Zuckerberg promete maior segurança no Facebook

O presidente do grupo tem a intenção de unificar de forma técnica a rede com seus outros serviços Messenger, Instagram e Whatsapp

qui, 07/03/2019 - 10:32
JOSH EDELSON O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, durante a conferência anual F8 em São José, Califórnia, em maio de 2018 JOSH EDELSON

O Facebook está caminhando para se tornar uma plataforma "focada na privacidade" e concentrada na confidencialidade, anunciou nesta quarta-feira (6) o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, ao expor sua visão estratégica para transformar o gigante das redes sociais.

Para Zuckerberg, criticado por seu manejo considerado permissivo dos dados confidenciais dos usuários, o Facebook deve se tornar uma rede mais unificada e concentrada nas trocas privadas - em contraposição à publicação de posts visíveis para um grande número de pessoas - e nos formatos de "stories", que desaparecem em 24 horas.

"Quando penso no futuro da internet, penso que uma plataforma de comunicações focada na privacidade será muito mais importante que as plataformas abertas atuais", considerou, anunciando também sua intenção de possibilitar pagamentos on-line "de forma privada e segura".

A mudança segue os novos gostos dos usuários de redes sociais. "Hoje em dia já vemos que as mensagens privadas, os 'stories' efêmeros e os pequenos grupos são de longe os formatos de comunicação on-line que crescem mais rápido", escreveu Zuckerberg em um texto de 3.000 palavras em sua página de Facebook.

O presidente do grupo tem a intenção de unificar de forma técnica a rede com seus outros serviços Messenger, Instagram e Whatsapp. Dessa forma seria possível trocar mensagens nessas redes, que poderiam adotar a criptografia de dados, como é o caso atualmente do Whatsapp.

"Nos próximos anos, planejamos reconstruir nossos serviços em torno dessa ideias", disse Zuckerberg, consciente do desgaste que a imagem do Facebook sofreu pelos casos de manipulação de dados.

Embora "não tenhamos atualmente uma boa reputação de poder construir serviços que protejam a privacidade (...), podemos evoluir para construir serviços que as pessoas realmente queiram", afirmou.

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