Seu Jorge é acusado de apropriação indevida de músicas

Quatro de seus maiores sucessos, como 'Carolina' e 'Tive Razão', seriam de autoria de uma dupla de compositores brasilienses. O caso está sendo investigado pela justiça

por Paula Brasileiro sex, 19/06/2015 - 11:16
Reprodução/Facebook Seu Jorge responde a processo dos direitos autorais de seis de suas músicas Reprodução/Facebook

Mais um músico brasileiro envolvido em processos de direitos autorais. Depois de Zezé di Camargo e Luciano terem sido acusados de plágio, agora é a vez de Seu Jorge reponder pela autoria de seis músicas de seu repertório. Segundo o jornal Estadão, as canções Carolina, Tive Razão, Chega no Swing, Gafieira S.A., She Will e Não Tem - as duas últimas ainda sem gravações lançadas e as quatro primeiras grandes sucessos emplacados pelo cantor - seriam na verdade de autoria de Rodrigo Freitas e Ricardo Garcia, compositores de Brasília. 

O caso teria sido descoberto em 2002, quando Rodrigo Freitas - mais conhecido como Kiko - se deparou com uma apresentação da cantora Paula Lima executando a música Tive Razão, no canal Multishow. A canção seria parte do projeto Gafieira S.A., desenvolvido por Kiko e seu parceiro, Ricardo Garcia, que seria gravado na capital federal, em meados de 1999, com participação de Seu Jorge, além de músicos como Ed Motta e Sandra de Sá, que também seriam convidados.

Jorge chegou a ir a Brasília e gravar algumas das músicas, mas o projeto estacionou e acabou sendo deixado de lado. Ao ver a apresentação de Paula Lima no Multishow, Kiko decidiu ir atrás e descobriu que não só Tive Razão, mas as outras músicas que alega serem suas haviam sido registradas por Seu Jorge na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Ele então fez outro registro, em seu nome, para provocar duplicidade e obrigar a Biblioteca Nacional a apurar a origem das autorias. O compositor alega ter provas como uma fita analógica gravada antes da chegada de Seu Jorge ao projeto, além de testemunhas e notas fiscais que comprovam a contratação do cantor como convidado.

Agora o processo chegou à 5ª Vara Cível do Fórum da Capital, no Rio de Janeiro. Seu Jorge enviou um comunicado à reportagem do Estadão, por intermédio de seus empresários, afirmando que o caso está sendo julgado pelo Poder Judiciário e que acredita que a justiça será feita. Kiko Freitas alega que além de perdas materiais com os direitos autorais das músicas também sofreu perdas morais por receber acusações de que estaria tentando se aproveitar do sucesso de Seu Jorge. O processo já corre na justiça há oito anos.

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