adultas. Elas foram soltas em uma área de mata preservada na cidade. A libertação aconteceu após resultados positivos de observação de voo dos animais, a última etapa do tratamento realizado pelos veterinários e biólogos.

O tratamento mais simples foi o da coruja buraqueira. Ela foi resgatada em uma empresa de transportes. A ave ficou apenas um dia na clínica do zoo, pois apresentou bom estado nutricional, empenamento completo em bom estado e capacidade e se alimentar sozinha.

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Já as outras duas aves, são duas corujas do mato, elas ficaram três meses internadas na clínica do zoo. Os animais estavam desidratados e feridos. Uma das corujas precisou passar por um procedimento cirúrgico para corrigir uma fratura na pata esquerda.

Segundo a diretora do Zoológico de Guarulhos, Fernanda Magalhães, devolver os animais para a natureza é um dos momentos mais felizes para a equipe, pois significa que os animais foram bem cuidados e conseguem voltar para o seu habitat natural.

Cerca de 40 gambás estão recebendo cuidados na área restrita do Zoológico de Guarulhos, na Grande São Paulo. Entre eles estão fêmeas e filhotes que foram vítimas de agressões humanas ou ataques de cachorros. A primavera, época de reprodução da espécie, é o período do ano em que o zoo recebe um número maior dos casos.

Segundo a veterinária Hilary Hidas, muitos confundem a espécie com ratos, sendo que os gambás são marsupiais e não roedores. As fêmeas carregam os filhotes em uma bolsa, por isso ficam mais lentas e susceptíveis a ataques, acidentes e atropelamentos.

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Os gambas são animais inofensivos, porém passam a impressão de agressivos, e são importantes para o ecossistema, pois se alimentam de insetos, escorpiões e cobras, auxiliando no controle populacional de animais peçonhentos.

Os animais que estão no zoológico serão devolvidos à natureza assim que receberem os cuidados necessários. A equipe orienta a população para que colabore com a proteção dos animais.

De janeiro a junho deste ano, o Zoológico de Guarulhos, na Grande São Paulo, devolveu 94 animais silvestres para a natureza. Todos eles foram levados para o zoo pela Polícia Ambiental ou por moradores da cidade. Após receber os cuidados dos veterinários e biólogos, 66 aves, 19 mamíferos e nove répteis voltaram ao seu habitat natural.  

Uma das solturas mais recentes é de uma coruja-orelhuda ferida por linha de cerol. Após receber todo o tratamento necessário, a ave foi solta na mesma região onde foi resgatada. Segundo a bióloga Camila Mazoni, essa é uma das maiores causas de ferimentos em aves.

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O tratamento dos animais podem demorar meses e às vezes precisam até de intervenção cirúrgica. Mas, apesar do cuidado intensivo, muitos animais não sobrevivem e os que não têm condições de voltar para seu habitat permanecem no zoo.

 

 

Após três anos fechado para visitação, o espaço educativo "Formigueiro", no Zoológico de São Paulo, na capital paulista, reabriu na última quinta-feira (18). O local foi revitalizado, tem novo cenário e recursos que irão melhorar ainda mais a experiência do visitante e a compreensão sobre a vida das formigas.

Inaugurado em 1980, o espaço já recebeu duas colônias de formigas. A última sobreviveu de 1995 a 2016. Atualmente, a exposição recebe uma colônia de saúvas, que são formigas cortateiras do gênero Atta, em um cenário que imita o habitat natural dessa espécie. Um recurso audiovisual conta a história e dá informações sobre esses insetos e sua sociedade. O "Formigueiro" é uma das poucas exposições do gênero no Brasil e no mundo que possibilita ao público conhecer os hábitos e comportamento das formigas bem de perto.

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A exposição funciona com sessões didáticas que acontecem ao longo do dia, com o acompanhamento dos educadores do parque. Como a colônia de formigas ainda é muito jovem e está em fase de adaptação, o acesso é limitado para que seja possível controlar a temperatura e umidade no espaço.

Serviço

Exposição "Formigueiro"

Onde: Fundação Parque Zoológico de São PauloAvenida Miguel Stéfano, 4241, Água Funda, São Paulo - SP

 Sessões didáticas às 10h30, 11h, 11h30, 13h30, 14h e 14h30 

Informações sobre ingressos: www.zoologico.com.br e (11) 5073-0811

O Zoológico de São Paulo promove o “Passeio Noturno”, em que os visitantes podem ver e ouvir animais de hábitos noturnos.

