Masp exibe acervo que vai de Man Ray a Lichtenstein

qui, 05/06/2014 - 16:10

Não foi a intenção do diamantier-bijoutier de origem belga Sylvio Perlstein criar uma coleção que resumisse a história da arte do século 20, mas acabou acontecendo. De certo modo, as 150 obras de sua coleção particular exibidas na exposição A Inusitada, no Masp (aberta nesta quinta-feira, 05, para convidados e sexta-feira, 06, para o público), sintetizam o pensamento das vanguardas artísticas do século passado, dos dadaístas aos pioneiros da land art, passando pelos novos realistas franceses, os minimalistas, os artistas pop e os expoentes da arte povera - todos, enfim, que lançaram um olhar desconfiado para a arte institucionalizada.

Pela primeira vez, essas obras, que representam apenas um décimo do acervo de sua mansão em Garches, próximo a Paris, são mostradas no Brasil, país onde Perlstein passou a juventude. Ele partiu para a Bélgica nos anos 1960, mas volta sempre para visitar o lugar onde cresceu e aprendeu a profissão - com o pai e o avô, que lapidavam diamantes. Perlstein não se lembra qual foi a primeira obra que comprou, mas guarda na memória sua luta para incorporar obras-primas à coleção (como duas telas de Albers) e o convívio com o surrealista Man Ray e o minimalista Sol LeWitt.

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