Twitch processa dois usuários por ataques racistas

Em agosto, ambos 'começaram a coordenar ataques contra os usuários da Twitch nos quais entraram em seus canais e enviavam 'spam' de ódio nessas comunidades'

sab, 11/09/2021 - 08:09
Lionel BONAVENTURE A Twitch abriu um processo contra dois usuários anônimos por comentários ofensivos na plataforma de streaming de videogame Lionel BONAVENTURE

A Twitch denunciou na corte federal dos Estados Unidos dois usuários acusados de organizar ataques de ódio contra streamers que não são brancos ou heterossexuais da plataforma de streaming de videogames.

A plataforma, propriedade da Amazon, busca uma soma indeterminada de compensação financeira por danos atribuídos a dois indivíduos identificados em suas contas como "CruzzControl", residente na Holanda, e "CreatineOverdose", de Viena.

Em agosto, ambos "começaram a coordenar ataques contra os usuários da Twitch nos quais entraram em seus canais e enviavam 'spam' de ódio nessas comunidades", denunciou a Twitch no processo apresentado na quinta-feira em San Francisco.

"Os acusados atacam os streamers inundando seus chats com mensagens de robôs que promovem conteúdo e linguagem racista, sexista e homofóbico", informou a plataforma, acrescentando que os agressores automatizaram a operação a tal nível que "geralmente superavam" a capacidade da ferramenta de moderação.

De acordo com o processo, embora a Twitch suspendeu ambas as contas e finalmente as baniu, os dois usuários fizeram novos registros na plataforma e retomaram os ataques.

A Twitch pediu à corte que obrigue os criminosos a arcar financeiramente com os danos causados e informou que seus nomes reais serão revelados assim que forem confirmados.

Os usuários da Twitch, a maior plataforma de streaming de videogames do mundo, realizaram um protesto virtual na semana passada como mostra de indignação diante dos ataques contra minorias.

A Twitch insiste que trabalha para melhorar as ferramentas que permitem proteger as contas de abusos, principalmente de streamers mulheres, não brancos e da comunidade LGBTQI+.

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