Durante o passeio, é possível ver gambás, corujas e morcegos passeando livremente pelo parque, além de uma apresentação com ave de rapina (aves carnívoras). Os animais de hábitos diurnos como girafas, macacos e outros, também fazem parte da atração pois, com a movimentação no parque, eles saem de suas casas.

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Os passeios ocorrem quinzenalmente em datas pré-estabelecidas e para participar é necessário agendar a visita com antecedência. Os ingressos incluem um passeio de aproximadamente três horas, estacionamento e um lanche. Confira a programação no site do Zoo.

 

Serviço

Fundação Parque Zoológico de São Paulo

Endereço: Avenida Miguel Stéfano, 4241 – Água Funda – SP

Ingressos: R$ 100

Informações: 5073-0811 |ramal 2119

 

 

 

Após dois anos de auditoria, o Zoológico de Guarulhos, na Grande São Paulo, recebe a certificação de bem-estar animal. De 25 parques zoológicos e aquários em todo o país, apenas seis são certificados com o documento emitido pela Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) junto com a entidade internacional Wild Welfare.

Fundado em 1981, o Zoo de Guarulhos tem hoje cerca de 500 animais e recebe animais silvestres machucados ou apreendidos que passam por um processo de reabilitação e retornam à natureza. Para a diretora da instituição, Fernanda Magalhães, a conquista é reflexo do empenho dos funcionários. “Trabalhamos muito para obter essa certificação. Este é um marco na nossa história e o resultado de muito esforço para garantir as melhores condições aos animais. As premissas do trabalho realizado por toda a equipe do Zoo são baseadas em pesquisas e avanços sobre consciência, cognição e senciência (capacidade dos seres de ter sensações e sentimentos de forma consciente) dos animais”, afirma.

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Nove filhotes machos de jacarés-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) serão reintegrados à natureza na área da Unidade de Conservação Parque Estadual Dois Irmãos. Os animais serão soltos nesta terça-feira (09), às 9h, com o acompanhamento de técnicos do parque e de especialista da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Os filhotes nasceram no parque e estão sendo reintroduzidos devido à necessidade de se manter um controle populacional da espécie, que no Brasil pode ser encontrada nos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pampas, desde a região costeira do Rio Grande do Norte, passando pelas bacias dos Rios São Francisco e Paraná/Paraguai, até o Rio Grande do Sul.

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“A devolução desses animais para os açudes dos arredores da mata vai contribuir para o revigoramento da genética populacional e evitar uma superpopulação no zoo. Todos os animais passaram por ultrassom para definir o sexo, que só é possível classificar nessa idade através desse tipo de exame”, explicou a gestora técnico-científica do Parque Dois Irmãos, Luciana Rameh.  

A iniciativa faz parte do programa para conservação das espécies e recuperação de ecossistemas, realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semas).

Com informações de assessoria

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Mais de 40 animais, incluindo cinco leões, foram evacuados neste domingo (07) do zoológico de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para a Jordânia, anunciou uma organização de proteção aos animais.

Frágeis e magros, os 43 animais, entre os quais havia também um lobo e vários macacos, viviam em "condições terríveis", segundo a associação Four Paws, que organizou sua transferência.

No início de janeiro, quatro leões recém-nascidos em cativeiro no zoológico de Rafah morreram de frio.

O parque é o mais antigo da Faixa de Gaza, um encrave submetido a um bloqueio israelense e egípcio há uma década.

"Os animais não estão em boa forma, mas sua condição é bastante estável" para viajar para uma reserva na Jordânia, a cerca de 300 quilômetros do enclave palestino, disse à AFP Martin Bauer, porta-voz da associação britânica.

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A transferência deveria ter sido organizada no final de março, mas a organização não pôde entrar no encrave.

As passagens de fronteira foram fechadas por causa da escalada da violência entre Gaza e o Estado judeu, disse ele.

Os animais foram sedados e transportados em jaulas.

Segundo Bauer, a operação contou com o apoio de todas as autoridades em Gaza, além do dono do zoológico que não tinha dinheiro suficiente para financiar a comida e os cuidados com os animais.

Muitos dos animais do zoológico morreram em atentados desde que o parque abriu, em 1999, de acordo com Four Paws.

Os animais chegaram lá através dos túneis que ligam a Faixa de Gaza ao Egito e que hoje estão praticamente fechados.

