Uber é processada por negar viagens a mulher deficiente

Mulher com paralisia cerebral diz que motoristas cancelaram diversas viagens após descobrirem que ela precisa do auxílio de um cão-guia

por Nathália Guimarães qua, 21/03/2018 - 10:54
Reprodução Queixa acusa a empresa de violar a lei americana dos portadores de deficiência Reprodução

A Uber está sendo processada por uma mulher com paralisia cerebral que alega que os motoristas da plataforma negaram aproximadamente 25 viagens, em ocasiões separadas, entre 2016 e 2017, porque ela precisa do auxílio de um cão-guia e, por isso, teria de carregar o animal no carro.

A queixa, apresentada no estado da Califórnia, nos EUA, acusa a empresa de violar a lei americana dos portadores de deficiência, e a autora está pedindo indenização por conta do sofrimento emocional causado.

A demandante, D'Edra Steele, detalha um número de casos em que ela teria sido negada pelo serviço de motoristas da Uber no processo. Muitas das reclamações giram em torno dos condutores que cancelaram as viagens logo após descobrirem que ela precisa do auxílio de um cão-guia.

Steele, a ação afirma, depende de um cão chamado Goodee, para caminhar e manter o equilíbrio. No processo, ela diz que os motoristas usaram desculpas como alergias e falta de proteção para cobrir o banco do carro para cancelar as viagens.

A Uber diz em suas diretrizes comunitárias que tem uma política de tolerância zero para discriminação de qualquer tipo por motoristas ou passageiros. A empresa diz que que os condutores não podem negar viagens por causa de animais como cães-guia em nenhuma circunstância.

Em várias ocasiões, de acordo com o processo, Steele relatou esses cancelamentos ao suporte oficial ao cliente da Uber. Enquanto a mulher foi informada algumas vezes que a empresa estava investigando suas reivindicações, ela diz que muitas vezes só recebeu um valor em crédito na plataforma.

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