Coronavírus: Uber demite mais 3 mil funcionários no mundo

Anúncio é feito após recente desligamento de 14% dos funcionários da empresa por conta da pandemia

por Katarina Bandeira seg, 18/05/2020 - 18:05
Pixabay Empresa registrou uma queda de 80% em seus negócios de carona Pixabay

Em um e-mail enviado para sua equipe o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou que a empresa está demitindo cerca de 3 mil funcionários, por conta dos prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus. Desde que a doença começou a se alastrar pelo mundo a empresa registrou uma queda de 80% em seus negócios de carona.

De acordo com o site The Verge, Khosrowshahi teria escrito que "Temos que tomar essas ações difíceis para nos mantermos firmes, para garantir nosso futuro e continuar em nossa missão". Ainda de acordo com a publicação a medida ocorre menos de duas semanas depois que a Uber demitiu 3.700 funcionários, ou seja, 14% de sua força de trabalho global. No total, a empresa eliminou cerca de um quarto de sua equipe em menos de um mês.

Além das demissões, a Uber também fechará 45 escritórios em todo o mundo e deve reorganizar algumas de suas divisões. Uma das perdas da companhia são a incubadora de tecnologia e os laboratórios de IA , lançados em setembro passado. 

Os serviços que ficam

Nadando contra a corrente, o Uber Eats, o serviço de entrega de alimentos da empresa, é o único que tem apresentado crescimento. Na semana passada, a empresa informou que as reservas em sua divisão Uber Eats aumentaram mais de 54% ano a ano. Apesar disso, esses ganhos não cobrirão as graves perdas trazidas pela queda no serviço de caronas, o principal negócio da Uber.

Outro que deve continuar as atividades é o Grupo de Tecnologias Avançadas da empresa, que supervisiona seu programa de carros autônomos. Mesmo com algumas demissões o CEO da companhia disse que a busca da Uber por carros autônomos "sempre foi um investimento de longo prazo".

"Tendo aprendido minha própria lição pessoal sobre a imprevisibilidade do mundo com o soco no estômago chamado COVID-19, não farei nenhuma afirmação com absoluta certeza em relação ao nosso futuro", escreveu ele. "Vou dizer, no entanto, que estamos fazendo escolhas realmente muito difíceis agora, para que possamos nos despedir, ter a maior clareza possível, avançar e começar a construir novamente com confiança", disse. 

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