Em 2016, a ONG organizou a transferência de outros animais de zoológico, incluindo o único tigre no enclave.

O Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado, mantido pela Fundação Parque Zoológico de São Paulo em Araçoiaba da Serra, interior paulista, conseguiu pela primeira vez o nascimento de filhotes de arara-azul-de-lear, espécie com alto grau de ameaça na natureza.

As duas avezinhas nasceram nos dias 8 e 13 de janeiro último de uma ninhada de quatro ovos - um terceiro ovo eclodiu, mas o filhote não sobreviveu. A boa notícia foi divulgada nesta quinta-feira, 21, após os filhotes terem atingido um bom estágio de desenvolvimento.

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A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é a única espécie de ave mantida no Centro de Fauna Silvestre, instalado há quatro anos na cidade do interior. Segundo a assessoria do zoo, a unidade foi concebida para promover pesquisas e ações de conservação com espécies ameaçadas de extinção. Classificada como em perigo de extinção e endêmica de áreas restritas da caatinga, no Estado da Bahia, essa ave não se reproduz facilmente em cativeiro. Somente em 2015 o Zoológico de São Paulo conseguiu sucesso na reprodução, registrando o primeiro nascimento em instituição brasileira - nasceu o Teobaldo, nome dado ao filhote em votação pública.

Conforme a assessoria, o casal reprodutor de São Paulo foi responsável por outros nove filhotes vivos. Após remanejamentos de animais e tentativas de formação de novos pares, aconteceu em janeiro o nascimento de três filhotes em Araçoiaba da Serra de um segundo casal reprodutor formado pelo zoo paulistano.

Duas avezinhas nasceram no ninho, com os pais, e outra na chocadeira. Após a morte de um filhote no ninho, o remanescente também foi retirado para criação artificial. Assim, já há ambiente favorável para nova postura. Os filhotes recebem cuidados diários da equipe técnica, até estarem aptos a serem integrados às ações do plano de cativeiro internacional.

Ainda segundo o zoo, a população desta espécie em zoológicos e criadouros conta com poucos casais reprodutores e isso é um fator preocupante, já que não favorece a variabilidade da população cativa, comprometendo a conservação da arara-azul-de-lear. "Diante disso, é uma grande conquista para esta Fundação manter um segundo casal reproduzindo com êxito, pois irá fortalecer as ações de recuperação da espécie, visando a manutenção de uma população geneticamente viável nos atuais programas de proteção", informou.

Diante de uma grande quantidade de espectadores, uma menina foi salva após cair em uma área ocupada por ursos pandas em um zoológico de Sichuan, na China. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que um dos funcionários do zoo coloca uma vara dentro do cercado para puxar a criança para longe do animais.

Segundo o Mirror, a imprensa chinesa afirma que a menina tem 5 anos despecou de uma altura de 6,5m quando estava sentada em cima do parapeito e acabou dentro do espaço destinado aos ursos. Felizmente, os pandas não tentaram atacar a menina durante o resgate. Os espectadores assistiam horrorizados quando o guarda conseguiu usar uma vara para puxar a criança de volta para a segurança.

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Um homem morreu após ser atacado por um leão quando pulou os muros de um zoológico e entrou em sua jaula, no norte da Índia, informaram as autoridades nesta segunda-feira (21).

No domingo, o homem escalou um muro de seis metros e entrou na área restrita, onde havia quatro leões do Zoológico Chhatbir, no estado de Punjab. Os funcionários do estabelecimento correram para resgatá-lo quando ouviram seus gritos.

"Foi um intruso no zoológico. O levamos para o hospital, mas sucumbiu às feridas", afirmou Roshan Sunkaria, do Departamento Florestal do estado.

Por enquanto as autoridades não conseguiram entrar em contato com a família da vítima. O zoológico aumentou os avisos de perigo e recomendou aos visitantes que sempre estejam acompanhados de um guia.

O leão asiático que atacou o homem é uma espécie em risco de extinção. Existem cerca de 500 leões asiáticos e todos vivem no santuário Gir, no oeste da Índia, no estado Gujarat.

Para suportar uma sensação térmica que nesta quarta-feira, 9 ultrapassou os 45 °C, até os animais do zoológico do Rio estão recebendo um tratamento especial. Ar-condicionado, aspersores de água, pedras de gelo e até mesmo picolés foram algumas das medidas adotadas pela equipe de biologia do RioZoo para amenizar o calor.

