‘Klonoa Phantasy Reverie Series’ ressuscita a franquia

Coletânea traz os dois primeiros títulos da saga, com gráficos refeitos, mas que mantém a clássica jogabilidade de rolagem lateral; acompanhe a resenha

por qua, 03/08/2022 - 18:39
Divulgação/Bandai Namco Divulgação/Bandai Namco

A indústria dos videogames é marcada pela presença de inúmeros mascotes, personagens que, por conta do carisma, conseguem se tornar símbolos de uma empresa, como é o caso do Super Mario da Nintendo e do Sonic da Sega. Com o passar do tempo, muitas desenvolvedoras tentavam emplacar seus próprios mascotes e, em 1997, a Namco lançava no mercado o gato orelhudo Klonoa, que tinha a missão de agradar os jovens jogadores da época.  

Embora não tenha obtido o mesmo alcance de outros personagens, Klonoa conseguiu uma base sólida de fãs e, 25 anos após o lançamento original, o personagem retorna na coletânea remasterizada “Klonoa Phantasy Reverie Series”, que reúne os dois primeiros títulos da franquia.  

O pacote pode ser definido como um “remaster plus”, termo que ficou bastante popular após o lançamento de “Crash Bandicoot N. Sane Trilogy” (2017), pela Activision, que trazia os três primeiros jogos da franquia “Crash”, com gráficos refeitos para a atual geração de videogames, mas com o gameplay e estruturas de fases fiéis aos originais. “Klonoa Phantasy Reverie Series” segue este mesmo conceito.  

Os games desta coletânea são “Klonoa: Door to Phantomile” (1997) e “Klonoa 2: Lunatea's Veil” (2002). O jogador assume o controle do personagem antropomórfico em uma jornada para salvar a terra dos sonhos conhecida como Phantomile de uma entidade maligna, que deseja dominar o mundo e espalhar as trevas por toda a parte.   

A principal falha desta coletânea é que ela não está localizada no idioma português brasileiro, o que pode dificultar o entendimento dos diálogos entre os personagens, que ocorrem sempre no início e no final de cada fase. Este é um ponto que pode pesar na balança, principalmente ao considerar que no Brasil, a versão mais barata do game é vendida por R$200. 

O gráfico é o ponto mais alto deste pacote, pois foi totalmente refeito, com modelos em alta definição. Para os que gostam de fazer comparações, é possível ativar o modo retrô a qualquer momento pelo menu de pausa, que faz com o visual fique bastante serrilhado e irregular, tal como era no primeiro Playstation. 

  Simples e funcional  

A jogabilidade funciona no estilo de rolagem lateral, que permite ao jogador se movimentar apenas para a esquerda ou direita. Klonoa é capaz de realizar movimentos básicos como andar e pular, a novidade fica por conta de seu anel mágico, que lhe permite agarrar inimigos para arremessá-los ou usá-los como impulso para ampliar o salto.  

Não há muitos mistérios na jogabilidade, ela é bem intuitiva e mesmo os novatos da franquia serão capazes de se adaptarem em poucos minutos. Os games não oferecem um nível elevado de dificuldade na maioria das fases e a maior parte dos desafios fica concentrada em algumas batalhas de chefes (que são bem criátivas) ou nos estágios finais. Mas, isso não deve ser encarado como um ponto negativo, pois há muitos jogadores que buscam por experiências mais tranquilas.  

No entanto, os que procuram por um desafio elevado podem se aventurar a realizar as porcentagens máximas de ambos os games, que inclui achar todos os seis fragmentos de imagens contidos em cada uma das fases e coletar todos os diamantes espalhados pelos níveis. Esta tarefa vai exigir que o jogador revisite cada cenário inúmeras vezes e obrigá-lo a ficar atento em todos os locais secretos do mapa.  

“Klonoa Phantasy Reverie Series” ressuscita uma franquia que há tempos não recebia novidades. A repaginação gráfica é um atrativo para os fãs antigos, assim como também pode ser uma maneira de trazer novos jogadores. A coletânea está disponível para Playstation 4 & 5 por R$214,90; Xbox One, Series X/S e Nintendo Switch por R$249,90; e Steam por R$199,90.  

Por Alfredo Carvalho

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