Professores desocupam PCR, mas mantém cobranças
Categoria cobra reajuste salarial e melhorias nas escolas municipais da capital pernambucana
Insatisfeitos com a gestão do prefeito Geraldo Julio, professores da rede municipal do Recife ocuparam setores da sede da Prefeitura, área central da cidade. Entretanto, na tarde desta terça-feira (25), a categoria decidiu desocupar o local, mas manteve o protesto sob a alegação de que os educadores não receberam reajuste salarial. Os docentes ainda alegam que chegaram a ficar trancados em alguns pontos da Prefeitura.
De acordo com o diretor do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Carlos Elias, apesar da desocupação, o protesto da categoria continuará. “Os professores estão desocupando a Prefeitura por conta da situação de cárcere que foi criada, privação de banheiro e outras instalações. O esgotamento fez com que a categoria deixasse o local, mas não houve diálogo com a Prefeitura”, alegou o diretor, em entrevista ao LeiaJá.
Ainda mostrando indignação e alegando falta de valorização dos professores das escolas municipais, Carlos Elias revelou que estão previstos alguns encontros. “Duas reuniões serão realizadas. Quinta-feira haverá uma mesa geral e sexta-feira deverá ocorrer uma reunião com a Secretaria de Educação do Recife”, explicou o diretor do Simpere.
Durante o ato que teve início ontem e também contou com atividades nesta manhã, os professores reforçaram o discurso de que ficaram trancados em alguns setores e que não tiveram acesso a alimentos e água. Rebatendo a alegação, a Prefeitura do Recife negou as denúncias e divulgou uma nota à imprensa. No texto, a gestão municipal diz que mantém o diálogo com os professores e que uma reunião deve ser realizada na próxima quinta-feira (27)
"No entanto, a gestão foi surpreendida, na tarde da segunda-feira (24), com a invasão pelo Sindicato dos Professores do Recife (Simpere) da recepção do 9º andar do edifício-sede, onde ficam localizadas diversas secretarias e o gabinete do prefeito. A invasão tem atrapalhado o funcionamento e os serviços deste andar. Durante todo o período da invasão, os manifestantes tiveram e continuam tendo acesso ao elevador e à escada caso queiram sair do prédio. Ou seja, o grupo pode deixar o edifício quando quiser", diz parte da nota da Prefeitura do Recife.
Com informações de Elaine Guimarães