Nas áreas privadas dos animais, onde eles costumam dormir e descansar longe dos olhares dos visitantes, foram instalados aparelhos de ar-condicionado ou aspersores de água. As piscinas disponíveis nos espaços dos bichos estão recebendo várias pedras de gelo para ficarem mais frescas. E a grande atração da temporada são os picolés de frutas e até de carne oferecidos para alguns animais, como os ursos e os tigres.

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Na tarde de terça-feira, 8, o urso pardo Zé Colmeia chamava atenção dos visitantes com um enorme picolé de frutas. Os picolés são feitos com frutas que já fazem parte da dieta normal do animal, mas são oferecidos nesse formato nos dias em que as temperaturas estão especialmente altas.

Segundo o Alerta Rio, a temperatura máxima nesta quarta-feira, 9, e no Rio foi de 42,2 °C em Guaratiba, na zona oeste. Mas a sensação térmica bateu 45,3 °C em Santa Cruz, também na zona oeste.

Sucesso entre crianças e adolescentes, o youtuber Christian Figueiredo usou as redes sociais para dar uma notícia. Através do Instagram nesta segunda-feira (17), ele compartilhou um vídeo com os seguidores para dizer que a namorada, a cantora Zoo, está esperando um filho seu.

"Uma nova vida, uma extensão da minha vida... que loucura! Agora tudo tem um propósito maior, um motivo maior e um único objetivo, te ver feliz! Faltam mais ou menos 4 meses pra você mostrar seu rostinho pra gente, e dia 20 iremos compartilhar com vocês o sexo e o nome do nosso bebê. Te amo!, escreveu. Zoo está grávida de cinco meses 

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Confira o vídeo:

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O fechamento da Fundação Parque Zoológico de São Paulo surpreendeu famílias que planejavam visitar o local nesta terça-feira (23). Localizado na região do Jabaquara, na zona sul de São Paulo, o espaço foi fechado após ser constatada a morte de um bugio por febre amarela na região.

"A gente se programou ontem (segunda-feira) de se encontrar aqui na frente", conta a artesã Celciane Peres, de 32 anos, que estava acompanhada dos filhos Luiggi, de 9 anos, e Lorenna, de 6. Eles planejavam fazer um piquenique junto de outros quatro colegas da Colégio Marques de Monte Alegre, localizado também na zona sul. "A gente queria aproveitar as férias: não tinha feito muita coisa. Felizmente somos todos vacinados há mais de dez dias", comentou.

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Com o fechamento, Celciane resolveu levar os filhos para brincar no condomínio de um familiar, enquanto as demais crianças foram para o Parque do Chuvisco, no Campo Belo, na zona sul.

Já o metalúrgico André Silvério Ribeiro,de 33 anos, enfrentou quase três horas de viagem desde Campinas para passar um dos últimos dias de férias no local, junto da esposa, a dona de casa Laís Bragante, de 23 anos, as filhas Maria Eliza, de 4 meses e Rebeca, de 5 anos, e o sobrinho Gabriel, de 11. Nenhum deles conhecia o zoológico. "A gente está pensando em ir no Aquário para não perder o dia", conta Ribeiro. Da família, apenas Rebeca foi vacinada por enquanto.

Já a consultora de negócio Raquel Aranha Ribeiro, de 45 anos, soube do fechamento pela reportagem. "Está crítico isso (febre amarela) comentou". Junto de familiares de São Carlos (SP), ela decidiu refazer o roteiro e ir para o Mercado Municipal. Os filhos Richard, de 13, e Helena, de 12, lamentaram o fechamento, pois não visitavam o zoológico há três anos.

Da mesma forma, a pequena Larissa, de 8 anos, estava triste com a mudança de planos. Perguntada sobre qual animal queria conhecer primeiro, pensou muito e respondeu "jabuti". "Que chato. Ela estava tão empolgada", comentou o pai, o metalúrgico Manoel Batista, de 43 anos.

O Zoológico de São Paulo, o Zoo Safári e o Jardim Botânico serão fechados temporariamente a partir desta terça-feira (23) após a confirmação de que um macaco bugio morreu de febre amarela na região. As atrações estão localizadas na zona sul da capital paulista.

A medida, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, é preventiva - e foi tomada depois que a morte do animal em decorrência da doença foi confirmada na segunda-feira (22).

