MPT-SP enquadrou o SBT pelo episódio envolvendo Maisa e Dudu Camargo Reprodução/Twitter

O SBT foi processado pelo Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) e deverá pagar uma indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos. Os motivos seriam os casos ocorridos em julho passado com Maisa Silva, no Programa Silvio Santos, e em abril de 2016, com a assistente de palco Milene Pavorô, no Programa do Ratinho. 

A ação movida pelo MPT-SP alega ter havido, nesses casos, "violação aos direitos à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem" de empregados da emissora. A primeira situação, envolvendo Maisa Silva, refere-se ao episódio em que, durante participação no Programa Silvio Santos, o dono do SBT teria insistido em um namoro entre ela e o apresentador Dudu Camargo. Maisa reclamou da atitude do 'patrão' durante o programa, e depois nas redes sociais, e acabou recebendo o apoio de muitos internautas e outros famosos.

Já o caso envolvendo Milene Pavarô, aconteceu em 2016, no Programa do Ratinho, quando o apresentador chutou uma caixa com a assistente de palco dentro. A cena, exibida ao vivo, terminou com a moça deixando o palco aos prantos. O MPT já habia negociado a assinatura de um termo de Ajustamento de Conduta com o SBT, em consequência do ocorrido, mas a emissora negou-se a aceitá-lo alegando ter se tratado de uma encenação. 

A ação ainda pede que a empresa se abstenha de veicular programas cujas cenas representem "qualquer situação violadora de direitos e à integridade física e mental dos trabalhadores". Além da indenização por danos morais, o SBT poderá pagar outras multas de R$ 200 mil para cada exigência descumprida. O dinheiro será destinado ao FDD (Fundo de Defesa dos Direitos Difusos) ou à OIT (Organização Internacional do Trabalho) para o desenvolvimento de projetos que beneficiem trabalhadores.