Campanha contra acidentes de trabalho marca o mês de abril

No Brasil ocorrem, em média, 700 mil acidentes de trabalho por ano, alguns com vítimas fatais

por Lara Tôrres dom, 02/04/2017 - 09:09
Reprodução/Facebook MPT Campanha tem objetivo de conscientizar e relembrar vítimas Reprodução/Facebook MPT

De acordo com dados da Previdência Social, o Brasil registra, por ano, uma média de pelo menos 700 mil acidentes de trabalh desde 2010; somente em 2014, foram 704 mil casos com 2783 vítimas fatais e 251,5 mil afastamentos por mais de 15 dias. A campanha 'Abril Verde' de combate aos acidentes de trabalho é dedicada à memória das vítimas de acidentes de trabalho. A campanha tem o apoio de órgãos como Ministério Público do Trabalho e a abertura será realizada na próxima quinta-feira (5), às 16h30, na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília. 

Durante o mês inteiro serão promovidas ações de conscientização, como a exposição de fotos "Trabalhadores", exibida simultaneamente em 24 Procuradorias-Regionais do Trabalho e na Procuradoria-Geral, além de ficar uma semana em cartaz na Câmara dos Deputados e no Palácio do Planalto em versão reduzida na última semana de abril. 

Além da exposição, os prédios da Procuradoria e de outras instituições parceiras serão iluminadas pela cor verde. Os sites e perfis de redes sociais também adotarão a cor em alusão à campanha. 

Nos jogos realizados no dia 26 de abril pela rodada da Copa do Brasil, será realizado um minuto de silêncio em memória às vítimas de acidentes de trabalho. A ação é uma parceria do MPT com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que aceitou o convite e se engajou na campanha.

Também por ocasião do Abril Verde o MPT lançará um kit com nove edições da revista MPT em Quadrinhos, em que são abordados temas relativos à saúde e à segurança dos trabalhadores.

Na opinião do coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), Leonardo Osório Mendonça, a realização de ações preventivas é a melhor forma de honrar a memória das vítimas que morreram em acidentes de trabalho.

“Devemos cobrar a adoção de medidas preventivas, até porque não existe valor no mundo que possa reparar um trabalhador falecido, mutilado, física ou mentalmente, por condições de trabalho que não respeitaram as normas de saúde e segurança vigentes em nosso país”, afirmou.

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