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Ainda segundo a pasta, quatro novos distritos da zona sul de São Paulo foram incluídos na campanha de vacinação que se inicia nesta quinta-feira, 25. São eles: Jabaquara, Cidade Ademar, Cursino e Sacomã. Com a ampliação da população-alvo da campanha, mais de 9 milhões de pessoas deverão ser vacinadas no Estado de São Paulo.

A equipe de Educação para Conservação da Biodiversidade do Zoológico de Guarulhos planejou uma programação especial para o público durante o mês de janeiro. As atividades que começam no dia 3, contam com aulas os perigos do cerol, febre amarela, tráfico de animais...

A entrada é livre e gratuita e as atividades começam às 9h.

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Confira a programação completa:

DIA 3 - Os Perigos do Cerol/Cortante/Linha Chilena

DIA 5 - Os Bichos do Bolso – Um Novo Olhar sobre as Cédulas Brasileiras

DIA 9 - Febre Amarela: A Culpa não é dos Macacos

Dia 11 - Os Perigos do Cerol/Cortante/Linha Chilena

DIA 17 - Animais Peçonhentos

DIA 19 - Atropelamento de Fauna – Como ajudar?

DIA 23 - Tráfico de Animais

DIA 25 - Mitos e Lendas Animais

DIA 30 - Os Perigos do Cerol/Cortante/Linha Chilena

DIA 31 - Animais Peçonhentos

As atividades estão sujeitas a alteração de horário ou a cancelamento, de acordo com as condições climáticas, número de participantes e condição dos animais envolvidos.

Mais informações por telefone 2455-6497 ou e-mail: eambiental.zooguarulhos@gmail.com

Zoológico de Guarulhos

Rua Dona Glória Pagnoncelli, 344 – Jardim Rosa de França

Aberto de terça-feira a domingo (exceto neste domingo, dia 31), das 9h às 17h. Entrada franca.

(Por Beatriz Gouvêa)

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Tradicional opção de lazer dos pernambucanos, o Parque Estadual Dois Irmãos, localizado no Recife, está passando por uma grande reestruturação. Segundo a gestão do equipamento público, não se trata de reforma, mas sim de uma construção que resultará em um novo conceito de zoológico. Várias novidades estão no papel e devem ganhar forma ao longo dos próximos anos. Atualmente, o Parque conta com 384,42 hectares, em que desses, 14 são ocupados pelo zoo, além de possuir cerca de 600 animais, entre aves, mamíferos e répteis. 

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o gestor do Dois Irmãos, George Rego Barros, prometeu que o espaço ganhará um teleférico, ciclovia com pelo menos 12 bicicletas compartilhadas, além de um barco solar que ficará no Açude Dois Irmãos, situado nas dependências do zoo. Esse barco lembra os antigos “pedalinhos” extintos há anos. Além disso, segundo o gestor, um novo zoológico será construído, onde os animais vão ser distribuídos conforme seus biomas.

“Tudo será feito por partes. Já iniciamos a primeira etapa com a parte do setor administrativo e quarentena, que são locais que servem de apoio para o nosso funcionamento. Vamos aproveitar melhor todos os espaços do Parque. Essa primeira etapa está orçada em R$ 9,8 milhões e deve ser finalizada em dezembro deste ano. Agora, em relação à construção do novo zoológico, tudo deverá ficar pronto em, no máximo, três ou quatro anos. Para se ter uma ideia, apenas o recinto do leão vai continuar onde é hoje, porém, ele será reformulado”, revelou George Rego Barros. Confira no vídeo a seguir a entrevista completa:

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De acordo com a bióloga do zoo, Alessandra Sá, as mudanças no espaço irão beneficiar principalmente os animais. "Os benefícios serão muitos, principalmente porque esses animais estarão inseridos em áreas que serão divididas por biomas. Então, animais que, naturalmente, estão naquele mesmo ambiente estarão juntos. Isso traz uma qualidade de vida para os animais. Os recintos também serão maiores, mais adequados, e terão mais essa visão mesmo de conservação, de preservação das espécies", comentou a bióloga

A gestão do Parque Dois Irmãos ainda não tem o valor total da construção do novo zoológico, mas a origem do dinheiro, segundo o Governo de Pernambuco, é de taxas de compensações ambientais de empresas que se instalam no Estado. A promessa é que a quantia completa seja divulgada em breve. Ao final das obras, a previsão é que o número de visitantes aumente em pelo menos 30%. Segundo a gestão do zoo, atualmente o espaço recebe uma visitação anual de cerca de 400 mil pessoas.

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