Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz comemora 20 anos com grande concerto Rodolfo Oliveira/Agência Pará

A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) apresenta nesta quarta-feira (20), às 20 horas, sob regência do maestro titular Miguel Campos Neto e participação das solistas Kézia Andrade (soprano) e Ana Lucia Benedetti (mezzo-soprano), o concerto que marca o encerramento da temporada comemorativa dos 20 anos de criação do grupo. A obra escolhida foi “Ressurreição”, da sinfonia Nr.2 em Dó menor, de Gustav Mahler (1860-1911). A entrada é gratuita. Os ingressos podem ser retirados a partir das 9 horas na bilheteria do teatro ou pelo site www.ticketfacil.com.br.

A OSTP levará ao palco do Theatro da Paz 110 músicos e mais 60 coralistas. A orquestra foi criada para celebrar o centenário do compositor Carlos Gomes, que morreu em Belém. Segundo o maestro Miguel Campos Neto, não há, em duas décadas de trajetória, momento tão relevante na apresentação de uma obra, pelo número de pessoas envolvidas na demanda de realização do espetáculo e também pela evolução dos músicos ao longo desse período. “Nesses 20 anos, eu consigo pensar em quatro ocasiões em que a orquestra teve que se levantar ao nível que esta obra de Mahler requer. O público verá uma orquestra sinfônica da qual Belém pode se orgulhar, da qual o Pará pode se orgulhar. Não só orquestra, mas também todas as forças que nós temos e que vão estar representadas ali no palco. Se hoje podemos fazer esta apresentação é porque temos uma orquestra, músicos profissionais, boas escolas de música, um bom coro, solistas. E uma gerência de música e um teatro que não medem esforços para que façamos nosso trabalho.  Esse concerto representa também todas as pessoas que estão atrás do palco”, comenta Campos Neto.

Gustav Mahler é um compositor austríaco, de origem boêmia e de ascendência judaica, nascido em Kaliste, hoje um território da República Tcheca, e falecido em Viena. Esse emaranhado de territórios e de referências de cada lugar o angustiava e refletia diretamente em sua obra. “Três vezes apátrida. Como natural da Boêmia, na Áustria; como austríaco, na Alemanha; como judeu, no mundo inteiro. Por toda parte um intruso, em nenhum lugar desejado”, declarou certa vez. A obra “Ressurreição”, como o nome indica, fala de vida e morte e foi composta quando Mahler havia terminado a composição de sua Primeira Sinfonia (1888) e logo escreveu o que deveria ser um Poema Sinfônico chamado Totenfeier (Rito Funeral). Mas, inquieto, ocorreu-lhe de escrever uma sinfonia nos moldes da Nona de Beethoven, acrescida de uma intervenção coralística ao final.

O espetáculo é uma realização do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Academia Paraense de Música, com apoio da Rede Cultura de Comunicação, Instituto de Ciências da Arte-UFPA, Fundação Amazônica de Música, Instituto Estadual Carlos Gomes, Museu do Estado do Pará e Sistema Integrado de Teatros. 

Serviço

Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz

Encerramento das comemorações de 20 anos da Orquestra

Concerto com apresentação da obra “Ressurreição” - Sinfonia nº. 2 em Dó menor, de Gustav Mahler (1860-1911)

Coro Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz

Regência: Miguel Campos Neto

Preparador coro: Vanildo Monteiro

Solistas: Kézia Andrade (soprano) e Ana Lucia Benedetti (mezzo-soprano)

Legendas: Gilda Maia

Data: 20/12/2017

Hora: 20h

Local: Theatro da Paz

Entrada franca

Da assessoria do evento.