Cientistas criam sapato que sabe por onde andar

É fácil: quando você se aproxima do lugar onde é recomendado, por exemplo, dobrar à direita, o sapato direito vibra

qua, 02/10/2019 - 12:04
Ramil Sitdikov/Sputnik Ramil Sitdikov/Sputnik

Encontrar um local concreto em um lugar desconhecido é um problema frequente, especialmente para os moradores de grandes cidades. Por isso os aplicativos de navegação ganharam tanta popularidade. Mas nem sempre o usuário consegue compreender logo à primeira vez aonde ir para chegar ao lugar desejado. Além disso, às vezes é preciso olhar para o smartphone para não perder o caminho. E isso distrai a atenção e pode criar situações perigosas.

Um grupo de alunos do cursinho pré-universitário da MEPhI apresentou uma solução inédita para este problema: um par de tênis que indicam o caminho. É fácil: quando você se aproxima do lugar onde é recomendado dobrar à direita, o sapato direito vibra, e quando se recomenda virar à esquerda, é o esquerdo que vibra.

"Criamos um módulo eletrônico que se sincroniza com um aplicativo especial através de Bluetooth, obtendo a informação sobre o percurso pretendido. O módulo funciona sem atrapalhar o movimento e pode ser colocado nos cadarços. Basta usar o telefone uma vez antes do início da viagem. Além de servir de navegador, o sistema calcula a distância, o número de passos e as calorias. Todas estas informações podem ser vistas no aplicativo para o celular", contam Aleksandr Pinchuk e Maksim Levkin, autores do projeto BiGiPiS.

A equipe tenciona continuar a desenvolver o projeto, já que o mercado de roupa "inteligente" está crescendo. Os autores do BiGiPis acreditam que, dentro de alguns anos, os tênis inteligentes podem ser tão populares como os relógios inteligentes.

O projeto dos alunos do cursinho da MEPhI abre o caminho para eles continuarem sua pesquisa na universidade, diz o vice-diretor do Instituto de Sistemas Cibernéticos Intelectuais da MEPhI, Valentin Klimov.

"Os alunos das nossas escolas já têm criado projetos bastante originais. Por exemplo, no ano passado os nossos alunos criaram um sistema multifuncional de orientação para pessoas com problemas de visão, vencendo um concurso internacional de engenharia entre crianças, depois ganharam o concurso Junior e participaram do maior concurso internacional Intel ISEF. Agora, eles são alunos do primeiro ano na nossa universidade, o que confirma o alto nível dos nossos vestibulandos”, contou Klimov à Sputnik.

Ele diz que os alunos e jovens cientistas da MEPhI também participam de outros desenvolvimentos que facilitam a vida, inclusive de pessoas com capacidades limitadas. Por exemplo, para pacientes com capacidade de movimento limitada, os nossos cientistas criaram uma cadeira de rodas controlada pela visão. Um aluno da Escola Superior de Engenharia da MEPhI criou uma prótese biônica que ajuda pessoas com extremidades amputadas a voltarem à vida normal.

"Alunos que se apaixonam pela criatividade técnica são normalmente vencedores de olimpíadas e concursos de engenharia, o que lhes dá benefícios durante as provas vestibulares na MEPhI. Sendo estudantes da nossa universidade, eles podem continuar aplicando sua criatividade técnica em muitos círculos estudantis e participar de concursos internacionais para atingir novos patamares", disse Klimov.

Da Sputnik Brasil

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