Índia:bloqueio de apps chineses leva a alternativas locais
Como resultado dessa decisão, algumas plataformas digitais da Índia aumentaram rapidamente seu número de usuários, em busca de aplicativos locais para substituir os que foram proibidos
Milhões de indianos estão buscando alternativas locais esta semana, depois que o governo bloqueou 59 aplicativos chineses, em meio à escalada de tensão entre Nova Délhi e Pequim.
A Índia está vivendo uma onda anti-China, após um enfrentamento incomum entre os Exércitos desses dois gigantes asiáticos sobre disputas fronteiriças no Himalaia, em meados de junho.
O confronto custou a vida de 20 soldados do lado indiano e causou um número desconhecido de baixas nas fileiras chinesas.
Nesse contexto, o governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou na segunda-feira a proibição de 59 aplicativos chineses (entre eles o Tiktok, Weibo, Wechat e Camscanner), em nome da segurança nacional.
Como resultado dessa decisão, algumas plataformas digitais da Índia aumentaram rapidamente seu número de usuários, em busca de aplicativos locais para substituir os que foram proibidos.
O Sharechat recebeu 15 milhões de downloads nas 48 horas que se seguiram à ordem de bloqueio. Agora, conta com cerca de 150 milhões de usuários registrados, anunciou a rede social indiana em um comunicado.
O aplicativo de vídeo Roposo ganhou 10 milhões de novos usuários nos últimos dias, elevando sua base para 75 milhões, disse à AFP Naveen Tewari, presidente da empresa matriz Inmobi.
Com uma população de 1,3 bilhão de pessoas e uma penetração de Internet impulsionada pelos preços baixos dos dados móveis, a Índia é um mercado-chave para empresas digitais.
Muitos gigantes internacionais do setor, como o Facebook, veem-no como um motor de crescimento muito promissor.