Nova Zelândia enfrentará conteúdo extremista na internet

Ardern quer obrigar as empresas de tecnologia a adotar medidas drásticas contra o material extremista desde que um homem armado matou 51 fiéis muçulmanos em Christchurch em março e exibiu parte do ataque no Facebook

seg, 14/10/2019 - 06:55
STEPHANIE KEITH A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, na Assembleia Geral da ONU em 24 de setembro de 2019 STEPHANIE KEITH

A Nova Zelândia vai criar uma equipe de investigadores dedicada apenas a combater o extremismo na internet, enquanto o governo lida com as falhas que foram demonstradas após o massacre de Christchurch, anunciou a primeira-ministra Jacinda Ardern.

Ardern quer obrigar as empresas de tecnologia a adotar medidas drásticas contra o material extremista desde que um homem armado matou 51 fiéis muçulmanos em Christchurch em março e exibiu parte do ataque no Facebook.

A primeira-ministra também admitiu que o massacre, que aconteceu em duas mesquitas desta cidade da Ilha Sul, revelou que o governo precisava aumentar os recursos para conter a propagação da violência na internet.

"Teremos uma equipe especial concentrada em captar e interromper conteúdo extremista violento em nossos canais digitais", disse.

"Funcionará de forma parecida a como procuramos material de exploração sexual infantil, trabalhando com os provedores de conteúdo online para captar e suprimir conteúdo nocivo", completou.

Ardern afirmou que o Departamento de Assuntos Internos contratará 17 especialistas para tarefas de investigação, forenses e inteligência.

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