Relembre as polêmicas envolvendo o FaceApp

Internautas voltaram a usar aplicativo, que troca o gênero das pessoas nas fotos, esse fim de semana

por Katarina Bandeira seg, 15/06/2020 - 15:40
Instagram/Reprodução Apresentadora Maísa foi uma das que se rendeu ao aplicativo Instagram/Reprodução

Em 2019, o feed das redes sociais de diversos internautas foi tomado por fotos de troca de gênero, sorrisos e fotos envelhecidas, graças ao aplicativo FaceApp. No último fim de semana, diversos usuários voltaram a usar o app que já foi alvo de investigações de privacidade, por fornecer os dados compartilhados na ferramenta para sites russos. Em 2020, apesar do ressurgimento, pouca coisa mudou em relação à segurança. 

Em julho do ano passado, centenas de famosos do mundo todo postaram suas versões mais velhas usando o aplicativo para tentar prever como ficariam no futuro. Ele chegou a figurar a lista dos mais baixados do Google, assim como o Dollify. Cerca de um mês após a febre de idosos digitais, o Procon-SP multou o Google e a Apple, no Brasil, por conta do aplicativo FaceApp. As empresas já haviam sido notificadas pelo órgão para esclarecer informações sobre as políticas de coleta, armazenamento e uso dos dados dos consumidores que acessavam o aplicativo, principalmente, pela falta de explicações em português, sobre o uso de imagem. 

Ainda em julho, o aplicativo, criado na Rússia foi alvo de investigações do FBI, a polícia federal norte-americana, por riscos potenciais à "segurança nacional e à privacidade. A polêmica serviu para acender o debate acerca do uso de dados pessoais feitos por aplicativos terceiros, fazendo com que diversas empresas de tecnologia como Facebook, Apple e Google revisassem o suas diretrizes de privacidade.

E para quem acha que as polêmicas envolvendo o App são atuais, em 2017, ele já havia sido acusado de racismo por branquear rosto de pessoas negras. Na época  o CEO do FaceApp, Yaroslav Goncharov, pediu desculpas. "É um efeito colateral infeliz da nossa rede neural causado por um conjunto de dados de treinamento enviesado, e não é um comportamento planejado. Para amenizar o problema, renomeamos o efeito para excluir a conotação positiva associada a ele", informou.

Apesar das várias polêmicas, os internautas parecem ter deixado de lado o debate, seja por memória curta ou até mesmo por abraçar mais um meio de se distrair durante a quarentena e o aplicativo, mesmo sem mudanças profundas de gerenciamento de dados, voltou aos smartphones brasileiros. 

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